Em dezembro de 2024 foi proposta a renomeação deste artigo para Sultanato de Deli. Se não concorda, use a página de discussão. Obs.: Não obstante "Déli" ser usado, a grafia mais comum é "Deli"; e por coerência com os títulos de outros atigos sobre a cidade.
Cobadim Aibaque, um ex-escravo (mameluco) do sultãogúridaMuizadim Maomé, foi o primeiro sultão de Déli e sua dinastia conseguiu conquistar grandes áreas do norte da Índia. Apenas numa das suas batalhas, reduziu à escravatura cerca de 50 mil homens indianos. Depois, a dinastia Chalji logrou conquistar a maior parte da Índia central, mas nenhuma delas conseguiu unir o subcontinente indiano. O sultanato também é conhecido por ter sido um dos poucos Estados que conseguiram repelir um ataque do Império Mongol.[2][3]
O sultanato inaugurou um período de renascimento cultural indiano. A fusão das culturas "indo-muçulmana" deixou duradouros monumentos sincréticos na arquitetura, música, literatura, religião e roupas da sociedade do país. Supõe-se que a língua urdu (que significa literalmente "horda" ou "acampamento" em vários dialetos turcos) nasceu durante este período, como resultado do entrelaçamento dos falantes locais do sânscritoprácrito com imigrantes de língua persa, turca e árabe durante governos muçulmanos. O sultanato de Déli é o único império indo-islâmico a ter entronizado uma das poucas governantes mulheres da Índia, Razia Sultana(r. 1236–1240). Em 1526, o sultanato de Déli foi absorvido pelo emergente Império Mogol.