O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí, Muriaé e Carangola são os principais rios. O clima varia de tropical a subtropical. Há ocorrência de geadas, nos meses de inverno, em regiões acima 2 000m de altitude e inclusive queda de neve esporádica no Parque Nacional de Itatiaia. O litoral fluminense é também o terceiro mais extenso do país, atrás das costas de Bahia e Maranhão.[16]
Diversos estudos genéticos atestam que os povos indígenas das Américas descendem diretamente de populações do leste da Sibéria que migraram para a América do Norte em algum momento entre 25 e 15 mil anos atrás, dali povoando todo o continente americano.[17][18]
Dentre os vestígios mais antigos de presença humana no território fluminense, está o Sambaqui da Lagoa de Itaipu, em Niterói, datado de 8 mil anos atrás.[19][20]
Em momento controverso, nos primeiros séculos da Era Cristã ou por volta do ano 1000, povos tupis, oriundos da Amazônia, ocuparam todo o litoral fluminense, com exceção da região da foz do Rio Paraíba do Sul.[21][22]
Quando da chegada dos primeiros europeus ao Estado do Rio de Janeiro, o seu litoral, com exceção da foz do Rio Paraíba do Sul, era habitado por indígenas tupis, destacando-se os tamoios e temiminós. A foz do Rio Paraíba do Sul e a região de Campos eram originalmente habitadas pelos índios goitacás, enquanto o restante do interior fluminense era habitado pelo puris.[22]
A primeira expedição a explorar o atual estado do Rio de Janeiro foi a de Gonçalo Coelho entre 1501 e 1502, a qual, em 1° de janeiro de 1502, descobriu a Baía de Guanabara, que pensaram ser a foz de um grande rio, assim originando o nome “Rio de Janeiro”. A segunda expedição de Coelho, em 1503, verificou os recursos naturais da nova terra e ergueu uma feitoria em Cabo Frio, para a exportação do pau-brasil, que se torna o principal produto explorado em terras fluminenses.[23]
À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, a região da Baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para Baía de Guanabara) foi entregue a Martim Afonso de Sousa e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de Macaé até a atual cidade de Caraguatatuba, e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a Bertioga). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a Capitania de São Tomé ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a Pero de Góis.[24]
No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos tamoios e dos goitacás.[25] Em 1556, foram concedidas as primeiras sesmarias no território de Paraty e Angra dos Reis, iniciando a colonização da região.[23]
Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a coroa francesa e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da Baía de Guanabara, sob o comando do almirante e cavaleiro templário Nicolas Durand de Villegagnon. Essa colônia recebeu o nome de "França Antártica" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro carioca do Flamengo.[25]
Em 1560, o governador-geral do Brasil, Mem de Sá, recebeu ordens para expulsar os franceses e as tropas portuguesas por ele lideradas derrotaram o inimigo, mas os franceses, com o auxílio dos tamoios, refugiaram-se nas matas e reocuparam as povoações na região da Baía de Guanabara. Em 1565, desembarcou, vindo de Portugal, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, o qual fundou, junto com Dom Antônio de Mariz e o Padre José de Anchieta, em 1° de março desse ano, em uma várzea entre o Pão de Açúcar e Morro Cara de Cão, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (atual Rio de Janeiro), para servir de quartel-general para a luta contra os franceses e para assegurar a posse portuguesa dessas terras. Em 1567, os franceses foram derrotados e, com isso, foi criada, nesse mesmo ano, a Capitania do Rio de Janeiro, a partir da porção setentrional da Capitania de São Vicente. Logo após o fim da guerra entre portugueses e franceses pelo controle da região da Baía de Guanabara, indígenas que ajudaram os portugueses receberam recompensas, como Arariboia, que recebeu uma sesmaria de quatro léguas na margem oriental da baía de Guanabara, na qual surgiu o povoado de São Lourenço dos Índios (atual Niterói).[23][25][26][27][28][29] Em 1575, o último reduto da Confederação dos Tamoios foi liquidado em Cabo Frio.[30]
Logo após a criação da Capitania do Rio de Janeiro, foi introduzida, na região da Baía de Guanabara, o cultivo de cana-de-açúcar, que foi a base da economia fluminense na segunda metade do século XVI e no século XVII. A cana era cultivada em latifúndios, com o emprego intensivo da mão-de-obra escrava.[23][31] Entre 1583 e 1623, a área de maior destaque de produção de açúcar, no centro-sul do Brasil, se deslocou de São Vicente para o Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629, havia sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639, já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a Lisboa, devido à tomada de Pernambuco durante as invasões neerlandesas. Ao final do século, havia 120 engenhos na região.[32]
Com o crescimento dos engenhos e alambiques do Rio, aumentou a imigração portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro. É por volta dessa época que os naturais da Capitania do Rio de Janeiro começam a ser chamados popularmente de "cariocas", em particular, os trabalhadores braçais urbanos livres (pedreiros, pintores, ourives e etc.). O termo carioca era utilizado pelos imigrantes brancos da capitânia para se distinguir dos cidadãos mestiços, como lembra a profª Armelle Enders, brasilianista francesa: "No século XVII, os portugueses instalados no Rio recorrem de bom grado a essa alcunha [carioca] para designar os seus compatriotas naturais do lugar e sublinhar-lhes a forte mestiçagem ameríndia".[33]
O século XVII foi marcado pela expansão da colonização do território fluminense, da região da Baía de Guanabara para a Região dos Lagos e litoral norte fluminense e, para essas regiões, também se expandiu o cultivo da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar continuava sendo a base da economia da Capitania, acompanhando-lhe a pesca e a extração de sal em Cabo Frio.[23]
Com a restauração da Independência Portuguesa, em 1640, os comerciantes e donos de embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África a partir do porto do Rio de Janeiro, visando, complementarmente, ao tráfico de escravos para o rio da Prata. O ciclo da prata levou a um rápido desenvolvimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, levando a cidade a se tornar no século seguinte o principal elo logístico do Império português. Tal comércio foi bastante impactado pela tomada de Angola pelos neerlandeses na mesma época. A utilização de escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os jesuítas por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.[34][35]
A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de D. João IV, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de Lisboa e do Porto.[36]
No final do século XVII, foram descobertas as jazidas de ouro em Minas Gerais, a qual trouxe como consequências para o estado do Rio de Janeiro o êxodo de muitos fluminenses para as minas e a ampliação do porto da cidade do Rio de Janeiro, para receber o ouro a ser exportado e um grande número de portugueses e escravos africanos que tinham como destino as minas de ouro de Minas Gerais. Graças à prosperidade, a cidade do Rio foi atacada duas vezes pelos franceses em 1710 e 1711. Nas margens do Caminho Novo, ligando o Rio de Janeiro às jazidas de ouro, surgiram ponto de pouso para tropeiros e aventureiros, originando cidades atuais como Paraíba do Sul e Paty do Alferes.[23][31] Em 1763, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, devido a proximidade desta cidade das minas e a transferência do eixo econômico brasileiro do Nordeste para o Sudeste.[37]
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na época da tomada da Península Ibérica por Napoleão Bonaparte, a região do Rio de Janeiro foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país — o Banco do Brasil — e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, também surgiram o Jardim Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar das Agulhas Negras. Assim, ocorreu um processo cultural, influenciado não somente pelas informações trazidas pela chegada da corte e da família real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.[carece de fontes?]
Após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, a administração da capitania do Rio de Janeiro passou a ser confiada ao ministro do Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei, pois lhe era confiada a sua administração. Em 1821, pouco após o início da Revolução Liberal do Porto, as Cortes Gerais decidem elevar as capitanias à condição de províncias, o que também ocorreu no Brasil, então nascendo a Província do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]
No final do século XVIII, o café chegou ao Vale do Paraíba Fluminense e rapidamente ganhou destaque, se tornando a principal atividade econômica fluminense. O cultivo desse grão foi responsável pela colonização dessa parte do Rio de Janeiro, devido ao afluxo de duas frentes migratórias: uma, mais importante, de migrantes de Minas Gerais que abandonaram as jazidas decadentes, e outra, vinda do litoral fluminense, composta por portugueses e brasileiros que foram incentivados pelo governo para migrarem para essas terras. Formou-se uma aristocracia cafeeira escravocrata. A região do Vale do Paraíba Fluminense prosperou, assim como suas cidades, como Resende, Vassouras e Valença.[23][31][38]
Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro se transformou no Município Neutro e a capital da província do Rio de Janeiro foi transferida para Vila Real da Praia Grande, elevada à categoria de cidade no ano seguinte, com o nome Niterói.[23]
Na década de 1860, houve um ressurgimento do cultivo de cana-de-açúcar no Norte Fluminense, graças à crescente demanda no exterior, trazendo prosperidade à região.[23]
Em 1888, foi abolida a escravidão no Brasil. Com isso, ressurgimento do açúcar no Norte Fluminense, que utilizava essa mão-de-obra, entrou em decadência, assim como o ciclo do café vale-paraibano, que já estava entrando em decadência há anos, devido à exaustão dos solos, mentalidade conservadora dos cafeicultores, altos preços dos escravizados e concorrência com o interior de São Paulo.[23][31]
Em 1889, foi proclamada a República. A Província do Rio de Janeiro foi transformada no Estado do Rio de Janeiro e o Município Neutro, no Distrito Federal. Em 29 de junho de 1891, foi aprovada a primeira Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Devido à Revolta da Armada, em 1893 a capital fluminense foi transferida para Teresópolis, mas tal mudança não foi efetuada e, no ano seguinte, a capital estadual foi transferida para Petrópolis, que deteve tal título até 1903, quando a capital voltou para Niterói.[23][39]
Na República Velha (1889-1930), as tradicionais lavouras de cana e café aprofundaram a sua já existente decadência.[23] No Vale do Paraíba Fluminense, a cultura do café foi substituída pela pecuária, introduzida por migrantes mineiros.[23][38] Nesse contexto, com pouco estímulo à produção industrial, a pesca e a extração de sal na Região dos Lagos e a exploração de madeira se desenvolveram.[23]
Após a Revolução de 1930, o Rio de Janeiro foi governado por interventores nomeado pelo novo presidente, Getúlio Vargas, em cujos governos houve um estímulo à produção de cana e um desenvolvimento na indústria do cimento. No entanto, os recursos financeiros continuavam limitados, devido à Grande Depressão, e não houve projetos de infraestrutura. Durante o governo de Amaral Peixoto (1937-45), foi desenvolvida a infraestrutura rodoviária e o sistema de abastecimento de água e criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).[23]
Após o fim do Estado Novo, seguiram-se diversos interventores, até a posse, em 1947, de Macedo Soares, em cujo governo (1947-51) houve um forte desenvolvimento da indústria de aço e cimento e estímulos financeiros à agropecuária, reerguendo-a. Sucederam-lhe novos governos de orientação desenvolvimentista: Amaral Peixoto (1951-55), que ampliou a infraestrutura rodoviária, fez importantes obras de saneamento básico, criou a Companhia Nacional de Álcalis e concluiu a construção da Usina Hidrelétrica de Macacu; Miguel Couto Filho (1955-58), cuja administração foi marcada pela ampliação do sistema de saúde público e do acesso à eletricidade; Roberto Silveira (1959-61), dinamizador da administração pública e Badger da Silveira (1963-4), cassado pelo golpe de 1964, que dinamizou o fornecimento de energia no estado.[23] O sucessor de Badger, o general Paulo Torres, criou a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]
Em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília e o antigo Distrito Federal passou a ser o Estado da Guanabara.
Reunificação
Após a edição da Lei Complementar nº 20 em 1974, assinada pelo então presidente Ernesto Geisel, reunificaram-se, após 140 anos de separação, os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do estado passou a ser o município do Rio de Janeiro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro. Por imposição do regime militar, o termo carioca foi reduzido a gentílico municipal da cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria da população do Estado se declare como "carioca". Atualmente, movimentos sociais tentam obter o reconhecimento de carioca como gentílico co-oficial do novo Estado do Rio de Janeiro.[40]
Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Ernesto Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do MDB no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, devido aos governos sucessivos do PSD e posteriormente da Arena, apesar da grande força do PTB (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do MDB nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do novo estado o almirante Floriano Peixoto Faria Lima. Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das usinas nucleares em Angra dos Reis e a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional, o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.[carece de fontes?]
Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegeram o ex-governador gaúcho Leonel de Moura Brizola (PDT) em 1982, exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de Chagas Freitas.[41] Em seu primeiro governo (1983-7), Leonel Brizola constrói o Sambódromo e dá início aos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas projetadas por Oscar Niemeyer e idealizadas pelo professor Darcy Ribeiro para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo (atual Grupo Globo) acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.[41][42]
Nas eleições de 1986, Moreira Franco foi eleito governador pelo PMDB numa ampla aliança antibrizolista, que ía desde o PFL ao PCdoB. Moreira teve a ajuda do Plano Cruzado, plano econômico lançado no governo do presidente José Sarney que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco (1987-91), que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.[41][43] Em seu segundo mandato (1991-4), Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), construiu a Via Expressa Presidente João Goulart, a Universidade Estadual do Norte Fluminense, ampliou o sistema de abastecimento hídrico do Rio Guandu e deu início ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das Forças Armadas no patrulhamento das ruas da capital fluminense foi amplamente apoiada pela população.[44][45]
Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, Nilo Batista, que, após 8 meses, passou o comando para Marcello Alencar (PSDB), eleito graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ao sucesso do Plano Real. Durante seu governo (1995-9), Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão de Moreira Franco, construiu a Via Light, ligando o Rio de Janeiro a Nova Iguaçu, e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.[carece de fontes?]
Na eleição de 1998, Anthony Garotinho (PDT), apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora Benedita da Silva (PT), que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política — Garotinho rompeu a aliança com o PT, sob acusações de fisiologismo — e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.[carece de fontes?]
Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu, em segundo turno, Sérgio Cabral Filho como o novo governador. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (PMDB), Cabral vinha dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente Lula, a nomeação de Benedita da Silva e Joaquim Levy para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.[carece de fontes?]
Cabral renunciou em abril de 2014, sendo sucedido pelo vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), reeleito em outubro do mesmo ano em segundo turno. No seu governo (2014-19), o Rio de Janeiro viveu uma situação orçamentária difícil, pedindo, em 2017, financiamento ao governo federal, tendo como uma das garantias a privatização da Cedae. Devido a onda de criminalidade no estado, o governo do então presidente Michel Temer decretou, em fevereiro de 2018, intervenção federal na segurança pública do estado, com vigor até o dia 31 de dezembro daquele ano.[46][47] Sucederam-lhe como governadores Wilson Witzel (2019-21), que sofreu impeachment em 2021, e Cláudio Castro (2021-), vice de Witzel, reeleito em 2022 em primeiro turno.[48][49][50]
A Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca de metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías da Ilha Grande e de Sepetiba, alargando-se progressivamente no sentido leste, até o Rio Macacu. No trecho que passa pela capital, erguem-se os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, que atingem altitudes um pouco superiores a 1 000 m. Da Baía da Guanabara até Cabo Frio, a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de 200–500 m de altura, os chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do Rio Paraíba do Sul.[carece de fontes?]
Os principais acidentes geográficos do estado são a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. A primeira recebe diversas denominações locais: Serra dos Órgãos, Serra das Araras, Serra da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o Pico Maior de Friburgo, a 2 366 m de altitude.[51] A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se encontra o pico das Agulhas Negras, ponto culminante do estado a 2 791 m acima do nível do mar, no município de Itatiaia. Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde a média de altitude cai para 250 m. A nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.[carece de fontes?]
Vegetação
A vegetação original do estado inclui a Mata Atlântica, restingas, manguezais e campos de altitude. Devido à ocupação agropastoril, o desmatamento a modificou sensivelmente.
Atualmente, as florestas ocupam um décimo do território fluminense, concentrando-se principalmente nas partes mais altas das serras. Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição, próprios para a pecuária, e, no litoral e no fundo das baías, registra-se a presença de manguezais (conjunto de árvores chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).[carece de fontes?]
O Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em Taubaté, no estado de São Paulo, e desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos rios fluminenses —, na altura do município de São João da Barra. Seus principais afluentes, no estado, são o Paraibuna, Pomba e o Muriaé que possui um importante afluente, o Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita.
Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropicais (nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o clima tropical semiúmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviométrico fica entre 1 000 e 1 500 mm anuais. Nos pontos mais elevados da Região Serrana, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16 °C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2 500 mm anuais em alguns pontos.[carece de fontes?]
Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24 °C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750 mm em cidades como Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de 1 100 mm nas cidades mais chuvosas da região, como Saquarema por exemplo. Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas da Serra da Mantiqueira, dentro dos limites Parque Nacional de Itatiaia. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.[52]
De acordo com o censo demográfico de 2010, da população total do estado, existiam 7 324 315 católicos (45,8%), 4 696 906 evangélicos (29,4%), 647 572 espíritas (4%), e 2 416 303 pessoas sem religião (14,6%). Existem ainda, adeptos aos islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo, esoterismo e neo-paganismo. Juntos, os adeptos destas e outras religiões minoritárias somam 711 651 pessoas (4,3%).
O Rio de Janeiro é o estado com o menor percentual de católicos apostólicos romanos, e o estado com o maior percentual de pessoas sem religião (como ateus e agnósticos). Além disso, é o estado com o maior percentual de espíritas do Brasil. A variedade de denominações é uma marca da presença da diversidade religiosa no perfil demográfico do estado.[55]
Composição étnica
O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama de etnias e povos das mais variadas procedências, principalmente pelo fato de sua capital ter sido durante um longo período a capital do estado brasileiro.
No início do século XVI, habitavam o Rio de Janeiro quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo com seu grupo linguístico: tupis-guaranis, que habitavam o litoral e constituíam diversas tribos como os tupinambás ou tamoios e os tupiniquins; puris, maxacalis e botocudos, de línguas da família macro-jê, que habitavam o interior, sobretudo a bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul; os goitacases, que habitavam a foz do rio Paraíba do Sul e as tribos guaianás que viviam no litoral sul, entre Angra dos Reis e Paraty e na Ilha Grande. Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na paróquia de Santo Antônio de Pádua, no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury. Em fins da década de 1940, guaranis migraram para a região das cidades de Angra dos Reis e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a construção da Rodovia Rio-Santos. Atualmente, os quinhentos guaranis do estado vivem em três aldeias: Sapukaí, Itatiim e Araponga.
No século XVI, desembarcam na região os franceses, que na Baía da Guanabara instalam uma colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português Estácio de Sá. Nos séculos seguintes, a população da região é formada basicamente por portugueses e africanos, trazidos à força pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do século XIX, a maioria da população fluminense era composta por negros, porém, o número de imigrantes portugueses desembarcados na cidade do Rio de Janeiro passou a crescer repentinamente naquele século, o que fez com que praticamente se igualasse o número de pessoas de origem africana e as de origem portuguesa. Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como alemães, italianos, suíços, espanhóis, dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados, atraídos pela capital do país até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro. Os primeiros imigrantes não portugueses a chegar à região foram os suíços, em 1818, fundando na região das serras a cidade de Nova Friburgo. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães e os britânicos, que também rumaram para as serras, principalmente para a região de Petrópolis. Italianos e espanhóis chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica fluminense.[carece de fontes?]
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[63]
Divisão das regiões intermediárias em vermelho e das imediatas em cinza no Estado do Rio.
Municípios.
Economia
Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo uma parte significativa da indústria e pouca influência no setor de agropecuária, que responde por apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense e é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.[carece de fontes?] A área no entorno de Campos dos Goytacazes foi a mais impactada com a queda da cana-de-açúcar: no início do século XX, Campos possuía 27 usinas funcionando, e ao longo do século, foi uma das maiores produtoras do Brasil, porém, em 2020, apenas duas usinas de açúcar operavam na cidade.[65] O estado, que colhia cerca de 10 milhões de toneladas nos anos 1980,[66] chegou a colher apenas 1 milhão de toneladas em 2017, quando começou a se recuperar, colhendo 1,8 milhões de toneladas na safra de 2019/20.[67] Na agricultura, o estado do Rio, atualmente, se destaca em poucos produtos, como o abacaxi, onde é o 4º maior produtor do país (116 milhões de frutos em 2019),[68] que é produzido nas cidades de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes e Quissamã.[69] Tem pequenas produções de mandioca (216 mil toneladas em 2019, 20º lugar no país),[70]banana (76 mil toneladas em 2019, 20º lugar no país),[71]laranja (68 mil toneladas em 2019, 10º lugar no país),[72]tangerina (37 mil toneladas em 2019, 5º lugar no país),[73]limão (20 mil toneladas em 2019, 5º lugar no país)[74] e caqui, onde tem 6% da produção nacional, sendo o 4º lugar no país.[75] O estado também já foi um grande produtor de coco, nas áreas de Quissamã e da Região dos Lagos, e em 2009 era o 7º maior produtor nacional, mas entre 2010 e 2020 vários produtores abandonaram a atividade.[76][77]
No ano de 2012, o Rio de Janeiro foi o segundo estado que mais exportou no país, como a participação de 12,88%[78] com destaque para os produtos Petróleo Cru (64,21%), Petróleo Refinado (6,07%), Produtos Semimanufaturados de Ferro (4,79%), Plataformas de Perfuração (2,33%) e Outras Ligas de Aço, em Lingotes ou Outras Formas Primárias (2,09%).[64]
O Rio de Janeiro tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 150 bilhões, equivalente a 11,4% da indústria nacional e empregando 580 334 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais do Rio são: Extração de Petróleo e Gás Natural (25,9%), Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (18,7%), Construção (15,5%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (10,6%), e Metalurgia (4,2%). Estes 5 setores concentram 74,9% da indústria do estado.[80]
Com 37,5% do produto interno bruto vem o setor industrial — metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizada no bairro carioca de Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de vários produtos de limpeza e desinfetantes, também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional sediada em Volta Redonda, Volkswagen Caminhões e Ônibus (MAN), Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), a fabricante de vidros Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, entre outras. A Nissan também irá construir uma nova fábrica no município de Resende no sul do estado.[81]
O estado também abriga o segundo maior polo cervejeiro do país. Petrópolis é a sede de algumas das maiores cervejarias do país (como o Grupo Petrópolis, e a Cervejaria Bohemia). Além disso, inúmeras fábricas se espalham pelo estado.[82]
No que diz respeito à indústria do sal, a Região dos Lagos é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. No município de Cabo Frio está sediada a Refinaria Nacional de Sal, que é uma das principais indústrias salineiras do país.
O Estado do Rio de Janeiro e, mais especificamente sua capital, são frequentemente associados à produção audiovisual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no estado e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional.[83] O Rio de Janeiro abriga atualmente a maior parte dos estúdios de dublagem de filmes e séries estrangeiras. Na capital do estado ficava a Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil.[84] A cidade do Rio de Janeiro é o berço e quartel-general do Grupo Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da América Latina.[85] Também estão sediadas no Rio de Janeiro a TV Globo, a Rádio Globo e o jornal O Globo, primeira empresa da holding.[85]
Também está presente o Casablanca Estúdios, complexo de estúdios de produção e teledramaturgia da Record.[86] Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999.[87] O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro), ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente norte-americanos.[88]
Infraestrutura
Educação
O estado do Rio de Janeiro possui um dos maiores níveis de educação no Brasil.[89] Apesar da precariedade, os estudos mostram que a nível nacional, escolas públicas fluminenses possuíram bons índices de aproveitamento no último censo.[90]
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000 o Rio de Janeiro era o terceiro estado brasileiro por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 6,6% de sua população nessa faixa etária analfabeta. O estado estava atrás apenas do Distrito Federal (5,7%) e do estado de Santa Catarina (6,3%).[91] Dados divulgados pelo mesmo instituto em 2008 indicam que o Rio é hoje o segundo estado do Brasil por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 4,3% dessa sua população analfabeta, perdendo apenas para o Distrito Federal. Entretanto, em relação ao índice de analfabetos funcionais (14,4%), o estado perde para o Distrito Federal (10,9%) e para São Paulo (14%), ficando na terceira posição na lista.[carece de fontes?]
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública fluminense. Para fins de organização é uma força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, assim como suas co-irmãs e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro e está subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro através da Secretaria Estadual de Segurança (SESeg). Foi criada em 1809, por dom João 6º, e possui, atualmente, aproximadamente 52 000 militares. Sua principais unidades são o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Grupamento Aeromóvel, entre outras, cabendo citar seu principal centro de formação, a Academia de Polícia Militar Dom João VI.[carece de fontes?]
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito fluminense, sendo também força auxiliar e reserva do Exército, subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro por meio da Secretaria Estadual de Defesa Civil (SEDeC). Foi criado em 1856 por Dom Pedro II, possuindo, hoje, cerca de 15 500 militares.[carece de fontes?]
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) é uma das polícias deste estado, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[93] Foi criada em 1808, e possui cerca de 11 000 policiais.[carece de fontes?]
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói é conhecido pela sua arquitetura exterior que lembra bastante o formato de um cálice ou um disco voador. O MAC possui quatro andares e aproximadamente 2 500m² com espaços de exposições e galerias, mas também tem um restaurante e um auditório. Através das janelas, montadas a um ângulo de 40° você pode curtir um vista panorâmica do Rio de Janeiro, do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.[104] A capital fluminense, na Barra da Tijuca, conta também, desde 2013, com a Cidade das Artes, um complexo que abriga a maior sala de concertos da América Latina.[105]
Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[106] que possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes?]
Esportes
Assim como em outras unidades da federação brasileiras, todos os anos é realizado o Campeonato Estadual de Futebol. O campeonato do atual Estado do Rio de Janeiro é disputado desde 1979, após a fusão dos estados da Guanabara e do antigo estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói. Até então existiam os campeonatos Carioca e Fluminense, além do Fluminense de Seleções. Os quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro são os clubes de futebol, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama. Os quatro estão entre os mais tradicionais do Brasil e possuem performances mais destacadas que os outros clubes que representam o Estado do Rio de Janeiro em competições nacionais e internacionais.[107][108][109][110][111] A cidade do Rio de Janeiro, sede dos quatro grandes, é aquela que reunia mais clubes profissionais no Brasil em 2018, um total de 28 clubes, contra 9 clubes de Belém, a segunda colocada, com o Estado do Rio de Janeiro tendo 69 clubes em todas as suas divisões nesse ano.[112]
↑Macedo, J.M. de (1876). Brazilian biographical annual (em inglês). 2. Rio de Janeiro: Typographia e lithographia do Imperial Instituto Artistico. pp. 121–122
↑edittip (2 de fevereiro de 2014). «Capitania real». da Terra e do Território no Império Português. Consultado em 10 de maio de 2017
↑ALMEIDA, Maria Regina Celestino de (2019). «Araribóia - Ilustríssimo chefe indígena». APLOP. ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL). Consultado em 23 de outubro de 2023
↑ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.
↑«História». Prefeitura Municipal de Cabo Frio. Consultado em 16 de janeiro de 2024
↑Junior, Manuel Alberto Gutierrez Cuenca Carlos Roberto Martins Luciano Alves de Jesus. «Estatística da produção». www.agencia.cnptia.embrapa.br. Consultado em 4 de julho de 2021
↑IBGE, Anuário estatístico do Brasil 2001, p. 2–81 Citado em ADAS, Melhem e ADAS, Sergio. Panorama Geográfico do Brasil. 4 ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
↑«Universidades». Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC. Governo do Rio de Janeiro. Consultado em 28 de novembro de 2016