Em teoria dos conjuntos, quando todo elemento de um conjunto é também elemento de um conjunto , dizemos que é um subconjunto de , denotado (também dito " é uma parte de " ou " está contido em ").
De forma complementar, é chamado um superconjunto de , simbolizado como (também dito " contém " ou " tem como parte").[1] Esta relação é conhecida por inclusão de conjuntos. Em linguagem simbólica, utilizando a noção de quantificação universal (∀), temos:
Propriedades
A inclusão de conjuntos é uma relação reflexiva, ou seja, qualquer que seja o conjunto
Realmente, a condicional é uma tautologia. Assim, tanto se como também se E, por definição,
Se (e assumir que é irrelevante). Então, assuma que e seja Por hipótese, e, pela definição de inclusão, Assim, Também por hipótese isto é, se também Em particular, para temos Como era arbitrário, todo elemento de é também elemento de ou seja,
Pelas três propriedades acima, dado um conjunto não-vazio e uma coleção de subconjuntos de a relação de inclusão é uma relação de ordem parcial em
A inclusão de conjuntos é a relação de ordem parcial canônica — no sentido de que todo conjunto parcialmente ordenado (X, ) é isomorfo a alguma coleção de conjuntos ordenada pela inclusão. Os números ordinais constituem um exemplo simples — se cada ordinal é identificado com o conjunto de todos os ordinais menores ou igual a então se e somente se
Subconjunto próprio
Dizemos que um conjunto é um subconjunto próprio de um conjunto se ( é subconjunto de ) e ( é diferente de ). Explicitamos este fato com a notação especial ou ainda (lê-se: A é um superconjunto próprio de B). Isto quer dizer que está estritamente contido em ou seja, existe pelo menos um tal que Em particular, o conjunto vazio é um subconjunto próprio de todo conjunto não-vazio. E, evidentemente, é o único subconjunto de um conjunto que não é próprio. Assim, dizemos que é um subconjunto impróprio (superconjunto impróprio) de
Exemplos
O conjunto vazio é um subconjunto de qualquer conjunto dado.
O conjunto {1, 2} é um subconjunto próprio de {1, 2, 3}.
O conjunto {x : x é um número primo maior do que 10} é um subconjunto próprio de {x : x é um número ímpar maior do que 10}.