Domingos de Morais

Domingos Correia de Morais
Domingos de Morais
Domingos Correia de Morais
Presidente de São Paulo
Período 13 de fevereiro de 1902
até 3 de julho de 1902
Antecessor(a) Rodrigues Alves
Sucessor(a) Bernardino José de Campos Júnior
Dados pessoais
Nascimento 12 de maio de 1851
Tietê, São Paulo
Morte 15 de dezembro de 1917 (66 anos)
São Paulo, São Paulo
Progenitores Mãe: Theresa de Almeida Campos
Pai: Joaquim Correia de Morais Abreu
Alma mater Universidade Cornell
Cônjuge Carolina de Sousa Queirós
Partido PRP
Profissão engenheiro
Constituição brasileira de 1891, página da assinatura de Domingos de Morais (vigésima segunda assinatura). Acervo Arquivo Nacional

Domingos Correia de Morais[nb 1] (Tietê, 12 de maio de 1851[1]São Paulo, 15 de dezembro de 1917) foi um engenheiro civil e político brasileiro.

Vida

Filho de Joaquim Correia de Morais Abreu e Theresa de Almeida Campos, casou em 28 de dezembro de 1882 com Carolina de Sousa Queirós, filha de Vicente de Sousa Queirós, barão de Limeira. Domingos era sobrinho-neto de Joaquim José de Morais e Abreu, presidente da província de São Paulo em 1844.[2]

Formou-se em 1877 na Universidade Cornell (Estados Unidos), recebendo o grau de bacharel em engenharia civil. Retornando ao Brasil, fez parte do corpo de engenheiros da então Companhia Cantareira de Esgotos, onde exerceu, com proficiência, os cargos de engenheiro auxiliar e de chefe de seção, isto desde o início de suas obras até a conclusão, em 1883. Após uma viagem aos Estados Unidos e Europa com sua esposa, foi eleito diretor e mais tarde presidente da Companhia de Bondes de São Paulo, servindo nesses cargos três anos. Depois, assumiu o cargo de diretor da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais.[3]

Com a Proclamação da República, inicia sua carreira política, tendo sido um dos signatários da Constituição brasileira de 1891,[4] vereador na Câmara Municipal de São Paulo, deputado estadual por dois mandatos e senador estadual.[3]

Foi vice-presidente do estado de São Paulo em dois períodos juntamente com Rodrigues Alves (21 a 28 de outubro de 1901) e Bernardino de Campos (10 de janeiro a 31 de março de 1904). No governo de Rodrigues Alves, assumiu interinamente o governo de 13 de fevereiro[5] a 3 de julho de 1902 devido a renúncia do presidente para se candidatar a presidência da República.[6] Também assumiu por alguns meses em 1903, quando passou o governo de São Paulo para Bernardino de Campos.

Retirando-se da política, dedicou-se à agricultura no município de Batatais, no interior paulista.[3] Faleceu em 15 de dezembro de 1917 em sua residência na Alameda Eduardo Prado, na capital paulista.[7]

Em 1921 o posto telegráfico km 9,221 da Estrada de Ferro Sorocabana teve seu nome alterado para Estação Domingos de Moraes. Em 1897 um mapa de Gomes Cardim já mostrava o nome da Rua Domingos de Morais com o nome atual, em São Paulo, homenageando o político.

Notas

  1. Na antiga norma ortográfica, grafava-se Domingos Correa de Moraes.

Referências

  1. Francisco da Costa Araujo Mello (1851–1857). «Livro de batizados de livres e libertos». Igreja Matriz da Santissima Trindade, Tietê. p. 2. Consultado em 29 de agosto de 2014 
  2. Genealogia Paulistana - Luiz Gonzaga da Silva Leme - Vol. II, pág. 381, 9-3
  3. a b c PIRES DE ALMEIDA, Benedicto. Cronologia Tieteense. São Paulo : Milesi Editora, 1980.
  4. «Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil». Casa Civil da Presidência da República. 24 de fevereiro de 1891. Consultado em 19 de maio de 2014. Domingos Corréa de Moraes, idem 
  5. «Notas e Factos». Correio Paulistano. 14 de fevereiro de 1902. p. 1. Consultado em 20 de maio de 2014 
  6. Eugênio Egas (1927). «Galeria dos Presidentes de São Paulo, 1920-1924 e Vice-Presidentes» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 20 de junho de 2014 
  7. «Dr. Domingos de Moraes». Correio Paulistano. 16 de dezembro de 1917. p. 17. Consultado em 20 de maio de 2014 

Ligações externas

Precedido por
Rodrigues Alves
Presidente do Estado de São Paulo
1902
Sucedido por
Bernardino José de Campos Júnior