A marca Aston Martin retornou para a Fórmula 1 na temporada de 2018 como patrocinador título da equipe Red Bull Racing.[20] Em 31 de janeiro de 2020, foi confirmado que a Aston Martin retornaria a maior categoria do automobilismo mundial como construtor e equipe em 2021, quando a equipe Racing Point foi rebatizada para Aston Martin. A mudança de nome foi em razão do coproprietário da equipe, Lawrence Stroll, ter se tornado acionista da fabricante britânica de carros de luxo.[21][22]
História
Primeira participação como construtor (1959–1960)
As primeiras tentativas da Aston Martin de entrar na Fórmula 1 datam de 1951, quando a fabricante tentou adaptar o DB3 às realidades da categoria. Este modelo deveria usar um motor de dois litros e seis cilindros derivado do modelo DB3, e seu corpo também seria uma versão convertida do DB3. O supervisor do projeto, o ex-projetista da Auto Union, Eberan von Eberhorst, rejeitou a versão DB3 GP por causa de sua origem em um carro esportivo. Em 1955, uma nova modificação foi feita com um motor de três litros (depois dois e meio), chamado DB3S, testado por Reg Parnell, que também ficou em quarto lugar no Troféu Lady Wigram. O carro foi então vendido para Geoff Richardson e renomeado para RRA Special.[23] No entanto, o DB3 na versão de assento único foi bem-sucedido, incluindo o segundo lugar de Lex Davison no Grande Prêmio da Austrália de 1960, evento não válido como etapa da Fórmula 1.[19]
Em 1959, a Aston Martin conquistou uma dupla vitória nas 24 horas de Le Mans, quando os pilotos do DBR1Carroll Shelby e Roy Salvadori venceram a competição e, Maurice Trintignant e Paul Frère chegaram em segundo lugar. No mesmo ano, David Brown decidiu inscrever sua equipe na Fórmula 1. Para esse fim, a fábrica da Aston Martin em Feltham construiu o modelo DBR4 de acordo com o projeto de Ted Cutting. No momento de sua estreia, este veículo já era um modelo desatualizado com o motor na frente e, além do segundo lugar de Salvadori no Troféu Internacional, ele não apresentou resultados competitivos. O carro foi redesenhado para a temporada de 1960 e sendo designado DBR5. Devido à falta de melhorias nos resultados, a Aston Martin se retirou da Fórmula 1 em 1960.[19]
Cinquenta anos depois, em 23 de abril de 2009, o presidente da Aston Martin e presidente e fundador da ProdriveDavid Richards anunciou sua intenção de retornar à Fórmula 1 em 2010 com a possibilidade de usar o nome Aston Martin,[24] no entanto isso nunca se materializou.
Parceria com a Red Bull Racing
Em 2016, a Aston Martin estabeleceu uma cooperação com a equipe de Fórmula 1 Red Bull Racing para o desenvolvimento de automóveis de luxo.[25] Como resultado desta cooperação, a empresa britânica tornou-se patrocinadora da equipe e as duas entidades colaboraram na criação do carro esportivoValkyrie.[26] Na temporada de 2018, a Aston Martin tornou-se o patrocinador principal da Red Bull, como resultado do qual o nome oficial foi alterado para Aston Martin Red Bull Racing.[20]
Retorno como construtor e equipe (2021–presente)
Cliente de motores da Mercedes (2021-2025)
Em 31 de janeiro de 2020, foi anunciado que Lawrence Stroll (coproprietário da equipe de Fórmula 1 Racing Point) adquiriu cerca de 16,7% das ações da Aston Martin Lagonda, além de realizar um investimento financeiro na fabricante inglesa. Também foi confirmado que por meio de um acordo entre Stroll e a Aston Martin, a marca iria retornar como "equipe de fábrica" para a Fórmula 1 a partir da temporada de 2021, quando a equipe Racing Point foi rebatizada para Aston Martin F1 Team.[27][21][22]
O acordo é válido inicialmente por dez anos e a Aston Martin Lagonda recebeu um interesse econômico na equipe.[21][28] O acordo incluiu também o patrocínio da Aston Martin a partir de 2021, que permanecerá por um período de quatro anos, que pode ser prorrogado sob certas condições.[21][29] Mas com a Mercedes-Benz permanecendo como fornecedora das motores e outros componentes da equipe, o que tem feito sob seus vários nomes desde 2009.[21][22][30] Além disso, como resultado deste acordo, a Aston Martin encerrou o patrocínio da Red Bull Racing no final de 2020.[31]
Sergio Pérez estava sob contrato para competir com a equipe até 2022, mas teve seu contrato rescindido e foi substituído pelo tetracampeão mundial, Sebastian Vettel, que pilotou para a Ferrari até 2020, para a disputa do campeonato de 2021, juntamente com o filho de Lawrence, Lance Stroll, que continua na equipe. Em janeiro de 2021, a Cognizant se tornou o patrocinador principal da equipe.[32][33]
Em 6 de junho de 2021, no Grande Prêmio do Azerbaijão, Vettel conquistou o primeiro pódio da equipe Aston Martin na Fórmula 1.[34]
Em junho de 2021, como parte de uma reestruturação técnica, a Aston Martin confirmou a promoção de seu diretor técnico, Andrew Green ao cargo de chefe técnico,[35][36] além da contratação de Luca Furbatto para assumir seu recém-criado cargo de diretor de engenharia em 2022.[37][38] No mesmo mês também foi divulgado que a equipe havia contratado Dan Fallows como seu novo diretor técnico,[35][36] mas com Fallows assumindo o cargo somente em abril de 2022.[39] No início de janeiro de 2022, Otmar Szafnauer deixou o cargo de chefe de equipe.[40]
Em fevereiro de 2022, a Aramco foi anunciada como patrocinadora conjunta do nome de construtor da equipe após assinar um acordo de parceria de longo prazo. Com isso, o nome de construtor da equipe foi alterado para "Aston Martin Aramco".[41][42]
Em novembro de 2022, a XPInc, empresa brasileira de investimentos realizou um aporte de patrocínio de € 7 milhões, com objetivo além de trazer uma visibilidade maior para a marca numa competição de alto desempenho, também reestabelecer um novo laço dos brasileiros na Fórmula 1.[43]
A Aston Martin tem uma nova fábrica de 37 mil m² em sua base que está localizada em Silverstone. A construção começou em setembro de 2021.[44][45][46] A fábrica possui três edifícios interconectados e é baseada em um local de 16 ha (40 acres) diretamente em frente ao circuito de Silverstone.[47]
↑Mattijs Diepraam, 'Uechtel', Rafael Reyna, Leo Breevoort, Jasper Heymans, Michael Sheard. «Grand Prix cars that never raced (work in progress)» (em inglês). forix.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2020 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
Embora as corridas dos campeonatos mundiais de 1952 e 1953 serem no regulamento da Fórmula 2, construtores que também participaram durante esse período são incluídos na lista de construtores. Construtores que participavam apenas das 500 Milhas de Indianápolis entre os mundiais de 1950 e 1960 não são listados.