Nascido em Curitiba, Afonso Camargo é contabilista e engenheiro civil graduado na Universidade Federal do Paraná em 1951 e 1952, respectivamente.[14] Neto de Afonso Camargo e genro de Fernando Flores, trabalhou no ramo imobiliário até o governador Ney Braga nomeá-lo diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Paraná, presidente da Companhia de Desenvolvimento do Paraná (CODEPAR) e secretário de Justiça a partir de 1961. Filiado ao PDC, foi eleito vice-governador pela Assembleia Legislativa do Paraná em fevereiro de 1964, mas renunciou no ano seguinte e em 1966 entrou no MDB, contudo perdeu a eleição para senador para Ney Braga, com quem rompera. De volta à iniciativa privada, reconciliou-se com seus aliados de outrora e foi presidente do Banco do Estado do Paraná e secretário de Fazenda entre os governos Emílio Gomes e Jayme Canet e presidente do diretório estadual da ARENA,[15] posição na qual estava ao eleger-se senador biônico em 1978, com o apoio de Ney Braga.[16]. Após transferir-se para o PDS em 1980, aderiu ao PMDB, votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985 e foi ministro dos Transportes no Governo Sarney.[17] Reeleito senador em 1986, foi signatário da Constituição de 1988.[8]
Suplente efetivado
Leite Chaves
Paraibano de Itaporanga, o advogado Leite Chaves estudou na Universidade Federal da Paraíba antes de transferir-se para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde graduou-se em 1956 e obteve o título de Doutor em 1958.[18] Funcionário do Banco do Brasil, foi presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba antes de fixar-se na cidade paranaense de Londrina em 1959 em razão das transferências relativas à sua condição de funcionário público. Presidente do Sindicato dos Bancários do Norte do Paraná, chegou a ser preso durante alguns dias no começo do Regime Militar de 1964.[19] Empresário, estreou na vida pública ao eleger-se senador pelo MDB em 1974. Durante seu mandato ocorreu a restauração do pluripartidarismo e em razão disso ingressou no PTB em apoio a Leonel Brizola, mas logo estaria no PMDB. Eleito primeiro suplente de senador na chapa de Alvaro Dias em 1982, foi nomeado procurador-geral da Justiça Militar pelo presidente José Sarney em 10 de abril de 1986.[20] Neste mesmo ano Alvaro Dias elegeu-se governador do Paraná e assim Leite Chaves tomou posse como senador em 18 de março de 1987, figurando como subscritor da Constituição de 1988.[8][nota 4]
Resultado da eleição para senador
Dados referentes apenas aos candidatos vencedores fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, que aponta 5.740.717 votos nominais.
↑Amapá e Roraima elegeram apenas quatro deputados federais cada.
↑O recorde estabelecido por Alvaro Dias ainda vige, embora o recorde nominal de votos pertença a Ratinho Júniorː 4.243.292 votos em 2022.
↑Hélio Gueiros e Marcelo Miranda viveram uma situação parecida, afinal renunciaram apenas em 13 de março de 1987 e alguns dias depois o Senado Federal empossou João Menezes e Mendes Canale como os novos senadores do Pará e Mato Grosso do Sul, respectivamente.
↑Registramos a posse de Leite Chaves como senador conforme o Diário do Congresso Nacional (Seção II – p. 191) publicado em 19 de março de 1987.
↑ abSe a convenção partidária escolher dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará um suplente por candidato. Depois da eleição, o primeiro suplente será o candidato não eleito e o segundo suplente será aquele originalmente inscrito com o vencedor.
↑O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná registrou apenas um suplente em sua chapa.
↑Dirimindo uma conflagração interna do PMDB, o TRE/PR decidiu que o partido teria três candidatos a senadorː José Richa concorreria numa chapa em separado, enquanto Afonso Camargo e Enéas Faria disputariam a eleição em sublegenda.