Serviço ExpressoTurístico
FEPASA: Diamante Esmeralda
ViaMobilidade Esmeralda: ViaMobilidade
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é uma sociedade de economia mista operadora de transporte ferroviário vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. É atualmente responsável pela operação e manutenção de cinco das sete linhas (Linhas 7, 10, 11, 12 e 13) do Trem Metropolitano de São Paulo, que totalizam 57 estações ativas e 196 km de malha ferroviária, além do Expresso Turístico.[1]
Em 28 de maio de 1992, através da Lei nº 7.861, o governo paulista criou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),[2] que ficaria responsável por assumir a gestão do sistema de trens suburbanos da Região Metropolitana de São Paulo em substituição à Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo (STU/SP) da CBTU e à Fepasa DRM, de forma a assegurar a continuidade e melhoria dos serviços. O efetivo controle das linhas pertencentes a CBTU (Noroeste, Sudeste, Leste e Variante) ocorreu somente no ano de 1994. Já as duas linhas da Fepasa (Oeste e Sul) foram incorporadas à CPTM em 1996, ao mesmo tempo em que a malha ferroviária de cargas da empresa era transferida para a RFFSA, sendo posteriormente privatizada com todo o sistema ferroviário da empresa ao redor do país.
Por ter uma malha ferroviária tão extensa e degradada, a CPTM começou a modernizar seus sistemas, investindo 1,5 bilhão de dólares na rede entre 1995 e 2004.[3] A partir de 2007, a companhia passou por um profundo processo de modernização que visa retirar de circulação todas as frotas antigas, afim de oferecer frotas novas capazes de rodar em qualquer linha conforme a necessidade e com o que há de mais moderno em tecnologia ferroviária, aumentando também sua quantidade de trens e diminuindo intervalos.[4]
Em 20 de abril de 2021, após concorrência pública, o Governo de São Paulo concedeu a operação das linhas 8 e 9 para o consórcio ViaMobilidade Linhas 8 e 9, pertencente aos grupos CCR e RuasInvest.[5] O contrato de concessão foi assinado em 30 de junho de 2021,[6] e a CPTM transferiu a operação para a concessionária em 27 de janeiro de 2022.[7]
A Linha 7 foi concedida em 29 de fevereiro de 2024 através de um leilão onde foi apresentada uma proposta única do consórcio TicTrens, formado pelo Grupo Comporte e a fabricante de trens chinesa CRRC.[8] O consórcio TicTrens deve assumir a operação das linhas no final de 2025 ou início de 2026.[9]
O processo de concessão das Linhas 11, 12 e 13 foi realizado em 28 de março de 2025. Após a abertura das propostas, foi declarado como vencedor o Grupo Comporte.[10] O processo de transição das linhas da CPTM para o Grupo Comporte deve durar dois anos.[11]
A CPTM operou um trem urbano na Baixada Santista chamado Trem Intra-Metropolitano (TIM) entre os anos de 1996 e 1999, que ligava os municípios de São Vicente e Santos. Em 2017 foi inaugurado o sistema VLT da Baixada Santista pela EMTU que substituiu o TIM, fazendo um trajeto similar ao anterior.[12]
O Expresso Turístico é um serviço ferroviário inaugurado pela CPTM em 18 de abril de 2009, com o objetivo de integrar pontos de interesse turístico localizados ao longo da malha ferroviária paulista, criando uma nova opção de turismo para a Região Metropolitana de São Paulo.[13] Atualmente, presta serviços aos finais de semana variando entre os destinos: Jundiaí, Mogi das Cruzes e Paranapiacaba,[14] sendo o único trem de passageiros a chegar a essa última vila de Santo André.[15]
O Trem Intercidades é um projeto da CPTM que prevê novas linhas de trens regionais ligando a cidade de São Paulo a Jundiaí, Campinas, Piracicaba, Americana, Sorocaba, São José dos Campos e Santos.[16][17]
Em 6 de novembro de 2018, os repórteres da TV Globo Cinthia Toledo e o repórter cinematográfico Luiz Fernando Castiglioni colhiam depoimentos de usuários dos transportes da CPTM que se sentiam prejudicados pela falha em um dos trens da Linha 7-Rubi, quando agentes de segurança entraram em ação para impedir seu trabalho.[30][31]
Foram três seguranças, além do chefe da Estação Perus, zona norte da capital paulista. Eles alegaram que equipe não estava autorizada a gravar no local. Com violência, os seguranças recolheram os equipamentos e ameaçaram quebrar a câmera, quando perceberam que ainda estavam sendo gravados. A devolução do equipamento só foi feita após a assessoria de imprensa da CPTM contatar o funcionário responsável pelas agressões.[30]
Informando a TV Globo, o gerente responsável da CPTM, Sérgio de Carvalho disse que os seguranças e o servidores envolvidos haviam sido afastados.
"Não há nenhuma orientação da CPTM para restringir o acesso de qualquer veículo que queira fazer uma matéria dentro da CPTM"[30]
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota:
"A Abraji repudia a agressão e a ameaça a Cinthia Toledo e a Luiz Fernando Castiglioni. A violência contra jornalistas em função do exercício da profissão atenta contra o direito à informação. A Abraji espera que de fato os autores sejam responsabilizados, e que a CPTM se encarregue de orientar a eles e aos demais funcionários quanto ao tratamento dispensado a jornalistas."[30]— Abraji