Almada é uma cidadeportuguesa localizada na Área Metropolitana de Lisboa. Tem uma área urbana de 13,98 km2 e 88.202 habitantes[1] em 2021, donde uma densidade populacional de 6.309 habitantes por km2, sendo a 10.° maior cidade do país.
É sede do município de Almada[2], que tem uma extensão de 70,21 km2 e 177.400 habitantes[1] em 2021, com uma densidade populacional de 2.525 habitantes por km2, dividindo-se em cinco freguesias.[3] O município é limitado a leste pelo município do Seixal, a sul pelo município de Sesimbra, a oeste pelo Oceano Atlântico e a norte pelo Estuário do Tejo.
O município recebeu foral de Dom Sancho I em 1190. Juntamente com Lisboa, Sintra e Palmela, é uma das mais antigas divisões administrativas da Área Metropolitana de Lisboa. Almada foi elevada à categoria de cidade em 1973, e no seu município encontra-se também a cidade de Costa da Caparica, cujo estatuto atual lhe foi outorgado no ano de 2004.
O município de Almada encontra-se no quadrante norte-ocidental da Península de Setúbal. Este tem como limites, a norte, o Gargalo do Tejo; a sudeste, o concelho do Seixal; e a sul, o concelho de Sesimbra. O seu ponto mais ocidental encontra-se na Cova do Vapor e o mais oriental na Base Naval de Lisboa, junto ao Sapal de Corroios. Cacilhas é a localidade mais setentrional do concelho, enquanto que o ponto mais meridional se encontra na zona da Adiça. O ponto mais alto do concelho, na zona do Raposo, eleva-se em 124,4 m.[4]
Quanto ao seu relevo, o concelho divide-se em duas áreas principais: a superfície de aplanação (parte da plataforma de Belverde) e a aplanação litoral.
A superfície de aplanação compreende as zonas entre Trafaria, Almada, Pragal e Caparica até à linha de cumeadas entre a Sobreda e Charneca, sendo delimitada pela Arriba Fóssil da Costa de Caparica e pelas escarpas que confrontam e acompanham o Gargalo do Tejo e os municípios da margem norte do rio (as costeiras ribeirinhas, um dos seus principais elementos da paisagem). Nela, o terreno apresenta-se mais ondulado a nordeste, moderando a sua rugosidade em direção a sudoeste. A cota também decresce para sul e para o interior do concelho (onde se atingem os 60 a 80 m de cota), sendo esta tendência interrompida pela linha de cumeadas Lazarim–Capuchos (cujas alturas máximas são de 90 a 100 m). A nascente, em direção ao Mar da Palha, as suas cotas descem igualmente até atingirem máximos de 30 a 40 m. Por sua vez, estas escarpas são rasgadas por valas criadas pelas linhas de drenagem que vão desaguar no Tejo.
A segunda corresponde à planície litoral da Costa de Caparica, que não excede os 11 metros de cota altimétrica. Apresenta maior largura a norte, constringindo-se gradualmente em direção a sul. A nascente, é delimitada longitudinalmente pela Arriba Fóssil da Costa de Caparica, que também dimunui de altitude em direção a meridião.[4]
O interstício entre as zonas mais altas do concelho é preenchido por uma zona depressionária marcada pelas principais linhas de água do território de Almada.
Os declives mais elevados encontram-se nas duas arribas já mencionadas. Na Frente Ribeirinha Norte (nas vertentes de Arealva, Cristo Rei, Banática, Montalvão e Porto do Buxo) os declives superam os 50%. No reverso destas, as vertentes são medianamente abruptas e apresentam declives entre 5% e 16%. Entre Cacilhas, Margueira e Cova da Piedade surge uma faixa plana com declives inferiores a 5%, graças às aluviões da Vala do Caramujo e aos aterros aí construídos. A Arriba Fóssil possui declives geralmente superiores a 25%, com troços onde estes superam os 50% e com um perfil quase vertical a norte. No seu sopé, a planície costeira apresenta um declive máximo de 12%, superiores a sul da Foz do Rego devido à existência de dunas. A zona sul da plataforma litoral (Aroeira) apresenta declives insignificantes.
Para o interior (já na superfície de aplanação, numa faixa entre Cacilhas, Pragal, Costas de Cão, Murfacém e Palhais) as encostas aí presentes possuem pendentes de declives muito diversos mas que variam entre médios a acentuados (entre 5% e 16%).
Aspeto da costeira ribeirinha, Ginjal.
Arriba Fóssil da Costa de Caparica
Planície litoral, Costa de Caparica.
Cacilhas e Margueira, zona ganha ao Tejo através de aterros e cujas escarpas viradas para o Mar da Palha são menos pronunciadas.
Almada apresenta um contacto privilegiado com o meio hídrico, devido à presença de vários recursos desta índole: a passagem do Tejo a norte e nordeste, bem como a proximidade ao Estuário do Tejo; a sua extensa costa atlântica; à rede hidrográfica existente; e à presença de dois aquíferos (Miocénico e o Plio-Plistocénico), parte do Sistema Aquífero da Bacia do Tejo-Sado. O seu território insere-se na Região Hidrográfica do Tejo, situando-se na margem esquerda da Bacia do Baixo Tejo. A norte do concelho, a rede hidrográfica adquire especial importância por marcar a orografia desses territórios, sendo que as linhas de festo constituem importantes pontos de vista sobre a cidade de Lisboa e sobre o rio Tejo.
Linhas de água
Em Almada, a dispersão geográfica dos talvegues depende principalmente das características geológicas e morfológicas, dos declives e da capacidade de infiltração das litologias atravessadas. Assim, podem ser agrupados nas seguintes categorias:
associados a vales encaixados nas arribas que drenam diretamente para o Tejo;
aqueles que atravessam transversalmente o concelho;
as linhas de água que drenam para a planície litoral da Costa de Caparica e se infiltram no material arenoso aí existente;
As várias linhas de água que percorrem o concelho apresentam um caudal reduzido e de regime intermitente, alimentados pela precipitação e pelas águas subterrâneas. A densidade e dimensão das linhas de água é maior a norte do concelho, onde a morfologia do terreno e as litologias não permite a infiltração dos escoamentos superficiais. Aqui, percorrem vales mais entalhados e encaixados, que condicionam o seu traçado, visto que o terreno é mais acidentado. São disso exemplo as linhas de água da Frente Ribeirinha Norte, que desaguam no Tejo através de vales bem escavados e perpendiculares ao rio. Já a sul, os leitos das linhas de água são muito pouco encaixados devido, novamente, à morfologia do terreno e percorrem litologias que potenciam a infiltração.
As bacias hidrográficas do concelho encontram-se mais desenvolvidas para o interior do concelho, drenando preferencialmente para o Estuário do Tejo e, excecionalmente, para o Atlântico. Aqui, a rede hidrográfica está condicionada principalmente pelas litologias e pela ação antrópica. Em Almada, foram definidas sete sub-bacias hidrográficas, associdadas aos principais cursos de água:
Bacia Marginal Norte
Bacia Litoral Oeste
Bacia da Vala do Caramujo ou do Alfeite
Bacia da Vala da Enxurrada ou da Trafaria
Bacia da Vala da Sobreda ou de Corroios e Santa Marta
A designação de Almada pensa-se que possa ser proveniente da palavra árabe المعدن (transliteração:al-ma'adan), «a mina», pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do concelho.
O Padre António Carvalho da Costa, na página 309 do vol. 3.º da sua "Corografia Portuguesa", obra publicada entre 1706 e 1712, quando se refere à "Vila de Almada", diz que esta: "foi doada por D. Afonso Henriques em 1147. Chamaram-lhe primeiro VIMADEL, que significa "povoação de todos". Depois chamou-se Almada por ser conquistada aos mouros por um cavaleiro deste apelido".
História
Almada árabe e cristã — das origens ao século XVII
A primeira referência histórica à região de Almada remonta para o período Neolítico, há cerca de 5 mil anos. Este foi um ponto de passagem para comunidades como a Romana, Fenícia e Cartaginesa mas são os árabes que acabam por exercer maior influência na região.
A sua localização na ponta Noroeste da Península de Setúbal, à margem do rio Tejo e em frente a Lisboa, faz desta ao longo dos vários anos ponto estratégico militar para a defesa e vigilância das rotas comerciais da região. O rio Tejo era um cruzamento de embarcações que faziam trocas de mercadorias como por exemplo: farinha, fruta, peixe, vinho, etc. Almada (nomeadamente Cacilhas) era um dos principais portos da Península Ibérica.
Mais tarde, em 1170, D. Afonso Henriques concede-a aos mouros que auxiliaram na conquista e repovoamento da região. Estes detiveram o seu controlo até D. Sancho I a conquistar no ano de 1186 e a atribuir à Ordem de Santiago.
Em 1190, D. Sancho I concede o primeiro foral extensivo a cristãos e homens livres que viviam na vila e seu termo. Este primeiro foral manteve-se praticamente inalterável até ao século XVI.
A 1 de Dezembro 1297, El-Rei D. Dinis negoceia com a Ordem de Santiago e incorpora Almada nos Bens da Coroa em troca de outras vilas a sul do Tejo. Data desta troca a primeira delimitação oficial do território do concelho que abrangia sensivelmente os atuais concelhos de Almada e Seixal.
Em 1384, aquando do Interregno, Almada foi cercada pelas tropas castelhanas de D. João I de Castela. A população refugia-se dentro dos muros do Castelo de Almada onde, impedida de aceder à Fonte da Pipa (principal ponto de abastecimento de água potável), se vê enfraquecida pela sede: os moradores veem-se obrigados a ingerir a própria urina e a amassar pão com vinho.[7] Almada acaba por render-se.
Em 1513, D. Manuel I atribui a Almada novo Foral, que proporciona transformações económicas, sociais e políticas. As primeiras referências da população e das freguesias de Almada começam a ser registadas em documentos cadastrais.
O Termo de Almada adquiriu uma expressão significativa aquando da expansão marítima portuguesa, sendo parte integrante da zona de influência económica de Lisboa.
O terramoto de 1755 provocou grandes danos em Almada. Quase todas as casas nobres ruíram, assim como as casas do povo. Milhares de pessoas morreram, ficaram feridas ou desalojadas. O património monumental com séculos de história também ruiu.
Almada industrializada e Associativa — Do século XIX a 1973
Por volta do século XIX, o concelho de Almada altera-se como consequência de vários tipos de indústria, nomeadamente na área da tecelagem, da indústria naval, moagem e cortiça.
Devido à união de duas características como o sector industrial e a disposição geográfica da cidade, Almada tornou-se um ponto de fixação da população.
A 4 de Outubro de 1910 desenvolve-se a antecipação da proclamação da república neste concelho. Sendo dos primeiros concelhos a destacar-se nesta afirmação política.
Em finais dos anos 40 até início dos anos 70, há um aumento abrupto do fluxo migratório devido à procura de emprego e de habitação, criando grandes mudanças no concelho, e consequentemente afetando os transportes, urbanismo e vida sociocultural.
Almada infraestruturada — De 1974 a 1989
A 21 de Junho de 1973, devido ao desenvolvimento das infraestruturas e à evolução urbanística, Almada passa de vila a cidade — pelo Dec. Lei nº 308/73 de 16 de Junho.
Com o 25 de Abril de 1974, inicia-se uma nova fase na história de Almada. Com o fim do regime ditatorial do Estado Novo os cidadãos passaram a poder organizar-se e discutir os problemas locais.
Em Dezembro de 1976 realizam-se as primeiras eleições autárquicas.
A evolução da cidade e das suas infraestruturas continuam num esforço de cobrir todas as necessidades básicas dos munícipes. Desde a evolução do saneamento básico, à ampliação das redes de água e esgotos, ao desenvolvimento do Ensino, conceção de projetos de intervenção social, até à introdução de arte pública.
Almada desenvolvida — década de 90
É na década de 90 a cidade de Almada sofre um importante desenvolvimento ao nível das suas principais infraestruturas: ampliação das principais redes de abastecimento de água e saneamento, incluído as primeiras estações de tratamento de água; investimento nas redes de transportes; expansão da Faculdade de Ciência e Tecnologia, do Instituto Piaget e a entrada em funcionamento do Instituto Superior de Ciências da Saúde e da Escola Egas Moniz.
Tem início a primeira fase de um programa de habitação social, com mais de um milhar de habitações e o realojamento e inserção de famílias.
Na área da mobilidade é a altura da entrada em funcionamento do comboio da ponte e do avanço da luta pelo Metro Sul do Tejo. Os anos 90 correspondem a uma acelerada transformação em todos os campos da vida local, individual e colectiva.
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
O município de Almada é administrado por uma Câmara Municipal composta por 11 vereadores. Em 2017, Inês de Medeiros, do Partido Socialista venceu a câmara de Almada à CDU, que governava o município desde as primeiras eleições pós-25 de Abril.[12] Em 2021, Inês de Medeiros renovou esse mandato.
O concelho de Almada dispõe de uma ampla rede de estabelecimento que vai desde o ensino pré-escolar ao ensino superior, passando pelo ensino profissional, ensino sénior e escolas noturnas.
Em 2009 foi inaugurada, na freguesia do Feijó, a Biblioteca Municipal José Saramago equipada com várias áreas de distintas valências que vai desde uma área de consulta de periódicos, uma sala polivalente destinada a exposições, conferências ou reuniões até áreas destinadas aos mais novos.
A Biblioteca Municipal José Saramago tem ainda uma área dedicada à multimédia com acesso à internet.
Em 2013 é inaugurada a Biblioteca Municipal Maria Lamas no Monte da Caparica.
Existe também o Arquivo Histórico, com documentação datada desde XVI até XX, disponível para consulta de forma a preservar a memória da história da cidade.
Saúde
Em 1991 é inaugurado o Hospital Garcia de Orta, o único Hospital Público do concelho de Almada que serve também o concelho do Seixal.
Almada é servida de uma vasta rede de transportes públicos:
Os autocarros são operados pela Carris Metropolitana, salvo por uma carreira da Carris, a 753, que liga o Centro Sul (Estação de Metro da Cova da Piedade) à Praça José Fontana, passando pelo Marquês de Pombal. Também a Câmara Municipal de Almada disponibiliza desde 2010[15] um serviço de autocarros, parcialmente gratuito desde 2015[16] e totalmente a partir de 2018,[17] operados pela empresa municipal WeMob (até 2020: Ecalma)[18] sob o nome Flexibus. Até 2022, o serviço da Flexibus contava com duas rotas: uma pelo centro de Almada (Rota de Almada) e outra pelo Monte da Caparica (Rota da Pêra). Quando a Carris Metropolitana começou a operar em Almada, a rota de Almada foi transferida para a Carris Metropolitana, passando a ter um número próprio. Em 2024, foi inaugurada a terceira rota, que liga o Lazarim à Costa da Caparica.
Em Almada encontram-se vários espaços culturais, museus e monumentos, dos quais podemos destacar o Santuário Nacional de Cristo Rei, uma das principais atrações turísticas a 215 metros acima do nível da água do mar, o Palácio/Casa da Cerca — Centro de Arte Contemporânea, que tem como principal função a divulgação de arte contemporânea (desde 1993), o Museu da Cidade, O Convento dos Capuchos e o Teatro Municipal Joaquim Benite.[21]
Almada é conhecida por atracções especiais que são consequência da sua geografia, nomeadamente as praias, a zona ribeirinha e o centro histórico de Almada Velha.
De acordo com os registos existentes, o solo deste local encontra-se consagrado desde o século XVI.
O cruzeiro foi colocado neste monte, local onde outrora existira uma das cinco cruzes de madeira que faziam parte do caminho que os religiosos jesuítas percorriam em oração, muitas vezes em ladainhas cantadas. O mesmo aconteceu quando o Padre Dom Inácio de Azevedo aqui se instalou com um esquadrão de noviços para a sua preparação física e espiritual para depois seguirem os caminhos da evangelização do Brasil, os quais se tornaram, mais tarde, em famosos mártirescristãos (conhecidos como "os Quarenta Mártires do Brasil").
Praias
As extensas praias do concelho de Almada (desde a Costa de Caparica à Fonte da Telha) que abrangem cerca de 13 km de costa, possuem excelentes condições para a prática de desportos de mar como o Surf, o Kit-Surf, Windsurf, Bodyboard. Ao longo das praias existem vários bares e restaurantes que oferecem o melhor da gastronomia local. As praias da Costa da Caparica são as mais conhecidas e frequentadas.
Zona ribeirinha
Graças à sua localização banhada pelo rio Tejo, torna a zona ribeirinha bastante interessante para quem lá passa. Diversos restaurantes tiram partido da fantástica vista sobre Lisboa e oferecem uma gastronomia típica, tendo como base o os pratos de peixe. A zona de Cacilhas, ponto de embarque para quem viaja de barco entre Almada e Lisboa, é também um ponto de restauração importante do concelho. É aqui, na renovada Rua Cândido dos Reis que se situa o Centro Municipal de Turismo.
Parques e jardins
Almada também possui um importante conjunto de parques e jardins urbanos, sendo o Parque da Paz o maior e considerado um dos melhores parques do país, concebido pelo Arquitecto Sidónio Pardal, situado no Feijó , tem uma dimensão de 60 hectares. No concelho de Almada existe ainda o Pinhal da Aroeira e o valioso património natural da Mata Nacional dos Medos, ou Pinhal do Rei, localizado em frente ao mar, inserido na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica que possui 338 hectares.
Outros parques e jardins:
Jardim Botânico Chão das Artes
Palácio/Casa da Cerca — Centro de Arte Contemporânea
A 17 de setembro de 2002, foi inaugurado no Feijó, o Centro Comercial Almada Forum. Até então Almada não tinha uma grande superfície comercial, o que veio dinamizar o dia-a-dia dos moradores e visitantes da cidade.
Em 2003 classificado como o melhor centro comercial da Europa tem como preocupação base a proteção ambiental, desenvolvendo atividades e alertando para assuntos desse interesse. Com 248 lojas, 35 restaurantes e 1 hipermercado, associado a um parque de estacionamento gratuito.
Galeria de fotos
Solar dos Zagallos
Palácio da Cerca
Jardim do Palácio da Cerca
Almada Fórum
Geminações
A cidade de Almada é geminada com as seguintes cidades:[23]
↑O Padre António Carvalho da Costa, no vol. 2º página 59 da sua "Corografia Portuguesa", obra publicada entre 1706 e 1712, quando aborda Pombalinho, refere-se que: os "Almadas têm a sua origem num cavaleiro inglês, mestre de campo de Guilherme Longa Espada, que veio de socorro a Lisboa, quando El-Rei D. Afonso Henriques a ganhou aos mouros e este rei lhe fez mercê da Vila de Almada, que uns dizem que dele tomou o nome, por se chamar "ALMADÃO", outros que a dita vila deu o apelido". Ainda o documento de confirmação do título nobiliárquico de Conde de Almada a D. Lourenço José Boaventura de Almada, supostamente representante do chefe desses cruzados, quando é nomeado por despacho de Sua Majestade a Rainha D. Maria I, em 29 de Abril de 1793, diz: que deverá usar do Título da Vila de Almada, de que tem o apelido, em honra da memória do Primeiro dos seus Avós, que adoptou como Conquistador e Povoador, pelo Senhor Rei D. Afonso I de Portugal.
↑Flores, Alexandre M. & Policarpo, António Neves (2009). Cronologia da História da Água e Saneamento em Almada 1.ª ed. Almada: Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada. p. 9. ISBN978-989-96419-0-7