Cronologia do Império do Brasil
Esta é uma cronologia do regime monárquico no Brasil, desde a criação do Reino do Brasil à queda do Império do Brasil.
Reino do Brasil
Império do Brasil
- 7 a 9 de janeiro: Batalha de Itaparica (Guerra da Independência do Brasil).
- 8 de janeiro: Decreto cria um regimento e três batalhões com a denominação de Regimento de Estrangeiros.[1]
- 18 de janeiro: Decreto cria o Batalhão do imperador.[1]
- 24 de janeiro: fim da guerra de independência no Piauí.
- 11 de fevereiro: Ocorre a Batalha do rio Cotejipe (Guerra da Independência do Brasil).
- 13 de março: Batalha do Jenipapo (Guerra da Independência do Brasil): Tropas portuguesas expulsas pelos brasileiros do Piauí.
- 29 de março: Decreto declara o bloqueio do porto de Salvador, sob o comando de lord Thomas Cochrane, com o objetivo de forçar a rendição das forças portuguesas que resistiam à independência na Bahia.[1]
- 3 de maio: A Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império é instalada no Rio de Janeiro.
- 4 de maio: Batalha de 4 de maio de 1823.
- 24 de maio: Decreto extingue a Administração do Dízimo do Açúcar existente no Tesouro Público do Rio de Janeiro.[1]
- 23 de junho: Desaprovação da independência e desmembramento do norte da província de Goiás do governo da província, por portaria.
- 2 de julho: Tropas portuguesas se rendem aos brasileiros na Bahia. Fim da Federação do Guanais.
- 17 de julho: Nomeação do segundo gabinete ministerial do Império, após a demissão dos irmãos José Bonifácio e Martim Francisco de Andrada dos respectivos cargos de secretário dos Negócios do Império e Estrangeiros e secretário da Fazenda.[1]
- 18 de julho: Fim da guerra de independência na Bahia.
- 20 de julho: Fim da guerra de independência no Maranhão.
- 28 de julho: No Maranhão, a rendição dos portugueses é declarada.
- 30 de julho: Decisão n. 113 concede liberdade aos escravos que serviram nas fileiras do exército brasileiro contra as tropas portuguesas na luta da independência na Bahia.[1]
- 6 de agosto: Oficialização da independência das capitanias do Piauí, Ceará e Maranhão pela junta militar.[1]
- 6 de agosto: Fim da guerra da independência no Pará.[1]
- 1 de setembro: Apresentação do primeiro projeto de Constituição brasileira pelo deputado relator Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.[1]
- 7 de setembro: José Bonifácio de Andrada e Silva e Martim Francisco Ribeiro de Andrada pedem demissão.
- agosto: fim da guerra de independência na província do Grão-Pará.
- 15 de outubro: Revolta de milicianos brasileiros contra oficiais e negociantes portugueses no Pará, dando início à onda de saques a lojas e residências de negociantes portugueses e ingleses.[1]
- 19 de outubro: No Pará, 256 presos nas revoltas populares são transferidos da cadeia pública para os porões do brigue Palhaço, de onde apenas quatro sairiam vivos.[1]
- 23 de outubro: Expulsão das tropas portuguesas da Província Cisplatina.
- 23 de outubro: Decisão n. 155, declara 7 de setembro e 12 de outubro dias de festa nacional.[1]
- 10 de novembro: Nomeação do terceiro gabinete ministerial do Império.
- 11 e 12 de novembro: Noite da Agonia, a Assembleia Geral Constituinte permanece em sessão após incidentes entre brasileiros e portugueses.
- 12 de novembro: A Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império é dissolvida.
- 13 de novembro: O Conselho de Estado é criado, encarregado de elaborar a Constituição do país.[1]
- 17 de novembro: Decreto determina a realização de eleições para deputados da nova Assembleia Geral Constituinte.
- 18 de novembro: Os brasileiros tomam a cidade de Montevidéu.
- 22 de novembro: Decreto declara a liberdade de imprensa e define as penas para abusos cometidos nos casos de ataque à religião, ao governo e à ordem do Império.[1]
- 16 de dezembro: Adesão de Goiás à Independência do Brasil.[1]
- 17 de dezembro: Decisão n. 179 determina a remessa às câmaras municipais do projeto de Constituição elaborado pelo Conselho de Estado.[1]
- 1 de fevereiro: Revolta popular iniciada na cidade de Santo Antão, em Pernambuco, instala a República dos Afogados.[1]
- 27 de fevereiro: Decreto suspende provisoriamente as formalidades constitucionais que garantiam a liberdade individual em Pernambuco.[1]
- 18 de março: O Tratado de Amizade e Comércio é assinado entre Brasil e Estados Unidos.
- 1 de abril: Pedro I do Brasil declara guerra a Miguel de Portugal.
- 2 de agosto: Pedro I casa-se com Amélia de Beauharnais, sua segunda esposa.
- 25 de novembro: Decreto cria a Comissão de Estatística Geográfica e Natural, Política e Civil.[1]
- 2 de dezembro: A primeira Exposição de Belas-Artes é realizada no Rio de Janeiro.
- 4 de dezembro: Nomeação do oitavo gabinete ministerial do Império.[1]
- 11 de dezembro: Extinção do Banco do Brasil, após o término do prazo estatutário de seu funcionamento, estabelecido pelo alvará de 12 de outubro de 1808.[1]
- 11 de março: Pedro I retorna ao Rio de Janeiro.
- 13 e 15 de março: Noite das Garrafadas, conflito político em que portugueses e brasileiros se enfrentam nas ruas do Rio de Janeiro por ocasião das festas de apoio a d. Pedro I após seu regresso de Minas Gerais.
- 19 de março: Nomeação do nono gabinete ministerial do Império com a recondução de seus antigos membros.[1]
- 5 de abril: D. Pedro dissolve o gabinete de 19 de março e nomeia o décimo gabinete ministerial do Império
- 6 de abril: Ocorre uma grande manifestação popular no Rio de Janeiro.
- 7 de abril: Pedro I abdica em favor de seu filho Pedro de Alcântara.
- 7 de abril: Nomeação de José Bonifácio tutor dos príncipes residentes no Brasil.
- 7 de abril: A Assembleia Geral nomeia uma Regência Trina Provisória, cujos membros são: Marquês de Caravelas, Francisco de Lima e o Senador Vergueiro, dando início ao Período Regencial.
- 7 de abril: A Regência Trina Provisória nomeia o Visconde de Goiana Ministro do Império.
- 9 de abril: Aclamação de d. Pedro II imperador do Brasil.[1]
- 13 de abril: Pedro I volta a Portugal junto com a imperatriz Amélia.
- 14 de abril: O Hino Nacional Brasileiro é executado pela primeira vez.
- 4 de maio: Decreto reorganiza as tropas de primeira linha do Império.[1]
- 17 de junho: A Regência Trina Permanente, composta por Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João Bráulio Muniz, é eleita pela Assembleia Geral.
- 18 de agosto: A Guarda Nacional é criada.
- 13 de setembro: Revolta de soldadesca do 14º Batalhão de tropa de linha com a adesão de outros corpos, em Pernambuco (Setembrada).
- 14 de setembro: Revolta de soldados do 14º Batalhão de Tropa de Linha de Pernambuco contra os portugueses, com a adesão de outros corpos militares, também chamada de Setembrada.[1]
- 4 de outubro: Lei reorganiza a administração fazendária: transforma o Tesouro Nacional em Tesouro Público Nacional; extingue o Conselho de Fazenda e as repartições do Tesouro; cria a Secretaria, a Contadoria-Geral da Revisão, a Tesouraria-Geral e o Cartório; extingue também as juntas da Real Fazenda e estabelece, em seu lugar, as tesourarias das províncias.
- 6 a 7 de outubro: Levante do Corpo de Artilharia da Marinha na ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.[1]
- 27 de outubro: Lei revoga as cartas régias que mandaram fazer guerra aos índios e submetê-los à servidão.
- 7 de novembro: Declaração de liberdade a todos os escravos que entrassem no Império a partir desta data por lei.
- 15 de novembro: Novembrada, revolta contra os portugueses em Recife.[1]
- 14 de dezembro: Rebelião liderada por Pinto Madeira em Jardim, no sertão do Ceará, com o objetivo de reconduzir d. Pedro I ao trono.[1]
- Sem data: Início da Cabanada, rebelião de caráter popular que se desenrolou na área rural de Pernambuco e Alagoas, liderada por Vicente de Paula, em defesa do retorno de d. Pedro I ao trono.
- 20 de fevereiro: Charles Darwin, a bordo do HMS Beagle, chega a Fernando de Noronha.[6]
- 3 e 4 de abril: Revolta dos militares liberais exaltados das fortalezas das ilhas das Cobras e Villegagnon, no Rio de Janeiro, em defesa dos princípios federalistas e republicanos.[1]
- 12 de abril: Decreto regulamenta a execução da lei de 7 de novembro de 1831 que abolia o tráfico de escravos para o Brasil.[1]
- 14 de abril: Abrilada, levante militar em Recife com o objetivo de reconduzir d. Pedro I ao trono brasileiro.
- 17 de abril: Revolta no Rio de Janeiro integrada por civis e militares e liderada pela facção política dos ‘caramurus’, em defesa da Constituição de 1824 e da monarquia centralizada.[1]
- 30 de julho: Fracassa o golpe de Estado liderado pelos padres Diogo Antônio Feijó, José Bento Leite Ferreira de Melo e José Custódio Dias, cujo objetivo era fazer aprovar a Constituição de Pouso Alegre pela Assembleia Geral.[1]
- 29 de novembro: O Código de Processo Criminal é promulgado.
- 16 de janeiro: Revolta da Guarda Nacional (Carneirada) no campo dos Canecas.
- 30 de maio: Revolta em Cuiabá. Matança de portugueses durante a Rusga, em Mato Grosso.
- 12 de agosto: O Ato Adicional, também conhecido como a Lei das Reformas Constitucionais, é proclamado por lei com o estabelecimento da Regência Una.
- 3 de outubro: Lei estabelece o regimento dos presidentes de província e extinção dos conselhos gerais provinciais.[1]
- 24 de setembro: Pedro I, primeiro imperador do Brasil, morre em Queluz, Portugal.
- Sem data: Apresentação do projeto favorável à antecipação da maioridade de d. Pedro II na Assembleia Geral.[1]
- 6 de janeiro: Início da Cabanagem, no Pará, revolta popular que começou em Belém e atingiu o interior do Pará.[1]
- 21 a 22 de janeiro: Segunda Carneirada, revolta militar em Pernambuco, novamente liderada pelos irmãos Carneiro, de inspiração liberal, que pretendia perseguir cabanos restauradores.[1]
- 24 de janeiro: Revolta dos Malês em Salvador.
- 1 de fevereiro: A Assembleia Provincial é instalada no Rio de Janeiro.
- 4 de março: A Assembleia Provincial é instalada no Piauí.
- 4 de março: Decisão n. 60 dispõe sobre a repressão à Revolta dos Malês, na Bahia, autorizando, entre outras providências, a deportação ou desterro dos suspeitos de participação.[1]
- 17 de março: Terceira Carneirada, rapidamente contida pelo governo provincial.[1]
- 3 de julho: A Assembleia Provincial é instalada no Mato Grosso.
- 7 de abril: Ocorre a eleição para a Regência Una.
- 20 de setembro: Início da Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul.
- 22 de setembro: Lei suspende, no Pará, as garantias do art. 179 da Constituição do Império, referentes, entre outros aspectos, à prisão sem culpa formada.[1]
- 6 de outubro: Carta de lei estabelece o processo de recrutamento militar em todo o Império.[1]
- 6 de outubro: Decreto estende às províncias de Pernambuco e Alagoas a anistia concedida aos envolvidos em crimes políticos nas províncias de Minas Gerais e Rio de Janeiro pelo decreto de 19 de junho.[1]
- 12 de outubro: Posse de Diogo Feijó como Regente Único do Império.
- 31 de outubro: Decreto nº 101, autorizando a construção de ferrovias no país.[8]
- 31 de dezembro: Invasão francesa na margem direita do rio Oiapoque, na província do Pará.[1]
- Sem data: Envio de tropas brasileiras ao Uruguai.
- 25 de março: Inauguração dos primeiros combustores de iluminação a gás no Rio de Janeiro.[1]
- 30 de abril: É inaugurada a primeira ferrovia do país em Petrópolis, Rio de Janeiro.
- 5 de junho: Decreto n. 731, conhecido como Lei Nabuco de Araújo, estabelece as formas de julgamento dos presos sob acusação de tráfico de escravos.
- 28 de julho: É criada a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
- 4 de janeiro: Fundação do jornal A Província de São Paulo, posteriormente denominado O Estado de S. Paulo.
- 31 de maio: Chegam ao país os 150 imigrantes italianos com o navio Rivadávia.
- 25 de junho: Início do gabinete ministerial presidido por Luís Alves de Lima e Silva, então duque de Caxias.
- 30 de julho e 17 de setembro: Os índios, que podem ser alistados no exército e na armada, são declarados.
- 2 de agosto: O primeiro número da Gazeta de Notícias é publicado no Rio de Janeiro.
- 17 de setembro: D. Pedro II, pelo decreto n. 5 993, concede anistia a d. Vital, bispos e outros eclesiásticos, dando fim à Questão religiosa.
- 20 de outubro: Decreto n. 2 675, conhecido como Lei do Terço, altera a legislação eleitoral do país, promovendo, entre outras, a introdução do título eleitoral.[1]
- 24 de dezembro: A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição é criada em Curitibanos, Santa Catarina. Começa o serviço telegráfico entre o Rio de Janeiro e as províncias da Bahia, de Pernambuco e do Pará.[16]
- 19 de abril: O decreto n. 7 247 reforma o sistema educacional brasileiro, declara livre o ensino primário, secundário e superior, permite às mulheres o acesso às universidades e cria a Escola Normal.[1]
- 28 de dezembro: Início da Revolta do Vintém, após aprovação de um imposto sobre o preço da passagem de bonde, marcada por protestos que perduram até janeiro do ano seguinte na capital do Império.
Ver também
Referências
Bibliografia
- A construção do Brasil (revista Nossa História), Editora Vera Cruz, 2006.
Ligações externas
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