A Metro Transportes do Sul (mais conhecida por MTS), é a empresa que explora o sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície (Metro Sul do Tejo, MST), nos concelhos de Almada e Seixal, em Portugal. O primeiro troço foi inaugurado em 2007 e a rede atual está em funcionamento desde finais de 2008.
Os primeiros planos para uma ligação ferroviária circular na margem sul da foz do Tejo, intercetando rotas (fluviais e ferroviárias) oriundas da capital, datam da década de 1930. O pouco que foi posto em prática, integrado na rede ferroviária, teve vida breve — o Ramal do Seixal, descativado e demolido em 1970.[1]
MST/MTS
Datam de 1985 as primeiras posições públicas da Câmara Municipal de Almada conducentes ao sistema actual, tendo sido assinado dez anos mais tarde entre o Governo e as autarquias envolvidas (já então incluindo não apenas Almada e Seixal, mas também Barreiro e Moita) um Protocolo para o desenvolvimento do metropolitano ligeiro na margem sul do Tejo,[2] nos Paços do Concelho do Barreiro, a 18 de Abril de 1995. O anteprojeto havia sido elaborado por um consórcio liderado pela empresa francesa Semaly-HP-Pret.[3]
O projeto original é o que está ainda em vigor, tendo sido incorporadas apenas alterações de pormenor no traçado, e o calendário de obras e inaugurações sucessivamente dilatado. As três linhas finalmente construídas em 2007-2008 (rede actual) constam do traçado proposto em 1995, com entradas ao serviço previstas para 1997-1999 no eixo Barreiro-Almada-Pragal. Os atrasos sucedem-se e a obra arranca finalmente apenas em 2002, após novo protocolo assinado em 1999.[3]
A empresa que ganhou o concurso internacional para exploração do MST por 30 anos foi a Sociedade Concessionária MTS – Metro, Transportes do Sul, SA, cujo principal acionista é o Grupo Barraqueiro / Arriva (que controla também os comboios Fertagus).
As 2ª e 3ª fases de construção, que preveem o alargamento pelo concelho do Seixal e a ligação aos da Moita (na Baixa da Banheira) e do Barreiro, mantém-se previstas mas suspensas desde 2008. Em 11 de julho de 2017 a Câmara Municipal do Seixal, juntamente com as juntas de freguesia de Amora e Corroios, e a Comissão de Utentes dos Transportes do Concelho do Seixal, organizou uma ação de sensibilização e protesto na EN10.[4]
Em dados de 2015, este sistema de transporte custou 125,5 milhões de euros desde 2005 e a concessão traz encargos anuais de oito milhões de euros.[5]
As vias do MST correm em separado do trânsito rodoviário, ainda que quase sempre em paralelo com a rodovia — tanto lateral como centralmente. Têm apenas cruzamentos de nível com o tráfego rodoviário, com prioridade para os veículos do metro ligeiro; o sistema integrado de localização do veículo permite que este tenha prioridade nos cruzamentos de nível com as ruas ao sinalizar-se a semáforos programados para o efeito[carece de fontes?].
Toda a rede apresenta um par de vias paralelas, permitindo dupla circulação — que é habitualmente efetuada pela direita. Além do parque de manobras no depósito em Corroios, existem dois pontos da rede com mais que duas vias paralelas (Pragal e Corroios-Estação), vários aparelhos de mudança de via isolados, e um segmento de via única sem saída na direção da expansão proposta em Corroios.
As vias são encastradas no pavimento e têm a face interior dos carris (aonde encaixam as golas das rodas) a uma distância de 1435 mm (bitola internacional, idêntica à dos metropolitanos de Lisboa e do Porto).
Toda a rede é provida de alimentação elétrica feita, como habitual neste tipo de transporte, por cabo metálico nu suspenso sobre a via de fiação esticada isolada em de postes erigidos para o efeito, a 750 V em corrente contínua.[7]
As plataformas contam com uma altura bastante reduzida, tornando o seu acesso fácil e sem necessidade de grandes infraestruturas.[carece de fontes?]
O MST tem três “linhas” de exploração comercial (azul = 1, amarela = 2, e verde = 3) circulando numa rede em forma de "Y" com um triângulo central e três braços estendendo-se respetivamente para sul (Corroios), oeste (Caparica), e nordeste (Cacilhas); cada linha usa, total ou parcialmente, dois dos três braços desta topologia. Apresenta esta rede um total de 19 paragens e uma extensão total de 13,5 km.[10]:
Existem planos de prolongamento da rede, nomeadamente do Seixal a outros concelhos da Margem Sul.[12]
Frota
Os 24 veículos do “metro ligeiro” MST foram numerados de C001 a C024. A libré dos veículos é azul escuro e branco, cores dominantes também no logótipo da empresa.
Transportam entre 225 e 300 pessoas, 74 das quais sentadas; têm espaços reservados para cadeiras de rodas e carrinhos de bebé e dispõem de ar condicionado. O piso é 100% rebaixado, com uma altura de 30 cm acima do solo ao longo de todo o veículo.
Referências
↑«Linhas Portuguesas»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1101). 19 páginas. 1933. Consultado em 2 de Maio de 2010 (sobre a ligação Cacilhas-Caparica)
Linha Violeta (Odivelas e Loures) • LIOS - Linha Intermodal Sustentável Ocidental (Oeiras e Lisboa) • LIOS - Linha Intermodal Sustentável Oriental (Lisboa e Loures)
Legenda: †entidade extinta ‡entidade extante mas sem gestão atual *apenas afluentes à rede geral da operadora Infraestruturas de Portugal, excl. sistemas isolados q.v. apud operadores
Legenda:bitolas: ²2140 mm • ᴮ1668 mm • ⁱ1435 mm • ¹1000 mm • ³920 mm • ⁹900 mm • ⁶600 mm +designações abreviadas quando possível (fonte para linhas da Infraestruturas de Portugal: [4]: pág. 54) °ferrovias pesadas (#) não geridas pela Infraestruturas de Portugal (e/ou empresas antecessoras) †extinta (totalmente) • ‡projectada • ††reaberta • †‡reabertura projectada • ‡†projecto abandonado • ‡‡projecto recuperado • ↑substituída mantendo traçado/canal