Heinz iniciou sua vida estudantil em colégio de ensino alemão em sua cidade natal, Blumenau. transferido-se para o Colégio Santo Antônio, no ano de 1938 com a nacionalização do ensino promovida pelo ministério da educação de Gustavo Capanema, no governo de Getúlio Vargas.[3][4]
No ano de 1965, Heinz deixou a estatal para continuar em outro emprego de Estado. A convite do economista Roberto Campos, passou atuar como um dos assessores do Instituto Brasileiro do Café (IBC), órgão estatal que buscava melhorar a produtividade do café brasileiro e entender melhor como funcionava a diversificada produção brasileira.[8] Sua passagem ao cargo terminou com saída de Humberto de Alencar Castelo Branco da presidência para alternância com Costa e Silva, onde voltou a trabalhar na iniciativa privada.[7] Voltou a trabalhar para o Estado brasileiro em 1972, quando foi convidado pelo governador Parigot de Souza para assumir a presidência Banco de Desenvolvimento do Paraná (BADEP), que buscava trazer investimentos estrangeiros para o desenvolvimento do Paraná.[9]
Em 1974, por indicação do então ministro da Educação, Ney Braga, Rischbieter assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal, posto que exerceu até fevereiro de 1977.[10] Deixou o cargo de presidência devido o pedido de demissão do ministro da Indústria e Comércio Severo Gomes, que criou uma crise institucional no governo, o que fez que Rischbieter fosse convidado a ser presidente de outro banco estatal, o Banco do Brasil em 1977, permanecendo no cargo até 14 de março de 1979.[5]
Em agosto de 1979, o ministro do Planejamento Mário Henrique Simonsen, defensor de medidas liberais de contenção do gasto público para o ajuste da economia, foi substituído no cargo pelo ministro da Agricultura, Delfim Neto, defensor de políticas em que o Estado fosse promotor do desenvolvimento econômico.[12] Essa mudança na equipe econômica colocou Rischbieter, mais próximo a Simonsen, por possuírem ideias de um Estado menor mais ligadas ao liberalismo econômico.[13] Tendo uma diferenças com o Delfim Neto, Rischbieter elaborou relatórios destinado a Figueiredo criticando as políticas intervencionistas do Estado na economia, fazendo duras críticas ao modelo econômico vigente idealizados por Delfim e alertando a possíveis colapsos da economia no futuro.[14]
Esse relatório foi vazado, o que gerou um enorme desconforto para o governo federal, gerando um mal-estar principalmente entre a equipe econômica e os ministros Rischbieter e Delfim.[15] Com o incômodo gerado no governo, Rischbieter não teve mais clima para trabalhar no governo, vendo-se obrigado a pedir demissão pelas circunstâncias, fortalecendo a equipe de Delfim, mais ligada a um Estado intervencionista.[16] Após sua demissão, foi substituído pelo presidente do Banco Central, Ernane Galvêas.[17]
Anos posteriores
Após sua passagem pelo Ministério da Fazenda, voltou a trabalhar para a iniciativa privada. Só voltou a atuar no Estado em 1985, com o fim da Ditadura militar brasileira e com a ascensão de José Sarney (MDB) a presidência da República, sendo convidado para atuar como presidente do Instituto Brasileiro do Café.[18] Sua passagem foi rápida e conturbada devido a um problema com cafeicultores que não gostavam do nome de Rischbieter para o cargo.[19]
Novamente retornou à iniciativa privada, trabalhando como consultor para empresas de diversos filões mercantis.[7] Na década 1990, foi representante de acionista minoritários do Banco do Brasil e continuou trabalhando como membro administrativo de empresas do ramo alimentício como a Sadia e a Batavo.[20] Também na década de 1990, lançou seu primeiro livro chamado "Paul Garfunkel - um francês no Brasil", em edição bilíngue em português e francês em que conta a história de seu sogro, o pintor Paul Garfunkel.[21]
Em 2008, lançou mais um livro, sua autobiografia chamada ""Fragmentos da Memória" que conta com prefácio do jornalista Mino Carta.[22] Nele, Rischbieter elogia com ressalvas a política econômica de Lula e Guido Mantega.[23] No ano de 2011, escreveu o livro "Outonal - Um Amor de Viagem pela Europa".[24]
↑ abcBrasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «CARLOS HEINZ RISCHBIETER». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 1 de agosto de 2020
↑«História». Portal Embrapa. Consultado em 1 de agosto de 2020
↑ abBrasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «CARLOS HEINZ RISCHBIETER». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 31 de julho de 2020