O primeiro projeto para uma estação na região surgiu no final da década de 1980, quando a Cia. do Metropolitano revisou o projeto da Linha Paulista, realizado em 1980. Até então, a Linha Paulista teria nesse trecho três estações de integração (Paraíso, Ana Rosa e Vila Mariana) e entre Vila Mariana e Imigrantes não haveria estação.[4] Com a alteração nos planos, a integração em Vila Mariana foi cancelada, e uma nova estação (Embuaçu) surgiu entre Ana Rosa e Imigrantes.[5]
O governo Fleury anunciou o lançamento do edital de construção do trecho Ana Rosa–Oratório da Linha Paulista em 1991, prevendo a construção da Estação Embuaçu, em posição elevada.[6]
A Cia. do Metropolitano contratou a empresa Setepla Tecnometal[7] para realizar o projeto executivo da estação e as empresas Odebrecht (atual OEC) e Queiroz Galvão, em 1991, para realizar as obras do trecho Ana Rosa–Oratório.[8] Por falta de financiamento (causado pelo endividamento da Cia. do Metropolitano), as obras não saíram do papel até o início da década de 2000.[9] Ainda assim, a Cia. manteve os contratos por meio de aditivos mais tarde considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.[10]
O projeto da estação foi retomado apenas em 2001, quando foi rebatizada como Chácara Klabin pelo governo do estado e acabou sendo reprojetada para ser subterrânea e terminal da Linha 5–Lilás.[9][11] O projeto de expansão de cinco quilômetros entre Ana Rosa e Sacomã (incluindo a Estação Chácara Klabin) foi estimado em um bilhão de reais.[12] As obras da estação, prevendo espaço para a futura Linha 5, foram iniciadas em junho de 2004 e tinham 23 meses como prazo para conclusão. As obras foram concluídas em 9 de maio de 2006, com um mês de atraso, e a estação foi inaugurada pelo governador Cláudio Lembo.[13]
Estação da Linha 5
Após apresentar o projeto da quarta linha de metrô para São Paulo em 1990, a Cia. do Metropolitano inicialmente definiu seus terminais entre a Capela do Socorro e o Paraíso.[14] Em 1995, foi publicado o Programa Integrado de Transportes Urbano (PITU) prevendo, entre outros projetos, a construção da Linha 5 do Metrô entre o Capão Redondo e a futura Estação Embuaçu, com transferência para a Linha 2.[15]
O projeto da Estação Embuaçu foi idealizado para ser executado até 2002, quando a Linha 5 deveria ter sido inaugurada.[16] O projeto causou protestos de moradores, após a divulgação das desapropriações, em áreas tombadas pela prefeitura. Apesar dos protestos e petições de alteração do traçado, o projeto foi mantido.[17]
Por falta de recursos, as obras da estação, rebatizada Chácara Klabin, da Linha 5 ficaram paralisadas até 2009, quando a Cia. do Metropolitano realizou a primeira licitação das obras. Antes da divulgação do resultado oficial da licitação, o jornalista da Folha de S.PauloRicardo Feltrin registrou em cartório o resultado da licitação, que se revelou exatamente o mesmo divulgado oficialmente pela Cia. do Metropolitano meses mais tarde.[18] A Cia. do Metropolitano e o Ministério Público realizaram investigações sobre um suposto conluio entre as empresas construtoras.[19] Assim, as obras da estação foram iniciadas apenas em julho de 2011.[20]
A Estação Chácara Klabin da Linha 5 foi inaugurada em 28 de setembro de 2018.[21]
Informações gerais
Características da estação da Linha 2–Verde
Estação subterrânea com plataforma central e estrutura em concreto aparente.[22]
Características da estação da Linha 5–Lilás
Estação subterrânea executada em vala a céu aberto (VCA), com estrutura em concreto aparente e cobertura do acesso principal com cúpula de aço e vidro, para iluminação natural. Conta com um acesso, com escadas rolantes nos dois sentidos e elevadores para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Possui mezanino com bilheterias e distribuição de passageiros, além de duas plataformas laterais.[23]
Obras de arte
"Totem Florafauna" (painel), Marcos Lopes, pintura automotiva sobre chapas de alumínio (2009), esmalte semi-brilho e chapas de alumínio (6,80 m x 3,00 m), instalado no acesso à plataforma da Linha 2-Verde.[24]
↑Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos S. A. - EMTU/SP (1980). Terceira linha do metrô de São Paulo : estudo de viabilidade técnico-econômico-financeira. [S.l.]: Projeto Editores Associados. p. 59
↑Companhia do Metropolitano de São Paulo (1990). Relatório da Administração 1989. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. p. 10
↑Companhia do Metropolitano de São Paulo (14 de novembro de 1991). «Expansão: Trecho Ana Rosa - Oratório»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno: Suplemento - Executivo, página 47. Consultado em 1 de agosto de 2021
↑Companhia do Metropolitano de São Paulo (5 de novembro de 1994). «Processo 4083121001»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno: Ineditoriais, página 14. Consultado em 2 de agosto de 2021
↑Companhia do Metropolitano de São Paulo (16 de abril de 1992). «Relatório da Administração - 1991»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno: Ineditoriais, página 159. Consultado em 1 de agosto de 2021
↑Governo do Estado de São Paulo-Secretaria dos Transportes Metropolitanos (1995). «Mapa do transporte metropolitano de São Paulo»(PDF). Biblioteca Virtual Emplasa. Consultado em 2 de agosto de 2021
↑Marisa Folgato (30 de agosto de 1999). «Linha 5 terá estação sobre o Rio Pinheiros». O Estado de S. Paulo, ano 120, edição 38667, caderno Cidades, página C1. Consultado em 2 de agosto de 2021