Irapuan Teixeira (Porto Alegre, 7 de dezembro de 1948) é ex-deputado federal que foi filiado ao Progressistas (PP) de 2003 a 2018.[1]
Carreira política
Irapuan debutou em eleições em 1992, quando concorreu à câmara de vereadores de Porto Alegre pelo Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA). Obteve 372 votos e não foi eleito.[2] Repetiu a candidatura em 1996, mas também não conseguiu se eleger. Disputou o governo do Rio Grande do Sul em 1994, ficando em penúltimo lugar dentre os 6 candidatos participantes, com 1,08% dos votos válidos.[3] Em 1998, foi candidato à Vice-Presidência da República também pelo PRONA.[4]
Por ser professor universitário[carece de fontes], seu nome político foi registrado como "Professor Irapuan Teixeira", norma essa institucionalizada pelos Tribunais Regionais Eleitorais, que registram a forma gráfica com a qual o candidato é mais conhecido.
Em 2002, ainda filiado ao PRONA, elegeu-se deputado federal pelo estado de São Paulo, com apenas 673 votos.[5] Em 2003 deixou o partido para se filiar ao Partido Progressista (PP), do qual se tornou vice-líder de bancada no Congresso Nacional,[1] membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e Presidente da Frente Parlamentar Mista de Ensino a Distância[carece de fontes]. Para Enéas Carneiro, fundador do partido que elegeu Irapuan, ele foi um traidor.[5]
Como deputado federal, apresentou 14 projetos de lei, dos quais nenhum foi aprovado.[6] Dentre suas proposições figuravam "tornar obrigatória a adoção da Bíblia Sagrada como livro didático na disciplina de história nas escolas do ensino médio"[7] e instituir, como pena extra para indivíduos condenados "em dois ou mais homicídios dolosos, cuja pena seja igual ou superior a trinta anos de reclusão", a doação compulsória de "órgãos duplos (córnea, rim, pulmão), além da medula ou 1/3 do fígado".[8]
Várias inconsistências em seu currículo apresentado na Câmara dos Deputados foram denunciadas pela Revista Época em 2006.[5] Por exemplo, Irapuan dizia ter bacharelado, mestrado e doutorado em Teologia pela FAT (Fundação André Tosello), mas a entidade não oferece cursos de Teologia, e sim de Tecnologia, e afirmou desconhecer o deputado-professor Irapuan; dizia também possuir doutorado em Filosofia pela FCU (Florida Christian University), mas no site da universidade só há menção a dois cursos de doutorado: em Bíblia e Teologia, e em Pregação; dizia ainda ter mestrado em Educação e pós-doutorado em Filosofia pela AWU (American World University), mas os títulos foram concedidos pela AWU brasileira, e a instituição americana diz que os diplomas brasileiros são fraudulentos.[5]
Referências
Ligações externas