Ramón da Silva Ramos ou simplesmente Ramón, (Sirinhaém, 12 de março de 1950), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. É um dos maiores ídolos da história do Santa Cruz.
Carreira
Usina Trapiche
Iniciou sua carreira futebolista no time da usina Trapiche, local onde trabalhava. Quem treinava o time da usina era Dario, um ex-jogador do América e Sport que posteriormente se tornaria técnico da base do Santa Cruz e que deu oportunidade de Ramón jogar no juvenil. Não demorou para que ele fosse promovido para a equipe profissional como um dos destaques do elenco.[2][3]
Santa Cruz
Em 1969, o técnico Gradim decidiu aproveitá-lo entre os profissionais. Mais tarde, o técnico Duque efetivou o centroavante em seu elenco. Ramón era titular incontestável e o artilheiro do Santa. Ganhou notoriedade com o penta-campeonato pernambucano (1969-70-71-72-73) e principalmente pela sua atuação no campeonato brasileiro de 1973, quando foi o artilheiro da competição com 21 gols marcados. Saiu do Santa Cruz em 1975, no total foram 148 gols em 377 jogos.[2][3] Chegou a ser incluído entre os 40 selecionados pelo técnico Zagallo para o Mundial de 1974, na Alemanha. Mas uma contusão muscular lhe tirou qualquer chance de concorrer à vaga, pois a recuperação foi longa.[4]
Internacional e Sport
Após artilharia e excelente campeonato, despertou interesse do Internacional que o contratou em 1976. No colorado não permaneceu por muito tempo e se despede do clube gaúcho no mesmo ano rumo ao Sport. No Leão da Ilha, atuou apenas uma temporada e passou 14 jogos sem marcar gols.[3]
Vasco da Gama
Em novembro de 1976, é contratado pelo Vasco da Gama, fazendo dupla com Roberto Dinamite e sendo uma das grandes parcerias de ataque com o maior ídolo de São Januário, o bom entrosamento fez a imprensa da época dizer que o Ramon era "o pavio que acendia o dinamite". Foi uma das melhores fases na carreira do jogador que foi campeão carioca no ano seguinte e transformou-se em ídolo da torcida. Com a camisa cruzmaltina é o quinto artilheiro pernambucano do Vasco (empatado com o Mário Tilico, ex-atacante vascaino da década de 60) e só atrás de nomes como Ademir Menezes, Vavá, Juninho e Almir Pernambuquinho. Permaneceu no clube até 1979, quando foi contratado pelo Goiás.
Goiás
Passou pelo Goiás, (1979-1981), onde foi artilheiro do Esmeraldino na Série B de 1980 com 7 partidas e 4 gols.[5] Jogou também pelo Ceará (1981-1982), São José (1983), Santa Cruz (1983) onde a Revista Placar fez uma matéria sobre sua volta ao clube Coral,[6] Ferroviário (1984) e Brasília (1985), onde encerrou sua carreira de jogador.[3]
Como treinador, foi campeão cearense pelo Ferroviário em 1995, quando o clube conquistou o seu primeiro bi campeonato cearense da história. Trabalhou na Portuguesa Santista em 2003. Hoje, ele vive em Recife.
Títulos
- Santa Cruz
- Vasco da Gama
- Ceará
Artilharias
- Santa Cruz
Referências
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1 Ainda não há uma lista oficial. Há veículos que apontam como artilheiros os três jogadores de clubes que vieram do módulo azul, virtual primeira divisão, que marcaram, cada um, 20 gols; e outros que entendem que a artilharia é exclusiva de Adhemar, que somou 22 gols em jogos do módulo amarelo e fase final.
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