O Corredor de Transporte Metropolitano Itapevi – São Paulo (Butantã), de 33 Km de extensão, inicia a partir do Terminal Itapevi, junto à Estação da CPTM, em Itapevi, e segue até a Estação Butantã do Metrô (Linha 4–Amarela), na capital paulista. O projeto abrange os municípios de Itapevi, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Osasco e São Paulo que, juntos, somam cerca de 13 milhões de habitantes.[1]
Em sua primeira fase construção do novo viário entre Itapevi e Jandira, de aproximadamente 5 Km, fará a interligação das Estações da CPTM Itapevi, Engenheiro Cardoso, Sagrado Coração e Jandira. A obra inclui a implantação do Terminal Itapevi, estações de transferência, viaduto e passarelas.[2]
História
A região foi interligada através da Estrada velha de Itu, utilizada por tropeiros para viagens entre São Paulo, a Aldeia de Carapicuíba, Santana de Parnaíba, Sorocaba (cuja feira era a maior do interior) e Itu. Ao longo do século XIX diversas mudanças ocorreram, impulsionadas pela implantação da Estrada de Ferro Sorocabana em 1875. Com a chegada do automóvel ao Brasil, no início do século XX, estradas de rodagem foram construídas, sendo que a velha estrada para Itu foi substituída por uma rodovia (atual SP 312) em 1 de maio de 1922. Essa rodovia acabou se tornando (ao lado da ferrovia Sorocabana e das futuras rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares) um dos corredores de transporte que impulsionou o crescimento da região, sendo um dos pontos de adensamento da população que ali chegava.[3]
Em 1934 surgem as primeiras linhas de ônibus regulares entre Carapicuíba e o Largo da Batata e a Lapa, que se tornam os principais centros regionais da região oeste da grande São Paulo. Nos próximos 30 anos ocorrem desmembramentos nos municípios de São Paulo, Santana de Parnaíba e Cotia, surgindo novas cidades: Itapevi (1949), Barueri (1949), Osasco (1962), Carapicuíba (1964) e Jandira (1964). As regiões semi-adensadas lindeiras do corredor, com pequenas casas intercaladas com grandes glebas desaparecem, dando lugar a empreendimentos comerciais e industriais, como por exemplo, o Matadouro do Km 21 (1914),[4] Asilo Santa Terezinha (1923),[5] fábrica Brown Boveri (1945),[6] fábrica Osram (1955)[7] e Hospital Cruzeiro do Sul (1968). Dessa forma, a rodovia SP 312 é desmembrada em várias avenidas dos novos municípios.
O transporte público até então é controlado pelo estado através de permissões, gerando dezenas de empresas e pequenos proprietários de veículos. Essa situação muda na década de 1970 com a criação da EMTU, que passa a regulamentar as linhas intermunicipais. Nessa mesma década surge o primeiro projeto de modernização desse corredor de transporte. A prefeitura de São Paulo sugere a implantação de um corredor de trólebus entre o Largo da Batata e Osasco.[8] Apesar da obra não ter saído do papel, a EMTU continua planejando o corredor (agora chamado de Corredor Viário Oeste) ao longo dos anos 1980 e 1990.[9]
Em 25 de fevereiro de 2023 foi inaugurado parte do segundo trecho do corredor, entre as paradas Arsenal de Guerra e Carapicuíba.[10]