A Seleção Gaúcha de Futebol é uma seleção de futebol convocada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF). É composta por jogadores que atuam nos clubes de futebol do Rio Grande do Sul.
A seleção não é reconhecida pela FIFA. Seu uniforme era todo branco com três listras na parte frontal da camiseta.
Em 1936, a Seleção Gaúcha obteve seu melhor resultado no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, sendo vice-campeã. Na decisão, a equipe venceu o primeiro jogo por dois a um sobre a Seleção Paulista, mas perdeu o título ao ser derrotada nos dois jogos seguintes.
Em 1956, representou a Seleção Brasileira no Campeonato Pan-Americano, na Cidade do México (México). Para a disputa, o Brasil enviou os seguintes atletas do selecionado gaúcho: Valdir, Sérgio, Paulinho, Oreco, Figueiró, Florindo, Airton, Ênio Rodrigues, Ortunho, Duarte, Odorico, Sarará, Jerônimo, Ênio Andrade, Milton, Luizinho, Hercílio, Bodinho, Larry, Juarez, Chinesinho e Raul Klein. O treinador era Teté. A Seleção conquistou o Pan-Americano de forma invicta, com quatro vitórias (2x1 no Chile, 1x0 no Peru, 2x1 no México e 7x1 na Costa Rica) e um empate (2x2 com a Argentina).
Em 1966, comandada por Carlos Froner, a Seleção Gaúcha representou a Seleção Brasileira na Taça Bernardo O'Higgins, no Chile.[1] No retorno, realizou um jogo-treino[2] com a Seleção Brasileira no dia 1º de maio, no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, perdendo por 2 a 0.[3] Neste duelo, a Seleção Gaúcha utilizou um uniforme azul, enquanto o selecionado brasileiro atuou com dois times: um branco e outro grená.[4]
Em 1971, no dia 19 de maio, a Seleção do Rio Grande do Sul empatou em 1 a 1 com a Seleção da Argentina, em partida amistosa realizada no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A partida era comemorativa ao Dia do Cronista.[5] O árbitro foi o argentino Miguel Comesaña. Bráulio abriu o placar aos 11 minutos do segundo tempo e Fischer empatou aos 23 da etapa final.
Em 17 de junho de 1972, a Seleção Gaúcha enfrentava pela primeira vez a Seleção Brasileira em jogos oficiais. O amistoso foi a forma encontrada para compensar a ausência de jogadores de clubes gaúchos na lista de convocados do selecionado brasileiro que disputaria a Taça Independência.[6] Com 106.554 torcedores, o estádio Beira-Rio registrou o maior público de sua história[7] — quase o dobro da capacidade atual. A partida terminou empatada em 3 a 3.[8] Claudiomiro cruzou para Tovar abrir o marcador. Marco Antônio, cruzou e Jairzinho empatou. Claudiomiro entregou a Carbone chutar de longe, 2 a 1. Paulo Cézar Caju tabelou com Rivellino para empatar o jogo. 2 a 2. Claudiomiro, que participou de todos os gols dos gaúchos, de cabeça fez 3 a 2 em cruzamento de Valdomiro. Caju para Rivellino. 3 a 3. [9]
Em 1974, a Seleção do Rio Grande do Sul conquistou a Taça Atlântico-Sul, torneio que reuniu clubes do Brasil (Avaí), Argentina (Newell's Old Boys e Racing) e Uruguai (Nacional e Peñarol).[10] Para este torneio, a FGF formou uma equipe apenas com jogadores do interior do estado, sem a participação da dupla Grenal.
Em julho de 2005, a Seleção Gaúcha Sub-17 ficou em segundo lugar na Copa Internacional Cidade de Canoas.[11]
Em 2009, a Seleção Gaúcha Sub-17 venceu a seleção uruguaia de mesma categoria por 3 a 1.[12][13][14][15][16]
Em 2012, entre os dias 18 e 22 de dezembro, a Seleção Gaúcha Sub-23 disputou o quadrangular internacional “Gobierno de Flores, Capital del Deporte" em Trinidad, no Uruguai, a convite da Asociación Uruguaya de Fútbol (AUF).[17] Além da equipe gaúcha, participaram as seleções sub-20 do Uruguai e do Chile, além do time Sub-23 do Athletico Paranaense.[18] O comando técnico ficou a cargo de Thiago Gomes Pacheco. A Seleção Gaúcha foi vice-campeã do torneio, vencido pelos chilenos.[19]
Em 2017, a Seleção Gaúcha Sub-20 obteve a sua maior conquista: a Copa de Seleções Estaduais da categoria. Na final, superou a Seleção Carioca nos pênaltis por 5 a 4, apos empate em um a um no tempo normal. Caprini fez o gol e Silas converteu a última cobrança, que deu o título à equipe gaúcha.[20]