No total, sete funcionários da FIFA foram presos no Hotel Baur au Lac, em Zurique em 27 de maio de 2015. Eles estavam se preparando para participar do 65º Congresso da FIFA, onde ocorreu a eleição para presidente da FIFA.[3] Eles serão extraditados para os Estados Unidos sob suspeita de receber 150 milhões de dólares em subornos.[3] Houve também prisões simultâneas na sede da CONCACAF em Miami[4] e, mais tarde, mais dois homens se entregaram à polícia para detenção.[5][6] Duas outras detenções de oficiais da FIFA no hotel ocorreram em dezembro de 2015.[7] O caso desencadeou prisões na Austrália,[8]Colômbia,[9]Costa Rica,[10]Alemanha[11] e Suíça.[12]
O FBI alegou a utilização de suborno, fraude e lavagem de dinheiro para corromper a emissão de meios de comunicação social e direitos de marketing para os jogos da FIFA nas Américas, estimados em US$ 150 milhões,[2] incluindo pelo menos US$ 110 milhões para a escolha dos Estados Unidos como sede da Copa América Centenário.[15] Além disso, a acusação também alega que o suborno foi usado em uma tentativa de influenciar contratos de patrocínio de uniformes, o processo de seleção para a Copa do Mundo FIFA de 2010 e a eleição presidencial da FIFA de 2011.[2] Especificamente, um anônimo de uma empresa de materiais esportivos – identificado em várias fontes como a Nike Inc.[16][17][18] – teria pago pelo menos US$ 40 milhões em subornos para tornar-se o único fornecedor de jogos de calçados, acessórios e equipamentos para a Seleção Brasileira de Futebol.[16]
Em 2011, o executivo de futebol americano e oficial da CONCACAF Chuck Blazer se declarou culpado de dez acusações criminais, incluindo lavagem de dinheiro e crimes envolvendo o imposto de renda. A declaração de culpa de Blazer foi feita para evitar uma acusação mais grave de extorsão, que levaria a uma potencial pena de prisão de 20 anos. Blazer, mais tarde, fez gravações secretas de reuniões com os oficiais da FIFA, e supostamente carregava um dispositivo de gravação escondido em um chaveiro durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em Londres. Ele originalmente tinha sido abordado por agentes dos Internal Revenue Service e do FBI que tinham montado alegações específicas de seu envolvimento em suborno durante o processo de licitação para os países sedes das Copas do Mundo FIFA desde o início dos anos 1990. A acusação contra Blazer foi revelada em 27 de maio, o mesmo dia em que as prisões foram feitas em Zurique.[19][20]
Indiciamentos
Um total de 18 pessoas e duas empresas foram indiciadas, incluindo nove funcionários da FIFA e cinco empresários.[21][2]