No século XVII, foi encontrada na região do Paraná uma região aurífera, antecedente à descoberta das Minas Gerais, que ocasionou a colonização tanto na costa como no interior. Com o avistamento das Minas Gerais, o ouro de Paranaguá perdera a relevância. As famílias abastadas, que tinham enormes extensões de terra, começaram a se ocupar da produção de gado, com a qual mais tarde proveria a população das Minas Gerais. Entretanto, somente no século XIX, os proprietários rurais conquistaram decisivamente as terras do centro e do sul do Paraná.[11]
No fim do século XIX, a erva-mate prevaleceu na economia e originou uma nova fonte de renda para os líderes que dividiam o poder. Com o surgimento das ferrovias, conectando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no fim do século XIX, aconteceu novo surto de progresso. Desde 1850, o governo provincial realizou um grande programa de povoamento, principalmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos. Estes concorreram definitivamente para o crescimento da economia paranaense e para a transformação de sua organização social.[11]
O nome do estado provém do termo da língua geralparaná, que significa “rio”.[13] Apesar disso, algumas fontes dizem que o termo vem do guaranipara, “mar”, e anã, “que se parece/assemelha”, sendo, por isso, “(rio) parecido com/semelhante ao oceano”, provavelmente por sua dimensão.[14][15][16] Refere-se ao rio Paraná, que delimita a fronteira ocidental de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas, hoje submerso pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu, na divisa com Mato Grosso do Sul e com o Paraguai. O rio Paraná nasce da confluência dos rios Paranaíba e Grande, que se encontram quase mais a oeste de Minas Gerais.[14][17][18] O potamônimo[nota 1] deu o nome à região, que foi elevada à categoria de província autônoma em 1853, desmembrando-se de São Paulo, e a de estado em 1889. A pronúncia “Paranã” era encontrada até há pouco tempo.[16][18] Os naturais do estado são denominados paranaenses.[19]
No começo do século XVII, com o descobrimento do ouro no território e a escassez de indígenas para escravizar, os luso-brasileiros passaram a se dedicar à região, por intermédio de bandeiras que saíam de São Vicente.[21] Já em 1629, os estabelecimentos dos padres jesuítas, exceto Loreto e Santo Inácio, se encontravam inteiramente destruídos pelos bandeirantes paulistas e, em 1632, Antônio Raposo Tavares cercou e destruiu Vila Rica, último reduto espanhol eficaz para proporcionar resistência.[23][24][25] Apareceu uma região aurífera no Paraná, anterior à descoberta do ouro em Minas Gerais. Os colonizadores se estabeleceram tanto na costa como no primeiro planalto. A principal densidade apareceu primeiramente em Paranaguá, núcleo, por certa época, da sociedade mais meridional da América Portuguesa. Em 1693, Curitiba foi promovida a vila, transformando-se no centro que comandaria a expansão territorial do Paraná. Os desafios na extração do ouro eram enormes, em virtude do razoável desconhecimento dos métodos de exploração e da carestia de mão-de-obra, posto que o indígena havia sido exterminado. Dessa forma, no momento em que foi encontrado ouro em Minas Gerais, o ouro do Paraná perdera toda a relevância.[21] Apenas em 1820, o oeste do Paraná foi entregue a Portugal, sendo incorporado à Província de São Paulo.[23]
No final do século XIX, novo estímulo de progresso se deu com a construção das ferrovias, já que possibilitou o desenvolvimento da indústria de madeira, pois determinadas estradas de ferro conectavam as matas de araucárias aos portos, como Paranaguá, e a São Paulo. Ao mesmo tempo, o fim do transporte de muares causou uma crise na sociedade pastoril.[21]
Os correligionários da Revolução de 1930, a qual pôs Getúlio Vargas como presidente do Brasil, não sofreram grande oposição no Paraná. Na administração de Vargas, o estado possuiu um governante, Manuel Ribas (duas vezes como interventor, uma como eleito), quem sobressaiu por realizar obras relevantes.[21][40] São exemplos: a Estrada do Cerne, o reaparelhamento do Porto de Paranaguá, além de rodovias, interligando algumas cidades do estado e da melhoria da educação, saúde e demais áreas.[40] Nos anos 1950, o povoamento do território, terminado nos anos 1960, foi realizado.[21]
Antes de 1961, o Paraná era politicamente controlado por Moisés Lupion, por duas vezes governador (1947–50, 1956–61).[40] Seu substituto, Ney Braga, amigo dos militares,[41] também exerceu o cargo por duas vezes (1961–66; 1979–82).[41] Escolhido pela população nas eleições estaduais no Paraná em 1982, José Richa foi governador do estado antes de 1986.[42] Depois vieram os governadores eleitos Álvaro Dias (1987–1991)[43] e Roberto Requião (1991–1994; 2002–2006; 2007–2010).[44] Requião ficou no cargo até abril de 1994,[44] quando foi sucedido por Mário Pereira, que concluiu o mandato.[45][21]
Mais de 52% do território do Paraná localiza-se além de 600 m e 89% para além de 300 m; apenas 3% localiza-se aquém de 200 metros. Dominam o relevo do estado as áreas aplainadas dispostas a enorme altitude, formando planaltos montanhosos que compõem as serras do Mar e Geral. Os terrenos mais baixos estão situados na baixada litorânea, que abrange planícies de aluvião, areias e morros cristalinos; a parte norte se divide em duas partes para ceder lugar à baía de Paranaguá, com aspecto em formato de dedo.[68]
O clima Cfb, subtropical com chuvas bem divididas no decorrer do ano e verões suaves, aparece na parte mais alta e abrange os três planaltos: cristalino, paleozoico e o leste do planalto basáltico, com temperaturas médias de 17 °C e pluviosidades regulares durante todo o ano, em torno de 1 200 milímetros.[72]
O clima Cwa, subtropical com invernos secos e verões cálidos, aparece na parte noroeste do território estadual, característico dos regimes tropicais, com chuvas no verão e estiagem no inverno; a média térmica é um pouco mais elevada, por volta de 20 °C. O índice pluviométrico atinge 1 300 mm anuais. Em determinadas épocas do ano, em especial no inverno acontecem geadas, mais frequentes nas áreas de mais altitude onde, em algumas ocasiões, ocorrem quedas de neve, um fenômeno raramente visto na região de Curitiba.[72]
As florestas de araucárias são típicas da região Sul, principalmente do Paraná.
As florestas tropicais, uma porção da Mata Atlântica, abrangiam primitivamente quase metade (46%) do Paraná,[73] sendo parte dela composta por formações latifoliadas e coníferas, e nas partes mais rebaixadas ou de mais baixa latitude (incluindo-se aí toda a fração norte do território estadual). Há outra mista, abundante na porção mais extensa do planalto cristalino e, em menores porções, no extremo leste do basáltico e um pequeno pedaço do paleozoico. Hoje em dia, é a floresta mais economicamente explorada, sendo os últimos remanescentes encontrados na planície litorânea, na encosta da serra do Mar e nos vales dos rios Iguaçu, Piquiri e Ivaí. O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) é uma das principais espécies encontradas, além de outras latifoliadas, entre os quais imbuia, cedro e erva-mate.[73]
Os campos limpos abrangem mais de 9% do território do Paraná e predominam na parte leste do planalto paleozoico, além de partes de Curitiba e Castro, no cristalino; Guarapuava, Palmas e outras, pequenas, no basáltico. Os campos cerrados constituem pequenas manchas no planalto paleozoico e no basáltico e são pouco expressivos, abrangendo menos de 1% superfície estadual.[73]
De acordo com este mesmo censo demográfico, 51,27% eram do sexo feminino e 48,73% do masculino. Em doze anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 9,7%.[79]
A maior parte da população do estado se concentra na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que corresponde à região leste paranaense, com mais de 30% da população paranaense.[84] Curitiba, sozinha, abrigava 16,8% do total de habitantes,[85] além de possuir a maior densidade demográfica em relação aos demais municípios (4 024,84 hab./km²), enquanto Alto Paraíso, no noroeste, detinha a menor (3,31 hab./km²).[86]
O território do Paraná situa-se dentro da área influenciada pela cidade de São Paulo. A metrópole paulista lidera a economia paranaense através das cidades de Ourinhos, em São Paulo, e Jacarezinho, Maringá, Londrina e Curitiba, no Paraná. Ourinhos e Jacarezinho exercem domínio, em grupo, sobre a parte leste do norte do Paraná; Londrina a parcela central da região, e Maringá, o oeste.[87]
Curitiba domina todo o restante do estado do Paraná e ainda quase todo o estado de Santa Catarina, menos na porção oriental, a região de Tubarão e, na parte ocidental, a de Chapecó. A capital age, na área influenciada pelo Paraná, diretamente ou através dos centros intermediários de Ponta Grossa e Pato Branco. A área de influência direta compreende toda a porção oriental e sudeste do estado. Pato Branco domina a parte sul-ocidental, e Ponta Grossa, toda a porção central e ocidental.[87]
A Grande Curitiba, instituída pela lei complementar federal n.º 14 de 1973, foi a primeira RM do Paraná a ser criada, inicialmente com quatorze municípios, até chegar aos 29 atuais. É também a mais populosa do estado, com mais de 3,5 milhões de habitantes, e a oitava maior do Brasil.[88] Em 1998, através de lei complementar estadual, foram instituídas as RMs de Londrina[89] e Maringá.[90] A de Umuarama, a quarta do estado, foi criada em agosto de 2012[91] e, em janeiro de 2015, foram criadas mais outras quatro: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel e Toledo, passando para oito atuais.[92]
O estado também possui os mais diversos credos protestantes, sendo a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, a Batista e a Assembleia de Deus as maiores denominações. Como mencionado, 21,176% da população paranaense se declararam protestante, sendo que 12,3% pertenciam às igrejas de origem pentecostal, 4,832% às protestantes não determinadas e 4,03% às de missão.[94]
Atualmente vivem no estado do Paraná pouco mais de nove mil indígenas, distribuídos em dezenove grupos, que ocupam área de 85 264,030 hectares de extensão. Um total de dezessete áreas já se encontram demarcadas definitivamente pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo brasileiro responsável pela questão, e nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes no estado.[99] Dessas, destaca-se a de maior população, a reserva indígena Rio das Cobras, que abrange os municípios de Nova Laranjeiras e Espigão Alto do Iguaçu.[99]
Conforme pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 70,06% dos paranaenses declararam-se brancos, 25,35% pardos, 3,15% pretos, 1,19% amarelos e 0,25% indígenas, além dos sem declaração (0,00%).[100] 99,73% eram brasileiros (99,52% natos e 0,21% naturalizados) e 0,27% estrangeiros.[101] Entre os brasileiros, 88,50% nasceram no Sul (82,98% no próprio estado) e 11,5% em outras regiões, sendo 7,61% no Sudeste, 1,92% no Nordeste (1,92%), 0,7% no Centro-Oeste e 0,25% no Norte.[102] Muitas pessoas migram de outros estados brasileiros para Paraná em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Dentre os estados, São Paulo tinha o maior percentual de residentes (5,29%), seguido por Santa Catarina (2,84%) e Rio Grande do Sul (2,68%).[103]
De acordo com um estudo de 2006, a composição genética do Paraná é a seguinte: 79% de herança europeia, 14% africana e 7% indígena.[104] Um estudo mais recente, de 2013, encontrou 71,0% de contribuição europeia, 17,5% africana e 11,5% ameríndia.[105]
O poder executivo paranaense está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e pode ser reeleito para mais um mandato. Ele é o responsável pela nomeação dos secretários de estado, que auxiliam no governo.[106] A sede do governo estadual, o Palácio Iguaçu, foi inaugurada em 1953, em homenagem às comemorações do centenário da emancipação política do estado,[108] sendo transferida temporariamente para o das Araucárias, desde 14 de maio de 2007 até 18 de dezembro de 2010. Naquela época, o Iguaçu voltou a abrigar a sede do governo paranaense.[109] A residência oficial do governador do estado é a Granja do Canguiri.[110]
Desde o começo do período republicano, assumiu pela primeira vez o governo do estado o fluminense Francisco José Cardoso Júnior, que esteve no poder entre 17 de novembro e 4 de dezembro de 1889. Foi apenas no ano de 1947 onde ocorreu a posse do primeiro governador escolhido por sufrágio universal, Moisés Lupion, eleito pela segunda vez para um mandato entre 1956 e 1961.[111] O atual chefe do executivo paranaense é Ratinho Júnior, que assumiu o cargo em 1.º de janeiro de 2019, tendo como seu vice-governador, Darci Piana.[58]
O poder judiciário tem a função de julgar, conforme leis criadas pelo legislativo e regras constitucionais brasileiras, sendo composto por desembargadores, além dos tribunais de júri, juizados especiais e juízes de direito, substitutos e de paz.[106] A maior corte do Poder Judiciário paranaense é o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, localizado no Centro Cívico.[113] Representações deste poder estão espalhadas pelo território estadual por intermédio de unidades denominadas de comarcas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Paraná possuía, em novembro de 2016, 7 864 377 eleitores, representando 5,376% do eleitorado brasileiro, o sexto maior do país.[114]
O governo do Paraná divide o território estadual em regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões.[120] As vinte e duas regiões administrativas do estado são: Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Jacarezinho, Londrina, Apucarana, Cianorte, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Pato Branco, Guarapuava, União da Vitória, Irati, Toledo, Ivaiporã, Laranjeiras do Sul, e Pitanga.[120]
Em 2022, o Paraná possuía o quarto PIB do Brasil, com 614 611 000 bilhões de reais, representando 6,1% do PIB nacional. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2%. Em 2005 a variação estimada pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Essa desaceleração pode ser atribuída às crises no campo que vêm atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 40% vêm da indústria e os restantes 45% são do setor terciário. Em 2007 apresenta um crescimento de mais de 7% do PIB, um dos melhores do país naquele ano.[122] Quanto a sua pauta de exportações, no ano de 2012 os principais produtos exportados foram a Soja (18,73%), Carne de Aves (10,50%), Açúcar in Natura (8,09%), Farelo de Soja (8,00%) e Milho (6,36%).[123]
Os mais importantes produtos da agricultura paranaense são o trigo, o milho e a soja,[126] riquezas das quais já alcançou recordes de safra, na concorrência com os demais estados.[126] O cultivo da soja é o mais novo dos três e se desenvolveu tanto no norte como no oeste do estado, e depois no sul.[127] Ainda é relevante o plantio de algodão herbáceo, especialmente no norte.[127] A cafeicultura, que constitui uma das principais atividades agrícolas do estado, caso não desfrute da mesma grandiosidade de antigamente (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café de todo o mundo), ainda faz com que o Paraná continue sendo um dos mais importantes produtores da federação brasileira.[128] Sua principal concentração reveste a área a oeste de Apucarana.[127] Depois vêm os solos da região de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.[127]
O Paraná se destaca na produção de cana-de-açúcar, onde é o 5.º maior produtor do Brasil, com cerca de 46 milhões de toneladas anuais,[129] e de feijão, onde é o líder do país.[130] Na atualidade, o Paraná é o 2.º maior produtor nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, com cerca de 15% do total brasileiro, perdendo apenas para Mato Grosso. É o 2.º maior produtor de soja (perto de 20 milhões de toneladas), de milho, de trigo (2,2 milhões de toneladas), de mandioca (3,2 milhões de toneladas),[131][132] e 3.º maior de laranja (834 mil toneladas).[133] É também um dos maiores produtores nacionais de aveia e erva-mate, e o 4.º maior produtor de tangerina e de morango, além de ter uma produção considerável de cevada.[134]
No que se refere à pecuária, o Paraná dispõe de uma enorme criação bovina e se encontra sempre entre os maiores produtores de porcos do Brasil, principalmente no centro, sul e leste do estado.[127][135] Nos últimos vinte anos, as criações tanto de bois quanto de porcos se desenvolveram muito.[127] Da forma como nos demais estados da região Sul, são diferenciadas, no Paraná, as maneiras como se utiliza o solo de campo ou mata.[127] Geralmente, nas áreas de campo, dedica-se à pecuária extensiva; nas matas, propagam-se as plantações e pastos artificiais para a engorda.[127] O estado é o segundo maior produtor nacional de leite, com quase 5 bilhões de litros anuais, perdendo apenas para Minas Gerais. Na carne de frango, o Paraná ocupa a liderança brasileira no ranking de Estados produtores e exportadores.[136] Na carne suína, o Paraná ocupa a segunda posição no ranking produtivo do país, com 21,01%, e a terceira colocação entre os estados exportadores, com 14,22%. Na piscicultura, o oeste paranaense, em municípios próximos a Toledo e Cascavel, se transformou na maior região produtora de peixes do país, tendo a tilápia como principal espécie cultivada.[137][138] São também expressivos, no Paraná, a criação de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha.[127] O estado é o 2.º maior produtor brasileiro de ovos e de mel de abelha.[135]
Centro de Tecnologia da Klabin, em Telêmaco Borba.
Embora o estado possua um grande parque industrial, na economia paranaense o setor secundário é atualmente o segundo menos relevante: em 2013, a participação da indústria representava somente 26,02% do valor total adicionado à de todo o território estadual.[122] O Paraná tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 93,7 bilhões, equivalente a 7,1% da indústria nacional. Empregando 792.630 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (19,4%), Construção (17,4%), Alimentos (17,3%), Veículos Automotores (8,2%), e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (6,8%). Estes 5 setores concentram 69,1% da indústria do estado. Outros setores relevantes são os de Celulose e Papel (5%), Químicos (3,4%), Máquinas e Equipamentos (2,8%), Madeira (2,6%), Produtos de Metal (1,9%) e Máquinas e Materiais Elétricos (1,8%).[140]
Em meados do século XX, as atividades econômicas da indústria impulsionaram consideravelmente a economia do Paraná.[141] Foi em consequência desse impulso que a urbanização cresceu, não somente na área ao redor de Curitiba, como em centros interioranos, por exemplo, Ponta Grossa — maior parque industrial do interior —, Londrina, Cianorte e Cascavel.[127] Os mais importantes gêneros industriais são o de alimentos e o madeireiro.[127] Curitiba é o maior polo fabril e as mais importantes atividades de sua indústria constituem os de alimentos e de móveis, o madeireiro, de minerais não-metálicos, de produtos químicos e de bebidas.[127]
Em 2019 o Paraná era o 2.º maior produtor de veículos do país, com 15% do total nacional, possuindo em seu território fábricas da Volkswagen, Renault, Audi, Volvo e DAF.[142][143] Na Região Metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, encontram-se as unidades industriais (montadoras) da Volkswagen-Audi e da Renault, ambas de grande porte.[144] Na indústria alimentar, o Paraná criou empresas como Frimesa, C.Vale, Nutrimental, Copacol, Coopavel e Matte Leão. Em 2019, o Brasil era o 2.º maior exportador de alimentos industrializados do mundo, com um valor de U$ 34,1 bilhões em exportações.[145][146] O centro mais expressivo dos alimentos produzidos é Londrina, sendo também muito importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da América Latina.[127] O setor madeireiro está distribuído no interior, com importantes centros em Telêmaco Borba,[147][148] União da Vitória, Guarapuava e Cascavel.[127]
A mais importante indústria do estado é a Klabin, do setor de papel e celulose, que foi implantada na Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba.[149][150][151][152] Em 2016, o Brasil foi o 2.º produtor de celulose no mundo e o 8.º produtor de papel.[153][154][155] No setor de eletroportáteis, a brasileira Britânia é originária de Curitiba. Na indústria de eletrodomésticos, a Prosdócimo era uma empresa de nível nacional, fundada em Curitiba, que foi vendida para a Electrolux. Na indústria eletroeletrônica, há um pequeno pólo tecnológico em Curitiba, com companhias como Siemens e Positivo Informática. Ao todo, 87 empresas e 16 mil funcionários trabalham no Tecnoparque, uma área de 127 mil metros quadrados criada por lei estadual em 2007. O Tecnoparque pode crescer até 400 mil metros quadrados e receber até quadro vezes o número de trabalhadores que possui hoje, alcançando 68 mil pessoas.[156]
Setor terciário
O setor terciário é o maior e mais relevante da economia paranaense: em 2013, a participação dos serviços representava 63,4% do valor total adicionado à de todo o estado.[122] Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) realizada pelo IBGE em 2013, existiam no estado 94 352 empresas,[157] das quais 4 413 eram locais.[158]
Em 2013, trabalharam para todas essas empresas, 712 191 trabalhadores, que totalizavam ao todo uma receita bruta de 75 551 590 mil reais, juntos com salários e outras remunerações que somavam um total de 13 442 569.[157] No Paraná, existiam, em 2015, 1 559 agências (instituições financeiras), que renderam R$ 143 521 153 112 mil em operações a crédito, 211 648 844 mil à vista do governo, 8 972 412 757 mil privados, 37 528 225 778 mil em poupança, 42 277 904 694 mil a prazo e 327 991 725 mil reais em obrigações por recebimento.[159]
O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, com pedras em diversas formas, é outro exemplo de ponto turístico do estado. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre,[165] a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas)[166] e a Cachoeira da Mariquinha.[167]
Curitiba é hoje um importante destino turístico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam à cidade por via terrestre.[170] Um importante aumento no “turismo de negócios” tem também se verificado nas últimas décadas.[171] Seja por razões de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1 800 000 pessoas, ou seja, maior que o número de habitantes da cidade.[172]
São tidas como ótimas as condições de saúde do estado, o que torna elevado o nível de economia da população. Em 2005, funcionavam 4 780 estabelecimentos hospitalares,[183] os quais contavam com 28 340 leitos[183] e eram atendidos, em 2007, por 40 187 médicos,[184] 5 832 enfermeiros[184] e 19 229 auxiliares de enfermagem.[184] Em 2005, da população, 86,1% dos paranaenses possuem acesso à rede de água,[185] enquanto 68,5% são beneficiados pela de esgoto sanitário.[185]
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 77,0% da população paranaense avalia sua saúde como boa ou muito; 67,4% realiza consulta médica periodicamente; 48,1% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 8,3% esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses. 33,4% declararam ter alguma doença crônica e apenas 27,0% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 52,2% declararem necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família — PUSF.[186]
Na questão da saúde feminina, 40,4% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses; 53,0% entre 50 e 69, mamografia nos dois; e 78,7% entre 25 e 59, preventivo para câncer do colo do útero nos três.[186]
Educação
Em 2009, foram registradas matrículas de 1 677 128 discentes, nas 6119 escolas de ensino fundamental do estado, das quais 769 073 eram municipais, 744 913 estaduais, 162 621 particulares e 521 federais.[187] Quanto ao corpo docente era o mesmo formado de 82 217 professores, sendo que 11 923 eram particulares.[187] Em 2009, ministrava-se o ensino médio, em 1713 estabelecimentos, com 74 114 discentes matriculados e 34 457 docentes.[187] Dos 474 114 alunos, 3560 estavam na escola pública federal, 418 117 na estadual, e 52 437 na particular.[187]
Em 2013, o total de alunos do ensino médio passou a 479 519 (queda de 1,06% em relação a 2012, quando havia 484 633 estudantes). Destes, 4 272 (0,9%) estavam na rede pública federal, 411 299 (85,8%) na estadual e 63 948 (13,3%) na particular.[188] No mesmo ano, as instituições de ensino públicas e privadas da Educação Básica do Paraná atenderam 10 721 alunos portadores de necessidades especiais, representando um aumento de 10,6% em relação a 2012. Deste total, 13 (0,12%) estavam matriculados na rede federal, 1 540 (14,36%) na estadual, 3 601 (33,59%) na municipal e 5 567 (51,93%) na particular.[189]
De acordo com o PNUD do ano 2010 o IDH-Educação do Paraná é de 0,668, o quinto maior índice entre os estados brasileiros, perdendo apenas para Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.[190] Dentre os municípios do estado, o melhor resultado foi de Curitiba com 0,768 e o pior foi Doutor Ulysses com 0,362.[191] Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de analfabetismo no estado em adultos acima de 25 anos era de 7,86%,[191] sendo o menor de 1,48%, registrado em Quatro Pontes,[191] e o maior de 24,51% no município de Itaúna do Sul.[191]
Quanto ao ensino superior, em 2009, o estado tinha 183 estabelecimentos, onde foram registradas matrículas de 109 592 discentes, sendo 35 494 alunos em escolas públicas federais, 71 419 em estaduais, 2679 em municipais e 177 291 em particulares.[192]
Em Ponta Grossa a universidade estadual é a UEPG, em Londrina é a UEL, Maringá conta com a UEM, Guarapuava é sede da UNICENTRO, Cascavel é a cidade-base da UNIOESTE, que ainda dispõe de câmpus espalhados por vários outros municípios, Jacarezinho é a cidade-base da UENP.[194] O estado conta ainda a UNESPAR, Universidade Estadual do Paraná, a qual é composta por sete centros universitários, nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Curitiba, Paranaguá, Paranavaí, São José dos Pinhais e União da Vitória.[194]
Em 2021 o Paraná tinha 120.930 km de rodovias, sendo 21.173 km pavimentados, e destes, 1475 km eram rodovias duplicadas.[202] As principais rotas são a conexão Ourinhos/SP-Londrina-Maringá-Cascavel (BR-369), a rota Dourados/MS-Maringá-Ponta Grossa-Curitiba (BR-376), a rota Paranaguá-Curitiba-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu (BR-277), a Sorocaba-Curitiba e a São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última estende-se até o extremo sul do Rio Grande do Sul e pertence à BR-116.[203]
O sistema ferroviário paranaense goza de notória presença na vida econômica do estado. No setor sul, as linhas da Ferroeste (Antiga Ferropar), a Ferrovia da Soja, que começou a ser administrada pela iniciativa privada em 1997 e restabelecida pelo governo no início de 2007, no trecho de Guarapuava a Cascavel, estendendo-se (em projeto) até Guaíra e Foz do Iguaçu. Outra estrada de ferro liga do Porto de Paranaguá até Curitiba, Guarapuava, Londrina, Ponta Grossa e Maringá. De norte a sul, se localizam as linhas da Rumo ALL, ex-América Latina Logística, que corresponde à malha meridional da ex-Rede Ferroviária Federal, que também passou para a iniciativa privada na década de 1990, que liga o Paraná com aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.[203]
Existem serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. O serviço de telefonia fixa é oferecido por algumas operadoras, como a Brasil Telecom e a Sercomtel.[210] O código de área (DDD) do estado varia, desde 041 até 046.[211] No dia 2 de fevereiro de 2009, as regiões oeste e sudoeste passaram a serem servidas pela portabilidade, com outras cidades de DDDs 45 e 46, 19 (São Paulo), 93 e 04 (Pará).[212]
A secretaria responsável pelas comunicações em todo o Paraná é a Secretaria da Comunicação Social, que atua tanto na assessoria da imprensa, quanto no marketing e na Internet.[213] Existem diversos jornais presentes em vários municípios do estado, como, por exemplo, Tribuna do Norte (em Apucarana), do Interior (em Campo Mourão), Diário Popular (em Curitiba), Gazeta do Iguaçu (em Foz do Iguaçu), dos Campos (em Ponta Grossa), Jornal do Oeste (Toledo), A Tribuna do Povo (Umuarama), de Cianorte, entre outros.[214] Dois dos mais influentes jornais do país,[215]Gazeta do Povo e O Estado do Paraná, são paranaenses e mantém suas sedes na capital. O Paraná também concentra um grande número de editoras que produzem algumas das principais publicações do estado. Entre elas se destaca a Imprensa da Universidade Federal do Paraná, editora de livros didáticos, técnicos e científicos, teses, revistas e periódicos, e encadernadora de brochuras e confeccionadora de impressos de qualquer natureza, de interesse aos setores, cursos, departamentos e unidades aos membros do corpo docente da UFPR.[216]
A Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Paraná. Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e faz parte do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil.[231] Seus integrantes são denominados Militares dos Estados,[232] assim como os membros do Corpo de Bombeiros do Paraná.[231]
O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná é um comando Intermediário da PMPR, cuja missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndio, buscas, salvamentos e socorros públicos, no âmbito do Estado do Paraná.[233] A corporação é força auxiliar e tropa reserva do Exército Brasileiro, e pertence o sistema de segurança pública e defesa social do Brasil. Seus integrantes são denominados militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os demais membros da Polícia Militar do Paraná.[234]
A Polícia Civil do Estado do Paraná é órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[235] As principais instituições penitenciárias do estado são a Penitenciária Central[236] e a Colônia Penal Agrícola.[237]
Desde o final de 2014, o estado do Paraná utiliza tornozeleiras eletrônicas para fiscalização do cumprimento de pena por parte de presos do regime semiaberto.[238] O uso desta tecnologia era estudado deste 2007, quando um modelo tornozeleira desenvolvido por uma empresa privada junto ao Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, órgão subordinado ao governo estadual, foi apresentada ao então governador, Roberto Requião.[239] Além de monitorar presos em regime semiaberto do estado, o governo do Paraná fornece parte de suas tornozeleiras para uso da Polícia Federal,[240] mesmo que os monitorados tenham residência em outro, como é o caso do ex-diretor da Petrobrás preso durante a Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.[241]
Críticas severas tem sido feitas à falta de efetivos tanto da polícia civil quanto da militar e se mostrado uma preocupação dos paranaenses, são os mesmos da década de 80 para quase o dobro de população.[242][243][244]
De acordo com dados do “Mapa da Violência 2012”,, publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 10,8 em 1980, subiu para 35,1 em 2009 (ficando acima da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2009, o número de homicídios subiu de 1766 para 3 588. Em geral, o Paraná subiu sete posições na classificação nacional dos estados e Distrito Federal por taxa de homicídios, passando da décima-sexta posição em 2000 para a nona em 2010. Curitiba e região metropolitana possuíam taxas doze vezes maiores que a do estado (47,0), enquanto, no interior, o mesmo era um pouco menor que a média estadual (24,8).[245] A taxa e o número de homicídios do estado começaram a cair em 2018, quando tinha registrado 2088 homicídios e uma taxa de homicídios de 18.40 por 100 mil habitantes, uma queda em comparação com os 2290 homicídios e a taxa de 20.2 registrada em 2017, a taxa de homicídios continuou a cair, até que em 2020 o estado registrou uma alta de homicídios, com 2035 homicídios, 134 a mais em comparação com o ano anterior.[246]
Em 2000, 168 municípios não registravam nenhum caso de homicídios do estado, número caindo para 130 em 2010. Considerando-se todos os municípios com mais de cem mil habitantes, que em 2000 eram 60, passaram, em 2010, para 101 do total do mesmo. Entre os municípios acima de 50 000 e abaixo de 100 000 habitantes, destacam-se Pinhais e Piraquara, que apresentaram forte crescimento nos níveis de violência. Ao mesmo tempo, a região metropolitana da capital registrou um forte aumento de 126,7% nas taxas de homicídios, enquanto, no interior do estado uma queda de 24,8%.[245][247]
Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades paranaenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram Foz do Iguaçu (98,7), Guaíra (94,7), Tunas do Paraná (90,1) e Rio Bonito do Iguaçu (80,1).[248]
Apesar dos problemas enfrentados o estado do Paraná é considerado um dos mais seguros do Brasil para se viver.[249]
No começo do período colonial, os hábitos e as lendas dos índios redimensionaram a cultura da Europa, principalmente de Portugal e da Espanha.[251] O povo paranaense recebeu, como legado dos indígenas, vários hábitos, como o costume de ingerir plantas herbáceas, milho, mandioca, mel e tabaco. Depois, os tropeiros colaboraram com o hábito de consumir o chimarrão, o café e o feijão-de-tropeiro. Os escravos africanos trouxeram como legado a feijoada, a cachaça, suas danças e ritos. Posteriormente, durante o período imperial, os imigrantes europeus, que se estabeleceram, especialmente no sul e leste do Paraná, deixaram manifestações próprias, que se mesclaram à preexistente cultura popular estadual. Tradições estrangeiras como, por exemplo, polonesas, alemãs, ucranianas, libanesas e japonesas, adicionaram-se às manifestações de procedência indígena, africana, lusitana e castelhana, diversificando ainda mais a cultura do Paraná. Dessa forma, o Paraná constitui uma imensa formação cultural que recebeu influência de grupos que vieram de seus países ou Estados por diversos motivos. Toda essa miscigenação diz respeito à cultura paranaense, representada e manifestada na arquitetura, na literatura, na música e em outras artes cênicas e visuais.[250]
Outra instituição famosa constitui o Museu Coronel Davi Antônio da Silva Carneiro, também na capital.[275] O Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou suas coleções, como as do Paranaense.[276] Seu acervo tem peças arqueológicas, etnográficas e numismáticas.[275] Em Paranaguá, dois museus movimentam visitantes: o Museu de Arqueologia e Artes Populares, vinculado à Universidade Federal do Paraná e que opera no antigo Colégio dos Jesuítas, e o do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.[277]
As maiores bibliotecas encontram-se em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná,[278] a do Museu Paranaense,[279] as da UFPR[280] e a da PUCPR em Curitiba.[281] Há também bibliotecas especializadas, como a do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, que possui um grande acervo relacionado com tecnologias agrícolas,[282] e a do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, especializada em assuntos relacionados com o cooperativismo.[283]
O Patrimônio Histórico também catalogou, no estado, vários monumentos de importância arquitetônica e histórica, como a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba, a casa na qual morreu o general Carneiro, em Lapa, a histórica residência dos jesuítas, e a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, em Paranaguá.[139]
As principais festas religiosas do estado são a de Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá[284], a de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba,[285] e a Congada da Lapa, de procedência africana e em honra a São Benedito, na cidade de Lapa.[286] A quantidade de eventos artístico-culturais paranaenses é riquíssima e variada e apresenta o Festival Folclórico e de Etnias do Paraná,[287] o Internacional de Música de Londrina,[288] o de Dança de Cascavel,[289] o de Teatro de Curitiba[290] e o de inverno de Antonina.[291]
As diversas origens de sua população são testemunhadas pela cozinha paranaense.[296] A exemplo da feijoada brasileira, o prato mais característico do estado é o barreado, de origem açoriana é bastante degustado em todo o litoral paranaense, tem como ingrediente principal o cozimento da carne, por longo tempo, em panela de barro, até desfiar.[296][297] O churrasco constitui, como em todo o sul, um dos pratos mais típicos do interior, junto dos alimentos apreciados pelas comunidades de imigrantes alemães, poloneses e italianos.[296]
Pontos turísticos
Atravessado por estradas e repleto de restaurantes, o Paraná constitui um estado muito convidativo ao turismo.[298] São dignas da atenção do turista a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com o jardim zoológico),[299] os monumentos históricos de Paranaguá, Guaratuba, e Lapa, e especialmente a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, uma das obras mais conhecidas da engenharia brasileira. Dos trens que a cortam, avista-se um grandioso panorama que compreende, simultaneamente, paisagens serranas e litorâneas.[300]
Antônio Rebouças, irmão (prematuramente morto) do engenheiro, monarquista e abolicionista André, projetou a ferrovia, no segundo reinado.[301] Contra a hipótese de peritos estrangeiros convidados pelo governo para dar opinião, a estrada, acessível ao trânsito desde 1885,[302] foi aberta em um traço em linha de simples aderência.[300] Possui 111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis,[302] doze dos quais foram cavados na rocha viva, além do arrojado viaduto Vicente de Carvalho, com 84 m.[302] Várias destas obras de arte foram criadas para superar os trechos mais complicados. Elas também são tidas como muito audaciosas, para a topografia da região.[300]
No Estado do Paraná, só há um feriado estadual: o dia 15 de novembro — Dia de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do estado. Este feriado foi oficializado através da Lei estadual nº 18.297/2014.[322]
O Estado não possui data magna. Em 2014, foi apresentada e aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná uma lei que instituía a dissolução do polêmico feriado da emancipação política do estado, passando a ser ponto facultativo. O feriado não era cumprido pelas empresas públicas e particulares.[323]
↑Potamônimo ou potamónimo é um vocábulo que define um topónimo que tem origem num nome de um rio.
↑O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao ex-deputado estadual do Paraná e catarinense de nascimento, falecido em 30 de agosto de 1999.
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Ligações externas
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«Página do IBGE sobre o Paraná». Inclui informações e dados gerais tais como capital, população, densidade demográfica, educação, agricultura, etc.
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