É o quarto maior artilheiro do futebol brasileiro com 926 gols. Perde apenas para Romário (1002 gols), Pelé (1284 gols) e Arthur Friedenreich (1329 gols).
Antes do Futebol
Dario teve uma infância difícil e pobre no subúrbio de Marechal Hermes, na rua Frei Sampaio, no Rio de Janeiro. Sua mãe possuía problemas mentais e, com apenas 5 anos, ele a viu cometer suicídio. Seu pai, sem condições de cuidar dos filhos sozinho, colocou Dadá e seus dois irmãos na FEBEM (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor), instituto responsável pela reabilitação de menores infratores no Rio de Janeiro, com isso Dario passou a conviver com outras crianças e jovens que cometiam crimes, nesse meio passou a cometer pequenos furtos e entrar em brigas, fazendo com que voltasse frequentemente à FEBEM.[2]
Com dezessete anos, em um desses assaltos, viu um de seus amigos morrer, algo que o impactou a buscar outra forma de vida, porém por fome tentou roubar duas senhoras, que gritaram e alertaram a polícia, que o levaram novamente para a FEBEM, nessa passagem foi estimulado por um funcionário a jogar bola no time da fundação, apesar de não ser habilidoso, Dadá era alto, forte e muito rápido, conseguindo um lugar no time da FEBEM,[2]. Aos 18 anos serviu o Exercito Brasileiro, e lá também passou a jogar futebol de campo, apesar de ser considerado "ruim" por seus companheiros, conseguia fazer gols compensando a falta de técnica com sua velocidade, força e vontade.[3]
Carreira como jogador
Fez teste em diversos times, em sua sétima tentativa no Campo Grande conseguiu ser aprovado e foi contratado em 1965. Dario começou a jogar nos juniores do time da Zona Oeste carioca, sendo promovido ao time principal em 1967. Em uma partida do Campo Grande contra o São Cristóvão estava presente no Maracanã o vice-presidente do Atlético Mineiro da época, que estava interessado em assistir um meio-campista do São Cristóvão. Nessa partida Dadá marcou três gols, motivo que o fez ser contratado pelo clube de Belo Horizonte no ano seguinte.[4]
Não teve muitas oportunidades ao chegar no Atlético Mineiro. Em 1969, em amistoso contra a seleção da União Soviética, marcou os dois gols que garantiram a vitória do galo, e a partir de então passou a ter mais oportunidades.[4]
Dadá foi artilheiro do Campeonato Mineiro quatro vezes pelo Atlético Mineiro (1969, 1970, 1972, 1974). Destaque e artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1971, Dadá parou no ar como um beija-flor no dia 19 de dezembro, no Estádio Jornalista Mário Filho, para assinalar o gol da histórica vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo. Com este gol, o Atlético Mineiro sagrou-se campeão brasileiro de 1971.[5] Foi artilheiro do Torneio do Povo em 1971 e 1972 e da competição no geral (5 gols).
No dia 6 de abril de 1976, pelo Campeonato Pernambucano, Dadá Maravilha marcou 10 gols no jogo Sport de Recife 14 x 0 Santo Amaro.[7] Foi campeão pernambucano em 1975 e artilheiro desse estadual em 1975 e 1976, com 32 e 30 gols, respectivamente.
Iniciou sua carreira de comentarista no programa Toque de bola do extinto Canal 30, emissora local a cabo de BH, apresentado pelo Jornalista Esportivo Marcos Russo. Convidado para o Alterosa Esportes por Rogério Correa, então apresentador do programa da TV Alterosa, de Minas Gerais, sendo posteriormente contratado devido ao seu grande sucesso pela Rede Globo, sendo comentarista no canal a cabo SporTV. Terminado o contrato, a Rede Minas comprou o seu passe.
"Um rei tem que ser sempre recebido por bandas de música."
"Pra fazer gol de cabeça era queixo no peito ou queixo no ombro."
"Com Dadá em campo, não há placar em branco."
"Pelé, Garrincha e Dadá tinham que ser currículo escolar."
"Faço tudo com amor, inclusive o amor."
"Nunca aprendi a jogar futebol pois perdi muito tempo fazendo gols."
"Só existem três poderes no universo: Deus no Céu, o Papa no Vaticano e Dadá na grande área."
"A área é o habitat natural do goleador; nela, ele está protegido pela constituição, se for derrubado é pênalti."
"Num time de futebol há nove posições e duas profissões: goleiro e centroavante."[11]
"Bola, flor e mulher, só com carinho."
"Fiz mais de 500 gols, só correndo e pulando."
"Quando eu saltava, o zagueiro conseguia ver o número da minha chuteira."
"São duas coisas que eu não aprendi: Jogar futebol e perder gol!"
"Melhor do que Dadá, só Jesus Cristo!"
"Futebol não pode ficar acima da educação, não!"
"Chuto tão mal que no dia em que eu fizer um gol de fora da área, o goleiro tem que ser eliminado do futebol."[12]
"Se minha estrela não brilhar, vou lá e passo lustrador nela."[13]
"Deixando a modéstia de lado, falando de futebol, eu falo o que eu sei, sou um expert, com doutorado nessa matéria. No futebol, eu sou o máximo, conheço tudo e sou atleticano."[14]
“Se o gol é a maior alegria do futebol, foi Deus quem inventou Dadá, porque Dadá é a alegria do povo.”[12]
“Dadá não é eterno. Sua história será eterna.”[12]
Pelo Atlético Mineiro teve oportunidade de vencer algumas Seleções Nacionais:
19 de dezembro de 1968: Atlético 3 a 2 Seleção da Iugosláva (nessa partida o Atlético representou o Brasil e vestiu a camisa da Seleção Canarinho). Ficou no banco.
2 de março de 1969: Atlético 2 a 1 Seleção Soviética. Marcou os dois primeiros gols da partida.
1 Ainda não há uma lista oficial. Há veículos que apontam como artilheiros os três jogadores de clubes que vieram do módulo azul, virtual primeira divisão, que marcaram, cada um, 20 gols; e outros que entendem que a artilharia é exclusiva de Adhemar, que somou 22 gols em jogos do módulo amarelo e fase final.