Esta é uma cronologia da Guerra do Paraguai. A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina. Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do Brasil, Argentina e Uruguai. Ela se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande, Guerra Contra a Tríplice Aliança e Guerra-Guaçu no Paraguai.
Cronologia dos eventos
1811
15 de maio - Independência do Paraguai é proclamada.[1]
Julho - Missão uruguaia enviada a Assunção tenta aliança com López contra o Brasil e a Argentina.[10]
Setembro a novembro - O Paraguai alerta a Argentina sobre a necessidade de preservação da independência uruguaia para não haver quebra do equilíbrio de poder na região do Prata.
1864
Fevereiro - Mobilização militar geral no Paraguai.[11]
Março - O presidente Bernardo Berro (do partido Blanco) renuncia no Uruguai e entrega o Poder Executivo para Atanasio Aguirre, presidente do Senado.[6]
4 de agosto - Ultimato brasileiro ao Uruguai: cumprimento das exigências ou retaliação.[10]
30 de agosto - Paraguai dá ultimato ao Brasil para que não intervenha no Uruguai.[12]
16 de outubro - Tropas brasileiras invadem o Uruguai em apoio a Venancio Flores. Marinha do Brasil bloqueia Montevidéu. Paraguai considera a agressão como um ato de guerra.[10]
12 de novembro - Paraguai toma o navio a vapor brasileiro Marquês de Olinda em Assunção. O navio transportava o novo governador da província de Mato Grosso.[13] O Brasil responde, cortando relações diplomáticas com o Paraguai.
13 de abril - Forças paraguaias capturam a cidade de Corrientes.[17]
14 de abril - Ocupação de Corrientes pelas forças paraguaias.[18]
1 de maio - Assinatura do Tratado da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. Seus objetivos são a derrubada de Solano López, a livre navegação dos rios da bacia do Prata e –uma cláusula secreta- a anexação de parte do território em disputa com o Paraguai por Argentina e Brasil.[19]
9 de maio - A República Argentina declara guerra ao Paraguai.
25 de maio - Reconquista e evacuação da cidade de Corrientes.
11 de junho - Batalha de Riachuelo. Esquadra paraguaia ataca a brasileira, mas é derrotada. Com isso, o Paraguai torna-se bloqueado, incapaz de receber armas e auxílio do exterior.[10]
Setembro a novembro - Forças paraguaias se retiram ao longo do rio Paraná e iniciam fase defensiva da guerra, mas ainda mantém ocupado território em Mato Grosso.
22 de setembro - Batalha de Curupaiti se torna a maior derrota aliada da guerra. Tropas são massacradas ao atacarem de peito aberto as trincheiras paraguaias.[21]
24 de junho - Primeira operação militar aérea (com balão) brasileira.[31]
22 de julho - Forças aliadas, sob comando temporário de Caxias enquanto Mitre está na Argentina, iniciam manobra para flanquear a fortaleza paraguaia de Humaitá, que bloqueia o acesso rio acima.
2 de agosto - Ocupação aliada da posição norte de Humaitá.
3 de novembro - Segunda Batalha de Tuiuti. As forças paraguaias atacam, mas fracassam na tentativa de deter o movimento do cerco de Humaitá.[35]
25 de dezembro - Em Paso Ipohy os paraguaios atacam de surpresa um batalhão de voluntários da pátria, derrotando-os mesmo com um número inferior de soldados.[36]
1868
13 de janeiro - Caxias substitui Mitre como comandante aliado.[37] Mitre volta a Buenos Aires.[24] Neste momento, a maior parte das tropas da aliança é brasileira, com contingentes simbólicos argentinos e uruguaios.
19 de fevereiro - Rebelião no Uruguai liderada pelo ex-presidente blanco Bernardo Berro. Flores é assassinado, mas a revolta fracassa e Berro também é morto.[24] Ocorre o Combate de Laguna Cierva.[38]
22 de fevereiro - Navios brasileiros bombardeiam Assunção e se retiram.
12 de junho - Eleições na Argentina. O aliado de Mitre, Rufino Elizalde, é derrotado por Domingo Faustino Sarmiento, que faz campanha contra a guerra.[24]
15 de julho - Fracassa um ataque brasileiro contra Humaitá.
Dezembro - Caxias vence os paraguaios em um série de batalhas conhecida como a "dezembrada"[24] - Itororó, Avaí, Lomas Valentinas, Angostura. López consegue escapar do cerco em Lomas Valentinas e segue na direção da cordilheira a leste de Assunção.[39]
28 de abril - López ordena a execução de diversas famílias paraguaias que ele julgava serem conspiradores no que ficou conhecido como Massacre de Concepcíon.[42]
11 de junho - Governo provisório paraguaio assume em Assunção.
Fevereiro - Tratado da paz cede para à Argentina os territórios em litígio das Misiones,[45] entre os rios Bermejo e Pilcomayo. Os territórios entre os rios Pilcomayo e Verde foram submetidos ao arbítrio norte-americano, que concedeu a região ao Paraguai.
22 de junho - Saem os últimos soldados de ocupação brasileiros do Paraguai.[45] Em 1879, sairão os últimos soldados de ocupação argentinos.
Leuchars, Chris (2002). To the Bitter End: Paraguay and the War of the Triple Alliance. Westport: Greenwood Press. 254 páginas. ISBN9780313323652
Borga, Ricardo Nunes (2015). QuestÕes Do Prata - Guerra da Tríplice Aliança, O conflito que mudou a América do Sul 2 ed. Rio de Janeiro: Clube de Autores