A Estação São Joaquim é uma das estações da Linha 1–Azul e, futuramente, da Linha 6–Laranja do Metrô de São Paulo. Foi inaugurada em 17 de fevereiro de 1975 e está localizada na Avenida da Liberdade, 1033, no distrito da Liberdade.[4][5]
História
Linha 1–Azul
O projeto da Estação São Joaquim foi elaborado entre 1967 e 1968 pelo arquiteto Flávio Marcondes.[2] A desapropriação dos lotes para a construção da estação foi autorizada pelo Decreto Municipal 8656 de 16 de fevereiro de 1970.[6] Durante a divisão das obras da Linha Norte–Sul em onze lotes (depois diminuídos para dez), a Estação São Joaquim foi incorporada ao lote 4. Enquanto os primeiros lotes foram iniciados em dezembro de 1968, o lote 4 acabou envolvido por grande polêmica quando foi inicialmente vencido pelo consórcio Metronors. O consórcio Metronors acabou denunciado por ter entre seus integrantes a empresa alemã Hochtief. A Hochtief foi uma das empresas que elaborou o projeto da linha entre 1967 e 1969 e acabou contratada pelo Metrô para a fiscalização das obras. De acordo com as regras vigentes da licitação, ela não poderia construir uma obra cujo projeto elaborou e fiscalizaria. Dessa forma, o consórcio Metronors foi desclassificado, e o lote 4 acabou dividido em 4–Norte e 4–Sul.[7] A contratação das obras, que deveria ter ocorrido em setembro de 1969, ocorreu apenas em maio de 1971, quando a Camargo Corrêa foi contratado para o lote sul (segunda colocada da licitação cancelada anteriormente)[8] e a construtora Mendes Junior para o lote norte.[9]
Naquele momento, a Estação São Joaquim era uma das mais atrasadas do projeto. Após exigir ritmo intenso, o Metrô anunciou, no início de 1972, que as obras haviam evoluído em dez meses e alcançado o mesmo patamar das demais da linha.[10] As obras foram inauguradas em 17 de fevereiro de 1975, como parte da inauguração do trecho Vila Mariana–Liberdade.[11]
Em 2010, a estação recebeu elevadores para torná-la totalmente acessível.[12]
Linha 6–Laranja
O projeto da Linha 6–Laranja surgiu após reivindicação da população da Freguesia do Ó. Depois de quinze anos de reivindicação, a Companhia do Metropolitano de São Paulo incluiu um projeto de metrô para o bairro no Plano Integrado de Transportes Urbanos - Horizonte 2025 (PITU-2025). Durante a elaboração do projeto, foi decidido que uma das estações da Linha 6 seria São Joaquim, para permitir a integração com a Linha 1–Azul. Segundo o estudo de impacto ambiental da linha (considerando o cenário Bandeirantes–Cidade Líder), a estação terá um movimento de embarque diário previsto de 121 830 passageiros.[13]
Com a mudança do projeto (reduzido para Brasilândia–São Joaquim), será uma das estações terminais da Linha 6 e a principal estação de transferência de toda a linha.[14] Para a construção da estação, foram desapropriadas quatro áreas ao redor da estação da Linha 1-Azul (em um total de 5 693,8 metros quadrados, por meio do decreto estadual número 58 025, de 7 de maio de 2012.[15][16] O projeto arquitetônico da estação, que prevê 16 098,27 metros quadrados de área construída, foi elaborado entre 2011 e 2012 pelo escritório Tetra Projetos e pela empresa Setepla Tecnometal.[3]
Em abril de 2015, foi iniciada a demolição dos imóveis desapropriados. Antes da conclusão dessa etapa, o projeto foi paralisado por falta de recursos pela concessionária Move São Paulo, em setembro de 2016.[17] Após a troca do controle acionário da concessão da Linha 6, assumido pelo grupo espanhol Acciona, as obras foram retomadas em 6 de outubro de 2020. A previsão para a conclusão das obras é de cinco anos.[1][18]
Demanda média da estação
A média de entrada de passageiros nessa estação é de 39 mil passageiros por dia, segundo dados do Metrô.[19]
Obras de arte
A estação não faz parte do Roteiro da Arte nas Estações (Metrô de São Paulo).[20]
Tabela
A estação é subterrânea, com mezanino de distribuição e plataformas laterais com estrutura em concreto aparente, e tem capacidade para até vinte mil passageiros por dia. Sua área construída é de 6,415 metros quadrados.[4]
Sigla
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Estação
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Inauguração
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Capacidade
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Integração
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Plataformas
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Posição
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Notas
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JQM
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São Joaquim
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17 de fevereiro de 1975
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20 mil passageiros hora/pico
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Bilhete Único da SPTrans
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Laterais
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Subterrânea
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Estação com estrutura de concreto aparente
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Dados da linha
Linha
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Terminais
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Estações
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Principais destinos
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Intervalo entre trens (s)
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Funcionamento
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1 Azul
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Tucuruvi ↔ Jabaquara
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23
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Tucuruvi, Santana, Tiradentes, Luz, Sé, Liberdade, São Joaquim, Paraíso, Santa Cruz, Praça da Arvore, Jabaquara
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90
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Diariamente, das 4h40 à 0h32; Sábados até a 1 hora de domingo
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Referências
- ↑ a b Ricardo Meier (20 de junho de 2024). «Governo Tarcísio afirma ter acertado inauguração da Linha 6-Laranja em outubro de 2026». Diário do Transporte. Consultado em 23 de junho de 2024
- ↑ a b MARCONDES, Flávio (2012). «Reflexão vivencial sobre a produção arquitetônica na cidade de São Paulo» (PDF). Universidade Presbiteriana Mackenzie. Consultado em 8 de fevereiro de 2019
- ↑ a b «Estação São Joaquim». Tetra Projetos. 2012. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ a b Metrô de São Paulo. «Estação São Joaquim». Consultado em 1 de abril de 2019
- ↑ Folha de S. Paulo (jornal) - caderno Cotidiano - 26 de março de 2008 - Prefeito e Serra prometem nova linha de metrô
- ↑ Prefeitura de São Paulo (16 de fevereiro de 1970). «Decreto Municipal 8656». Leis Municipais. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ «Metrô: os trechos 4 e 5 começam mesmo em outubro». Diário da Noite, ano XLIV, edição 13738, 1º caderno, página 7/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de setembro de 1969. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ Câmara dos Vereadores de São Paulo (25 de dezembro de 1971). «O sr. Vicente de Almeida:Discurso proferido na 332ª sessão ordinária realizada em 22 de novembro de 1971 (Rodízio 41)» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Executivo, página 21. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ «Dois bilhões e meio: eis o preço do futuro». Folha de S.Paulo, ano LI, edição 15294, página 6. 1 de maio de 1971. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ «O metrô de São Paulo corre em marcha segura». Folha de S.Paulo, ano LI, edição 15263, página 10. 31 de março de 1971. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ «Depois de mais de 6 anos, o Metrô no centro». Folha de S.Paulo, ano LIV, edição 16779, página 8. 18 de fevereiro de 1975. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ Companhia do Metropolitano de São Paulo (2011). «Desempenho-Acessibilidade» (PDF). Relatório Anual 2010, página 1/republicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ Coordenadoria de Planejamento e Gestão - CPG (dezembro de 2006). «Parte E - A estratégia preferida» (PDF). Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. Consultado em 17 de julho de 2020
- ↑ http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,linha-6-do-metro-tera-3-terminais-e-garagem,859901
- ↑ «Decreto Estadual n° 58025». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 7 de maio de 2012. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ Companhia do Metropolitano de São Paulo (23 de novembro de 2011). «Planta de desapropriação» (PDF). Concessionária Move São Paulo. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ Estadão (8 de setembro de 2016). «Obra parada do Metrô assombra moradores». Associação Nacional de Transportes Públicos. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ G1 SP (5 de outubro de 2020). «Governo de SP diz que obras da Linha-6 Laranja do Metrô serão retomadas nesta terça com investimento de R$ 15 bilhões». G1. Consultado em 25 de outubro de 2020
- ↑ Demanda média da estação e outras estações do Metrô
- ↑ [1] Roteiro de Arte - Metrô de São Paulo
Ligações externas
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● Edificações esportivas ● |
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● Instituições privadas de ensino superior ● |
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● Instituições públicas de ensino superior ● |
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● Institutos e centros de pesquisa ● |
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● Museus e espaços culturais ● |
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