Como ministro da Fazenda do governo Campos Sales, Murtinho tinha a difícil missão de organizar as finanças públicas e administrar os grandes desequilíbrios provocados pelas políticas desastradas de seu antecessor Rui Barbosa, que culminaram no encilhamento, e pela inação dos ministros-juristas que o sucederam. Suas primeiras medidas foram reduzir o meio circulante e articular o funding loan (1898).
Com relação ao problema do café, nos conta Delfim Netto: "Murtinho acreditava que a solução do problema deveria ser encontrada pelo próprio mercado, que se encarregaria de eliminar os produtores marginais. É ele próprio que nos diz, no Relatório do Ministério da Fazenda de 1899:[8] "Convicto de que a intervenção oficial só poderia aumentar os nossos males, o governo deixou que a produção de café se reduzisse por seleção natural, determinando-se assim a liquidação e a eliminação dos que não tinham condições de vida, ficando ela nas mãos dos mais fortes e dos mais organizados para a luta".[9]
Senador: Segundo e terceiro mandatos (1903-1911)
Murtinho reelegeu-se para o Senado em 1903 e também em 1907.
Referências
↑ abcdeMelo, Demian de; Fanaia, João Edson (2024). "MURTINHO, Joaquim" (PDF). Bela Vista - São Paulo: FGV CPDOC. Acessado em 09-01-2023.
↑ ab«Dr. Joaquim Duarte Murtinho Nobre». PHOTOTHÈQUE HOMÉOPATHIQUE (présentée par Homéopathe International) (em francês e inglês). S/data. Consultado em 20 de março de 2012