Resultados do Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 realizado em Adelaide em 3 de novembro de 1985. Décima sexta e última etapa do campeonato, foi vencido pelo finlandês Keke Rosberg, da Williams-Honda, que subiu ao pódio ladeado por Jacques Laffite e Philippe Streiff, pilotos da Ligier-Renault.[2][3]
Resumo
● Antes que a Fórmula 1 chegasse ao país houve quarenta e nove edições do Grande Prêmio da Austrália entre 1928 e 1984, números entremeados por interrupções quase todas relacionadas à Segunda Guerra Mundial.
● Disputada sob um calor de 35°C, a corrida teve como vencedor o finlandês Keke Rosberg (Williams-Honda) que conquistou, num mesmo dia, seu derradeiro triunfo e sua última volta mais rápida na Fórmula 1.[4] Ao todo somente oito pilotos cruzaram a linha de chegada. Foi o quinto triunfo na carreira de Rosberg que confirmou sua aptidão para em corridas de rua.[nota 1] Feliz com o resultado, o finlandês doou seu troféu para o engenheiro Frank Dernie, responsável pela bem-sucedida estratégia da Williams número seis.[5] Menos tranquila foi a situação da Ligier, que embora tenha subido ao pódio com Jacques Laffite em segundo e Philippe Streiff em terceiro, quase saiu de mãos vazias graças à impaciência deste último, pois Streiff arriscou uma ultrapassagem sobre Laffite na penúltima volta e em razão disso os bólidos colidiram! Para o alívio de Guy Ligier ambos cruzaram a linha de chegada nas posições em que estavam antes do choque e Streiff, embora demitido algum tempo depois, conquistou o único pódio de sua carreira.[6][7]
● Em quarto lugar com a Tyrrell o italiano Ivan Capelli pontuou pela primeira vez em sua carreira enquanto uma atuação apagada de Stefan Johansson rendeu apenas dois pontos à Ferrari enquanto Gerhard Berger terminou em sexto lugar com a Arrows. O mau resultado ferrarista assegurou o terceiro título de construtores para a McLaren, embora o campeão mundial Alain Prost e o tricampeão Niki Lauda, que se aposentou após 171 corridas e quatorze anos de carreira, não tenham pontuado. Embora comemorassem 100 grandes prêmios disputados por cada um durante a carreira,[4] Alan Jones (campeão mundial em 1980) e Patrick Tambay também "passaram em branco", destino similar ao de Nelson Piquet em sua despedida da Brabham.
● Neste mesmo dia as equipes Alfa Romeo, Toleman e Renault deixaram a Fórmula 1, embora esta última tenha subsistido como fornecedora de motores para Lotus, Ligier e Tyrrell em 1986.[nota 2][nota 3]
● Segundo e último título da McLaren-TAG/Porsche nos construtores. A Ferrari não pontuou o suficiente para conseguir o seu título de construtores no ano.
Classificação da prova
Treinos
Corrida
Tabela do campeonato após a corrida
- Classificação do mundial de pilotos
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- Classificação do mundial de construtores
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- Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas e os campeões da temporada surgem grafados em negrito. Entre 1981 e 1990 cada piloto podia computar onze resultados válidos por temporada não havendo descartes no mundial de construtores.
Notas
- ↑ Keke Rosberg venceu sua primeira corrida no Grande Prêmio da Suíça de 1982 e a partir de então triunfou em pistas de rua como Mônaco em 1983, Dallas em 1984, além de Detroit e na Austrália em 1985.
- ↑ Campeã mundial de pilotos com Giuseppe Farina em 1950 e Juan Manuel Fangio em 1951, a Alfa Romeo venceu 10 corridas nesse período e a seguir abandonou as pistas até voltar à Fórmula 1 no Grande Prêmio da Bélgica de 1979 resultando em 110 corridas disputadas e depois de um longo tempo regressou ao circo da velocidade no Grande Prêmio da Austrália de 2019.
- ↑ Pioneira no uso dos motores turbo, a Renault venceu 15 das 123 corridas que disputou até 1985 e desde então regressou às pistas entre 2002 e 2011 (ao comprar a Benetton, sucessora da Toleman) e a partir de 2016 (quando adquiriu a Lotus F1 Team).
- ↑ Voltas na liderança: Keke Rosberg 71 voltas (1-41; 44-52; 62-82), Ayrton Senna 9 voltas (42-43; 53-55; 58-61), Niki Lauda 2 voltas (56-57).
Referências