Mossack Fonseca é um escritório de advocacia panamenho fundado em 1977, que abriu diversas contas offshores, que se tornaram centro de um escândalo, conhecido como Panama Papers.[1][2]
Mossack é a quarta maior fornecedora de serviços offshore do mundo e já foi contratada por mais de trezentas mil empresas. Quase metade dos seus clientes está registrada em paraísos fiscais administrados pela coroa britânica, ou no próprio Reino Unido.[3]
A operação do escritório internacional de origem panamenha é sustentada por seiscentos colaboradores em 42 países. A Mossack Fonseca opera em paraísos fiscais diversos, como as Ilhas Virgens Britânicas, o Chipre e a Suíça, além de territórios britânicos como Guernsey, Jersey e Isle of Man.[3]
De acordo com o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o escritório de advocacia panamenho teve como clientes vários traficantes e empresas punidas na Europa e Estados Unidos. De acordo com o jornal, entre os clientes do Mossack Fonseca estavam traficantes de droga do México, Guatemala e Europa do Leste. Também aparecem na lista um possível financista do movimento xiita libanês Hezbollah, várias pessoas que apoiaram os programas nucleares do Irã e Coreia do Norte e dois supostos aliados do presidente de ZimbábueRobert Mugabe.[8]
Dentre os clientes, ainda estão 29 bilionários listados pela Forbes, 128 ocupantes ou ex-ocupantes de cargos eletivos ou públicos, e 61 pessoas próximas ou parentes de chefes de estado ou governo.[8]
Em abril de 2016, a Mossack foi envolvida no escândalo da Panama Papers, documentos que revelam que diversas pessoas governamentais e personalidades diversas possuem contas secretas em offshores.[9][10][11]