Orlando Martello Júnior é desde 1997 Procurador da República do Ministério Público Federal (MPF), que ganhou notoriedade por integrar a força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato, em Curitiba. É delegado da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).[1]
Biografia
Nascido em 1969 em São José do Rio Preto, estado de São Paulo, Orlando Martello Jr. formou-se em 1993 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Direito Tributário. É Procurador da República (membro do Ministério Público Federal) desde 1997, tendo atuado nos estados de São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Pará, nas capitais e em PRMs (Procuradorias da República nos Municípios), nas áreas da Tutela Coletiva e Direito Criminal. Foi membro do Conselho Penitenciário e do Provita (Programa de Proteção a Testemunhas). No Paraná, oficiou, inicialmente, na Força-Tarefa CC5 e, depois perante a 1ª, 2ª e 3ª Varas Criminais.
Em 2002, participou da força-tarefa do Banestado, juntamente com os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Deltan Dallagnol, que, em 2002, investigou remessas ilegais de dinheiro para fora do país por meio das contas CC-5.[2]
Em dezembro de 2010, assumiu o cargo de procurador-chefe no Paraná.[3]
Desde 2014 integra a Força-Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal, em Curitiba, estado do Paraná.
Premiações
Em 24 de setembro de 2015, Orlando Martello Jr. foi um dos procuradores premiados pelo Global Investigations Review (GIR). O GIR é um portal de notícias consolidado no cenário internacional como um dos principais canais sobre investigações contra a corrupção e instituiu o prêmio para celebrar os investigadores e as práticas de combate à corrupção e compliance que mais impressionaram no último ano. Em seis categorias, foram reconhecidas práticas investigatórias respeitadas e admiradas em todo o mundo. A força-tarefa concorreu com investigações famosas como a do caso de corrupção na Fifa. Os países que disputaram o prêmio com o Brasil foram Estados Unidos, Noruega, Reino Unido e Romênia.[4]
Recebimento indevido de diárias
Em novembro de 2021 o Procurador Orlando Martello foi intimado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a restituir, junto com outros 5 Procuradores, os valores recebidos como diárias e reembolsos de viagens durante o período em que trabalharam na operação Lava-Jato. O montante a ser ressarcido totaliza R$ 2,5 milhões.
Conforme constatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), essa situação acarretou em prejuízo aos recursos públicos e violação ao princípio da imparcialidade, devido à adoção de um modelo que se mostrou "vantajoso e lucrativo" para os membros da força-tarefa.
O Procurador Orlando foi intimado a restituir um total de R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens aos cofres públicos.
Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa, também será convocado a restituir solidariamente os recursos aos cofres públicos, uma vez que é supostamente responsável pela concepção do modelo de trabalho adotado pelo grupo de procuradores da operação.[5]
Referências
Ligações externas
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