Bibiano Sérgio Macedo da Fontoura Costallat (Porto Alegre, 9 de setembro de 1845 — Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1904) foi um marechal brasileiro, Ministro da Guerra durante o governo Floriano Peixoto.[1]
Carreira Militar
Filho de João Batista Augusto Costallat e de Maria Atanásia Macedo da Fontoura Costallat. Seu irmão José Alípio Macedo da Fontoura Costallat foi comandante do Colégio Militar do Rio de Janeiro (1894-1904) e da Escola Militar da Praia Vermelha (1904).[1]
Após concluir os estudos preparatórios no Colégio Gomes, na capital gaúcha, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1863, completou o segundo ano do curso da Escola Central, assentou praça no Exército e transferiu-se para a Escola Militar da Praia Vermelha. Promovido a alferes-aluno em janeiro de 1865, seguiu para o rio da Prata, integrando Batalhão de Infantaria que ajudou a garantir a posse do general Venâncio Flores na presidência do Uruguai. Lutou na guerra contra o Paraguai, participando de várias operações no país vizinho, notadamente a batalha de Tuiuti, em maio de 1866, o assalto às fortificações de Humaitá, em junho de 1868, quando foi ferido à bala, e a tomada da praça de Peribebuí, em agosto de 1869. Recebeu várias promoções e condecorações durante a guerra, alcançando o posto de capitão em outubro de 1869, quando servia sob o comando de Gastão de Orléans, Conde d'Eu, marido da princesa Isabel, herdeira do trono imperial. Em janeiro de 1870, quando o Paraguai já estava praticamente derrotado, obteve licença para tratamento de saúde.[1]
De volta ao Rio de Janeiro, retomou os estudos, concluindo os cursos de Artilharia em 1871 e de Engenharia Militar em 1873. Além disso, bacharelou-se em matemática e ciências físicas pela Escola Central. Em 1874, começou a lecionar na Escola Militar como professor repetidor interino. Foi nomeado secretário da escola em 1879 e promovido a major no ano seguinte. Continuou no exercício dos cargos de secretário e professor da Escola Militar durante quase toda a década de 1880, permanecendo à margem das reuniões e manifestações de oficiais do Exército descontentes com o governo imperial. Foi promovido a tenente-coronel em agosto de 1888. Era lente catedrático da Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, por ocasião do movimento militar da Proclamação da República.[1]
O deputado mineiro Rodolfo Paixão explicou, em elogio póstumo, sua adesão ao novo regime: “Ele que tinha sido leal ao trono, ele que era um crente, que em sua vida jamais deixou de modelar os seus atos de acordo com a sã doutrina religiosa que seguia, veio para a República com aquela lealdade que o enobrecia e, desde os primeiros dias do advento do regime que hoje vigora, se viu a sua ação constante, disciplinadora e heroica, a bem da consolidação da República”.[1]
Promovido a coronel em março de 1890, tornou-se comandante da Escola Militar da Capital Federal em junho de 1892, no governo Floriano Peixoto. Essa escola era situada na Praia Vermelha e é antecessora da Academia Militar das Agulhas Negras. Em janeiro de 1893, assumiu interinamente o cargo de ajudante-general do Exército, em substituição ao general Antônio Eneias Gustavo Galvão, o barão do Rio Apa.[1]
General de brigada a partir de julho de 1893, foi importante elemento em que se apoiou o Presidente Floriano Peixoto para combater a Revolução Federalista nos estados da região Sul e, principalmente, a Revolta da Armada na baía de Guanabara.[1]
Em janeiro de 1894, ocupou o lugar de Antônio Eneias Galvão no Ministério da Guerra, cargo que exerceu de
31 de janeiro a 15 de novembro de 1894.[2] No mês de abril, foi nomeado ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, em substituição ao engenheiro João Felipe Pereira. Exerceu cumulativamente as duas pastas até o final do governo Floriano Peixoto, em novembro de 1894. Também foi Ministro da Marinha, interino, de 26 de junho a 2 de julho de 1894.[1][3][4]
Voltou a exercer o magistério de 1895 a 1897, quando foi nomeado, pela segunda vez, ajudante-general do Exército. Com a extinção da Escola Superior de Guerra em 1898, foi designado lente catedrático da Escola Militar do Brasil. Comandou a Escola de janeiro de 1900 a dezembro de 1902.[1]
Foi Chefe do Estado-Maior do Exército, entre 9 de dezembro de 1902 e 8 de dezembro de 1904.[5]
Foi ministro do Superior Tribunal Militar, de 24 de outubro de 1902 até seu falecimento em 8 de dezembro de 1904.[6]
Foi casado com Isabel Toloni Costallat. Seu sobrinho José Alípio de Carvalho Costallat foi deputado constituinte (1934) e deputado federal pelo Rio de Janeiro (1935-1937).[1]
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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Academia Real Militar (1811–1822) | | |
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Imperial Academia Militar (1823–1831) | |
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Academia Militar da Corte (1832–1838) | |
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Escola Militar (1839–1857) | |
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Escola de Aplicação do Exército (1855–1858) | |
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Escola Central (1858–1866) | |
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Escola Militar (1860–1879) | |
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Escola Militar da Corte (1881–1888) | |
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Escola Militar da Capital Federal (1889–1897) | |
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Escola Militar do Brasil (1898–1904) | |
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Escola de Guerra (1906–1911) | |
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Escola Militar do Realengo (1912–1944) | |
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Escola Militar de Resende (1944–1951) | |
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Academia Militar das Agulhas Negras (1951–atualmente) | |
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