Williams foi encontrado morto em sua casa em Paradise Cay (Califórnia), no dia 11 de agosto de 2014, aos 63 anos. Na época de seu suicídio, ele havia sido diagnosticado com a mal de Parkinson.[9] De acordo com sua viúva, Williams passou a sofrer de depressão, ansiedade e paranoia crescente.[10] Sua autópsia revelou "demência com corpos de Lewy" e profissionais da saúde afirmaram que os sintomas de Williams eram de fato a doença de Lewy.[10]
Williams se descreveu como uma criança quieta, cuja primeira imitação foi a de sua avó, feita para sua mãe. Não foi capaz de superar sua timidez até se envolver com o departamento de dramaturgia, durante o ensino médio.[18]
Em 1973, Williams foi um de vinte estudantes a serem aceitos como calouros na renomada Juilliard School, e um de apenas dois a serem aceitos por John Houseman no programa avançado daquela escola, naquele ano (o outro foi Christopher Reeve).[19] Em suas aulas de dialeto, Williams não teve qualquer problema em dominar rapidamente todos os dialetos lecionados. Deixou a Juilliard em 1976.
Williams faleceu em 11 de agosto de 2014, aos 63 anos, por suicídio.[20] Seu corpo foi cremado e suas cinzas foram jogadas na baía de San Francisco, segundo o certificado de óbito.[21]
Carreira
Após integrar o elenco do Richard Pryor Show, na NBC, programa de televisão de curta duração do comediante Richard Pryor, Williams foi escalado por Garry Marshall no papel de Mork, na série de sucesso Happy Days. Como Mork, Williams improvisava boa parte de seus diálogos, e criava ágeis cenas de comédia verbal e física, falando com uma voz aguda e anasalada. Sua aparência se tornou tão popular com os espectadores que foi criado um spinoff da série, a sitcomMork and Mindy, que durou de 1978 a 1982. Embora interpretasse o mesmo personagem que fazia em Happy Days, o programa se passava na atualidade da época, na cidade de Boulder, no Colorado, em vez da Milwaukee do final da década de 1950 onde se passava o seriado anterior. Mork foi um personagem extremamente popular, que aparecia em pôsteres, livros para colorir, lancheiras e outras mercadorias.
A partir do fim da década de 1970 e início da década de 1980, Williams passou a atingir um público mais variado com seus espetáculos de comédia stand-up, incluindo três especiais para a HBO, Off The Wall (1978), An Evening with Robin Williams (1982) e Robin Williams: Live at the Met (1986). Ainda em 1986, Williams conquistou mais fama ao se apresentar na 58ª edição do Oscar.
Seu trabalho de stand-up tem sido um fio condutor de sua carreira, como pode se ver pelo sucesso de seu show (e o DVD subsequente) Robin Williams: Live on Broadway (2002). Obteve em 2004 o 13º lugar na lista de "100 maiores [comediantes] stand-up de todos os tempos" do canal Comedy Central.
Após ser encorajado por sua amiga, a também comediante Whoopi Goldberg, decidiu aceitar uma participação especial na série Star Trek: The Next Generation, em 1991, no episódio "A Matter of Time", porém teve que cancelar sua aparição devido a um conflito de calendário; Matt Frewer assumiu seu lugar no papel do professor Berlingoff Rasmussen, um viajante do tempo trapaceiro.
Williams também apareceu, em 2000, num episódio da versão americana de Whose Line Is It Anyway?. Durante um jogo chamado "Scenes from a Hat" ("cenas de um chapéu"), a cena "What Robin Williams is thinking right now" ("O que Robin Williams está pensando agora") foi criada, e Williams declarou: "I have a career. What the hell am I doing here?" ("Eu tenho uma carreira. Que diabos estou fazendo aqui agora?").[22]
A maior parte da carreira de Williams, no entanto, se deu no cinema - embora também tenha tido performances de destaque no teatro (entre as quais o papel mais célebre foi o de Estragon numa produção de Esperando Godot, com Steve Martin). Sua performance em Good Morning, Vietnam (br: Bom Dia, Vietnã), de 1987, lhe rendeu uma indicação para o Oscar de melhor ator. Diversos de seus papéis foram comédias com um toque de pathos.
Em 1998 recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel como um psicólogo em Good Will Hunting (br: Gênio Indomável; pt: O Bom Rebelde).[23] No início da década seguinte, no entanto, alguns críticos afirmaram que estaria sendo escalado sempre para o mesmo tipo de papel, excessivamente sentimental, em filmes como Patch Adams (br: Patch Adams - O Amor é Contagioso), de 1998, de Bicentennial Man (br/pt: O Homem Bicentenário), de 1999.
Williams também estrelou filmes dramáticos, pelos quais conquistou duas outras indicações ao Oscar: a primeira, por interpretar um professor de inglês em Dead Poets Society (br: Sociedade dos Poetas Mortos; pt: O Clube dos Poetas Mortos), de 1989, e a segunda pelo papel de um mendigo problemático em The Fisher King (br: O Pescador de Ilusões; pt: O Rei Pescador), de 1991;[23] neste mesmo ano interpretou um Peter Pan adulto no filme Hook (br: Hook - A volta do Capitão Gancho). Entre outros filmes dramáticos consagrados que protagonizou estão Awakenings (br: Tempo de Despertar; pt: Despertares), de 1990, e What Dreams May Come, de 1998. No suspense dramático Insomnia, de 2002, Williams interpretou um escritor/assassino fugindo de um policial de Los Angeles que sofre de insônia, interpretado por Al Pacino, na região rural do Alasca. Também em 2002, no suspense psicológico One Hour Photo, Williams interpretou um funcionário de uma loja de revelação de fotos com distúrbios emocionais que fica obcecado por uma família cujas fotos ele revelou. Em 2006 Williams estrelou The Night Listener, suspense sobre um apresentador de rádio que percebe ter desenvolvido uma amizade com uma criança que pode ou não existir.
Robin Williams é conhecido por suas habilidades de improviso e por suas imitações. Suas apresentações caracterizam-se por um humor não-ensaiado, criado e executado de maneira frenética sobre o palco. De acordo com os comentários especiais do DVD de Aladdin, a maior parte de seus diálogos como o Gênio também teriam sido improvisados.
Williams chegou a ser cotado para interpretar o personagem Riddler (conhecido como Charada, no Brasil, e Enigma, em Portugal) no filme Batman Forever (br: Batman Eternamente; pt: Batman Para Sempre), até que o diretor Tim Burton eventualmente abandonou o projeto. O ator também tinha sido um forte candidato a interpretar o Joker (Coringa, no Brasil) no filme Batman, de 1989, e também teria manifestado interesse em assumir o mesmo papel em The Dark Knight (br: Batman: O Cavaleiro das Trevas; pt: O Cavaleiro das Trevas), sequência de Batman Begins, de 2005,[24] embora o papel eventualmente tenha sido interpretado por Heath Ledger, que acabou vencendo o Oscar de melhor ator coadjuvante (póstumo) por ele.
Robin Williams foi interpretado por Chris Diamantopoulos na biografia feita para televisão Behind the Camera: The Unauthorized Story of Mork & Mindy, de 2005, que documenta a chegada do ator em Hollywood como um comediante ainda pouco conhecido.
Conflito com a Disney
Em gratidão por seu sucesso com o filme Good Morning, Vietnam, da Disney/Touchstone, Robin Williams dublou o personagem do Gênio no filme de animação Aladdin pelo pagamento-padrão do Screen Actors Guild (o sindicato dos atores americanos), 75 mil dólares, com a condição de que seu nome e sua imagem não fossem usados para marketing, e que seu personagem não ocuparia mais de 25% do espaço da arte feita para promover o filme, já que a animação Toys seria lançada um mês após a estreia de Aladdin. O estúdio, no entanto, acabou não cumprindo ambas as condições, especialmente na questão do pôster oficial do filme, no qual o Gênio ocupava mais de 25% da imagem, com outros personagens tanto principais quanto coadjuvantes retratados de maneira consideravelmente menor. O livro da Disney, Aladdin: The Making Of An Animated Film, publicado pela Hyperion, listou os dois personagens de Williams, "O Mascate" e "O Gênio", na frente de outros personagens principais, porém foi obrigado a referir-se a ele como "o ator contratado para interpretar o Gênio".[25]
Williams e a Disney tiveram um rompimento sério depois do ocorrido e, como resultado, Dan Castellaneta foi contratado para dublar o Gênio em The Return of Jafar, a série de animação para a televisão de Aladdin, e gravou sua voz para Aladdin and the King of Thieves. Quando Jeffrey Katzenberg foi despedido da Disney, e substituído pelo ex-chefe de produção da 20th Century Fox, Joe Roth (cujo último ato pela Fox foi dar o sinal verde para o filme Mrs. Doubtfire, de Williams), Roth conseguiu que a Disney se desculpasse publicamente com Williams, que por sua vez concordou em atuar em Jack, filme da Hollywood Pictures dirigido por Francis Ford Coppola, e até mesmo aceitou dublar o Gênio novamente para King Of Thieves (embora por um preço consideravelmente mais alto que o padrão), substituindo todos os diálogos já dublados por Castellaneta.[26]
Quando Williams se juntou novamente ao diretor de Doubtfire, Chris Columbus, para o filme Bicentennial Man (br/pt: O Homem Bicentenário), de 1999, a Disney pediu que o orçamento da obra fosse cortado em aproximadamente 20 milhões de dólares; quando o filme foi lançado, no dia de Natal, foi um fracasso de bilheteria. Williams colocou a culpa no marketing feito pela Disney e pelo conteúdo perdido devido aos cortes no orçamento. Novamente, as relações entre o ator e a Disney estavam abaladas, e novamente Castellaneta foi chamado para substitui-lo no papel de Gênio na série de videogamesKingdom Hearts e na série de TV House of Mouse. O lançamento em DVD de Aladdin não tem qualquer participação de Williams no conteúdo extra, embora algumas de suas sessões de gravação originais possam ser vistas.
Recentemente Robin Williams fez as pazes com a Walt Disney Company, e, em 2009, concordou em fazer parte do 'hall da fama' da Disney, sendo designado uma Disney Legend ("Lenda da Disney").[27]
Robin Williams fez apresentou-se em diversos lugares com seus espetáculos de comédia stand-up desde o início da década de 1970. Algumas de suas turnês mais memoráveis foram An Evening With Robin Williams (1982), Robin Williams: At The Met (1986) e Robin Williams LIVE on Broadway (2002). A última quebrou diversos recordes duradouros para shows do gênero; em alguns casos os ingressos se esgotaram depois de estarem à venda por cerca de trinta minutos.
Após um hiato de seis anos, em agosto de 2008, Williams anunciou uma turnê de 26 cidades chamada Weapons of Self Destruction. Segundo ele, esta seria sua última chance de fazer piadas com o governo Bush, embora poucas piadas do set falassem sobre o assunto. A turnê se iniciou no fim de setembro de 2009, e terminou em Nova York em 3 de dezembro, culminando com um especial para a HBO em 8 de dezembro.
Williams apoiava o uso de veículos ecologicamente corretos; ele dirigia um Toyota Prius,[39] e estava na lista de espera para um veículo elétrico Aptera 2 Series.[40]
Ativismo
Obras de caridade
Williams e sua ex-mulher, Marsha, fundaram a Windfall Foundation, uma organização filantrópica que visa levantar fundos para diversas instituições de caridade diferentes. O ator dedicou muito às obras de caridade, incluindo o arrecadamento de fundos durante eventos como o Comic Relief. Em dezembro de 1999 cantou em francês num videoclipe com celebridades internacionais que faziam uma cover de "It's Only Rock & Roll", dos Rolling Stones, para a instituição Children's Promise.[41]
Após o terremoto de 2010 na Nova Zelândia, Williams doou tudo o que foi arrecadado em sua performance da turnê Weapons of Self Destruction, em Christchurch, para ajudar no auxílio à reconstrução daquela cidade.[43]
Vida pessoal
O primeiro casamento de Robin Williams foi com Valerie Velardi em 4 de junho de 1978, com quem teve um filho, Zachary Pym (Zak), nascido em 11 de abril de 1983. Durante este casamento Williams se envolveu numa relação extraconjugal com Michelle Tish Carter, uma garçonete que ele conheceu em 1984, e que o processou em 1986 alegando ter sido infectada por ele com o vírusherpes simplex. O processo foi arquivado mediante um acordo feito fora dos tribunais. Williams e Velardi se divorciaram em 1988.[44]
Em 30 de abril de 1989 se casou com Marsha Garces, a babá de seu filho, que já estava grávida de alguns meses da filha do ator. Ambos tiveram dois filhos, Zelda Rae (nascida em 31 de julho de 1989) e Cody Alan (nascido em 25 de novembro de 1991). Em março de 2008, no entanto, Garces pediu o divórcio de Williams, alegando "diferenças irreconciliáveis".[45]
Williams tornou-se padrinho de William Reeve (nascido em 7 de junho de 1992), filho caçula do casal Dana Reeve e Christopher Reeve, de quem Williams sempre foi muito amigo.
Drogas e álcool
Durante o fim da década de 1970 e início da década seguinte, Williams desenvolveu um vício em cocaína; ele desde então declarou ter abandonado o uso da droga. Williams era um amigo próximo do comediante John Belushi, com quem frequentava muitas festas, e afirmou que a morte de seu amigo, por overdose, e o nascimento de seu filho, o levaram a abandonar as drogas: "Se foi um toque de despertar? Oh, sim, em grande escala. O grand jury[46] também ajudou".[23]
Em 9 de agosto de 2006, Williams se inscreveu num centro de reabilitação para dependentes químicos localizado em Newberg, Oregon, admitindo posteriormente ser um alcoólatra.[47] Segundo declaração feita por seu publicista:
"Após 20 anos de sobriedade, Robin Williams voltou a beber, e decidiu tomar medidas proativas para lidar com isto, pelo seu próprio bem-estar e pelo bem-estar de sua família. Ele pede que vocês respeitem a sua privacidade e de sua família durante este período, e anseia em retornar ao trabalho neste outono para promover seus futuros lançamentos cinematográficos."[48]
Problemas de saúde
Williams foi hospitalizado em março de 2009 devido a problemas cardíacos, e foi obrigado a adiar seu espetáculo solo no teatro para passar por uma cirurgia na qual substituiu sua válvula aorta.[49][50] A cirurgia foi realizada com sucesso em 13 de março de 2009, na Cleveland Clinic.[51][52]
Morte
Williams foi encontrado inconsciente em sua casa, em Paradise Cay, Califórnia, por volta do meio-dia no dia 11 de agosto de 2014. A causa de morte foi asfixia devido a enforcamento. As investigações da polícia norte-americana levaram a concluir que o ator teria cometido suicídio.[20]
Segundo Mara Buxbaum, agente do ator, Williams estava lutando contra uma depressão severa.[53] Após sua morte, descobriu-se que este sofria de uma doença neurodegenerativa conhecida como demência com corpos de Lewy sendo que a ausência de diagnóstico contribuiu para a morte do ator.
Globo de Ouro de melhor ator - longa-metragem musical ou comédia American Comedy Award de ator mais engraçado em longa-metragem (papel principal) MTV Movie Award de melhor performance cômica Indicado — MTV Movie Award de melhor performance
Prêmio do Screen Actors Guild de performance de destaque por um elenco em longa-metragem Indicado — MTV Movie Award de melhor performance cômica Indicado — MTV Movie Award de melhor dupla (dividido com Nathan Lane)
Oscar de ator coadjuvante Prêmio do Screen Actors Guild de performance de destaque por ator em papel coadjuvante Indicado — Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante - longa-metragem Indicado — Prêmio do Screen Actors Guild de performance de destaque por um elenco em longa-metragem Indicado — Satellite Award de melhor ator coadjuvante - longa-metragem
Indicado — Globo de Ouro de melhor ator - longa-metragem musical ou comédia Indicado — American Comedy Award de ator mais engraçado em longa-metragem (papel principal) Indicado — Satellite Award de melhor ator - longa-metragem musical ou comédia
Roteirista "Homem com o braço quebrado", "John Brownstein, advogado de defesa/arqueólogo/consumidor," "ele próprio," "ele próprio/sobrevivente do Titanic/voz da arma"}}
92 episódios Globo de Ouro de melhor ator - série de televisão musical ou comédia (venceu o prêmio em 1979, indicado em 1980) Indicado — Prêmio Emmy do Primetime de ator principal de destaque - série cômica
↑As fontes apresentam algum conflito neste ponto; as biografias impressas, The Life and Humor of Robin Williams: A Biography e Robin Williams: A Biography, dão seu ano de nascimento como 1952. The Robin Williams Scrapbook também cita o ano de nascimento como 1952, bem como a Encyclopædia Britannica. Williams referiu-se a si próprio como tendo "55 anos" numa entrevista publicada em 4 de julho de 2007. Monk, Katherine (4 de julho de 2007). «Marriage 101 with Robin Williams». StarPhoenix Williams também confirmou sua data de nascimento como 21 de julho de 1951 numa entrevista para um fansite: Stuurman, Linda. RWF talks with Robin Williams: Proost!, 25 de maio de 2008.