A Fabrica Argentina de Aviones, antes Instituto Aerotécnico; Fábrica Militar de Aviones - FMA e Lockheed Martin Aircraft Argentina, é a mais antiga fabricante de aviões da América Latina, localizada em Córdova, na Argentina.[1]
Histórico
Sua fundação ocorreu em 10 de outubro de 1927, tendo o governo argentino como sócio majoritário. Em 1995, durante o governo de Carlos Menem, foi concedida para a empresa norte-americana Lockheed Martin.
A concessão seria de 25 anos, mas no dia 24 de março de 2009, o Senado Argentino enviou um projeto de lei para a presidente Cristina Kirchner com a proposta de reestatizar a empresa, o que ocorreu em 17 de dezembro do mesmo ano, quando a empresa recebeu a denominação atual.[2][3]
Projetos
A FAdeA desenvolveu inúmeros protótipos de aviões comerciais que nunca foram produzidos em larga escala, passando então a montar aviões sob licença.
Os prefixos utilizados para os aviões locais são:
- Ae, para "Direccion General de Aerotecnica", no período de 1927 a 1936;
- F.M.A., "para Fabrica Militar de Aviones", no período de 1938 a 1946;
- I.Ae, para "Instituto Aerotécnico", no período de 1943 a 1952;
- IA, no período de 1952 até 2007.
Aviões supersônicos
Foi uma das primeiras indústrias aeronáuticas do mundo a trabalhar com um projeto de aviões supersônico, o FMA I.Ae. 37, construído em 1953.[4]
Aeronaves e projetos
Ano
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Modelo
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Construídos
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Observações
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Iniciou como Instituto Aerotecnico
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1928
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Avro 504K "Gosport"
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31
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Treinador biplano básico, sob licença. Primeira aeronave construída pela FMA.
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1930
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Dewoitine D.21
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35
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Biplano de combate, sob licença.
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1931
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Ae.C.1
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1
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Aeronave Civil de transporte (versão inicial); treinador básico (última versão). Primeiro design nacional.
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1932
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Ae C2 / Ae.M.E.1
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2
|
Aeronave civil de transporte (C2); treinador básico militar (M.E.1)
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1933
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Ae.T.1
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3
|
Aeronave de transporte comercial
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1934
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Ae.M.O.1
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41
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monplano de observação
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1934
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Ae.M.Oe.1 / Ae.M.Oe.2
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6+14
|
Variante do Ae.M.O.1, observação e treinamento
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1934
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Ae.C.3
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16
|
Aeronave civil
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1935
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Ae.M.B.1 / Ae.M.B.2 Bombi
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1+14
|
Primeiro bombardeiro construído pela FMA
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1935
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Ae. M.S.1
|
1
|
Aeronave ambulância
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1936
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Ae.C.3G
|
1
|
Aeronave civil para passageiros.
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1936
|
Ae.C. 4
|
1
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Versão melhorada do protótipo C.3G
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Nome alterado para Fabrica Militar de Aviones
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1940
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Curtiss Hawk 75
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20
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Fabricado sob licença do fabricante norte-americano do Curtiss Hawk 75
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1940
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Focke-Wulf Fw-44J "Stieglitz"
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190
|
Fabricado sob licença do fabricante alemão Focke-Wulf Fw 44
|
1940
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F.M.A. 20 "El Boyero" (I.Ae. 20)
|
130
|
Aeronave civil construída pelas "Industrias Petrolini"
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1943
|
F.M.A. 21
|
1
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Protótipo de treinador avançado, baseado no norte-americano NA-16-1P fuselage.
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1943
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I.Ae. 22 "DL"
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206
|
Treinador avançado
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1945
|
I.Ae. 23
|
1
|
Protótipo de treinador básico, baseado no Focke-Wulf Fw44J
|
1945
|
I.Ae. 25 Mañque
|
1
|
Assalto/transporte.
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1946
|
I.Ae. 24 Calquín
|
100
|
Ataque e bombardeiro leve
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1947
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I.Ae. 27 Pulqui I
|
1
|
Protótipo de caça a jato, primeiro do tipo construído na América Latina.
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1947
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I.Ae. 31 Colibrí
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3
|
Treinador de dois assentos.
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1948
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I.Ae. 30 Ñancú
|
1
|
Caça e ataque (protótipo)
|
1949
|
I.Ae. 32 Chingolo
|
1
|
Transporte e treinamento
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1949
|
I.Ae. 34 Clen Antú
|
3+1+3
|
Planador, asa voadora. desenhado por Reimar Horten.
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1950
|
I.Ae. 33 Pulqui II
|
5
|
Primeiro caça desenvolvido na América Latina.
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1953
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I.Ae. 35 Huanquero
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2+3+20+9(+1+1)
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Avião de transporte; variantes "Constancia" e "Pandora", aviões executivos.
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1953
|
I.Ae. 41 Urubú
|
4
|
Planador, desenhado por Reimar Horten.
|
1953
|
I.Ae. 43 Pulqui III
|
0
|
Projeto, caça supersônico.
|
|
I.Ae. 36 "Cóndor"
|
0
|
Projeto não realizado, transporte civil.
|
1954
|
I.Ae. 37
|
1
|
Interceptador supersônico com asas delta, desenhado por Reimar Horten. Apenas protótipo.
|
1960
|
I.Ae. 38 Naranjero
|
1
|
transporte e cargueiro, desenhado por Reimar Horten.
|
1953
|
I.Ae. 44 "DL" II
|
0
|
Treinador avançado (projetado e não construído)
|
1959
|
I.Ae. 45 Querandí
|
2
|
Transporte executivo
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1957
|
I.Ae. 46 Ranquel
|
101+116
|
2 assentos.
|
1960
|
IA 35 Guaraní I
|
1
|
Transporte, derivado do I.Ae. 35 "Huanquero"
|
1963
|
FMA IA 50 Guaraní II
|
1+2+18+14
|
Transporte, derivado do IA 35 Guaraní I
|
|
Beechcraft T-34 Mentor
|
75
|
Treinador, sob licença
|
1960
|
Morane-Saulnier MS-760 Paris
|
48
|
Trainador, sob licença
|
1975
|
FMA IA 58 Pucará
|
120
|
Avião leve de ataque.
|
1990
|
Embraer/FMA CBA 123 Vector
|
2
|
Turbohélice regional de 19 passageiros, com conjunto com a Embraer, apenas protótipos.
|
|
FMA SAIA 90
|
|
Caça supersônico, apenas no projeto (meados dos anos 1980)
|
1984
|
FMA IA 63 Pampa
|
20+12
|
Treinador avançado AT-63, ainda em produção
|
1998
|
PA-25 "Puelche"
|
1
|
Monoposto para pulverização agrícola, fabricado sob licença da Piper (PA-25 Pawnee)
|
Nome alterado para Lockheed Martin Aircraft Argentina SA
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1999
|
A-4AR Fightinghawk
|
18
|
Modernização. Outros 18 pela Lockheed Martin, em Pasadena, CA.
|
2003
|
T-34 Mentor
|
|
Reforma para as forças aéreas da Argentina e Bolívia.
|
2006
|
C-130 Hercules
|
|
Reforma para as forças aéreas da Argentina e Colômbia.
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Nome alterado para FAdeA
|
2014
|
FAdeA IA-100 Malvina
|
1
|
Protótipo de aeronave de treinamento
|
Renacionalização
Alegando graves violações do contrato pela concessionária, o governo argentinou justificou a rescisão unilateral por parte do Estado. Em 17 de dezembro de 2009, a lei número 26.501, aprovada pelo Congresso, autorizou a recompra das ações junto à Lockheed Martin. Foi divulgado que as metas de produção de aeronaves militares civis seriam mantidas.[5]
Em 2007 surgiu a notícia de que o governo argentino estaria buscando uma parceria com a brasileira Embraer. Apesar dos rumores a notícia não foi confirmada oficialmente.[6]
Crise
Sem novos projetos e com dificuldades de comercialização de suas aeronaves ainda em produção, o governo argentino cogitou o fechamento da FAdeA. Porém, a ideia não foi adiante.
A empresa tentou vender aeronaves de treinamento Pampa para alguns países, como Paraguai e Guatemala, sem sucesso.[7][8][9]
Aviões em produção
- IA 63 Pampa - avião de treinamento de motor a jato.
- PA 25 "Puelche" - avião agrícola para pulverização, produzido sob licença da Piper Aircraft (PA-25 Pawnee).[10]
Galeria de imagens
-
Linha de produção anos 1940
-
I.Ae. 30 Ñancú
-
FMA IAe 33 Pulqui II
-
FMA IA 63 Pampa, Paris Air Show, 1991
-
FAdeA I.A. 73 Unasur I
-
CBA-123 "Vector", em parceria com a Embraer
-
FMA-IA50
-
FMA IA-58A "Pucara"
-
FMA-21
-
IAe-37, avião supersônico de 1953
-
IA-100 "Malvina"
Ver também
Referências
Ligações externas
Principais fabricantes de aviões |
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Atuais | |
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Fechadas ou incorporadas | |
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