A eleição presidencial brasileira de 1926 foi a décima-primeira eleição presidencial e a décima eleição presidencial direta. Foi realizada em 1º de março e foi divulgada em 9 de junho.
Contexto histórico
O presidente Artur Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1.° de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura Bernardes.[1]
Processo eleitoral da República Velha (1889-1930)
De acordo com a Constituição de 1891 que vigorou durante toda a República Velha (1889-1930), o direito ao voto foi determinado a todos os homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares.[carece de fontes] Mesmo tendo o direito de voto estendido a mais pessoas, pouca parcela da população participava das eleições.[2] A Constituição de 1891 também declarou que todas as eleições presidenciais seriam realizadas em 1º de março.[3] A eleição para presidente e vice eram realizadas individualmente, e o mesmo poderia se candidatar para presidente e vice.
Durante a República Velha, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM) fizeram alianças para fazer prevalecer seus interesses e se revezarem na Presidência da República, assim, esses partidos na maioria das vezes estiveram a frente do governo, até que essas alianças se quebrassem em 1930. Essas alianças são chamadas de política do café com leite.[4]
Nessa época, o voto não era secreto, e existia grande influência dos coronéis - pessoas que detinham o Poder Executivo municipal, e principalmente o poder militar da região. Os coronéis praticavam a fraude eleitoral e obrigavam as pessoas a votarem em determinado candidato. Com isso, é impossível determinar exatamente os resultados corretos.[5]
Candidaturas
Para Presidente da República, cento e dezenove (119) nomes foram sufragados, mas apenas Washington Luís se candidatou formalmente. Para vice-presidente, cento e vinte e cinco (125) nomes foram sufragados. O governador Washington Luís era o candidato escolhido de acordo com a política do café com leite, mas o governador de Minas Melo Viana, achou que era melhor outro mineiro suceder Artur Bernardes, e iniciou uma campanha. O ministro Afonso Pena Júnior do governo de Bernardes convenceu Melo Viana a disputar o cargo de vice-presidente; e assim a chapa Washington Luís-Fernando de Melo Viana venceu sem oposição.[6] O principal concorrente de Washington Luís naquela eleição foi o político liberal gaúcho Joaquim Francisco de Assis Brasil.
Resultados
A população aproximada em 1926 era de trinta e quatro milhões e quinhentas mil de pessoas (34.500.000), sendo dois milhões e duzentos e dez (2.210.000) eleitores, dos quais compareceram setescentos e dois mil (702.000), representando 2% da população.
Nota geral: os valores são incertos (ver processo eleitoral).
Referências
- Bibliografia
- PIRES, Aloildo Gomes. ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA PRIMEIRA REPÚBLICA - UMA ABORDAGEM ESTATÍSTICA. Salvador: Autor (Tipografia São Judas Tadeu), 1995.
- DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ. São Paulo: Cultura, 2002.
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