Sua economia está baseada na extração de basalto, na agricultura, pecuária, na indústria e no comércio.
História
A história de São Domingos do Sul se inicia por volta do ano de 1894, após a criação pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul da Colônia Guaporé e com a chegada dos primeiros colonizadores. A área possuía poucos habitantes, alguns caboclos e posseiros que viviam da agricultura e pecuária.
Os primeiros colonizadores eram de origem alemã, dentre eles: Pedro Nicolau Kich, Jacó Poder, Christiano Mohr, Teodoro Clark, oriundos dos municípios de São Sebastião do Caí e Venâncio Aires. Alguns não resistiram aos confrontos que constantemente ocorriam com os caboclos e se retiraram.[7]
A partir de 1900 algumas famílias de origem italiana se instalaram na área, procedentes de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi, Veranópolis e Antônio Prado. Entre elas encontravam-se as famílias de: Vincenzo Lavratti, José Poletto, Modesto Favero, Santo e Angelo Castellani, Jeronymo Busato, Vergilio Tosatti, José Gatto, Firmo Contini, Josué Mezzomo, Domingos Brugnera, Ferdinando Cerbaro, João Canalle, Guerino e Guilherme Matté, Damiano Motter, Giacomo Dalla Rosa, Lorenzo Vanini, entre outras. A primeira casa em pedra foi construída por José Poletto, a qual, além de residência, servia de bodega e loja comercial.[8]
Com a chegada destas e outras famílias, que se uniram com as famílias alemãs e as de poloneses, foi surgindo o primitivo povoado denominado de Barracão, nome que originou-se de um casarão existente na localidade, tido como casa de pasto e pouso de carreteiros. Por volta de 1910, surgiu o primeiro moinho de milho de Teodoro Clark. A seguir foram se instalando o primeiro moinho de trigo e ferraria, o que foi contribuindo para o crescimento do povoado. Somente em 1916 surgiu a primeira escola, tendo como regente o sr. Jeronymo Busato, um dos primeiros comerciantes.
A firma Bertazzo, dona de terras, vendia em forma de lotes urbanos e rurais. Cada colônia de terras custava em média 500 mil réis e normalmente cada colono possuía uma ou mais colônias.
O povoado foi elevado a condição de 6º distrito com a denominação de São Domingos, por Ato Municipal de 16-09-1919 e como 9º distrito pelo Ato Municipal nº 60, de 23-04-1925, subordinado ao município de Guaporé. Pelo Decreto-Lei nº 720, de 29-12-1944, o distrito de São Domingos passou a denominar-se Quatipi. Pela Lei nº 120, de 29-11-1949, o distrito de Quatipi passou a denominar-se São Domingos do Sul.[8] O Decreto Estadual nº 7.199, de 31-03-1938, elevou o distrito de São Domingos à categoria de vila.
Pela Lei nº 2.525, de 15-12-1954, o distrito de São Domingos do Sul deixa de pertencer ao município de Guaporé, sendo anexado ao novo município de Casca. Elevado à categoria de município com a denominação de São Domingos do Sul, pela Lei nº 8.436, de 08-12-1987, desmembrado de Casca. Pela Lei nº 85, de 05-12-1990, é criado o distrito de Santa Gema.[8]
Cronologia
1894: início da colonização e ocupação dos lotes rurais;
1906/1907: criação da capela de São Domingos;
1919: povoado elevado a condição de distrito no município de Guaporé, abrangendo o atual território, bem como o do atual município de Vanini;
1925: criação da paróquia;
1954: anexado ao novo município de Casca como 2º distrito;
1987: emancipação político-administrativa.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 28º31'51" sul e a uma longitude 51º53'16" oeste, estando a uma altitude de 660 metros.
Possui uma área de 78,61 km², seu bioma é a Mata Atlântica e sua população de acordo com o Censo IBGE/2010 é de 2.926 habitantes e estimada de 3.091 pessoas pelo Censo IBGE/2021.
Etnicamente o município é formado por 65% de italianos, 30% de poloneses, 3,5% portugueses e 1,5% de alemães.
O município tem acesso principal a rodovia ERS-129.
Subdivisões
Compõem o município dois distritos: Santa Gema — ao sul, com cerca de mil habitantes (2000)[9] — e São Domingos do Sul (sede).[8]
Anualmente no mês de janeiro, ocorre na cidade a romaria Vocacional em memória do Servo de DeusMonsenhor João Benvegnú, que faleceu no dia 3 de janeiro de 1986. Milhares de pessoas acompanham as celebrações. No ano de 2008 teve início o processo de beatificação do Monsenhor João Benvegnú junto a Igreja Católica. Em agosto de 2011, o Vaticano reconheceu o Monsenhor João como Servo de Deus. Ao lado da Igreja Matriz, há um jazigo onde o sacerdote está sepultado, local visitado por milhares de fiéis, que vêm de vários lugares do Brasil em busca de milagres.[10]