O Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2011 foi a 62ª temporada do Campeonato Mundial de Fórmula 1, que é reconhecido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o órgão regulador do automobilismo internacional, como a mais alta categoria de competição para carros de corrida monopostos. Como na temporada anterior, o calendário ia ser expandido, aumentando para vinte o número de corridas, com o primeiro Grande Prêmio da Índia, tornando-se assim, o calendário mais longo da história da Fórmula 1 até aquele momento. Mas, com protestos políticos no Barém, o Grande Prêmio do Barém foi adiado, inicialmente com previsão de voltar em outubro, mas foi cancelado, retornando somente no ano seguinte. Sebastian Vettel se consagrou bicampeão na temporada de 2011 no Grande Prêmio do Japão, faltando quatro corridas para o final da temporada.[1][2]
Depois da disputa entre a Associação das Equipes da Fórmula 1 (FOTA) e a FIA na primeira metade da temporada de 2009, um novo Pacto de Concórdia foi assinado em 1 de agosto de 2009 pelo então presidente da FIA, Max Mosley, e todas as equipas existentes no momento. O novo acordo permitiu uma continuação dos termos do pacto de 1998, e foi válido até 31 de dezembro de 2012.[3] A FIA publicou uma lista provisória em 30 de novembro de 2010, sendo esta revista em 2 de dezembro de 2010.[4]
Depois do fracasso da USF1 para entrar na Fórmula 1 em 2010, a FIA abriu um novo processo de seleção para encontrar mais equipes para preencher o grid na temporada de 2011. Além de estarem a procurar uma equipe para preencher a 13ª vaga no grid, a FIA procura também uma ou mais candidaturas de reserva. A FIA procurou expressões formais de interesse de novas equipes antes de 15 de Abril de 2010. As candidaturas completas tinham que ser submetidas até 21 de Junho.[31] A imprensa italiana noticiou que a FIA recebeu quinze candidaturas,[31] e são estas as conhecidas:
Anderson F1, liderada pelo antigo designer e principal da USF1 Ken Anderson.[32]
Cypher, uma equipe americana feita a partir dos restos da USF1,[33] que tem como objectivo juntar-se ao grid, sendo que só o fará se sentir que tem o orçamento necessário para não embaraçar a América. A equipa expressou já interesse no piloto americano Jonathan Summerton,[34] e em Nelson Piquet Jr...[35] No entanto, a 30 de Julho de 2010, a equipe afirmou, num comunicado, que retirara a sua candidatura.[36]
A equipe de World Series by Renault e outrora também de Le MansEpsilon Euskadi expressou um interesse em recandidatar-se para a F1 depois de ser eliminada na primeira etapa de candidaturas em 2010 e novamente quando a Toyota abandonou a categoria.[37] A Epsilon recebeu depois disso o apoio de Carlos Gracia, presidente da Federação de Automobilismo Espanhola.[38]
A equipa baseada em BelgradoStefan Grand Prix confirmou que iria candidatar-se a 2011.[39] A equipe usaria motores Cosworth se fosse liberada a correr.[40]
O antigo piloto da Williams e Campeão Mundial de 1997, Jacques Villeneuve, iria estabelecer a sua própria equipe, conhecida como Villeneuve Racing.[41] Foi mais tarde confirmado que Villeneuve estava a colaborar com a candidata italiana Durango,[42] que foi forçada a abandonar a GP2 Series devido a problemas financeiros. A Durango declarou mais tarde intenção de se candidatar à Fórmula 1, depois de encontrar investidores que estavam interessados em alinhar numa equipe de Fórmula 1[43] antes de anunciar a sua associação com Villeneuve. Sob os termos do acordo, a equipe iria ser gerida pela Durango mas com o nome de Villeneuve, com Jacques Villeneuve a cumprir os seus deveres como piloto.[42] Villeneuve foi certificado como "Piloto Oficial Durango."[44]
Muitas equipes candidatas em 2010, incluindo a Prodrive,[45] a Lola,[46] a Formtech e a Superfund,[47] decidiram contra uma candidatura para a décima-terceira vaga em 2011. Depois do colapso da USF1, Parris Mullins - assessor do proprietário da USF1 Chad Hurley - confirmou que está envolvido num esforço renovado de ver uma equipa americana a juntar-se ao grid.[33] Mullins confirmou que o seu projeto não estava ligado à Cypher, a reimaginação da USF1, e acrescentou que ao invés de entrar com a sua própria equipe, estudou a possibilidade de um buy-in semelhante ao acordo Genii Capital-Renault F1 Team que foi assinado em fins de 2009.[48] A equipe francesa de GP2, GP3 e Fórmula 3 Euroseries, a ART Grand Prix também enviou uma candidatura para a FIA,[49] mas retirou-se oficialmente a 7 de Julho de 2010, citando razões económicas para a desistência.[50]
A 8 de Setembro de 2010, a FIA anunciou que não escolhera nenhuma formação para ocupar a 13ª vaga no grid, por considerar que nenhuma reunia as condições necessárias[51]
Calendário de lançamento dos carros
Lista das equipes que já confirmaram o lançamento de seus carros para a Temporada:
As sessões de teste foram confirmadas para Valencia (1-3 de fevereiro), Jerez (10-13 de fevereiro), Catalunha (18-21 de fevereiro) e Barém (3-6 de março).
↑1 . A última sessão de testes estava prevista para ser realizada no Barém, onde seria realizada a primeira corrida da temporada. As equipes, no entanto, devido aos protestos políticos que resultaram em conflitos violentos da população com os militares, optaram por remarcar o último teste para Barcelona, entre 8 e 11 de março.[80]
Calendário
No dia 16 de Abril de 2010, Bernie Ecclestone confirmou que haveria 20 corridas em 2011; todas as corridas da temporada de 2010 mais o Grande Prêmio da Índia.[1] No dia 8 de Setembro de 2010 foi apresentado pela FIA o calendário provisório, composto por 20 corridas:[2]
A altura máxima do difusor será reduzido de 175 milímetros para 125 milímetros, diminuindo a força aerodinámica. Além disso foram citadas medidas para excluir o design de difusor duplo.[84]
Na semana seguinte ao GP da Espanha de 2010, foi enviada pela empresa de engenharia britânica Flybrid uma proposta à FOTA para fornecer todo o pelotão com uma unidade KERS obrigatória e uniforme, depois da campanha liderada pela Ferrari e pela Renault para ver a tecnologia reintroduzida em 2011.[85] Depois do GP do Canadá de 2010, a Ferrari confirmou que iria usar o KERS no seu carro de 2011,[86] mas o sistema não irá ser obrigatório.
Para compensar a subida de peso provocada pelo KERS, o peso mínimo dos carros irá aumentar de 620 kg para 640 kg.[86]
A FOTA concordou em banir o controverso sistema F-Ducto, desenvolvido pela McLaren para os MP4-25 e posteriormente implantado por outras equipes no decurso da temporada de 2010.[87]
Na reunião do Conselho Mundial de Automobilismo da FIA em Genebra, em Junho de 2010, um sistema de asa traseira ajustável (DRS) foi confirmado como adição às regras de 2011.[88] Este sistema será introduzido para ajudar as ultrapassagens, servindo como um substituto do sistema F-Ducto. Num sistema similar ao regulador do KERS usado em 2009, a asa traseira ajustável apenas estará disponível sob certas condições, nomeadamente: os pilotos só poderão usá-la quando estão a pelo menos um segundo do carro da frente, mas não poderá ser usado nas duas primeiras voltas da corrida, exceto em caso de safety car inicial. Espera-se que o sistema ofereça aos pilotos mais 15 km/h quando ultrapassam,[89] e será desativado ao primeiro toque do piloto no freio depois de usar a asa traseira. O conceito, que foi recebido negativamente pelos pilotos e fãs,[90] pode ser abandonado se for provado que não é praticável ou manejável.[91]
Em 2011 regressará a regra dos 107% na qualificação.[88][92] Sob este acordo, qualquer piloto que faça um tempo superior em 7% ao tempo do piloto da pole-position não será autorizado a disputar a corrida. Um exemplo desta regra é: se o tempo da pole position for de 1 minuto e 40 segundos, os pilotos devem fazer um tempo mais rápido do que 1 minuto e 47 segundos para poder disputar a corrida.
Pela primeira vez os carros terão uma distribuição de pesos obrigatória, em 46:54 por cento.[93] A intenção disto é prevenir as equipes de ter que fazer mudanças radicais na configuração interna dos seus carros caso haja alterações nos compostos dos pneus introduzidos pelo novo fornecedor, a Pirelli.
O número de cabos das rodas que ligam os pneus à carroceria será dobrado em 2011, em resposta ao número elevado de acidentes nos quais as rodas se desprenderam da carroceria, incluindo o acidente fatal de Henry Surtees na 4ª etapa do campeonato Fórmula 2 FIA de 2009, disputada em Brands Hatch.[94]
No GP da Grã-Bretanha de 2010, Bernie Ecclestone revelou que conversou com cinco marcas de pneus, mas a Pirelli foi a única que poderia estar pronta a tempo para a temporada de 2011. Apesar de o acordo da Pirelli ser mais longo para as equipes do que algumas das outras candidaturas, a empresa irá pagar por publicidade nas pistas, o que significa que as equipes terão algum retorno do seu investimento. Ecclestone revelou ainda que quis pneus com um tempo de vida significativamente mais curto em relação a 2010.[carece de fontes?]