Enquanto ministro, foi ainda líder do movimento que tentou fazer, em 1973, com que o mandato de Médici fosse estendido por mais um ano, visando inviabilizar a candidatura de Ernesto Geisel.[1] Com a escolha de Geisel, chegou a ser cotado para governador do Rio Grande do Sul.[1]
No governo do presidente João Figueiredo, foi ministro do Interior e responsável por programas habitacionais como o Promorar, que erradicou as palafitas[carece de fontes?], por exemplo, das favelas da Maré, no Rio de Janeiro, e dos Alagados, em Salvador. Ainda como ministro do Interior, implantou um grande programa de habitação nacional, demarcou terras indígenas e lançou a Política Nacional do Meio Ambiente.
Foi candidato a sucessão de Figueiredo à Presidência da República, sendo indicado por este último para sucedê-lo. Entretanto, foi obrigado a concorrer na convenção nacional do PDS, quando o deputado federalPaulo Maluf, também se candidatou na convenção nacional do partido. Foi derrotado na convenção nacional do PDS em 11 de agosto de 1984, pelo deputadoPaulo Maluf por 493 votos a 350, fato esse que motivou a cisão do partido, dando origem à chamada Frente Liberal (depois PFL, atual Democratas) que apoiou o candidato da oposição Tancredo Neves, vencedor das eleições.
Família
Nascido na Serra Gaúcha numa família italiana originária de Onigo (província de Treviso),[3] era filho de Attilio Andreazza e de Inês Corso. Foi casado com Liliana Urtiaga com quem teve dois filhos, Mario Gualberto e Atílio Andreazza.[4] Também tem como neto conhecido o hoje comentarista da Bandnews, colunista do Jornal O Globo e editor-executivo do Grupo Editorial RecordCarlos Andreazza.[5]
Curiosidade
No início da década de 1980, o humorista Renato Aragão criou para o humorístico Os Trapalhões, da Rede Globo, a personagem Severina, a reboque do sucesso da personagem Salomé (interpretada pelo também humorista Chico Anysio). Enquanto Salomé conversava e dava conselhos pelo telefone ao presidente da época, general João Figueiredo, Severina explanava sua paixão pelos olhos verdes de Mário Andreazza, então ministro do Interior do governo Figueiredo.
Em homenagem a Andreazza, há hoje em Rondônia um município com o nome "Ministro Andreazza". Homenageia-se também a atuação importantíssima dele nas décadas de 1970 e 1980 no apoio e estruturação do Estado de Rondônia.
As obras promovidas por Andreazza absorviam tantas verbas federais que o ministro do Planejamento do governo Figueiredo, Mário Henrique Simonsen, propôs de brincadeira a criação de uma nova unidade monetária, o "andreazza", equivalente a 1 trilhão de cruzeiros, a moeda brasileira da época. "Não muda nada, mas pelo menos a gente lida com menos zeros”, disse o ministro.[6]