Vulpecula (Vul), a Raposa, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Vulpeculae.
As constelações vizinhas, segundo as delineações contemporâneas, são o Cisne, a Lira, o Hércules, a Flecha, o Golfinho e o Pégaso.
Características notáveis
Estrelas
Não há estrelas mais brilhantes que magnitude 4 na Raposa. A estrela mais brilhante da constelação é α Vulpeculae, uma gigante vermelha com uma magnitude aparente de apenas 4,44 situada a 297 anos-luz da Terra. Ela forma uma binária óptica com 8 Vulpeculae, com uma separação de cerca de 7 minutos de arco.[1]
Em 1967, o primeiro pulsar, PSR B1919+21, foi descoberto na Raposa por Antony Hewish e Jocelyn Bell, em Cambridge. Enquanto eles estavam procurando cintilações de sinais de rádio de quasares, eles observaram pulsos que se repetiam com um período de 1,3373 segundos.[2] Essa anomalia foi identificada como o sinal de uma estrela de nêutrons de rápida rotação. 15 anos depois da descoberto desse pulsar, foi descoberto também na Raposa o primeiro pulsar de milissegundo, PSR B1937+21, a poucos graus de distância no céu de PSR B1919+21.[3]
Na Raposa também se encontra o planeta extrassolar HD 189733 b. Esse planeta tem uma massa de 1,14 massas de Júpiter e um período orbital de 2,22 dias,[4] o que o torna um Júpiter quente. Em 2007, análises espectroscópicas revelaram grandes quantidades de vapor de água nele,[5] e também em 2007 foi criado um mapa de temperatura de HD 189733 b a partir de dados do Telescópio Espacial Spitzer, o primeiro mapa de um planeta extrassolar.[6]
Objetos de céu profundo
Dois bem conhecidos objetos de céu profundo podem ser achados na Raposa. A nebulosa do Haltere (M27) é uma grande e brilhante nebulosa planetária. Ela foi descoberta por Charles Messier em 1764, sendo a primeira nebulosa planetária descoberta.[7] O Aglomerado de Brocchi (Collinder 399) é um grupo de cerca de 40 estrelas descoberto pelo astrônomo da Pérsia Al Sufi no ano de 964 e mais tarde redescoberto independentemente pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna. A classificação desse aglomerado mudou muito, mas observações recentes feitas pelo satélite Hipparcos indicam que ele é um asterismo, sem ligação física.[8]
Ver também
Referências