José Serra

José Serra
José Serra
Senador por São Paulo
Período 1°- 1º de fevereiro de 1995
até 1º de fevereiro de 2003[a]
2°- 1º de fevereiro de 2015
até 1º de fevereiro de 2023[b]
Antecessor(a) Eduardo Suplicy
Sucessor(a) Marcos Pontes
15.º Ministro do Planejamento e Orçamento do Brasil
Período 1º de janeiro de 1995 até 30 de abril de 1996
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Beni Veras
Sucessor(a) Antônio Kandir
133.º Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Período 12 de maio de 2016 até 22 de fevereiro de 2017
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Mauro Vieira
Sucessor(a) Marcos Abbott Galvão (Interino)
58.º Governador de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2007 até 2 de abril de 2010
Vice-governador Alberto Goldman
Antecessor(a) Cláudio Lembo
Sucessor(a) Alberto Goldman
49.º Prefeito de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2005
até 31 de março de 2006
Vice-prefeito Gilberto Kassab
Antecessor(a) Marta Suplicy
Sucessor(a) Gilberto Kassab
Presidente nacional do PSDB
Período 17 de novembro de 2003
até 1º de janeiro de 2005
Antecessor(a) José Aníbal
Sucessor(a) Eduardo Azeredo
36.º Ministro da Saúde do Brasil
Período 31 de março de 1998 até 20 de fevereiro de 2002
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Carlos Albuquerque
Sucessor(a) Barjas Negri
Secretário Estadual de Economia e Planejamento de São Paulo
Período 15 de março de 1983 até 1° de fevereiro de 1986
Governador Franco Montoro
Antecessor(a) Roberto Gusmão
Sucessor(a) Clóvis de Barros Carvalho
Dados pessoais
Nome completo José Serra Chirico
Nascimento 19 de março de 1942 (82 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Cornell
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Cônjuge Mónica Serra (c. 1967–2013)
Partido MDB (1978–1979)
PMDB (1980–1988)
PSDB (1988–presente)
Religião catolicismo romano
Profissão
Residência Alto de Pinheiros, São Paulo
Assinatura Assinatura de José Serra
Website www.joseserra.com.br

José Serra Chirico,[2][3] GOMM; (São Paulo, 19 de março de 1942) é um professor, acadêmico, economista, engenheiro civil e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[4] Foi ministro das Relações Exteriores, da Saúde e do Planejamento durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.[5] Por São Paulo, foi governador e deputado federal durante dois mandatos, senador, além de prefeito da capital homônima.

Serra nasceu no bairro da Mooca, em uma família de classe média baixa. Seu pai era um imigrante italiano casado com uma brasileira. Em 1960, ingressou no curso de engenharia civil na Universidade de São Paulo, passando, nessa mesma época, a atuar no movimento estudantil. Foi um dos fundadores da Ação Popular e presidente da União Nacional dos Estudantes. Serra não concluiu o curso pois teve que sair do país depois do golpe militar de 1964, devido à perseguição por sua militância política de esquerda. Refugiou-se em embaixadas de outros países e radicou-se no Chile, onde conheceu sua esposa, Mónica Serra, com quem teve dois filhos nascidos naquele país. Neste mesmo período estudou na Universidade do Chile. Ficou no país até o golpe militar de 1973, quando foi para os Estados Unidos, onde estudou na Universidade de Cornell.

Após catorze anos exilado, Serra voltou ao Brasil e trabalhou na Universidade Estadual de Campinas até 1983, quando foi nomeado pelo governador Franco Montoro como secretário de Planejamento de São Paulo. Foi eleito deputado federal para a Assembleia Constituinte de 1988, sendo reeleito em 1990 com a maior votação do país. Em 1988, foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira. Em 1994, elegeu-se senador por São Paulo. No entanto, não assumiu a vaga no Senado após ser nomeado, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. No governo FHC também foi Ministro da Saúde.

Na eleição municipal paulista de 2004, sua terceira tentativa, foi eleito prefeito quando derrotou a prefeita Marta Suplicy. Renunciou ao cargo em março de 2006 para concorrer ao governo de São Paulo, tendo sido eleito no primeiro turno. Renunciou, em abril de 2010, ao cargo de governador para ser candidato, pela segunda vez, à presidência da República. Na primeira vez que concorreu, em 2002, foi derrotado no segundo turno por Luiz Inácio Lula da Silva e, na segunda vez, em 2010, foi derrotado por Dilma Rousseff, também no segundo turno. Em 2012, concorreu novamente à prefeitura de São Paulo, sendo derrotado por Fernando Haddad no segundo turno. Nas eleições de 2014, foi eleito senador ao vencer Eduardo Suplicy. Logo após o início do governo Temer foi indicado o Itamaraty, mas renunciou por problemas de saúde. Nas eleições de 2022, candidatou-se mas não conseguiu obter uma cadeira no Congresso.

Primeiros anos, educação e política estudantil

Serra em 1947

José Serra Chirico nasceu no bairro da Mooca, São Paulo,[6] em 19 de março de 1942. Sendo filho único[7] de Francesco Serra (falecido em 1981),[8] imigrante italiano de Corigliano Calabro, Calábria,[9] e de Serafina Chirico Serra (falecida em 2007),[10] brasileira filha de imigrantes italianos.[11] Serra nasceu em uma pequena casa de quarto e sala, geminada a outras 24, em uma rua sem saída, onde ele tinha que dormir na sala. Seu pai, semianalfabeto, que era vendedor de frutas no Mercado Municipal, evitava que o filho o ajudasse, deixando-o se concentrar nos estudos. No entanto, ele eventualmente ia trabalhar na banca de frutas.[12]

Sua família mudou-se depois para uma casa maior, de dois quartos, em uma rua sem asfalto no mesmo bairro, ao lado de uma fábrica. Quando o filho já estava no científico (atual ensino médio), mudaram-se para um apartamento alugado no bairro do Ipiranga. Apesar dos ganhos modestos de uma família de classe média baixa,[13] foi o suficiente para que Serra chegasse à faculdade sem precisar trabalhar.[8]

Tendo feito curso pré-vestibular junto com o último ano do científico, ingressou, em 1960, no curso de engenharia civil[11] da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).[8][14]

Política estudantil

Serra durante reunião da União Nacional dos Estudantes.

Na universidade, logo se interessou pelo movimento estudantil, que era ativo nos anos 1960, principalmente no ensino superior.[8] Tímido, o teatro lhe ajudou a se superar, fazendo o papel principal da peça Vento forte para papagaio subir, de José Celso Martinez, no grupo teatral da faculdade.[6] Serra tentou fazer parte da diretoria do grêmio da Escola Politécnica, e, para ser admitido na chapa, declarou ser contra as multinacionais e a favor da Revolução Cubana.[8] Derrotado em sua primeira eleição, acabou ingressando na diretoria dos eleitos, em meados de 1962, quando houve uma greve dos alunos que reivindicavam maior representatividade. Nessa época, aproximou-se de José Carlos Seixas, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que era um dos líderes nacionais da Juventude Universitária Católica e viria a ser seu padrinho no movimento estudantil.[8][15]

Serra discursando na União Nacional dos Estudantes.

José Carlos Seixas indicou Serra meses depois para concorrer à presidência da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) como candidato apoiado pela JUC, que à época controlava a maioria dos centros acadêmicos. Serra foi eleito e, no comando da entidade, implementou várias mudanças, cortando o uso indevido de instalações e recursos e promovendo mais eventos culturais e debates políticos, o que deu mais visibilidade à UEE-SP.[15]

Em fins de 1962, Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP).[14] Participou de congressos em vários estados brasileiros como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da AP, tendo ainda o apoio do Partido Comunista Brasileiro. Sua eleição fez com que se mudasse para o Rio de Janeiro, cidade sede da entidade.[16] A UNE, na época, tinha status de partido político,[6][15] dando a Serra a condição de participar da política nacional e a oportunidade de contato com autoridades, governadores e com o presidente João Goulart.[15]

Recém-eleito presidente da UNE, Serra foi convidado a ser um dos oradores de um comício em homenagem a Getúlio Vargas, em 23 de agosto de 1963, em que o último a discursar seria João Goulart. Esperava-se que os antecessores apoiassem no palanque as propostas do governo. O discurso de Serra, no entanto, em vez de apenas apoiar o presidente de esquerda pressionado pela direita, criticou-o também, pois havia rumores de que Jango pretendia uma intervenção antidemocrática nos estados de São Paulo e Guanabara, cujos governadores trabalhavam para derrubá-lo. Serra foi mais aplaudido que Jango, segundo sua ficha no DOPS.[17][18][19] Ainda assim, Jango sabia de sua importância e teria dito: "Há generais loucos atrás de ti. Eu é que não deixo eles te fazerem mal".[6]

Golpe militar e exílio

Serra discursando no comício da Central do Brasil em 1964.

Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, onde Jango defendeu as reformas de base, Serra, então com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.[20] O comício foi considerado pelos conservadores uma provocação e visto como um momento-chave de radicalização do governo, ajudando na junção de forças políticas, sociais e militares para derrubar o presidente.[19] Na madrugada de 1º de abril, em transmissão ao vivo na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Serra fez uma convocação para a resistência à tentativa de golpe em curso, que segundo ele era liderada pela direita, e defendeu as reformas de base.[21]

Consumado o golpe militar, Serra dirigiu-se primeiro para o Departamento de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, QG improvisado das forças leais a Jango. De lá partiu, junto de Marcelo Cerqueira (seu vice na UNE), para a casa do deputado Tenório Cavalcanti, também conhecido como "o homem da capa preta".[22] Com o incêndio da sede da UNE pelos militares, Serra tratou de esconder-se por mais alguns dias na casa de amigos, sem contato nem mesmo com a família. Aconselhado por um deputado amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, refugiou-se na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses.[17][22] Os militares não queriam deixá-lo sair do país, como dissera o então ministro da Guerra, Costa e Silva, aos bolivianos: "Este não deixaremos ir embora. É muito perigoso".[6][23] Resolvido o impasse, foi então para a Bolívia e depois para a França, onde permaneceu até 1965.[4][22] Por causa do exílio teve que interromper os estudos, não completando o curso de engenharia.[22]

Serra dando aulas no Chile durante o exílio em 1966.

Serra retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965, quando os integrantes da Ação Popular tentavam reorganizar a entidade, já na clandestinidade e com muitos líderes exilados ou perseguidos.[15] Escondido na casa de Beatriz Segall,[6][12] foi convencido a não comparecer a uma reunião em São Paulo, enfim descoberta pela polícia, que deteve todos os participantes, levando-os para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[15] Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido e sendo uma personalidade pública facilmente reconhecida, teve que sair novamente do Brasil.[6][7]

Serra com o filho Luciano em 1974 durante o exílio nos Estados Unidos.

Radicou-se no Chile, participando de ações políticas para denunciar a repressão no Brasil junto de outros exilados, como Armênio Guedes, Fernando Gabeira, Almino Afonso e Betinho,[24] conhecendo também César Maia.[6] Permaneceu no Chile por oito anos, até 1973, e,[15] neste período, trabalhou ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Maria da Conceição Tavares.[17]

No novo país, Serra estudou na Escolatina, da Universidade do Chile,[4][25] além de ministrar aulas de matemática para economistas, em um instituto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL),[17] órgão da Organização das Nações Unidas.[4][26] Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses.[22]

Decretado o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos para refugiarem-se na embaixada do Panamá.[6] Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado.[6] Serra refugiou-se na embaixada da Itália, ficando como exilado político por oito meses aguardando um salvo-conduto.[17] Partiu depois para os Estados Unidos,[6] onde estudou na Universidade de Cornell.[4][27][28] Entre 1976 e 1978, trabalhou como membro do Instituto para Estudos Avançados em Princeton, Nova Jersey.[26][29]

Início da carreira política

Volta ao Brasil

Serra no terceiro Congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em 1978.

Depois de catorze anos no exílio, Serra retornou ao país em 1977, sendo um dos poucos que se arriscaram a fazê-lo antes da lei de anistia de 1979. Ao tentar disputar uma cadeira de deputado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), teve sua candidatura impugnada, sob a alegação de que continuavam suspensos seus direitos políticos. Coordenou, então, em 1978, a campanha a senador, pelo mesmo partido, de Fernando Henrique Cardoso, que obteve apenas a suplência (perdendo para André Franco Montoro). Serra foi admitido como professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até 1983.[4][17]

Em 1982, trabalhando como pesquisador no CEBRAP, sob os auspícios da Fundação Ford,[30] coordenou a elaboração do programa de governo do candidato ao governo de São Paulo pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Franco Montoro. Quando Montoro foi eleito governador de São Paulo nas eleições de 1982, Serra e outros deixaram o CEBRAP para trabalhar no governo do Estado.[30] Serra foi convidado por Montoro para assumir a Secretaria de Planejamento, tomando posse no novo governo em março de 1983.[4]

Secretário estadual de Planejamento

Ao assumir a pasta, o estado estava com elevado endividamento, levando Serra a realizar uma gestão considerada centralizadora e impor um programa de saneamento[6] com corte de despesas, se indispondo com o funcionalismo público devido ao parco aumento salarial concedido em 1984.[22][31] Ainda assim, possibilitou o andamento de grandes obras do governo Montoro, como a expansão da linha leste-oeste do metrô na capital, a construção de quatro mil quilômetros de estradas vicinais[32] e da hidrovia Tietê - Paraná. Também desativou a polêmica Paulipetro — estatal de prospecção de petróleo paulista criada por Paulo Maluf.[33]

Em entrevista anos depois, disse sobre seu período como secretário estadual que: "Eu fui o secretário mais importante do governo Montoro, uma espécie de primeiro-ministro. Você entra no governo com uma inflação de dois dígitos mensais, imagina o que é isso, uma expectativa tremenda, o primeiro governo democraticamente eleito em vinte anos, o funcionalismo ganhando mal, uma demanda enorme que você não tinha condições de atender. Eu realmente fiz um trabalho de saneamento fiscal em São Paulo. No final deu certo".[34]

Serra com o governador Franco Montoro.

Por ocasião da candidatura de Tancredo Neves à presidência da República, licenciou-se do cargo de secretário, em dezembro de 1984, para integrar o grupo escolhido para elaborar o programa econômico do candidato, ao lado de Celso Furtado, Hélio Beltrão e Sérgio Coutinho, dentre outros. Indicado para coordenar o grupo, seu nome não foi bem aceito por integrantes da Frente Liberal, formada por dissidentes do partido governista, o PDS, que também apoiavam a candidatura oposicionista de Tancredo, o que levou o grupo a ser constituído como comissão paritária — Comissão do Plano de Ação do Governo (Copag) — sem centralização das decisões. Com a morte de Tancredo Neves, Serra retornou a seu cargo de secretário em São Paulo.[4][14]

Seu nome foi cogitado para assumir o Ministério da Fazenda após a saída de Francisco Dornelles, em agosto de 1985, mas o escolhido foi Dílson Funaro. Voltaria a ser cogitado após a saída de Funaro, em abril de 1987, mas novamente o convite não foi consumado, sendo então indicado Luís Carlos Bresser Pereira.[4] Anos depois, em entrevista ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho, declarou que nunca soube exatamente porque não foi indicado: "Eu soube, depois, que o dr. Ulysses, embora muito próximo a mim, ou vice-versa, não apoiou. Ele achava que eu poderia apoiar o Montoro para presidente, se fosse bem-sucedido. O fato é que o Ulysses não se engajou, surpreendentemente. Eu também não pedi. A minha passividade foi enorme, não sondei ninguém e não pedi apoio a ninguém".[35] Perguntando o porquê não ter lutado pelo cargo, respondeu: "Eu não acreditava no sucesso da estabilização, e achava que a inflação em dois dígitos mensais era uma loucura. […] Eu achava que quem quer que entrasse lá não ia botar ordem naquilo. Tinha um governo fraco, pela própria superinflação galopante. Uma Constituinte gulosa, do ponto de vista fiscal, em pleno andamento. A chance de dar certo era zero. Eu sempre tive essa análise. É provável que se eu tivesse ido à luta teria sido eu".[35]

Serra afastou-se da secretaria de estado em 13 de fevereiro de 1986, para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB, a fim de integrar a Assembleia Nacional Constituinte que fora convocada. Duas semanas depois, foi lançado o Plano Cruzado, que consistia, dentre outras medidas, em um congelamento de preços para conter a alta inflação que assolava o país. Serra apoiou o plano, lembrando que se tratava de um regime democrático, ao contrário dos planos econômicos gestados durante a ditadura militar. Na campanha para deputado, foi acusado dentro do próprio partido de usar a máquina administrativa do estado para obter aliados nos municípios. Recebeu cerca de 160 mil votos, elegendo-se com a quarta maior votação de São Paulo.[4]

Deputado federal constituinte

Serra discursando na Assembleia Nacional Constituinte.

Na Assembleia Nacional Constituinte, Serra foi relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças e também integrou a Comissão de Sistematização.[36] Criticando a atuação sem coordenação de seu partido, o PMDB, não seguiu a orientação partidária em todas as votações, chegando a ser favorável à tese de que o mandato do presidente José Sarney deveria durar 4 anos, e não 5 anos.[37] Votou a favor da desapropriação das propriedades rurais improdutivas para fins de reforma agrária, foi contra a estabilidade no emprego no setor privado e a favor do parlamentarismo.[38][carece de fonte melhor] Foi o constituinte que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas, logrando aprovar 130 das 208 que apresentou.[4] Uma delas instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para o financiamento do seguro-desemprego com uma fonte de recursos sólida e permanente, fazendo com que o benefício começasse a ser efetivamente pago no Brasil.[39][40] Serra disse que: "A ideia era ter um fundo anticíclico. Quando a economia fosse muito bem, e o desemprego fosse baixo, você ia gastar pouco em benefícios e ia investir mais. Quando a economia fosse mal e o seguro-desemprego fosse alto, você ia gastar mais, mas tinha o dinheiro de quando a economia ia bem. Na prática, não funcionou muito bem assim, mas aí é outra discussão".[41]

Serra conversando com Ulysses Guimarães.

Serra foi o relator da comissão que reformulou todo o sistema tributário, os orçamentos públicos e o Sistema Financeiro Nacional, e propôs a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).[42] Como relator da uma comissão formada majoritariamente por parlamentares de regiões menos desenvolvidas, Serra tentou evitar maiores repasses de verbas federais aos estados, irritando deputados do Norte e Nordeste.[43] Em 2 de fevereiro de 1994, afirmou em entrevista: "Sabemos que no passado o governo federal concentrava excessivamente recursos e impostos, desequilibrando a Federação. A Constituição irá corrigir esse erro, mas seria cometer outro erro manter esse desequilíbrio com os sinais trocados".[44] Ele manifestou-se contra expandir as isenções já existentes à Zona Franca de Manaus, que para ele obrigariam o restante do país a arcar com altos custos para manter poucos empregos.[44]

Em entrevista anos depois, Serra disse que a pior ideia que teve na Constituinte inteira foi a fixação da data de posse do executivo em primeiro de janeiro. Perguntando o porquê ter cismado tanto com isso, contou: "Porque eu estava obcecado com o esquema que o Maluf tinha aprontado em São Paulo, quando assumimos o governo em 15 de março. Em dois meses e meio eles torraram o orçamento do ano. Você tem maneira de torrar, vai empenhando, vai fazendo. Então eu queria que o mandato começasse junto com o ano orçamentário. Na verdade, alguém poderia ter dito "põe dia 2", mas ninguém disse. Foi um erro coletivo, mas veio da minha cabeça".[45]

Fernando Henrique Cardoso, Serra e Mario Covas durante evento do PSDB.

Em junho de 1988, juntamente com nomes como FHC e Covas, Serra foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), presidindo sua comissão executiva até 1991. Nas eleições municipais de 1988, foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas, em uma eleição ainda sem segundo turno, foi derrotado, ficando atrás de Luiza Erundina (PT), João Leiva (PMDB) e Paulo Maluf (PDS).[4] Nas eleições de 1990 foi reeleito deputado federal, com cerca de 340 mil votos, a maior votação do país.[46] Nessa eleição, foi um dos candidatos que recebeu apoio preferencial da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).[4]

Em 1991, mesmo sendo de um partido de oposição, foi convidado pelo presidente Fernando Collor para assumir o Ministério da Fazenda, mas recusou, assumindo então Marcílio Marques Moreira. Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de processo de impeachment de Collor.[4] Em 1994, apoiou o Plano Real, manifestando sua confiança no êxito, mas com reservas, uma vez que alertava a necessidade de reformas, especialmente a tributária. Candidatou-se nesse ano ao Senado, tendo como plataforma uma nova revisão constitucional, que daria ênfase à reforma tributária. Defendeu o voto distrital, o fim do voto obrigatório, o fortalecimento dos partidos e a correção das distorções na representação dos estados na eleição dos deputados federais.[4]

Senador e ministro do governo FHC

Senador e ministro do Planejamento

Serra com Blairo Maggi em 1996.

Nas eleições de 1994, foi candidato para a vaga de senador, na chapa de Mário Covas para governador e Fernando Henrique Cardoso para presidente. Obteve mais de 6,5 milhões de votos,[11][47] muito à frente do segundo colocado, Romeu Tuma.[47] Cogitado para assumir o Ministério da Fazenda, enquanto empresários de seu estado preferiam vê-lo no Ministério da Indústria e Comércio, o presidente eleito Fernando Henrique escolheu Pedro Malan para a Fazenda, convidando Serra para assumir o Ministério do Planejamento.[48] Ele aceitou assumir o ministério e, com isso, sua vaga no Senado foi ocupada por seu suplente, o também tucano Pedro Piva.[4]

Como ministro, desenvolveu e implantou o programa Brasil em Ação, um pacote de ações e obras do governo federal em parceria com estados, municípios e empresas privadas nos moldes do futuro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).[49]

Em 1996, foi convidado pelo presidente FHC para ser candidato a prefeito de São Paulo. Antes de aceitar o pedido teve alguns cuidados: examinou pesquisas, que mostravam uma vitória fácil, pediu a opinião de aliados e conversou com amigos. Dois meses depois aceitou o pedido e deixou o comando do Ministério do Planejamento.[48] Ele ficou em terceiro lugar, tendo mais de 810 mil votos, e nem mesmo participou do segundo turno, em que Celso Pitta (indicado do prefeito Paulo Maluf) derrotaria Luiza Erundina (ainda no PT).[50]

Serra despedindo-se de seu mandato como senador, em 18 de dezembro de 2002

Com a derrota, assumiu seu mandato de senador.[51] No Senado, um de seus trabalhos importantes foi presidir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).[52] Posteriormente, para cumprir com o prazo de descompatibilização para candidatar-se à presidência da República em 2002, deixaria o ministério da Saúde e retornaria ao Senado, onde permaneceu até o final de seu mandato, em fevereiro de 2003.[52]

Ministro da Saúde

Em 31 de março de 1998, durante a reforma ministerial de FHC, assumiu o Ministério da Saúde,[53] licenciando-se novamente do cargo de senador da República. Como ministro, implementou o programa de combate à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que posteriormente foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU.[54]

No setor de remédios, foi o mentor da lei de incentivo aos genéricos, o que possibilitou a queda do preço dos medicamentos,[55] eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso continuado,[56] regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução junto à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso de interesse da saúde pública.[57] Deve-se a ele a decisão governamental de quebrar patentes de medicamentos para a AIDS.[58]

Serra também ampliou as equipes do Programa de Saúde da Família,[59] organizou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes.[60] promoveu milhares de cirurgias por intermédio de mutirões, combatendo doenças como, por exemplo, a catarata.[61] Ademais, introduziu a vacinação dos idosos contra a gripe, eliminou doenças como o sarampo e criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).[62]

Serra como ministro da saúde em campanha contra a AIDS.

Em sua gestão no Ministério da Saúde, foi enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei 3.156, de 2000,[63][64] que tornava mais rigorosa a política antitabagismo no Brasil, com a proibição da publicidade e a introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro. Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167, de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa.[65][66]

No entanto, Serra não obteve sucesso no combate à dengue.[67] Quando deixou o ministério, em fevereiro de 2002, especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo o culparam pelo fracasso no combate a doença. De acordo com eles, o ministério da Saúde errou ao não assegurar a continuidade de iniciativas e ao transferir a execução do combate antidengue às prefeituras, que não foram capazes de combater eficazmente a doença. Em 1998, ano em que assumiu a pasta, haviam sido registrados 559 mil casos de dengue, o que levou Serra a anunciar uma "guerra" contra o Aedes aegypti. No ano seguinte, houve uma redução de 63% no número de casos, mas voltou a crescer nos anos posteriores; em 2001 foram registrados 399 mil casos e, nos primeiros meses de 2002, a doença vitimou 25 pessoas.[68]

Candidato à presidência da República em 2002

Serra discursando na tribuna do Senado, em março de 2002

Na disputa presidencial de 2002, foi oficializada sua candidatura à presidente da República pela "Coligação Grande Aliança", composta por PSDB e PMDB, tendo a deputada federal Rita Camata, do Espírito Santo, como sua companheira de chapa.[69][70][71] Além de Serra, os outros principais candidatos foram Luiz Inácio Lula da Silva (PT de São Paulo), que também fora candidato presidencial em 1989, 1994 e 1998, o governador Anthony Garotinho (PSB do Rio de Janeiro), e o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PPS do Ceará).[72]

Durante o segundo mandato de Fernando Henrique, a popularidade de seu governo foi corroída, em parte graças à crise cambial, que provocou uma desvalorização do real em 1999, e ao racionamento de energia, ocorrido em 2001. No mês de outubro de 2002, a aprovação do governo era de 23% de ótimo ou bom, muito abaixo dos 43% recebidos em setembro de 1998, quando Fernando Henrique foi reeleito no primeiro turno. Estes acontecimentos aumentaram as dificuldades de Serra na disputa eleitoral. Além disto, o desejo de mudança da maior parte da população expressado nas pesquisas fez com que Serra não assumisse sua condição de candidato governista.[72] Serra também passou por problemas em seu partido, como a ausência de apoio maciço dos tucanos e o endosso do governador Tasso Jereissati, candidato ao Senado, a Ciro.[73]

José Aníbal e Serra na Convenção Nacional do PSDB em 2003.

Com o início da propaganda eleitoral, em agosto, Lula consolidou-se na liderança das pesquisas de opinião; segundo o Ibope, Ciro tinha 15% de vantagem sobre Serra quando esta etapa da campanha iniciou.[72] Serra possuía o maior tempo de propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio, com 10 minutos e 23 segundos; Lula tinha 5 minutos e 19 segundos, Ciro 4 minutos e 17 segundos e, Garotinho, 2 minutos 13 segundos. A propaganda eleitoral teve grande influência nas pesquisas, garantindo a Lula um salto de 11%, seguido por Serra, com 8%, enquanto que Ciro teve uma queda de 18%, em parte devido aos ataques veiculados pela campanha tucana.[72][74]

Quando estabilizou-se na segunda colocação, pouco tempo antes do fim do primeiro turno, a campanha de Serra passou a atacar Lula em seus pontos fracos, afirmando que ele não possuía preparo e incentivava o temor de que sua vitória traria consequências ao país, como a saída de investimentos estrangeiros e o descontrole da inflação. No entanto, a disputa entre Ciro e Serra fez com que Lula praticamente fosse poupado dos ataques e, ademais, as críticas dos tucanos não obtiveram os efeitos desejados, culminando na quase vitória de Lula no primeiro turno.[72] O petista conseguiu 46,4% dos votos, seguido por Serra (23,2%), Garotinho (17,9%) e Ciro (12%).[75]

No segundo turno, Lula recebeu o apoio de Ciro e Garotinho.[76] Serra não conseguiu reverter a vantagem de Lula e acabou sendo derrotado.[77] Ao todo, obteve 33 milhões de votos, representando 38,72% dos votos válidos, e venceu apenas em Alagoas.[78][79][80]

Em novembro de 2003, foi eleito presidente nacional do PSDB.[81] A convenção foi realizada no Congresso Nacional e o elegeu por aclamação.[81] Depois que assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo, licenciou-se do cargo,[82] sendo sucedido por Eduardo Azeredo, senador por Minas Gerais.[83]

Prefeito de São Paulo

Eleições municipais de 2004

Serra na frente de um tucano, em março de 2004.

Nas eleições municipais de São Paulo em 2004, Serra candidatou-se a prefeito pela coligação "Ética e Trabalho", formada por PSDB, PFL e PPS. Seu candidato a vice foi o deputado federal Gilberto Kassab.[84] Naquele ano, a prefeita Marta Suplicy, do PT, era candidata à reeleição. O ex-prefeito Paulo Maluf, do PP, também candidatou-se. Entretanto, após uma série de denúncias de corrupção envolvendo suas gestões, o discurso de Maluf parecia insustentável. Com isso, a disputa ficou focada em Marta e Serra.[85]

O governo de Marta Suplicy era avaliado predominantemente de maneira regular pela população.[85] Durante a campanha, Serra propôs continuar os projetos que estavam dando certo e priorizar a saúde, e Marta prometeu manter e expandir os projetos bem-sucedidos de seu governo, também priorizando a área da saúde.[85] O marketing eleitoral tucano buscou apresentar Serra como um candidato experiente e preocupado com a população; o de Marta tentou construir a imagem de que ela era uma prefeita experiente e corajosa, que cumpria com suas promessas e priorizava os mais pobres.[85]

No primeiro turno, nenhum candidato alcançou mais da metade dos votos para evitar uma nova votação. Serra atingiu 43,5% dos votos e Marta 35,8%. Maluf, que apoiou Marta no segundo turno, recebeu 11,9%.[86] A ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB, obteve 4%.[87]

Serra em seu primeiro pronunciamento como prefeito eleito

Entre a estratégia utilizada no segundo turno, a campanha de Marta tentou vincular Kassab ao ex-prefeito Celso Pitta, cuja administração foi mal avaliada.[85][88] Os petistas lembraram que Kassab foi secretário do Planejamento de Pitta e, caso Serra renunciasse em 2006 para candidatar-se a outro cargo, a cidade corria o risco de "ter o governo Pitta novamente à frente da Prefeitura".[85][88] Um mês antes, durante uma sabatina do jornal Folha de S.Paulo, Serra assinou um documento em que comprometeu-se a "cumprir os quatro anos de mandato na íntegra, sem renunciar à Prefeitura para me candidatar a nenhum outro cargo eletivo".[89]

Em 26 de outubro, Serra foi eleito prefeito com 3,3 milhões de votos, correspondentes a 54,8% dos votos válidos.[90][91] Assim como no primeiro turno, Serra venceu nos bairros mais ricos e Marta prevaleceu nos bairros mais periféricos.[92]

Mandato

Serra conversando com o presidente Lula, em dezembro de 2004.

Em 1º de janeiro de 2005, Serra foi empossado como prefeito em uma cerimônia na Câmara Municipal.[93] Entre seus indicados para o secretariado, nomeou Eduardo Jorge (Meio Ambiente), José Pinotti (Educação), Walter Feldman (Subprefeituras), Aloysio Nunes Ferreira (Governo), Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social), Luiz Antônio Marrey (Negócios Jurídicos) e Mauro Ricardo Costa (Finanças).[94] Apesar de ter prometido que iria "enxugar a máquina administrativa da prefeitura", Serra diminuiu apenas uma secretaria.[95] Segundo uma matéria da Folha de S.Paulo, as indicações políticas impediram com que Serra cumprisse sua promessa de campanha de diminuir o tamanho da máquina administrativa, uma vez que ele deixou de fundir ou eliminar secretarias para nomear aliados a cargos no primeiro escalão.[96]

No mesmo dia da posse, Serra sofreu sua primeira derrota política na Câmara. O candidato governista à presidência da Casa, Ricardo Montoro, foi derrotado por Roberto Tripoli, que conseguiu o apoio do PT e do chamado "centrão", formado por PP, PMDB, PL, PTB e PC do B. Apesar de ter sido eleito pelo mesmo partido que Serra, Tripoli saiu do PSDB durante a votação, que terminou em 28 a 26.[97]

Após indicar um déficit bilionário, Serra anunciou que congelaria todos recursos previstos no orçamento de 2005 para investimentos, com exceção dos definidos pela Constituição.[98][99] Ele pediu ao Supremo Tribunal Federal a manutenção da taxa de iluminação pública, que havia sido suspensa por uma instância inferior de São Paulo; posteriormente, isentou desta taxa os moradores cujas ruas não eram iluminadas.[100][101] A taxa do lixo, criada pelo governo Marta, foi extinta.[102]

Em fevereiro de 2005, PSDB e PT chegaram a um acordo para barrar a abertura de todas as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), não importando o tema. O acordo recebeu o aval de Serra, que era crítico ao que via como uma "profusão de CPIs no país".[103]

No final de dezembro de 2005, o Bilhete Único foi integrado ao Metrô.[104] Outras iniciativas tomadas em seu mandato foram a criação da Virada Cultural e a apresentação do projeto Nova Luz, como um projeto de revitalização da região da estação ferroviária da Luz.[105][106][107][108] Um ano e três meses depois de se tornar prefeito, em 31 de março de 2006, deixou a prefeitura de São Paulo nas mãos do seu vice Kassab para concorrer às eleições para governador do estado de São Paulo.[109][110]

Governador de São Paulo

Serra e o Papa Bento XVI em maio de 2007.

Em 2006, Serra se candidatou ao governo de São Paulo pela coligação Compromisso com São Paulo (PSDB, PFL, PTB, PPS), cujo candidato a vice foi Alberto Goldman.[111] Semanas antes da eleição pesquisas mostravam que Serra tinha uma grande diferença em relação ao segundo colocado, o senador Aloísio Mercadante.[112] Em 1 de outubro de 2006, José Serra foi eleito governador do estado de São Paulo em primeiro turno das eleições, com 12,3 milhões de votos, correspondente a 57,93% dos votos válidos,[113] sendo o primeiro governador a ser eleito no primeiro turno (posteriormente Geraldo Alckmin repetiu o feito em 2010).[114][115] Tomou posse por volta das 15h de 1º de janeiro de 2007.[116]

O governo do estado tinha a intenção de investir R$ 42,5 bilhões entre 2009 e 2010.[117] Em 2008, o governo investiu 9,1% da receita, em 2009 foram 17%.[118] Em 2007, durante o primeiro ano de governo, o orçamento que Serra administrou foi de R$ 84,9 bilhões,[119] passou para R$ 96,8 bilhões em 2008,[120] R$ 118,2 bilhões em 2009,[118] e em 2010 foi de R$ 125 bilhões.[121] Em relação a 2009, o orçamento de 2010 cresceu 7%.[122]

Os governadores Eduardo Campos, Sérgio Cabral, José Serra, Jaques Wagner, José Roberto Arruda, Aécio Neves e Blairo Maggi durante a cerimônia de apresentação oficial da candidatura do Brasil como país sede da Copa do Mundo FIFA de 2014.

Na área dos transportes, no último ano de governo foram investidos R$ 12,2 bilhões.[123] Desse montante, R$ 1,6 bilhões foram para a Linha 5 do Metrô de São Paulo e outros R$ 2,4 bilhões para as obras do metrô.[123] Na área as prioridades de governo foram o trecho sul do Rodoanel Mário Covas, com 57 km e custo de R$ 3,46 bilhões.[124] a expansão do Metrô, a modernização da rede de trens da grande São Paulo no projeto Expansão SP e a recuperação de estradas vicinais.[125]

Na educação, um dos projetos feitos foi o "Ler e Escrever", que estabelece a figura do professor auxiliar nas salas de aula do primeiro ciclo do ensino fundamental.[126][127] No último ano de governo o estado ficou com uma nota maior que a média do país no Ideb. Entre estudantes do ensino médio, a nota do estado ficou em 3,9, entre a 5º e 8º séries a nota foi de 4,5 e entre as séries iniciais a nota foi de 5,5.[128] No entanto, a taxa de analfabetismo subiu 3% entre 2008 e 2009, mas o estado ficou entre os cinco com maior porcentagem de alfabetização.[129] O governo também fez a expansão das FATECs/ETECs.[125]

Entre uma das medidas de Serra foi a aplicação da Lei antifumo de São Paulo.[130] Essa lei proíbe fumar em ambientes fechados de uso coletivo como bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos comerciais.[130] O governo também introduziu as AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), além da construção de dez novos hospitais, entre eles o Instituto Lucy Montoro.[125]

Serra renunciou ao cargo de governador em 2 de abril de 2010, devido à data-limite para sua desincompatibilização, tendo em vista a candidatura à Presidência da República.[131]

Índices de aprovação

Em uma pesquisa de 2009 do Datafolha, Serra era o 5º governador mais bem avaliado do país.[132] Serra era aprovado por 54% da população, sendo superado apenas por Aécio Neves, Eduardo Campos, Cid Gomes e Roberto Requião.[132] Em março de 2010, sua aprovação chegou a 55% de ótimo ou bom.[133]

Data Ótimo ou bom Regular Ruim ou péssimo Não sabe Fonte
março de 2007 39% - - - Datafolha[134]
março de 2009 54% - - - Datafolha[135]
junho de 2009 56% 33% 9% - Datafolha[136]
março de 2010 55% 32% 11% - Datafolha[133]

Candidato à presidência em 2010

Pré-candidatura

Serra tornou-se o único pré-candidato à presidência da República pelo PSDB para a eleição presidencial de 2010 diante da desistência oficial de Aécio Neves, anunciada em 17 de dezembro de 2009.[137][138]

O presidente do partido, Sérgio Guerra (PSDB-PE), confirmou que o lançamento da pré-candidatura do governador paulista aconteceria no dia 10 de abril de 2010.[139] O próprio Serra não conseguia negar mais sua candidatura. Discursando de improviso, em ato público em Avaré, falou na ocasião como se sua gestão estivesse muito próxima do fim.[140] Como previsto, Serra anunciou oficialmente o lançamento da pré-candidatura em 10 de abril de 2010.[141]

Candidatura

Resultado da eleição por estados: em azul estados onde Serra venceu e em vermelho estados em que Dilma venceu

A candidatura foi oficializada durante convenção do partido em Salvador, em 12 de junho de 2010.[142][143][144] No discurso de cerca de 40 minutos, Serra criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata Dilma Rousseff.[144] No discurso também fez referências aos "neocorruptos", defendeu a liberdade de imprensa, a democracia e criticou outros temas como os escândalos ocorridos no governo Lula.[144]

O nome da coligação foi anunciado em 30 de março como O Brasil pode mais.[145][146] A coligação foi composta por PSDB, DEM, PTB, PPS, PMN e PTdoB.[147] A previsão de gastos para a campanha foi de R$ 180 milhões.[147][148]

José Serra durante campanha na cidade do Recife em 2010

Em 30 de junho de 2010 foi confirmado o nome do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) como candidato à vice-presidente na chapa de Serra durante a convenção nacional do Democratas.[149][150] PSDB, PPS e PTB tentaram formalizar o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que não foi aceito pelo principal aliado dos tucanos, o DEM.[151]

Em 3 de outubro conquistou aproximadamente 33,1 milhões de votos (32,61% dos votos válidos), se habilitando a disputar um segundo turno contra a adversária Dilma Rousseff.[152] Em 31 de outubro de 2010, com mais de 43,7 milhões de votos,[153] Serra foi derrotado no segundo turno da eleição presidencial, reconhecendo a vitória de Dilma Rousseff às 20h30 do mesmo dia.[154] Serra venceu em onze estados.[155]

Em sua campanha de 2010, Serra recebeu seis multas do Tribunal Superior Eleitoral por propaganda eleitoral antecipada. Ao todo, teve que pagar setenta mil reais em multas.[156]

Eleição para prefeito de São Paulo em 2012

Serra vota junto com seu neto no segundo turno da eleição.

Em dezembro de 2011, Serra estava em primeiro lugar na pesquisa do Ibope para a eleição municipal de São Paulo em 2012, com 20%, na qual foi citado para os eleitores nomes de possíveis candidatos.[157] Em janeiro de 2012, Serra comunicou a seu partido, em reunião com seus aliados mais próximos, de que não disputaria as eleições municipais para prefeito de São Paulo nesse ano, informando como um dos motivos por sua desistência a intenção de futuras candidaturas em nível nacional.[158]

Em fevereiro de 2012, Serra anunciou pelo Twitter a intenção de concorrer à prefeitura de São Paulo.[159] Serra foi o último a entrar nas prévias do PSDB, em 28 de fevereiro. A prévia iria ser realizada no início de março, mas após a entrada de Serra foi marcada para o dia 25 de março.[160] Com pouco mais de seis mil filiados do partido votantes, Serra venceu a prévia com 52,10% dos votos.[161]

O mensalão foi um dos principais temas que Serra usou para criticar Haddad durante a eleição.[162][163] As principais propostas de Serra eram interligar os sistemas estadual e municipal de saúde, criar trinta AMAs 24 horas, formar 100 000 cuidadores de idosos e deficientes, colocar mais câmeras de vigilância, investir na guarda municipal, contratar mais 8 000 policiais, criar escolas técnicas, ampliar as vagas nas creches, aumentar a carga horária nas escolas e valorizar os professores.[164]

Serra foi o mais votado no primeiro turno da eleição com 1,88 milhões de votos (30,75%).[165] Foi mais votado nas regiões centrais da cidade,[166] tendo tido mais de 60% dos votos no Jardim Paulista, Indianópolis e Pinheiros.[166]

No segundo turno, todas as pesquisas realizadas pelos principais institutos mostraram Haddad com uma diferença confortável em relação a Serra. Em 28 de outubro, Serra foi derrotado por Haddad.[167] Ao todo, teve 2,7 milhões de votos, equivalente a 44,43% dos votos totais.[168] Reconheceu a derrota às 20 horas e 40 minutos durante um discurso, no qual disse que "saiu revigorado e com mais energia".[167][169]

Retorno ao Senado e Ministro das Relações Exteriores

Nas eleições estaduais de 2014, foi eleito senador pelo estado de São Paulo com 11 105 874 votos (57,92% dos votos válidos).[170]

Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[171][172]

A chanceler Susana Malcorra, da Argentina, recebendo Serra no Palácio San Martín.

Serra foi nomeado como Ministro das Relações Exteriores no início do governo Temer.[173] Renunciou ao cargo em 22 de fevereiro de 2017 devido a problemas de saúde.[174][175]

Informa O Globo que Serra, logo no quinto dia como Ministro das Relações Exteriores, renovou a concessão de passaporte diplomático ao pastor Samuel Cássio Ferreira e à sua esposa, Keila Campos Ferreira. Samuel é investigado pela Operação Lava Jato sob a acusação de lavar 250 mil reais de propina em benefício de Eduardo Cunha. A cifra teria sido depositada numa conta corrente da igreja Assembleia de Deus.[176]

O Itamaraty defendeu o ato do Ministro afirmando "levar em conta o princípio de isonomia para conceder passaportes diplomáticos a religiosos, uma vez que cardeais da Igreja Católica os recebem". O ato contraria três pareceres técnicos previamente emitidos pelo próprio órgão, um deles constatando que o titular é dirigente da Assembleia apenas no âmbito do bairro paulistano do Brás e "não responde pela instituição no Brasil".[176]

Eleição de 2022

Com o término de seu mandato no senado em 2022, Serra candidatou-se ao cargo de deputado federal por São Paulo pelo PSDB nas eleições daquele ano.[177] Nessas eleições Serra não foi eleito, conquistando 88 926 votos.[178]

Em entrevista concedida ao canal CNN Brasil em 16 de setembro de 2022, Serra foi questionado sobre um eventual apoio à candidatura de Lula (PT) na eleição presidencial no primeiro turno. Serra negou:

...apoiar Lula, ainda mais pelo voto útil, é pura fake news. Olha o PT sendo PT, pensa que democracia vale só se for para ser deles. Minha candidata é Simone Tebet (MDB). Amiga, mulher honesta e competente.
— José Serra[179][180]

Depois da derrota de Tebet no primeiro turno, mudou de opinião, declarando no dia 4 de outubro que iria apoiar Lula no segundo turno, contra o candidato à reeleição Jair Bolsonaro, assim como outros membros do PSDB.

Não vou me alongar sobre o tema. Diante das alternativas postas, votarei em Lula
— José Serra[181]

Posicionamentos políticos

Aborto

Serra se considera pró-vida e é contra a legalização do aborto,[182] mas é favorável à atual legislação.[183][184] Como Ministro da Saúde, foi responsável pela regulamentação do aborto nos casos permitidos em lei (estupro e risco de morte para a mulher).[185][186] Durante a campanha presidencial de 2010, Serra criticou duramente as posições de Dilma Rousseff sobre o aborto;[187] segundo ele, Dilma seria favorável ao aborto.[188] Durante a mesma campanha recebeu o apoio de Silas Malafaia, um dos pastores mais populares do país que é abertamente contra o aborto.[189][190]

Durante ato de campanha em Nova Iguaçu, no dia 14 de setembro de 2010, Mónica Serra apresentou-se dizendo "Sou a mulher do Serra e vim pedir seu voto". Dirigindo-se a um eleitor evangélico que pretendia votar em Dilma Rousseff, declarou: "Ela é a favor de matar as criancinhas".[191]

Inconformada com as declarações do casal Serra, a dançarina Sheila Canevacci Ribeiro relatou à colunista Mônica Bergamo que Mônica Serra teria lhe confidenciado, em 1992, já ter praticado aborto.[192] Antes de publicar a reportagem, o jornal da colunista procurou Mónica Serra durante dois dias, mas não obteve resposta. No dia seguinte, a assessoria do PSDB declarou, em nota, que ela nunca se submeteu a um aborto e atribuiu as revelações ao "jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília".[193] Sheila é filha da peessedebista Majô Ribeiro e esposa do antropólogo Massimo Canevacci.[192]

Casamento

É favorável à monogamia como forma de combate à AIDS.[194] Também é favorável à união civil homossexual,[195] declarando que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma questão que cabe poder decisório às igrejas, mas é favorável à união civil.[195] Sobre a adoção de crianças por casais homossexuais, declarou, em 2002, que tem dúvidas sobre o tema.[196]

Legalização da maconha

Durante uma entrevista à Rolling Stone, declarou ser contra a legalização da maconha.[197] Na mesma entrevista declarou que não iria fazer alguma iniciativa sobre o tema caso fosse eleito presidente.[197]

Pena de morte

Serra também é contrário à pena de morte e à clonagem humana.[196]

Segurança Pública

Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.[198]

Controvérsias

Irregularidades em privatizações

Em 9 de dezembro de 2011, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. lançou o livro A Privataria Tucana, que relata supostas irregularidades ocorridas durante as privatizações no governo de Fernando Henrique Cardoso, em cujo segundo mandato como presidente do Brasil, Serra foi ministro da Saúde.[199] Amaury, segundo o site Brasil 247, foi repórter do periódico Estado de Minas e tentou "emplacar Aécio Neves como presidenciável". Ainda segundo o Brasil 247, logo depois do lançamento do livro, Serra ligou para uma livraria de São Paulo tentando reservar os cinquenta exemplares que haviam chegado. A solicitação teria sido negada mas, no mesmo dia, todos os exemplares teriam "sumido da prateleira".[200] No livro, Amaury Jr. denuncia que a família de José Serra estaria envolvida num esquema de lavagem de dinheiro e desvio de fundos públicos.[201] Segundo o Brasil 247.[202] Amaury Ribeiro Jr. foi acusado no "Escândalo do Dossiê" e indiciado em quatro crimes pela Polícia Federal.[203] Serra acusou interesses eleitorais por detrás do livro. Verônica Serra, filha de Serra, e o PSDB processaram criminalmente o autor por calúnia e difamação.[204][205] Em março de 2013, Serra recebeu uma indenização de R$ 1 000 por danos morais pelo livro de Amaury Júnior.[206]

Renúncia à prefeitura de São Paulo

Serra foi criticado durante a eleição municipal paulistana de 2012 por ter renunciado em 2006 à prefeitura de São Paulo, e em 2010 ao governo do estado de São Paulo.[207][208][209] O candidato petista Fernando Haddad declarou, em junho de 2012, que São Paulo "não precisava de um prefeito de meio-mandato e nem de meio-período", referindo-se diretamente à Serra.[210] O ex-presidente Lula disse, durante um discurso em apoio à Haddad, que Serra deveria pedir a aposentadoria.[211] Em resposta às críticas, Serra declarou durante um programa eleitoral que iria cumprir todo o mandado, e justificou que renunciou em 2006 para "não deixar o governo de São Paulo nas mãos do PT".[212]

Em sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo em setembro de 2004, Serra afirmou que só deixaria o cargo em 2006 "se Deus lhe tirasse a vida". O tucano assinou uma declaração apresentada pelo colunista Gilberto Dimenstein, que seria registrada em cartório, onde dizia de que cumpriria, caso eleito, os quatro anos do mandato de prefeito e não deixaria o cargo para concorrer a governador do Estado ou à Presidência da República.[213][214]

Em março de 2006, Serra renunciou seu cargo para concorrer a governador de São Paulo pelo PSDB. Ao ser questionado sobre a quebra de seu compromisso assinado, Serra justificou dizendo que "Assinei um papelzinho".[215]

Em outubro de 2012, o Datafolha divulgou uma pesquisa sobre a rejeição dos candidatos à prefeitura, na qual Serra tinha 52% de rejeição, o maior índice entre todos os candidatos.[216] Em uma outra pesquisa do Datafolha, realizada em março de 2012, 76% dos eleitores se lembravam da renúncia de Serra em 2006, 66% disseram que ele agiu mal ao renunciar, 70% afirmaram que ele não deveria renunciar novamente e 66% acreditavam em sua renúncia para concorrer à presidência em 2014.[217][218]

Eleito senador em 2014, deixou o cargo para ocupar um ministério no Governo Temer. De volta ao senado, em julho de 2017 votou a favor da reforma trabalhista.[219]

Correspondência com petrolíferas

No ano de 2009, o site WikiLeaks vazou documentos do consulado americano no Rio de Janeiro, entre os quais encontrava-se uma uma correspondência entre José Serra e executivos das petrolíferas norte-americanas Chevron e Exxon, onde ele assumia o compromisso de mudar as regras de exploração do pré-sal brasileiro para beneficiar a empresa americana bem como outras empresas petrolíferas estrangeiras.[220][221][222] Naquela ocasião, José Serra prometeu às empresas estrangeiras que a lei de exploração petrolífera seria alterada caso os interesses destas empresas fossem atingidos pelo Congresso Nacional.[223][224]

Entretanto, através da articulação política da base governista após a reeleição do candidato Lula, o tema foi deixado de lado até o caso voltar à tona no ano de 2015 quando Serra, então senador pelo PSDB, apresentou o projeto denominado PLS 131 que, entre outras coisas, estabelece a participação mínima da petrolífera nacional Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal em relação às demais empresas. Naquela oportunidade o senador tucano pediu o adiamento da votação, mas o projeto voltou a ser apreciado em caráter de urgência no início de 2016.[225] Os defensores da proposta PLS 131 voltaram a destacar as dificuldades financeiras atuais da Petrobrás, a qual afirmam estar sem condições de investir como operadora única nos campos de águas profundas para exploração de petróleo e gás natural. Os opositores ao projeto afirmam que a iniciativa resultará na entrega das riquezas naturais do Brasil ao controle das multinacionais.[226]

Funcionária fantasma

Outra polêmica envolvendo o senador ocorreu no início de 2016, após Lauro Jardim do jornal O Globo denunciar que José Serra mantinha uma funcionária fantasma empregada em seu gabinete chamada Margrit Dutra Schmidt - irmã da jornalista Miriam Dutra que teve um romance de seis anos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.[227] De acordo com a reportagem de O Globo, Margrit recebe salário de gabinete no Congresso Nacional há 15 anos, porém nunca teria comparecido ao trabalho, sendo inclusive desconhecida pelos colegas de gabinete.[228] José Serra negou que Margrit seja uma funcionária fantasma, esclarecendo que os demais assessores não a conhecem porque ela trabalha em casa – uma prática que é vetada pelo Senado.[229] Serra disse ainda que não pode revelar qual é a natureza do trabalho efetuado por Margrit Dutra Schmidt, por ser um projeto sigiloso na área da educação.[230]

Escândalo das licitações de transporte público

Segundo a empresa alemã, Siemens, corporações internacionais e Serra combinavam previamente os preços de vencedores e perdedores das licitações para a aquisição de equipamentos e serviços ferroviários em São Paulo, e assim faturar acima do preço correto.[231][232][233][234][235] Cinco contratos supostamente fraudulentos foram assinados entre 1998 e 2008, enquanto os governadores de São Paulo, Serra, Mário Covas e Geraldo Alckmin ocupavam cargo durante o período.[236] Há também a denúncia de que os empresários também corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB (que tem governado o Estado de São Paulo desde 1995) e servidores públicos de alto escalão.[233][237]

Acusação de lavagem de dinheiro

No início de julho de 2020, Serra e sua filha Verônica foram denunciados pelo Ministério Público Federal sob acusação de lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Serra e sua família foram alvos de buscas e apreensões. De acordo com o MPF, Serra teria recebido vantagens indevidas da Odebrecht (atual Novonor) em troca da concessão de benefícios nas obras do Rodoanel Mário Covas nos anos de 2006 e 2007, enquanto era governador.[238][239][240] Algumas semanas depois, no dia 21 de julho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli concedeu liminar suspendendo as buscas e apreensões no gabinete de Serra, determinadas por um juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. De acordo com o ministro, "a decisão pode conduzir à apreensão de documentos relacionados ao desempenho da atividade parlamentar do senador da República, que não guardam identidade com o objeto da investigação". A liminar foi concedida a pedido apresentado pela Mesa do Senado, que questionou o descumprimento de uma decisão do próprio Supremo Tribunal Federal, qua havia decidido que caberia à Corte do STF determinar buscas nos gabinetes parlamentares da Casa.[241]

Vida pessoal

O Candidato José Serra, do PSDB, chega para votar no Colégio Santa Cruz, acompanhado do netinho Antônio e de sua esposa Mônica

Serra é casado com a chilena e naturalizada brasileira Mónica Serra, com quem tem dois filhos: Verônica, nascida em 1969, e Luciano, em 1973, meses antes do golpe de estado do Chile.[6][242] Conheceu Mónica nos anos 60 durante seu exílio no Chile e casaram-se no final de 1967.[243][244] Mónica é doutorada em psicologia pela Universidade de São Paulo e foi bailarina.[13][245][246] O casal separou-se em 2013[247] e reatou em 2018.[248][carece de fonte melhor]

Em 2014, Serra morava numa casa no Alto de Pinheiros, um bairro nobre de São Paulo.[249]

Em agosto de 2021, após ser diagnosticado com a doença de Parkinson, Serra pediu licença do cargo de senador por quatro meses, sendo substituído por seu suplente, José Aníbal.[250]

Prêmios e honrarias

Serra recebendo o título de Cidadão de Salvador em 2010

Em 1989, Serra recebeu a Medalha do Mérito Tamandaré. Nos anos seguintes recebeu outros títulos, como a Ordem do Mérito Militar (admissão em 1993, promoção em 1995),[1][251] a Ordem do Mérito das Forças Armadas - Grande Oficial (1995), a Ordem do Mérito Aeronáutico - Grande Oficial (1995), a Ordem de Bernado O'Higgins, a Ordem do Mérito Naval - Grande Oficial (1998) e a Ordem do Mérito Farmacêutico.[252]

Em 1986, recebeu uma placa em sua homenagem no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas pelas suas contribuições para a universidade.[253]

Recebeu o título de Cidadão de Salvador em 2010.[254] No mesmo ano, foi novamente foi apontado pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.[255][256] Serra já esteve nessa lista em 2007,[257][258] 2008,[259] 2009,[259][260] e 2010.[256] Serra também esteve na lista dos 100 brasileiros mais influentes do ano pela ISTOÉ em 2007 e 2008.[261][262]

Em 2009, Serra recebeu o prêmio da Organização Mundial da Família (vinculada à Organização das Nações Unidas), na Suíça, por seu trabalho como ministro da saúde.[263]

Publicações

Em português

[264]

|}

Em outros idiomas

[265]

|}

Cronologia sumária

Notas

  1. Licenciado do cargo entre 30 de abril de 1996 e 31 de março de 1998; e de 20 de fevereiro de 2002 até 31 de janeiro de 2003
  2. Licenciado do cargo entre 12 de maio de 2016 e 22 de fevereiro de 2017

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1995.
  2. José Serra UNE
  3. José Serra toma posse hoje na Prefeitura de São Paulo Folha de S.Paulo, 1/1/2005
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p «JOSE SERRA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 10 de setembro de 2021 
  5. Andréia Sadi. «Serra pede demissão do Ministério das Relações Exteriores; veja carta». G1 
  6. a b c d e f g h i j k l m Costa, Florência (15 de dezembro de 2004). «Os Brasileiros do Ano 2004 - José Serra». IstoÉ. Consultado em 26 de janeiro de 2010 
  7. a b Turazi, Deigma (29 de março de 2004). «José Serra: "O comportamento de Jango facilitou o golpe"». Agência Brasil. Consultado em 22 de agosto de 2009 
  8. a b c d e f Furtado, Bernardino; Friedlander, David (21 de outubro de 2002). «SERRA. O candidato enfrentou o funil da mobilidade social, a ditadura e o exílio antes de se tornar um dos principais políticos do Brasil». Época. p. 1. Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 15 de maio de 2006 
  9. Veja São Paulo (27 de outubro de 2004). «"Tenho mais medo de inveja do que de colesterol alto"». Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 15 de junho de 2011 
  10. JB Online (20 de julho de 2007). «Mãe do governador José Serra morre aos 86 anos». Consultado em 22 de agosto de 2009 
  11. a b c Folha Online (2 de outubro de 2006). «TRE-SP confirma vitória de Serra no 1º turno». Consultado em 22 de agosto de 2009 
  12. a b «Serra tem fama de rigoso e "descascador de abacaxis"». O Estado de S. Paulo. 31 de outubro de 2004. Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 27 de abril de 2013 
  13. a b Patury, Felipe (16 de janeiro de 2002). «Serra agarra a sua chance». Veja. Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 2 de maio de 2003 
  14. a b c Mantega et al. 1994, p. 119: «Filho de imigrantes italianos radicados na Mooca, José Serra entrou para o curso de Engenharia da Escola Politécnica da USP, onde começou sua militância política no movimento estudantil [...] »
  15. a b c d e f g Furtado, Bernardino; Friedlander, David (21 de outubro de 2002). «SERRA. O candidato enfrentou o funil da mobilidade social, a ditadura e o exílio antes de se tornar um dos principais políticos do Brasil». Época. p. 2. Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2011 
  16. Diógenes Campanha (10 de janeiro de 2005). «José Serra». IstoÉ. Consultado em 1 de agosto de 2016. Arquivado do original em 11 de abril de 2005 
  17. a b c d e f Pilagallo, Oscar; Dualibi, Julia. «Serra revive velho dilema entre ser contra ou a favor». Folha Online. Consultado em 22 de agosto de 2009 
  18. Dávila, Sérgio (13 de março de 2004). «O DIA EM QUE JANGO COMEÇOU A CAIR». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de agosto de 2009 
  19. a b Altman, Fábio (1 de abril de 2002). «O que eles faziam em março de 1964». Época. Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 16 de maio de 2008 
  20. Sérgio D'Avila (13 de março de 2004). «O Comício da Central marcou o início da contagem regressiva». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 25 de março de 2004 
  21. Leandro Melito (25 de março de 2014). «Golpe de 64: José Serra chamou estudantes a resistirem no 1º de abril». Empresa Brasil de Comunicação. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  22. a b c d e f Arquivo Ana Lagoa - revista Isto É (4 de abril de 1984). «A geração de 64 quarentona» (PDF). Consultado em 30 de janeiro de 2010 
  23. Adriana Nicacio e Octávio Costa (2 de julho de 2010). «A voz de Serra na UNE». IstoÉ. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  24. «Roda Viva entrevista Armênio Guedes». TV Cultura. 11 de agosto de 2008. Consultado em 27 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 5 de outubro de 2011 
  25. Folha Online (2 de outubro de 2006). «Saiba mais sobre o governador eleito de São Paulo». Consultado em 22 de agosto de 2009 
  26. a b «Político Brasileiro: José Serra». UOL. 17 de abril de 2010. Consultado em 27 de janeiro de 2010 
  27. «Cornell Masters' Thesis for José Serra». Cornell University. 22 de março de 2010. Consultado em 9 de agosto de 2010. Arquivado do original em 6 de abril de 2010 
  28. Folha Online (3 de outubro de 2004). «Veja perfil de José Serra, que "lidera" empate técnico em São Paulo». Consultado em 22 de agosto de 2009 
  29. «Community of Scholars Profile: José Serra». Instituto para Estudos Avançados. Consultado em 30 de janeiro de 2010 
  30. a b Mary Witoshynsky e Nigel Brooke. «Os 40 Anos da Fundação Ford no Brasil - uma parceria para a mudança social» (PDF). Editora da Universidade de São Paulo / Fundação Ford. pp. 172–173. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 22 de outubro de 2008 
  31. Carlos Piovezani 2009, p. 314: «Após quatorze anos volta ao Brasil. Já como economista respeitado, é convidado por Franco Montoro pra ser Secretário de Planejamento do Governo de São Paulo.»
  32. «Galeria dos Governadores». Consultado em 30 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2011 
  33. Lafayette Pozzoli,Carlos Aurélio Mota de Souza. «Ensaios em homenagem a Franco Montoro: humanista e político». p. 137. Consultado em 30 de janeiro de 2010 
  34. Maklouf Carvalho 2017, p. 153
  35. a b Maklouf Carvalho 2017, p. 165
  36. Daniel Sarmento. «21 Anos da Constituição de 1988: a Assembleia Constituinte de 1987/1988 e a Experiência Constitucional Brasileira sob a Carta de 1988». Direito Público. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2014 
  37. Augusto Nunes (16 de novembro de 1987). «Entrevista de José Serra na TV Cultura». Roda Viva. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 20 de junho de 2008 
  38. Fernando Henrique Cardoso e José Serra (agosto de 1991). «PARLAMENTARISMO NO BRASIL: Como, por que» (PDF). Consultado em 1 de novembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 19 de fevereiro de 2014 
  39. «PL 991/1988». Câmara dos Deputados. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  40. «PL 2250/1989». Câmara dos Deputados. 5 de maio de 1989. Consultado em 1 de novembro de 2012 
  41. Maklouf Carvalho 2017, p. 158
  42. «TRE-SP confirma vitória de Serra no 1º turno». 2 de outubro de 2006. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  43. «Serra desagrada norte e nordeste com seu relatório». O Globo. Brasília. 9 de junho de 1987. Consultado em 21 de janeiro de 2023 – via Biblioteca Digital do Senado Federal 
  44. a b Celina Souza (janeiro de 2001). «Tópico: Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças». Federalismo e Descentralização na Constituição de 1988: Processo Decisório, Conflitos e Alianças. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  45. Maklouf Carvalho 2017, p. 157
  46. «Saiba mais sobre a trajetória política de José Serra». Época. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 15 de maio de 2006 
  47. a b «Resultados das Eleições 1994 - São Paulo - senado». TSE. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  48. a b Felipe Patury (9 de outubro de 2002). «A mente de Serra». Veja. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2012 
  49. Christiane Samarco (5 de abril de 2010). «Guerra cobra de Dilma explicação sobre escândalo dos 'aloprados'». O Estado de S. Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  50. Fernando Rodrigues (19 de setembro de 2004). «PSDB e PT anunciam disputa inédita na capital». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  51. Cristiano Farias (15 de junho de 1996). «Serra deixa o Ministério do Planejamento». Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2013 
  52. a b «Serra despede-se do Senado e faz balanço de 20 anos de vida pública». Agência Senado. 18 de dezembro de 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  53. Eliane Cantânhede e Raymundo Costa (6 de outubro de 2002). «Após percurso acidentado, tucano aposta no 2º turno». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  54. Sérgio Dávila (25 de junho de 2001). «Brasil é destaque no encontro sobre Aids da ONU». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  55. Carolina Freitas (20 de maio de 2009). «Serra cobra divulgação de genéricos pelo governo federal». O Estado de S. Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  56. Ives Gandra da Silva Martins (26 de dezembro de 2000). «Tributos e medicamentos». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  57. «OMS defende remédio contra Aids mais barato a carentes"». Folha de S.Paulo. 19 de maio de 2001. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  58. «Serra anuncia quebra de patente de medicamento para Aids». Folha de S.Paulo. 5 de dezembro de 2001. Consultado em 19 de setembro de 2020 
  59. «Saúde da Família caminha a passos lentos e compromete meta de Lula». Ministério da Saúde. 5 de dezembro de 2004. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 9 de maio de 2015 
  60. «Presidência da República, Mensagem ao Congresso Nacional 2002, "Saúde", pp. 118-19». 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2005 
  61. «Presidência da República, Mensagem ao Congresso Nacional 2002, "Saúde", p. 119-120». 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2005 
  62. «Serra faz balanço de 20 anos de vida pública». Agência Senado. 19 de dezembro de 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 27 de novembro de 2012 
  63. «PL 3156/2000». Câmara dos Deputados. 31 de maio de 2000. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  64. Jutahy Magalhães Junior (janeiro–junho de 2000). «Projeto de Lei 3.156: Uma Questão de Ética». Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 1 de março de 2010 
  65. «Embalagens dos derivados do tabaco deverão apresentar imagens de alerta contra o fumo». Agência Saúde. 4 de junho de 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2010 
  66. «Resolução RDC nº 104, de 31 de maio de 2001». Anvisa. 31 de maio de 2001. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 3 de maio de 2006 
  67. «Presidência da República, Mensagem ao Congresso Nacional 2002, p, 102-3, 107.». 2002. Consultado em 31 de outubro de 2012. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2005 
  68. Mário Magalhães (24 de fevereiro de 2002). «Especialistas culpam Serra por fracasso com a dengue». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de julho de 2016 
  69. «Eleições 2002: Candidatos». Folha Online. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  70. Kennedy Alencar (23 de maio de 2002). «Rita Camata é confirmada como vice da chapa de Serra». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  71. «PMDB escolhe Rita Camata para vice de Serra nas eleições». UOL. 22 de maio de 2002. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  72. a b c d e Rubens Figueiredo e Ciro Coutinho (Outubro de 2003). «A eleição de 2002». Scioli. Consultado em 31 de julho de 2016 
  73. Juliana Lopes (14 de outubro de 2002). «Serra quer zerar a eleição». IstoÉ. Consultado em 31 de julho de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2002 
  74. «Tudo pelo Segundo Turno». Veja. 25 de setembro de 2002. Consultado em 29 de outubro de 2012 [ligação inativa] 
  75. «Eleições 2002 - Resultados - Presidente - 1º turno». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  76. Fábio Portela, Ana Paula Grabois e Patrícia Zimmermann (9 de outubro de 2002). «Garotinho declara apoio a Lula; PFL recomenda voto em Serra». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de julho de 2016 
  77. «Lula é presidente». Folha de S.Paulo. 28 de outubro de 2002. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  78. Márcio Diniz e Milena Buosi (28 de outubro de 2002). «Lula vence em todos os Estados, menos em Alagoas». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  79. «Panorama da sucessão presidencial». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  80. «Eleições 2002 - Resultados - Presidente - 2º turno». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  81. a b «Serra é eleito por aclamação para a presidência do PSDB». Agência Brasil. 21 de novembro de 2003. Consultado em 30 de outubro de 2012 
  82. «Serra licencia-se hoje da presidência do PSDB». R7. 26 de janeiro de 2005. Consultado em 30 de outubro de 2012. Arquivado do original em 9 de julho de 2015 
  83. Paulo de Araujo (27 de janeiro de 2005). «Azeredo sucede Serra no comando tucano». DCI. Consultado em 30 de outubro de 2012. Arquivado do original em 10 de maio de 2015 
  84. «Candidatos - José Serra». UOL. 22 de setembro de 2004. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  85. a b c d e f Luciana Fernandes Veiga, Nelson Rosário de Souza e Emerson Urizzi Cervi (1 de julho de 2007). «As estratégias de retórica na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2004: PT, mandatário, versus PSDB, desafiante» (PDF). Scielo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  86. «Maluf formaliza apoio a Marta na disputa em SP». UOL. 15 de outubro de 2004. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  87. «Placar SP/ São Paulo». UOL. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  88. a b «Na volta à TV, Marta ataca vice de Serra, e tucano agradece votos». UOL. 15 de outubro de 2004. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  89. Bruno Boghossian (19 de março de 2012). «Serra diz que compromisso assinado em 2004 era apenas 'papelzinho'». O Estado de S. Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  90. «Serra leva Prefeitura de SP e projeta o PSDB para 2006». Folha de S.Paulo. 31 de outubro de 2004. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  91. «Serra vence no 2º turno, e PSDB terá seu primeiro prefeito de SP». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  92. «De novo, Serra vence em bairros mais ricos, e Marta, na periferia». UOL. 1 de novembro de 2004. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  93. Caio Junqueira (1 de janeiro de 2005). «Serra toma posse e indica que não se candidatará em 2006». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  94. Caio Junqueira (29 de dezembro de 2004). «No primeiro escalão, Serra fez pelo menos cinco indicações "políticas"». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  95. Caio Junqueira (1 de janeiro de 2005). «Apesar das promessas, Serra diminuiu apenas uma secretaria». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  96. Caio Junqueira (1 de janeiro de 2005). «Indicações políticas impediram Serra de enxugar máquina». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  97. «Candidato de Serra perde presidência da Câmara». Folha de S.Paulo. 1 de janeiro de 2005. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  98. Caio Junqueira (19 de janeiro de 2005). «Serra congela 100% dos investimentos da Prefeitura de SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  99. Caio Junqueira (19 de janeiro de 2005). «Prefeitura de SP aponta déficit de até R$ 1,8 bilhão». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  100. «José Serra». Aide.org. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 10 de julho de 2015 
  101. «Serra pede no STF manutenção da taxa de iluminação pública». Folha de S.Paulo. 27 de janeiro de 2005. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  102. «Câmara aprova fim da taxa do lixo em São Paulo». Estadão. 16 de dezembro de 2005. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 31 de outubro de 2008 
  103. Pedro Dias Leite (2 de fevereiro de 2002). «PSDB e PT fecham acordo para vetar CPIs». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  104. «Bilhete único ônibus-metrô começa a valer no dia 30». Folha de S.Paulo. 24 de dezembro de 2005. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  105. Thiago Faria (16 de maio de 2010). «Serra quer levar Virada Cultural de São Paulo para o resto do país». R7. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  106. «O Projeto Nova Luz - Um sonho antigo». Projeto Nova Luz. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 30 de julho de 2012 
  107. Tiago Dantas (17 de novembro de 2010). «Nova Luz não prevê solução para viciados». Estadão. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 30 de agosto de 2011 
  108. «"Projeto Nova Luz não fracassou", diz Serra em entrevista na TV». UOL. 18 de setembro de 2009. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  109. «SP: Serra renuncia hoje para concorrer ao governo». Terra Networks. 31 de março de 2006. Consultado em 29 de outubro de 2012. Arquivado do original em 31 de maio de 2013 
  110. «Por escrito, tucano diz que cumprirá mandato, se eleito». Folha de S.Paulo. 15 de setembro de 2004. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  111. «Goldman é escolhido por Serra para vice na chapa puro-sangue». Folha de S.Paulo. 26 de junho de 2006. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  112. «Serra seria eleito governador de SP no primeiro turno, indica Datafolha». UOL. 6 de setembro de 2006. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  113. «Apuração - São Paulo - Governador - 1º turno». Folha Online. 9 de novembro de 2006. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  114. «SERRA (PSDB)». G1. 30 de outubro de 2006. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  115. Jaqueline Falcão, Marcelle Ribeiro, Lino Rodrigues e Wagner Gomes (3 de outubro de 2010). «Geraldo Alckmin é eleito governador de SP no primeiro turno». O Globo. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  116. «Serra toma posse hoje e se torna 22º governador de São Paulo». Folha de S.Paulo. 1 de janeiro de 2007. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  117. Cátia Seabra (9 de setembro de 2009). «José Serra lança títulos para investir mais em 2010». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  118. a b «São Paulo investe mais». 26 de dezembro de 2008. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 29 de dezembro de 2008 
  119. «Orçamento do estado para 2007» (PDF). Secretaria de Economia e Planejamento. 2007. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 12 de maio de 2013 
  120. «Orçamento do estado para 2008» (PDF). Secretaria de Economia e Planejamento. 2008. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 12 de maio de 2013 
  121. «Orçamento do estado para 2010» (PDF). Secretaria de Economia e Planejamento. 2010. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 12 de maio de 2013 
  122. Samuel Moreira. «Assembleia aprova contas do governador e Orçamento de R$ 125 bi. para o Estado». Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2013 
  123. a b «Investimentos na área dos transportes, orçamento de 2010». Secretaria de Economia e Planejamento. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 12 de maio de 2013 
  124. «Rodoanel encarece e atinge R$ 3,5 bilhões». Folha de S.Paulo. 2 de abril de 2006. Consultado em 29 de outubro de 2012 
  125. a b c José Serra (1 de fevereiro de 2010). «Prestação de contas à Assembleia Legislativa — início dos trabalhos de 2010» (PDF). Discurso [ligação inativa] 
  126. «Ler e Escrever» (PDF). Secretaria de educação de São Paulo. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  127. Leila Suwwan (8 de julho de 2010). «Dilma critica programa de educação de Serra no governo de São Paulo». Consultado em 28 de outubro de 2012 
  128. «MEC divulga notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2009) por UF; consulte a situação do seu Estado». UOL. 5 de julho de 2010. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  129. «Gasto de R$ 2 bilhões reduz pouco o analfabetismo no país». Folha de S.Paulo. 28 de agosto de 2009. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  130. a b Vagner Magalhães (7 de maio de 2009). «Serra sanciona lei antifumo em São Paulo». Terra Networks. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  131. Hugo Bachega (2 de abril de 2010). «Serra formaliza renúncia ao governo de São Paulo». Estadão. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  132. a b «Aécio Neves lidera ranking de governadores; Serra está em 5º». Folha de S.Paulo. 25 de março de 2009. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  133. a b «Datafolha: Serra tem 55% de aprovação no governo de SP». Terra Networks. 29 de março de 2010. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  134. «Serra é aprovado por 39% dos paulistas, e seu antigo vice na prefeitura, Kassab, é rejeitado por 42%». UOL. 26 de março de 2007. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  135. «Datafolha: Aécio lidera ranking de governadores; Serra é 5º». Terra Networks. 25 de março de 2009. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  136. «Aprovação dos paulistas a Serra atinge 56%». Folha de S.Paulo. 1 de junho de 2009. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  137. «Aécio Neves desiste de disputar a Presidência em 2010». G1. 17 de dezembro de 2009. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  138. Fernando de Barros e Silva (17 de dezembro de 2009). «Aécio decide abrir mão de candidatura à Presidência em 2010». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  139. Eduardo Bresciani (17 de março de 2010). «Pré candidatura acontecerá 10 de abril». G1. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  140. José Maria Tomazela (5 de março de 2010). «Serra dá sinais de que vai deixar governo». Estadão. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 8 de março de 2010 
  141. Nathalia Passarinho (10 de abril de 2010). «'Não aceito o nós contra eles', diz Serra em lançamento de pré-candidatura». G1. Consultado em 27 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 14 de abril de 2010 
  142. «Serra é oficializado candidato do PSDB à Presidência». Jus Brasil. 12 de junho de 2010. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2012 
  143. «Serra formaliza candidatura: 'Não tenho esquemas ou patotas', diz». O Globo. Consultado em 16 de junho de 2010 
  144. a b c Maria Angélica Oliveira (12 de junho de 2010). «Serra dispara contra governo em convenção que o oficializou candidato». G1. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  145. José Roberto de Toledo (31 de março de 2012). «"O Brasil pode mais" é mote de campanha de Serra a presidente». O Estadão. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 7 de junho de 2010 
  146. Marisa Castellani, Gerusa Marques e Renata Veríssimo (10 de abril de 2010). «Discurso de Serra traz slogan 'Brasil Pode Mais'». Estadão. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  147. a b Robson Bonin (5 de julho de 2012). «Serra registra candidatura e diz que campanha custará R$ 180 milhões». G1. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  148. Priscilla Mendes (5 de julho de 2012). «Serra espera gastar R$ 23 milhões a mais que Dilma na campanha à Presidência». R7. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2011 
  149. Laryssa Borges, Marcela Rocha e Marsílea Gombata (30 de junho de 2010). «Deputado Indio da Costa, do DEM-RJ, é escolhido vice de Serra». Terra Networks. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 3 de julho de 2010 
  150. «Índio da Costa é escolhido para ser vice de Serra». O Globo. 30 de junho de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  151. «Deputado Indio da Costa, do Rio, é o vice de Serra, anuncia DEM». G1. 30 de junho de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  152. «Apuração 1° turno: Eleição presidencial». G1. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  153. «Apuração 2° turno: Eleição presidencial». G1. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  154. Carolina Iskandarian e Mariana Oliveira (31 de outubro de 2010). «Serra diz que deseja que Dilma 'faça bem' ao Brasil». G1. Consultado em 27 de outubro de 2010 
  155. Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo (1 de novembro de 2010). «Dilma vence em 16 Estados, atinge 56% e tem 12 milhões de votos a mais que Serra». Estadão. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  156. Rafael Romer (12 de agosto de 2012). «Lula ainda possui R$ 47,5 mil de multas não pagas das eleições de 2010». Ig. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 14 de agosto de 2012 
  157. «PRB contesta ausência do nome de Russomanno em pesquisa». Folha de S.Paulo. 27 de dezembro de 2011. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  158. Julia Duailibi e Alberto Bombig (18 de janeiro de 2012). «Serra comunica ao PSDB que está fora da disputa à Prefeitura de São Paulo». Estadão. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  159. «José Serra anuncia no Twitter intenção de disputar prefeitura de São Paulo». Veja. 27 de fevereiro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  160. Paulo Toledo Piza (25 de março de 2012). «Serra vence prévias e será candidato do PSDB à Prefeitura de SP». G1. Consultado em 26 de março de 2012 
  161. Eduardo Simões (25 de março de 2012). «Serra vence prévias do PSDB em São Paulo». Reuters. Consultado em 26 de março de 2012. Arquivado do original em 10 de junho de 2015 
  162. «Serra ataca mais que Haddad na televisão, diz levantamento do Valor Econômico». Carta Capital. 21 de setembro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  163. «No último debate, Haddad vai ao ataque e Serra usa mensalão». Terra Networks. 27 de outubro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  164. «Serra e Haddad disputam 2º turno em São Paulo; Russomanno fica em 3º». G1. 7 de outubro de 2012. Consultado em 17 de junho de 2013 
  165. «Serra e Haddad disputam 2º turno em São Paulo; Russomanno fica em 3º». G1. 7 de outubro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  166. a b «Serra vence nas áreas centrais, e Haddad, na periferia». G1. 7 de outubro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  167. a b «Fernando Haddad vence José Serra e é eleito prefeito de São Paulo». Ig. 28 de outubro de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  168. «Serra diz que termina campanha 'revigorado' e com mais 'energia'». G1. 28 de outubro de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  169. «Após derrota, Serra diz que mantém "energia e vigor"». Exame. 28 de outubro de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 19 de outubro de 2015 
  170. «Eleições 2014 - Resultados para Senador (1º turno)». Consultado em 1 de junho de 2015. Arquivado do original em 27 de junho de 2015 
  171. «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». Consultado em 17 de outubro de 2017 
  172. «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Consultado em 17 de outubro de 2017 
  173. «José Serra (PSDB), ministro das Relações Exteriores do governo Temer». G1. 12 de maio de 2016 
  174. Daniela Lima (28 de janeiro de 2014). «José Serra passa por cirurgia no Sírio-Libanês». Folha de S.Paulo 
  175. Gustavo Uribe (22 de fevereiro de 2017). «Serra entrega a Temer carta de demissão». Folha de S.Paulo 
  176. a b Sassine, Vinicus (12 de julho de 2016). «Serra ignorou pareceres ao renovar passaporte diplomático de pastor». O Globo. Consultado em 20 de julho de 2016 
  177. Corsini, Camila (7 de setembro de 2022). «Veja lista dos candidatos a deputado federal em São Paulo nas Eleições 2022». UOL. Consultado em 22 de setembro de 2022 
  178. «Apuração de São Paulo». G1. 3 de outubro de 2022. Consultado em 3 de outubro de 2022 
  179. Prates, Vinícius (17 de setembro de 2022). «Serra nega apoio a Lula no 1º turno: 'Fake news do PT'». Correio Braziliense. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  180. Prates, Vinicius (17 de setembro de 2022). «Serra nega apoio a Lula no 1º turno: Fake news do PT». Diario de Pernambuco. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  181. «Senador José Serra anuncia apoio a Lula no 2º turno da eleição presidencial». G1. Consultado em 3 de novembro de 2022 
  182. «Serra condena o aborto e Dilma reclama de 'campanha caluniosa'». G1. 8 de outubro de 2010. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  183. Marcela Rocha (12 de maio de 2010). «Serra diz ser contra o aborto». Terra Networks. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  184. Julia Duailibi (13 de maio de 2010). «Serra diz ser contra a legalização do aborto». O Estado de S. Paulo. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  185. Lucas de Abreu Maia (6 de outubro de 2010). «Manifesto critica Dilma por posição sobre aborto». O Estado de S. Paulo. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  186. «Saiba o que Dilma, Serra e Marina já disseram sobre o aborto». G1. 7 de outubro de 2010. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  187. Bruno Peres (28 de outubro de 2010). «Dilma afirma respeitar fala do papa, critica boatos sobre aborto». Reuters. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 10 de julho de 2015 
  188. Ullisses Campbell (15 de outubro de 2010). «Telemarketing de Serra insiste que Dilma é a favor do aborto». Correio Braziliense. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2012 
  189. Lucas de Abreu Maia (21 de outubro de 2010). «Evangélicos Edir Macedo, pró-Dilma, e Silas Malafaia, serrista, discutem pela web». UOL. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  190. Hugo Bachega (17 de outubro de 2010). «Na TV, pastor pede votos a Serra; Dilma critica privatização». Reuters. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 10 de julho de 2015 
  191. «Mulher de José Serra faz campanha no Rio e ataca Dilma». R7. 14 de setembro de 2010. Consultado em 5 de outubro de 2016. Arquivado do original em 6 de outubro de 2016 
  192. a b Bergamo, Mônica (16 de outubro de 2010). «Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  193. «Campanha de Serra nega relato de ex-aluna». Folha de S.Paulo. 17 de outubro de 2010. Consultado em 5 de outubro de 2016 
  194. Hugo Bachega (24 de agosto de 2010). «Serra apoia monogamia, Marina explica posição sobre aborto e Plínio critica erotismo na televisão». O Globo. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 10 de julho de 2015 
  195. a b Daniela Almeida (24 de agosto de 2010). «Serra reafirma ser a favor da união civil homossexual». iG. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 18 de outubro de 2010 
  196. a b «Candidatos à presidência - Serra». UOL. Consultado em 5 de novembro de 2012 
  197. a b Jorge Antonio Barros (13 de setembro de 2010). «Dilma, Serra e Marina se dizem contra legalização da maconha». O Globo. Consultado em 5 de novembro de 2012. Arquivado do original em 7 de outubro de 2010 
  198. «Veja como votou cada senador sobre decretos de porte e posse de armas». O TEMPO. 18 de junho de 2019. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
  199. «Chega às livrarias 'A Privataria tucana', de Amaury Ribeiro Jr. CartaCapital relata o que há no livro». Carta Capital. 8 de dezembro de 2011. Consultado em 28 de outubro de 2012. Arquivado do original em 20 de setembro de 2012 
  200. «Serra tenta comprar estoque de livro-bomba». 10 de dezembro de 2011 
  201. «Democratic Underground». Democratic. 12 de dezembro de 2011. Consultado em 3 de novembro de 2012 
  202. «Serra tenta comprar estoque de livro-bomba». Brasil 247. 10 de dezembro de 2011. Consultado em 3 de novembro de 2012 
  203. Marco Antonio Villa (27 de dezembro de 2011). «Querem impor a mordaça». O Globo. Consultado em 3 de novembro de 2012. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2011 
  204. Eduardo Graeff (25 de dezembro de 2011). «Nota à Imprensa de Verônica Serra». Eagora. Consultado em 3 de novembro de 2012. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2012 
  205. «PSDB quer processar autor de livro sobre privatizações no governo FHC». Estadão. 27 de novembro de 2011. Consultado em 3 de novembro de 2012 
  206. «Serra recebe indenização por "oportunismo eleitoral" do livro "A Privataria Tucana"». Folha de S.Paulo. 28 de março de 2013. Consultado em 4 de outubro de 2013 
  207. «Em programa eleitoral, Serra justifica ter deixado a prefeitura e garante permanência até o fim do mandato». JusBrasil. 3 de setembro de 2012. Consultado em 16 de junho de 2013. Arquivado do original em 24 de junho de 2013 
  208. Daniela Lima (24 de junho de 2012). «Ter cara de candidato à Presidência não é um problema, ajuda». Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de junho de 2013 
  209. Felipe Frazão (13 de junho de 2012). «Vice de Serra será o mais visado, diz cientista política». O Estado de S. Paulo. Consultado em 16 de junho de 2013 
  210. Guilherme Waltenberg (28 de junho de 2012). «Em crítica a Serra, Haddad diz que SP não precisa de prefeito de meio-mandato». O Estado de S. Paulo. Consultado em 16 de junho de 2013 
  211. Isadora Peron (29 de setembro de 2012). «Para Lula, tucano deveria requerer aposentadoria». O Estado de S. Paulo. Consultado em 16 de junho de 2013 
  212. «Em programa eleitoral, Serra justifica ter deixado a prefeitura e garante permanência até o fim do mandato». R7. 3 de setembro de 2012. Consultado em 16 de junho de 2013 
  213. «Para Serra, assinatura de Serra equivale a nada». UOL. Consultado em 12 de agosto de 2016 
  214. «Em sabatina, Serra ameniza ataques e promete cumprir mandato se eleito». Folha Online. 14 de setembro de 2004. Consultado em 12 de agosto de 2016 
  215. «Serra diz que compromisso para ficar no cargo de prefeito foi assinado em papelzinho». UOL Eleições 2012. Consultado em 12 de agosto de 2016 
  216. «Haddad abre 17 pontos de vantagem sobre Serra, aponta Datafolha». Folha de S.Paulo. 19 de outubro de 2012. Consultado em 16 de junho de 2013 
  217. «Serra lidera em pesquisa Datafolha para prefeito de São Paulo com 30%». JusBrasil. 3 de março de 2012. Consultado em 16 de junho de 2013. Arquivado do original em 24 de junho de 2013 
  218. Marina Novaes (25 de março de 2012). «Serra vence prévias do PSDB e disputa eleição a prefeito de SP». Terra Networks. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  219. Redação - Carta Capital (11 de julho de 2017). «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário» 
  220. «Brazil - Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal». Wikileaks. 19 de outubro de 2012. Consultado em 24 de fevereiro de 2016 
  221. «RIO'S OIL PLAYERS REACT TO SPECULATION ON PRE-SALT REGULATIONS». Wikileaks. 2 de dezembro de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 2 de março de 2015 
  222. «CAN THE OIL INDUSTRY BEAT BACK THE PRE-SALT LAW?». Wikileaks. 2 de dezembro de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 2 de março de 2015 
  223. «Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal». Folha de S.Paulo. 13 de dezembro de 2010. Consultado em 24 de fevereiro de 2016 
  224. «Wikileaks: PSDB prometeu a americanos rever lei do pré-sal». Revista Fórum. 13 de dezembro de 2010. Consultado em 24 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  225. «Senado retoma nesta quarta discussão sobre participação da Petrobras no pré-sal». Jornal do Brasil. 24 de fevereiro de 2016. Consultado em 24 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 5 de março de 2016 
  226. «Acompanhe ao vivo: Senadores debatem mudanças da partilha do pré-sal». EBC. 24 de fevereiro de 2016. Consultado em 24 de fevereiro de 2016 
  227. «Serra emprega irmã de Mirian Dutra como funcionária fantasma, diz jornal». Zero Hora. 19 de fevereiro de 2016. Consultado em 1 de março de 2016 
  228. «Irmã de Miriam Dutra é desconhecida por 'colegas' de gabinete de Serra». O Globo. 19 de fevereiro de 2016. Consultado em 1 de março de 2016 
  229. «Irmã de Mirian Dutra é funcionária fantasma no gabinete de José Serra». Pragmatismo Político. 19 de fevereiro de 2016. Consultado em 1 de março de 2016 
  230. «Irmã de Mirian trabalha em projeto sigiloso, diz José Serra». Luís Nassif. 19 de fevereiro de 2016. Consultado em 1 de março de 2016 
  231. Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP - Folha de S.Paulo, 14 de julho de 2013
  232. «Siemens, Alstom cooperating with Brazilian antitrust probe». Reuters. 15 de julho de 2013. Arquivado do original em 15 de julho de 2013 
  233. a b O esquema que saiu dos trilhos - IstoÉ, 19 de julho de 2013
  234. «Licitações do Metrô e CPTM tinham esquema de cartel desde 1998». iG. 16 de julho de 2013. Arquivado do original em 19 de julho de 2013 
  235. Alckmin diz que exigirá ressarcimento de prejuízos com formação de cartel - G1, 15 de julho de 2013
  236. «Current scandal just the latest in a long history of graft Sao Paulo 'train cartel'». Buenos Aires Herald. 2015. Arquivado do original em 9 de março de 2016 
  237. Istoé aponta propinoduto tucano no metrô de São Paulo - O Vermelho, 20 de julho de 2013
  238. «Lava Jato denuncia José Serra por lavagem de dinheiro e PF cumpre mandado de busca contra o ex-governador». G1. 3 de julho de 2020. Consultado em 3 de julho de 2020 
  239. Lucena, Leonardo (3 de julho de 2020). «PF está na casa de José Serra por propina nas obras do Rodoanel». Brasil 247. Consultado em 3 de julho de 2020 
  240. «Serra é denunciado pelo MPF por lavagem de dinheiro e vira alvo de operação». UOL. Consultado em 3 de julho de 2020 
  241. D'Agostino, Rosanne (21 de julho de 2020). «Ministro Dias Toffoli suspende buscas e apreensões no gabinete de José Serra no Senado». G1. Consultado em 22 de julho de 2020 
  242. Barbosa, Maria Ignez (18 de setembro de 2009). «Mónica Serra: o estilo da Primeira-dama». Veja. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  243. «José Serra luta para manter viva sua carreira política». R7. 26 de outubro de 2012. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  244. «Episódio 6: Vida no Chile (1966-69)». Serra: uma biografia em filmes. 7 de julho de 2010. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2011 
  245. «Monica Serra trai perfil de primeira-dama». Terra Networks. 28 de agosto de 2002. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 18 de outubro de 2002 
  246. Lopes, Juliana (29 de setembro de 2002). «A mulher de José Serra». Terra Networks. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2002 
  247. «José Serra e Mônica Serra se separam». Diário de Pernambuco. 27 de fevereiro de 2013. Consultado em 6 de abril de 2015. Arquivado do original em 23 de setembro de 2015 
  248. Cássio, José (2 de julho de 2018). «Depressão, denúncias na Justiça, faltas no Senado: o que está por trás do sumiço de Serra da vida pública». Diário do centro do mundo. A notícia de que José Serra reatou o casamento com a ex-mulher, Mônica, reacendeu um mistério que o cerca desde o início deste ano. 
  249. «Conheça os imóveis de políticos brasileiros». UOL. Consultado em 19 de fevereiro de 2014 
  250. «José Serra é diagnosticado com Parkinson e pede licença no Senado por 4 meses». G1. Consultado em 10 de agosto de 2021 
  251. BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  252. «Dados de José Serra no site do Senado do Brasil». Senado do Brasil. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2013 
  253. «Estudantes de Economia da Unicamp escracham placa de Serra com dizeres de "golpista"». Esquerda Diario. 6 de junho de 2016. Consultado em 3 de julho de 2020 
  254. «Em Salvador, Serra recebe título de cidadão soteropolitano». Terra Networks. 28 de setembro de 2010. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 1 de outubro de 2010 
  255. «Os 100 brasileiros mais influentes de 2010». Revista Época. 11 de dezembro de 2010. Consultado em 2 de novembro de 2012 
  256. a b «Os 100 brasileiros mais influentes de 2010». Época. Globo. Consultado em 11 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2010 
  257. «A Elite da Influência». Revista Época. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2009 
  258. «A Elite da Influência: Líderes e reformadores». Revista Época. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2009 
  259. a b «Época 100 - Os brasileiros mais influentes de 2009». Revista Época. 5 de dezembro de 2009. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2009 
  260. «Os 100 brasileiros mais influentes de 2009». Época. Globo. Consultado em 20 de dezembro de 2009. Arquivado do original em 13 de dezembro de 2009 
  261. «Os 100 brasileiros mais influentes de 2007». Terra Networks. 10 de janeiro de 2007. Consultado em 2 de novembro de 2012 
  262. «Os 100 brasileiros mais influentes 2008». Terra Networks. Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 26 de abril de 2014 
  263. «Serra ganha prêmio internacional por atuação em Saúde». O Estado de S. Paulo. 8 de julho de 2009. Consultado em 3 de novembro de 2012 
  264. «José Serra». Busca. Google .
  265. «José Serra». Búsquea. Google .

Bibliografia

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Imagens e media no Commons

Precedido por
Beni Veras
Ministro do Planejamento do Brasil
1995 – 1996
Sucedido por
Antônio Kandir
Precedido por
Carlos Albuquerque
Ministro da Saúde do Brasil
1998 – 2002
Sucedido por
Barjas Negri
Precedido por
Marta Suplicy
Prefeito de São Paulo
2005 – 2006
Sucedido por
Gilberto Kassab
Precedido por
Cláudio Lembo
Governador de São Paulo
2007 – 2010
Sucedido por
Alberto Goldman
Precedido por
Mauro Vieira
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
2016 – 2017
Sucedido por
Marcos Galvão (interino)