Seu primeiro sucesso editorial foi A Ilha, relato de uma viagem a Cuba.[5] A partir daí, abandonou a rotina das redações para se dedicar à literatura. Pesquisador dedicado e exímio no tratamento de textos, publicou biografias e reportagens que venderam mais de cinco milhões de exemplares no Brasil e em outros países.[6]
Em 2003, tentou uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas foi derrotado por Marco Maciel, ex-senador e ex-vice-presidente da República.[7] Em 2006 assumiu assento na Academia Marianense de Letras, em sua cidade natal.[8]
Esta reportagem sobre Cuba tornou-se um dos maiores sucessos editoriais brasileiros e se converteu num ícone da esquerda brasileira nos anos 70. Reeditada em 2001, a obra, ampliada, inclui um caderno de fotos e um prefácio em que Morais apresenta suas impressões sobre a ilha 25 anos depois da primeira viagem.
Reeditada em 1994, narra a trajetória trágica de Olga Benário, recrutada pelo governo soviético para dar proteção ao líder comunista brasileiro Luís Carlos Prestes, com quem viveria um romance antes de ser presa e deportada pelo governo Vargas e morta na Alemanha nazista.
Biografia de Assis Chateaubriand, na qual são narrados sem retoques os expedientes pouco ortodoxos por ele utilizados para construir seu império jornalístico.
Reconstitui a mais sangrenta página da história da imigração japonesa, a aventura da Shindo Renmei e sua vingança contra os corações sujos, assim chamados os japoneses acusados de trair sua pátria por "acreditarem" na derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.
2003
Cem Quilos de Ouro
Coletânea na qual o autor apresenta e comenta doze reportagens assinadas por ele entre as décadas de 1970 e 1990.
Logo após o lançamento da edição americana da biografia Olga, os direitos de sua adaptação para filme foram adquiridos por um estúdio de Hollywood. Produtores americanos chegaram a anunciar que Al Pacino interpretaria Prestes.
O livro Chatô, o Rei do Brasil acabou por protagonizar um dos capítulos mais controversos da história do cinema brasileiro. Os direitos para o cinema foram adquiridos por Guilherme Fontes, ator sem maior experiência na produção de longas-metragens. As filmagens foram iniciadas em 1995 mas foram logo interrompidas por falta de recursos financeiros. Novas captações, autorizadas pelo Ministério da Cultura, foram feitas, mas após Fontes haver consumido R$8,6 milhões as filmagens foram definitivamente canceladas com a recusa do Tribunal de Contas da União em aceitar a prestação de contas do produtor.