A cidade faz parte da região metropolitana de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.[7]
História
O marco inicial de fundação da cidade se deu em lugar usado para pouso de boiadas, em 1906, à margem esquerda do córrego Cerradão. O local foi escolhido pelo fundador José Crescêncio de Souza, para construir os três primeiros casebres de pau-a-pique, na via que ficou conhecida como "Rua do sapo", onde havia muitos desses anfíbios. Atualmente esse ponto é o cruzamento da Rua 13 de Maio, antiga Rua do Comércio e primeiro centro da povoação, com a Avenida 9 de Julho.
Dois anos depois, em 1908, se juntaram os irmãos Manuel, Justino e Carlos Rodrigues de Sant'Anna, que decidiram doar treze alqueires de terra à Igreja para constituição de um Patrimônio. O pequeno povoado que se formava tomou emprestado o nome do riacho à beira do qual nasceu. A primeira capela foi construída em 1913, tendo como padroeiro, São João Batista. No ano seguinte, pela "Lei Nº. 1.415" de 7 de julho de 1914, a Vila Cerradão é alçada à Distrito de Paz.
A partir de 1918, quando Antônio Gonçalves da Silva assume o cargo de escrivão de paz, ocorrem importantes avanços, tornando-se ele, um dos principais líderes pela emancipação política da localidade. Desse esforço, por determinação da Lei Nº 2.007 de 23 de dezembro de 1924, o distrito é transferido do município de São José do Rio Preto para o de Mirassol, com a denominação de José Bonifácio, em homenagem ao Patriarca da Independência do Brasil.
Constrói-se a estrada interligando o distrito, desde o Salto do Avanhandava até Rio Preto. Cria-se o Correio Federal, fundam-se as Escolas Reunidas, além de iniciar o arruamento da sede distrital. A antiga capela é substituída em 1919 por outra de alvenaria, com a frente para a atual Avenida Campos Sales, ou seja, voltada para o nascer do Sol. Essa capela, na década de 1940, foi demolida, após ser edificada a atual igreja, face a face à anterior, contrariando a tradição, acima citada, para aproveitar o largo existente. O autor desse templo foi o Cônego Maurício Caputo, que contratou o construtor bonifaciano, Manoel da Silva Oliveira. Por fim, Monsenhor Ângelo Angioni concretiza, na década de 1990, o sonho acalentado desde a origem, de ter as naves laterais em forma de cruz, com as ampliações concluídas da matriz.
Decorridos vinte anos da fundação, pela Lei Nº 2.177 de 28 de dezembro de 1926, é criado o Município de José Bonifácio, instalado solenemente em 6 de junho de 1927, sendo eleitos para primeiro presidente da Câmara Municipal João Domingues do Amaral e, Pedro Brandão dos Reis, primeiro vice-presidente. O primeiro prefeito foi Carlos Cassetari e primeiro vice-prefeito, Saturnino da Silva Queiroz.
Completando o ciclo, a Comarca de José Bonifácio foi criada em 30 de novembro de 1938, pelo Decreto Nº 9.775, desmembrando-se da Comarca de Rio Preto. O Dr. Euclides Custódio da Silva foi designado primeiro juiz de direito e o Dr. Joaquim Bandeira de Melo o primeiro promotor público da Comarca de José Bonifácio.[8]
Geografia
Localiza-se a uma latitude 21º03'10" Sul e a uma longitude 49º41'18" Oeste, estando a uma altitude de 458 metros.
Possui uma área de 859,9 km².
Hidrografia
Rio Tietê;
Ribeirão da Boa Vista;
Ribeirão do Cerradão;
Ribeirão da Corredeira;
Ribeirão da Fartura;
Ribeirão dos Ferreiros;
Ribeirão do Jacaré.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em José Bonifácio foi de 0,7 ºC, ocorrida no dia 28 de junho de 2013. Já a máxima foi de 41,3 ºC, observada no dia 30 de outubro de 2012. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 110,0 mm, em 24 de dezembro de 1998].[9] Em 16/10/2014 foi registrada a segunda maior temperatura, de 40,2 ºC[10]
Desde a fundação, as atividades agrícolas mantém a base sócio econômica do município, destacando-se a rizicultura. Aos poucos, novas culturas foram sendo introduzidas, entre elas o café, milho e soja. A pecuária, outra atividade de grande importância local, também promoveu o desenvolvimento de José Bonifácio que, além da alta produção de leite, possibilitou a instalação de indústrias de conservação de carnes, tanto bovinas como suínas.[14]
A cidade era atendida pela Cia. Telefônica Rio Preto,[15][16] empresa administrada pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB),[17] até que em 1973 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[18] que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[19] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[20] para suas operações de telefonia fixa.
↑Jorge Bitar, Emílio Capobianco, Abilio Cavalheiro e Paulo Larito. «História da Cidade no site da Prefeitura». josebonifacio.sp.gov.br. Consultado em 13 de Julho de 2011 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo). «Dados Meteorológicos - São Paulo». Consultado em 15 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2012