LZ 129 Hindenburg

LZ 129 Hindenburg
Dirigível
LZ 129 Hindenburg
O Hindenburg em Lakehurst, em 25 de Janeiro de 1936.
Descrição
Tipo / Missão Dirigível de transporte de passageiros
País de origem  Alemanha
Fabricante Luftschiffbau-Zeppelin GmbH
Período de produção 1931-1936
Quantidade produzida 1
Primeiro voo em 4 de março de 1936 (88 anos)
Tripulação 40-61
Passageiros 50/72
Especificações
Dimensões
Comprimento 245 m (804 ft)
Diâmetro 41,18 m (135 ft)
Volume 200 000  (7 060 000 ft³)
Propulsão
Motor(es) 4 x Daimler-Benz DB 602 a diesel
Potência (por motor) 1 200 hp (895 kW)
Performance
Velocidade máxima 135 km/h (72,9 kn)
Notas
Dados de: Airships: A Hindenburg and Zeppelin History site[1]

LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O dirigível, até os dias atuais, retém o título de a maior nave a voar.[2] Foi um ícone da indústria alemã amplamente empregado como tal na propaganda nazista.[3] Seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos durante 14 meses até o seu fim trágico em 6 de maio de 1937.

Características

Conhecido como Zepelim, o dirigível, com 245 metros de comprimento era sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio. Manteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave já a voar, mesmo nos dias atuais.[3] Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1 200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16 000 km quando completamente abastecido.[4]

O dirigível era inflado com hidrogênio, ao invés de hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato, também o uso do hidrogênio diminuía a dependência do hélio que era em sua maior parte importado dos Estados Unidos.[5]

História operacional

O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936 em um voo teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimônia de abertura.

O primeiro voo comercial se deu em 31 de março de 1936 em uma viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro,[6] um dos quatro motores quebrou e o dirigível teve de fazer um pouso em Recife (ver: Torre do Zeppelin). Na viagem de volta, outro motor quebrou no Saara forçando aterrisagens não programadas no Marrocos e na França.

No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o oceano Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil. Uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.[7]

Em sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à Costa Leste dos Estados Unidos em 6 de maio de 1937.[3]

Primeiro pouso do Hindenburg
nos Estados Unidos em
9 de maio de 1936.
O Hindenburg sobrevoando
Manhattan em 1937.

Desastre

Ver artigo principal: Desastre do Hindenburg

Em 6 de maio de 1937 ao preparar-se para aportar no campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de pouso, às 19 horas e 30 minutos, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros, 22 tripulantes a bordo e 1 técnico em solo, totalizando 36 fatalidades.

O gás de hidrogênio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso Zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país.[8][9][10] Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.[3]

Desastre do Hindenburg:
Em 6 de maio de 1937... ...o incêndio
que destruiu
o Hindenburg...
...no momento em que se
preparava para pousar
em Lakehurst
nos Estados Unidos.
Cinejornal, da
Universal Newsreel,
sobre o desastre,
exibido em 10 de Maio.
Fragmento de duralumínio,
queimado e que foi
recuperado dos destroços.
Alguns dos oficiais e
tripulantes, sobreviventes
do desastre,
em 9 de Maio.

Imagens

Infografia

Dimensões do Hindenburg, comparadas com as de outros veículos e estruturas:
LZ 129 Hindenburg, 245m (verde
escuro) Comparação do tamanho
com:
1 - RMS Queen Mary 2,
(345m, rosa)
2 – USS Enterprise,
(342m, amarelo)
3 - Classe Yamato
(263m, azul escuro)
4 - Empire State,
(443m, cinza)
5 - Knock Nevis
(super-petroleiro,
458m, vermelho)
6 - Pentágono,
(431m, azul claro)
7 - Apple Park, (464m e diâmetro interno de 354m,
verde claro).
Comparação em tamanho com outras aeronaves:
Antonov An-225 Mriya (84 m, em verde)
Boeing 747-8 (76.4 m, em azul claro)
Airbus A380-800 (73 m, em rosa)
Hughes H-4 Hercules (66,6 m, em amarelo).

Galeria

Detalhes do Hindenburg:
Diagrama de seu interior. Sala de máquinas,
ao fundo vê-se a cauda.
Motor.
Cozinha. Restaurante. Sobrevoando o Recife em 1936.

Ver também

Referências

  1. "Hindenburg Statistics." - airships.net, visitada em 19 de junho de 2015.
  2. The Editors of Encyclopaedia Britannica. «The Hindenburg, Before and After Disaster». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 7 de maio de 2020 
  3. a b c d Kruszlnicki, Karl – Grandes Mitos da Ciência – Editora Fundamentos - 1ª edição - São Paulo, SP – 2013 – ISBN 978–85-395-0164-9
  4. «1937: Explosão do dirigível Hindenburg – DW – 06/05/2023». dw.com. Consultado em 22 de maio de 2023 
  5. «Como funciona um dirigível?». Super. Consultado em 22 de maio de 2023 
  6. «Hindenburg Flight Schedule». Airships.net (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2023 
  7. «Maiden voyage». Airships.net 
  8. «1937: Explosão do dirigível Hindenburg» (em alemão). Dw.de 
  9. «A tragédia do Hindenburg». Editora Abril. Aventuras na História (ed. 116). 27 páginas. 2013 
  10. Hinderburg Burns in Lakehusrt crash - 21 known dead, 12 missing, 64 escape - The New York Times - pág. 1 – 6 de maio de 1937

Ligações externas

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