O quadro político acriano traz algumas singularidades como o fato de o PT ser o único partido a apresentar candidatos ao Palácio Rio Branco desde a volta das eleições diretas para governador em 1982 e em seis dessas oportunidades a legenda foi representada pelos irmãos Jorge Viana e Tião Viana, este candidato a reeleição.[1] Vitorioso às disputas pelo governo do estado desde 1998, o petismo venceu metade das eleições para prefeito de Rio Branco realizadas desde o começo da Nova República em 1985 e em seus quadros já militaram pessoas como Chico Mendes e Marina Silva. O predomínio dos petistas surgiu após trinta e seis anos onde o Acre sustentou um bipartidarismo anterior ao Regime Militar de 1964 no qual o PMDB e o PDS disputavam os espaços políticos do estado.[nota 1]
Nascido em Cruzeiro do Sul, o engenheiro civil Gladson Cameli é formado no Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus e exerceu a profissão em empresas de sua família. Sobrinho de Orleir Cameli,[8] militou em duas outras legendas, mas foi ao ingressar no PP que iniciou sua carreira política ao eleger-se deputado federal em 2006 e 2010 e senador em 2014.[9] Foi a primeira vez que os acrianos elegeram um senador cujo partido tem ligações com a ARENA e o PDS, legendas que sustentaram os Governos Militares, desde as vitórias de José Guiomard e Jorge Kalume em 1978.[10][nota 3]
Suplente efetivado
Aníbal Diniz
Paranaense de Campo Mourão, o historiador Aníbal Diniz chegou ao território acreano em 1977 residindo entre Rio Branco e Sena Madureira, cidade onde frequentou o seminário. De volta a Rio Branco em 1981, ingressou no jornalismo em 1984, no PT no ano seguinte e formou-se em História pela Universidade Federal do Acre. Trabalhou em órgãos de imprensa como A Gazeta do Acre, O Rio Branco, Página 20 e TV Gazeta. Politicamente ligado ao clã Viana, serviu a Jorge Viana como assessor de comunicação social e secretário de Comunicação quando o mesmo foi governador do Acre, cargo que exerceu também no governo Binho Marques, além de trabalhar na Rádio Difusora Acreana e na TV Aldeia, órgãos do governo estadual. Eleito suplente de senador em 2006, foi efetivado após a eleição de Tião Viana para governador do Acre em 2010.
Resultado da eleição para senador
Eleição parlamentar no Acre em 2014 (Senado Federal)
↑Entre o fim do Estado Novo e a instauração do Regime Militar de 1964, o cenário acreano pode ser descrito, via de regra, da seguinte forma: quem estava no PSD migrou para a ARENA, enquanto os membros do PTB ingressaram no MDB. Com o retorno do pluripartidarismo em 1980, o PDS e o PMDB sucederam às legendas bipartidárias e dominaram a política estadual até as eleições de 1998.
↑A unidade do Exército Brasileiro supra mencionada atendia pelo antigo nome de "4º Batalhão Especial de Fronteiras do Estado do Acre".
↑Naquele ano a ARENA reelegeu José Guiomard por via indireta graças aos ditames do Pacote de Abril enquanto Jorge Kalume foi eleito em sublegenda numa disputa férrea contra os candidatos do MDB. Durante a legislatura os senadores em questão ingressariam no PDS.