O Partido Democrático do Atlântico (PDA) foi um partido político português que, inicialmente, foi considerado de extrema-direita e com origem no MAPA, fundado em 1979, por Francisco da Costa Matos. O PDA defendia a atribuição de um estatuto ultramarino, seguindo o exemplo das Bermudas, para as regiões autónomas portuguesas (Açores e Madeira). Foi inscrito como partido em 1979 com a sigla UDA/PDA, que alterou para PDA em 1983.[1][2]
Apresentou uma lista de candidatos a deputados à Assembleia da República pouco conhecidos, nas eleições legislativas de 2005, tendo apenas registado 0,35% dos votos dos Açores. Apesar disso, concorreu, em 19 de outubro de 2008, às eleições regionais nos Açores, onde obteve somente 627 votos (0,8%) e nenhum deputado. É um partido com escasso peso eleitoral, mesmo nos Açores, de onde é originário.
Embora tenha sido fundado como uma organização de direita, o PDA vinha assumindo posições mais de esquerda. Depois de ter apoiado a candidatura de Manuel Alegre nas eleições presidenciais de 2006, manifestou depois a renovação desse apoio para as presidenciais de 2011.[3]
Para as eleições legislativas de 2011, as listas do partido foram integradas por elementos do Movimento Partido do Norte (MPN), liderado pelo ex-deputado do PS, Pedro Batista, que concorreram em vários círculos eleitorais (Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Guarda, Viana do Castelo e Vila Real) para além dos Açores.[4]
A 1 de setembro de 2015, apesar de ter submetido uma candidatura pelo círculo dos Açores às eleições legislativas desse ano, o Tribunal Constitucional procedeu à extinção do PDA e ao cancelamento do seu registo, a requerimento do Ministério Público e segundo a Lei dos Partidos Políticos, visto que o partido não apresentou as suas contas em três anos consecutivos (2011, 2012 e 2013).[5]
(Resultado que excluem os resultados de coligações envolvendo o partido)