Resultados do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 realizado em Jacarepaguá em 25 de março de 1984. Primeira etapa do mundial, nele Alain Prost conquistou sua primeira vitória pela McLaren.[1] Estrearam neste dia os pilotos François Hesnault, Martin Brundle, Philippe Alliot, Stefan Bellof e o futuro tricampeão mundial, Ayrton Senna.[2][3][nota 1]
Resumo da prova
Visita ilustre
Antes que os treinos começassem, a Fórmula 1 realizou sua tradicional sessão de testes em Jacarépaguá onde a presença mais ilustre foi a do bicampeão Emerson Fittipaldi, o qual testou o Spirit 101 desenvolvido pelo time britânico, ao lado do italiano Fulvio Ballabio. Insatisfeito com o que presenciou, Fittipaldi descartou seu regresso à categoria-mor do automobilismo: "A minha vontade de voltar a guiar Fórmula 1 é competir. E se eu não tiver chance de competir, de competir bem, não vou voltar. O objetivo da Fórmula 1 é ganhar, e a minha volta como piloto tem de ser para andar entre os principais lá na frente. E se eu não tiver chance de andar entre os principais, não vou voltar, não", disse ele em entrevista à Rede Globo.[4]
Elio de Angelis na pole
Elio de Angelis conquistou a primeira pole position do ano em seu Lotus-Renault adiante da Ferrari de Michele Alboreto em sua primeira corrida pelo time do cavallino rampante. Derek Warwick, agora correndo pela Renault, foi o terceiro no grid com a McLaren-TAG/Porsche de Alain Prost em quarto, sendo que o francês retornou ao time no qual começou sua carreira após três temporadas com a Renault. Bicampeão do mundo (e ídolo local) Nelson Piquet qualificou-se em sétimo a bordo do Brabham-BMW enquanto outro brasileiro, Ayrton Senna, sairá com seu Toleman-Hart em décimo sétimo lugar em sua estreia na Fórmula 1.[5][6][nota 2]
Com apenas 220 litros de combustível permitidos, as equipes criaram estratégias para evitar que o combustível evaporasse no calor do Rio de Janeiro: a McLaren cobriu seus carros em folha de alumínio, enquanto outras como Lotus e Renault congelaram seu combustível, sendo que os franceses possuíam um sofisticado (para 1984, claro) sistema de monitoramento eletrônico de combustível e com isso esperava auferir uma vantagem sobre suas rivais. Imposto pela FISA para proibir o reabastecimento vigente em 1983, tal limite suscitou o vaticínio segundo o qual os grandes prêmios seriam, daqui em diante, "corridas de economia de combustível" ao invés de "corridas reais", não obstante o engenhoso "resfriamento" da gasolina que, com uma densidade menor, permite aos bólidos receberem combustível além do previsto no regulamento.
Treinos classificatórios
Grid de largada e classificação da prova
Tabela do campeonato após a corrida
- Classificação do mundial de pilotos
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- Classificação do mundial de construtores
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- Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas. Entre 1981 e 1990 cada piloto podia computar onze resultados válidos por temporada não havendo descartes no mundial de construtores.
Notas
- ↑ Voltas na liderança: Michele Alboreto 11 voltas (1-11), Niki Lauda 26 voltas (12-37), Alain Prost 12 voltas (38; 51-61), Derek Warwick 12 voltas (39-50).
- ↑ a b c Manfred Winkelhock deveria largar na 15ª posição, mas ele foi excluído do grid de largada depois que seu carro foi empurrado no pit lane por sua equipe nos boxes, no sábado, durante a sessão classificatória. Os pilotos que largariam atrás dele, sobem uma posição no grid e até mesmo o inglês Jonathan Palmer, que não se qualificou, pois obteve o 27º tempo com o seu RAM, também foi beneficiado largando na última posição.
- ↑ a b Em 18 de julho de 1984 os pilotos Martin Brundle (5º lugar) e Stefan Bellof (abandono), bem como a equipe Tyrrell, foram excluídos do campeonato mundial pela FISA por violarem o regulamento técnico em vigor.
Referências