Geraldo Alckmin (561)
José Genoino (84)
Titular Geraldo Alckmin PSDB
Eleito Geraldo Alckmin PSDB
Aloizio Mercadante Romeu Tuma Orestes Quércia Zé Aníbal Cunha Bueno
Titular(es) José Serra e Romeu Tuma PSDB e PFL
Eleito(s) Aloizio Mercadante e Romeu Tuma PT e PFL
As eleições estaduais em São Paulo em 2002 ocorreram em 6 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados.[1] Foram eleitos o governador, o vice-governador, dois senadores, setenta deputados federais e 94 estaduais. Como nenhum candidato a governador obteve metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 27 de outubro e, conforme a Constituição, a posse do governador e de seu vice-governador eleitos se daria em 1º de janeiro de 2003 para quatro anos de mandato.[2][3][nota 1]
O governador eleito em 1994 e reeleito em 1998, Mário Covas (PSDB), faleceu em março de 2001. O vice-governador, Geraldo Alckmin (PSDB), foi empossado governador e concorreu à reeleição em 2002. No primeiro turno, Alckmin recebeu 38,2% dos votos, superando José Genoino (PT), com 32,4%, e Paulo Maluf (PPB), com 21,3%. No segundo turno, Alckmin foi reeleito com 58,6% dos votos, obtendo 3,5 milhões de votos a mais que Genoino. Cláudio Lembo (PFL) elegeu-se vice-governador.
Nas eleições para o Congresso Nacional, Aloizio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (PFL) foram eleitos senadores da República com 29,8% e 20,7% dos votos, respectivamente. Para a Câmara dos Deputados, o PT elegeu dezoito deputados federais e o PSDB, onze. Oito deputados federais eleitos eram filiados ao PFL, seis ao PRONA, cinco ao PTB e cinco ao PSB. A Assembleia Legislativa ficou composta por 23 deputados do PT, dezoito do PSDB, oito do PPB, seis do PTB, seis do PFL, cinco do PPS e cinco do PV, com as demais 23 vagas sendo ocupadas por políticos filiados a outros nove partidos.
Médico formado na Universidade de Taubaté, Geraldo Alckmin nasceu em Pindamonhangaba, onde chefiou o Departamento de Anestesiologia da Santa Casa de Misericórdia e em Lorena foi professor no Centro Universitário Salesiano de São Paulo e no Instituto Santa Teresa. Eleito vereador em sua cidade natal pelo MDB em 1972, assumiu a presidência da Câmara Municipal no curso da legislatura e em 1976 foi eleito prefeito de Pindamonhangaba. Com a restauração do pluripartidarismo no governo do presidente João Figueiredo, ingressou no PMDB e por esta legenda foi eleito deputado estadual em 1982 e deputado federal em 1986. Dois anos depois foi um dos fundadores do PSDB e subscreveu a Constituição de 1988, reelegendo-se deputado federal em 1990.[4][5][6][2] Voto favorável ao impeachment de Fernando Collor em 1992,[7] foi eleito vice-governador de São Paulo na chapa de Mário Covas em 1994 e reeleito em 1998. Candidato à prefeitura de São Paulo no ano 2000, sequer chegou ao segundo turno. No início do ano seguinte tornou-se governador interino por conta do afastamento do titular e, após a morte de Covas em 6 de março de 2001, foi efetivado governador.[8] Alckmin concorreu à reeleição em 2002, sendo reeleito no segundo turno após derrotar o petista José Genoino.[9]
Advogado natural de São Paulo e formado pela Universidade de São Paulo, Cláudio Lembo trabalhou no Banco Itaú, onde permaneceu por quase quarenta anos. Professor da Universidade Mackenzie, nela chegou ao Doutorado e depois foi reitor. Membro da ARENA, foi Secretário de Negócios Extraordinários na gestão de Olavo Setúbal como prefeito de São Paulo e assumiu a presidência estadual do partido. Derrotado por Franco Montoro na eleição para senador em 1978, retornou à vida política ao ingressar no PFL. Ligado a Marco Maciel, foi chefe de gabinete do referido político no Ministério da Educação e o assessorou na vice-presidência da República. Serviu à prefeitura da capital paulista como secretário de Assuntos Jurídicos na segunda gestão de Jânio Quadros e foi candidato a vice-presidente na chapa de Aureliano Chaves em 1989. Secretário de Planejamento na segunda administração Paulo Maluf na prefeitura paulistana, foi eleito vice-governador na chapa de Alckmin após deixar a reitoria da Mackenzie em 2002 e após quatro anos assumiu o governo quando o titular renunciou para disputar o Palácio do Planalto.[10]
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 19.606.699 votos nominais.[1]
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral houve 20.479.682 votos nominais.[1]
Filho do general reformado Osvaldo Muniz Oliva,[13] o economista Aloizio Mercadante nasceu em Santos e fez oposição ao Regime Militar de 1964 quando estudava na Universidade de São Paulo, onde se formou em 1976. Dois anos mais tarde obteve o Mestrado pela Universidade de Campinas e passou a lecionar na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, chefiando o Departamento de Economia e coordenadno o Núcleo de Pesquisas. Doutor em Economia pela Universidade de Campinas em 1988, antes presidira a Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (ANDES) no governo João Figueiredo e figurou entre os fundadores da Central Única dos Trabalhadores.[14] Membro do diretório nacional do PT, elegeu-se deputado federal em 1990, votou pela abertura do processo de impeachment de Fernando Collor em 1992 e foi candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 1994, porém não se elegeu.[7] Em 1998, foi eleito deputado federal.[15]
Nascido em São Paulo e Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Romeu Tuma ingressou na polícia civil em 1951 e ocupou os cargos de agente, investigador e delegado de polícia antes de ser nomeado assessor de Sérgio Fleury no Departamento de Ordem Política e Social. Quando Paulo Egydio Martins era governador de São Paulo, Tuma assumiu a direção do DOPS por desígnio do secretário de Segurança, Erasmo Dias. Superintendente da Polícia Federal em São Paulo no governo do presidente João Figueiredo, foi diretor-geral do órgão por escolha de José Sarney. Mantido no cargo por Fernando Collor, acumulou-o com o de secretário da Receita Federal e em 1991 assumiu uma das vice-presidências da Interpol.[16] Dono de uma carreira policial onde atuou nos casos dos nazistas Gustav Wagner e Josef Mengele e do mafioso Tommaso Buscetta, foi assessor especial do governador Luiz Antônio Fleury Filho. Primo de Nicolau Tuma e pai de Robson Tuma, foi eleito senador pelo PL em 1994. Após uma rápida incursão no PSL mudou para o PFL e disputou, sem sucesso, a eleição para prefeito de São Paulo no ano 2000, porém renovou o mandato de senador em 2002. Faleceu em outubro de 2010, mês em que tentara, sem êxito, mais uma reeleição. Pelo restante do mandato, até o início de fevereiro de 2011, foi substituído por Alfredo Cotait, seu primeiro suplente.[17][16]
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 35.138.195 votos nominais.[1]
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[19] Enéas Carneiro, do PRONA, elegeu-se deputado federal com 1,5 milhão de votos. Enéas tornou-se, assim, o deputado federal mais votado da história do Brasil, até então. Sua votação efetivamente elegeu outros cinco deputados de seu partido que, juntos, receberam 20.235 votos.[20][21]
Foram escolhidos 94 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de São Paulo.[1][3]
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