Na juventude foi um craque no basquete, tinha um físico musculoso e 1,88 m de altura. Começou no picadeiro como acrobata e durante dez anos se apresentou em feiras, circos e em shows de variedades com o Ringling Brothers Circus.
Foi nos anos 1950 que alcançaria a maior popularidade, tendo sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator, de 1953, pela atuação no filme "A Um Passo da Eternidade". Receberia mais três indicações: em 1960 pelo já citado Entre Deus e o Pecado; em 1962 por O Homem de Alcatraz e em 1980 por Atlantic City. Além das interpretações dramáticas, Lancaster brilhou em filmes nos quais podia exibir sua excelente forma atlética, como no drama Trapézio (1956).
Além da reputação de um ator sempre eficiente, Lancaster foi também um empresário ambicioso e bem sucedido e realizou várias produções independentes com sucesso. O filme Marty, vencedor do Oscar de 1955, foi produzido pela companhia de Harold Hecht e Burt Lancaster; foi produzido com um pequeno orçamento, pois precisavam de um filme que "perdesse dinheiro", devido aos impostos. Mediante, porém, o sucesso de crítica, investiram mais na promoção e na publicidade, e o filme foi um sucesso no Oscar e em Cannes.[1]
Além de ator e produtor, Burt Lancaster era também um empenhado ativista liberal, falando várias vezes em nome das minorias. Em 1963 participou de uma marcha organizada por Martin Luther King e foi sempre um defensor das causas indígenas.
Protagonizou uma das cenas mais lembradas do cinema até hoje: o ardente beijo no mar com a atriz Deborah Kerr em A Um Passo da Eternidade, um dos seus maiores sucessos no cinema.
Indicação ao Oscar de melhor ator (Montgomery Clift foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo mesmo filme) em From Here to Eternity ("A Um Passo da Eternidade"), em 1953.
Oscar de melhor ator em Elmer Gantry ("Entre Deus e o Pecado"), em 1960.
Indicação ao Oscar de melhor ator em The Birdman of Alcatraz ("O Homem de Alcatraz"), em 1962.
Indicação ao Oscar de melhor ator em Atlantic City ("Atlantic City"), em 1981.