Babu cresceu no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. Começou a trabalhar cedo em uma barraca na Praia de Ipanema e também fez faxina, foi pedreiro, aderecista de escola de samba e eletricista. Seu pai trabalhava como segurança no Teatro Fênix, onde a Globo gravava algumas de suas produções e ele as vezes ia nos programas. Essas idas a programas de auditório e um casal de tios, que sempre o incentivaram a consumir cultura, iniciaram seu interesse na carreira artística. Começou a atuar no Teatro Nós do Morro em 1997.[1][2]
Na infância era chamado por colegas de babuíno, e não gostava do apelido. Em uma entrevista ele conta que, algum tempo depois, reencontrou um amigo que, ao chamá-lo assim, pediu desculpas e se corrigiu dizendo que ia chamá-lo de Babu. Já mais maduro, ele gostou da adaptação, ao lembrar que seu pai também era chamado assim quando era segurança – uma referência ao gênio atrapalhado da série animada Jeannie, sequência do sitcom estadunidense Jeannie é um Gênio – e dessa ressignificação do apelido preconceituoso surgiu seu nome artístico. Em outra entrevista, ele comenta que se apropriou do "Babu" também como uma "retaliação" e que isso melhorou sua autoestima.[3][4][5][6][7]
Seu primeiro filme lançado foi Cidade de Deus, onde fez um personagem menor. Entretanto, havia gravado O Homem do Ano e Uma Onda no Ar antes.[8] Em 2007, com o personagem Bujiú no filme Estômago, conquistou diversos prêmios de ator coadjuvante, como o "Grande Otelo".
2008–2019: Interpretando Tim Maia e ganhando vários prêmios
O grande reconhecimento viria em 2014, quando interpretou a fase adulta do protagonista Tim Maia na cinebiografia do cantor, pelo qual foi elogiado pela crítica e ganhou novos prêmios, como o segundo Grande Otelo da carreira, agora de ator protagonista. Babu se envolveu em uma nova cinebiografia, Welcome Maguila, onde iria interpretar o protagonista Maguila. Ele inclusive começou a treinar boxe e perder peso devido à diferença de corpo entre o pugilista e seu papel anterior em Tim Maia. O filme acabou cancelado em 2016 após problemas de captação de recursos.[9][10][11]
Ele interpretou inúmeros policiais e bandidos em produções televisivas. Em uma entrevista onde foi questionado por esse fato "curioso", ele comentou que "isso se deve à nossa sociedade, que vê um bandido ou um policial como um cara alto, truculento, com cara mau e negro. Há uma associação entre a violência e a imagem dos negros e de pessoas dos guetos. Então, tenho o visual perfeito para esses personagens". Logo depois, ele também colocou que, no teatro, faz papéis muito mais variados.[7][8]
Além de ator, Babu também tem uma banda, chamada Babu Santana e Os Cabeças de Água-Viva.[4] A banda mistura samba, reggae, soul e funk.[14]
2020–presente: Big Brother Brasil e contratos com a TV Globo
Em 2020, foi convidado pela Rede Globo para participar da vigésima temporada do Big Brother Brasil, cuja temporada selecionou participantes já famosos e anônimos.[1][4][7] Babu foi o décimo sétimo eliminado do reality show com 57,15% dos votos ao enfrentar as participantes Rafa Kalimann e Thelma Assis, terminando em quarto lugar na competição.[15] O ator detém o recorde de mais paredões enfrentados na história do programa (10 paredões), sendo eliminado no seu décimo paredão.[16]
Após sua passagem pelo BBB20 e seu sucesso no programa, o ator fechou contrato com a TV Globo em maio de 2020.[7][17] Enquanto ainda estava confinado, Babu teve dois singles lançados, "Sou Babu"[18] e "Soul África",[19] e recebeu sinalizações de interesse de produtores como Felipe Neto e Daniel Ortiz, diretor da novela Salve-se Quem Puder. A confirmação veio na sequência. Em 17 de maio de 2021, seria exibido o primeiro capítulo inédito da nova fase da novela, com a presença de Babu Santana, interpretando o personagem Nanico.[20][21] O filme biográfico Welcome Maguila também foi retomado, ajudado pela grande visibilidade conseguida por Babu, e deve seguir contando com o ator no papel do protagonista.[10][11] Babu criou o selo musical Paizão Records em 2021 durante a pandemia. O projeto busca dar visibilidade aos artistas do cenário do rap, funk e, principalmente, do trap, também para aumentar o espaço do gênero dentro da complexa bolha do mainstream.[22]