O programa nacionalista era, em síntese, atendendo à composição dos seus corpos gerentes e ao sentido de muitas das proclamações públicas, eleger deputados para o Parlamento e partir à conquista do Estado dominado pela Maçonaria. Afirmando a obediência ao critério da lei e da ordem, dispunham-se a travar o combate político dentro da legalidade constituída, afirmavam o respeito pela Aliança Inglesa e a obediência aos monarcas descendentes de D. Maria II de Portugal. Mas excluída a questão dinástica, alinhava nas grandes linhas do combate político do legitimismo: a necessidade de restaurar a influência da Igreja e de resolver, simultaneamente, o problema religioso e o problema social. Pronunciavam-se pela liberdade de ensino e por urgentes e vastas medidas de saneamento orçamental das contas do Estado, criticavam o centralismo e as tendências oligárquicas do regime da Carta Constitucional, defendiam a descentralização política e a redefinição das modalidades e instâncias de representação, etc.[4]
No seu congresso de 1907 foi acordado que tentaria assimilar todos os votos dos católicos ao partido, sob pena de incorrerem numa falta contra a religião católica, mas simplesmente isso provocou uma enorme polémica. Pois logo, em Fevereiro de 1908, surge um artigo na revista Voz de Santo António, próxima da Ordem dos Frades Menores, que afirmava categoricamente que o católico não tinha a obrigação de consciência de votar num candidato católico. Isso não foi bem-aceite e a questão assumiu contornos de assunto nacional aquando da decisão da Santa Sé em suspender a referida revista, em Maio de 1910, e mal interpretada pela opinião pública portuguesa, alimentada pelos jornais anticlericais.[6]