Atualmente existem planos para privatizar a linha. O então governador Geraldo Alckmin anunciou, em uma reunião do conselho gestor das PPPs, que as linhas 15–Prata e 17–Ouro serão concedidas à iniciativa privada, por conta das dificuldades financeiras do estado na expansão e manutenção da rede metroferroviária.[4][5]
História
Os primeiros estudos sobre a expansão do metrô para o distrito de Vila Prudente datam do final da década de 1970, quando a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) atualizou o plano HMD de 1968.[6] Em 1980, foi apresentado o projeto detalhado, intitulado "Terceira Linha do Metrô de São Paulo" (atual Linha 2–Verde), apresentando a Estação Oratório. Sua localização era prevista para uma grande gleba livre diante da Avenida Professor Luis Inácio de Anhaia Melo, entre a Rua São João do Sabugi e a Avenida Alberto Ramos (a cerca de 260 metros da estação atual). Naquele trecho, os técnicos do metrô previam a construção de uma estação elevada em relação ao nível do solo, em um viaduto de concreto. Ao lado da estação, haveria um terminal de ônibus com oito linhas municipais e duas metropolitanas.[7]
Apesar de as obras da Linha 2 terem sido iniciadas em 1987 prevendo a construção da estação Oratório, cujo projeto acabaria licitado em 1991 (com vitória da construtora Queiroz Galvão), as obras nunca saíram do papel.[8]
Mesmo assim, Oratório continuou em alguns dos projetos do Metrô, como a Rede Essencial (2006) — em que seria terminal da futura linha Freguesia do Ó–Oratório —,[9] o Plano Integrado de Transportes Públicos 2025 (2007)[10] e como um ramal da Linha 2–Verde.[11] Naquela época, a Prefeitura de São Paulo havia lançado a segunda fase do Expresso Tiradentes, que previa a implantação de um corredor de ônibus entre Vila Prudente e Cidade Tiradentes, passando pela área da futura Estação Oratório.[12] Esse projeto foi substituído pelo projeto do monotrilho.[13]
Para acelerar a construção, o Metrô não realizou uma nova licitação e reaproveitou o contrato de construção de 1991, readequando valores e o escopo de projeto para permitir a construção das estações Vila Prudente e Oratório do monotrilho. Para reforçar juridicamente o reaproveitamento do contrato (e evitar questionamentos legais), o trecho foi intitulado como expansão da Linha 2—Verde (enquanto a real expansão da Linha 2 até a Penha foi chamada de Linha 15–Branca). Posteriormente, essa manobra jurídica foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado, e a linha do monotrilho foi rebatizada como Linha 15–Prata.[14]
A Estação Oratório começou a ser construída em novembro de 2009. O primeiro trecho da Linha 15, que inclui as estações Vila Prudente e Oratório, estava com inauguração prevista para o segundo semestre de 2013, enquanto a Estação São Lucas estava prevista para 2014.[15]
A Linha 15–Prata foi inaugurada oficialmente em 30 de agosto de 2014, inicialmente em horário restrito, das 10 às 15 horas. Posteriormente, o seu horário de funcionamento foi ampliado, e os trens passaram a circular das 7 às 19 horas. A partir de 20 de dezembro, a Linha 15 passou a funcionar das 6 às 20 horas entre as duas estações. Somente a partir de 26 de outubro de 2016 é que a linha passou a funcionar em horário integral, das 4h40 à meia-noite.[16]
Essas limitações no horário de funcionamento foram necessárias para que fossem concluídos os protocolos de testes dos equipamentos e sistemas, por se tratar de um sistema novo na época, além de garantir a segurança dos usuários e o funcionamento da linha.[17][18][19]
Pátio Oratório
O pátio da Linha 15 foi construído nas proximidades da Estação Oratório, em uma planta industrial desativada da empresa têxtil Coats Corrente. Com uma área total de noventa mil metros quadrados, o Pátio Oratório possui 25 mil metros quadrados de área construída, dividida por 31 prédios/edificações para atender administração, central de controle e operação, manutenção e limpeza da Linha 15. Possui capacidade para abrigar 26 trens.[20][21]
Características
Assim como as estações Sacomã e Tamanduateí, da Linha 2–Verde do metrô convencional, a Estação Oratório possui portas de plataforma e portas de vidro nas linhas de bloqueio. A estação é elevada, com plataforma central, e fica localizada a uma altura entre doze e quinze metros.
A estação foi construída em uma estrutura de concreto aparente, com fechamentos laterais em alvenaria e vidro e cobertura em estrutura metálica e telhas de alumínio.
A Estação Oratório possui dois acessos. O primeiro deles fica localizado em um bloco entre as avenidas do Oratório e Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, em uma área construída de 3 047,80 metros quadrados. O segundo acesso está localizado na confluência entre as ruas Nupeba e São Gotardo, com uma área construída de 1 670,10 metros quadrados.
A área total construída para a estação é de 5 408 metros quadrados. Ela possui um total de três escadas fixas e sete escadas rolantes, distribuídas entre os acessos e o prédio principal da estação. Os dois acessos possuem uma escada fixa no meio e duas escadas rolantes adjacentes. O restante das escadas está distribuído entre o mezanino de acesso e a plataforma da estação. Além disso, a estação possui elevadores para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e um paraciclos para o ciclistas que utilizam a ciclovia ao longo da linha.[22]
Plataforma 1:Linha 15–Prata do Metrô de São Paulo
Via a: Sentido Jardim Colonial
Via b: Sentido Vila Prudente
(Obs.: Sentidos acima indicam como será a estação quando a linha for concluída)
Referências
↑«Portfólio»(PDF). Luiz Esteves Arquitetura. Consultado em 23 de março de 2019
↑PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (1979). Leste-Oeste: em busca de uma solução integrada. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. p. 43
↑EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTE URBANO (1980). Terceira Linha do Metrô de São Paulo:. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. 183 páginas
↑«Requerimento de informação 273»(PDF). Assembleia Legislativa de São Paulo. 8 de outubro de 2013. Consultado em 19 de dezembro de 2019
↑COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO (2006). Rede Essencial: Trechos Prioritários. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. 100 páginas
↑Secretaria dos Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo (2008). «Parte E: a parte estratégica»(PDF). Plano Integrado de Transportes Urbanos (2025). Consultado em 19 de dezembro de 2019
↑PRATA, José Expedicto; SOUZA, Ana Odila De Paiva (2006). Expresso Tiradentes:transformar e urbanizar o ambiente. [S.l.]: Secretaria Municipal de Transportes. 251 páginas !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)