O Panteão Real da Dinastia de Bragança situa-se hoje no antigo refeitório do mosteiro da Igreja de São Vicente de Fora e é composto, na sua maioria, por túmulos sob a forma de gavetões feitos em mármore e situados junto das paredes laterais da grande sala que ocupam: os túmulos dos reis portugueses estão ornados com coroas na parte superior e os nomes e títulos dos seus ocupantes estão gravados em letras douradas na parte frontal. Destacam-se, todavia, os túmulos do rei D. João IV, porque fundou a Dinastia de Bragança, e os túmulos do rei D. Manuel II, de seu irmão, o príncipe real D. Luís Filipe de Bragança, de sua mãe, a rainha D. Amelia de Orleães, e de seu pai, o rei D. Carlos I, por se tratarem da última família reinante da dinastia.
O Panteão Real da Dinastia de Bragança está aberto a visitas, incluídas no roteiro do Mosteiro de São Vicente de Fora.
Alguns membros mais relevantes da Dinastia de Bragança que não se encontram nele sepultados são:
O arranjo actual do Panteão Real da Dinastia de Bragança data de 1933, quando também se ergueu junto aos túmulos de D. Carlos I e de seu filho D. Luís Filipe de Bragança uma estátua de uma mulher simbolizando a pátria a chorar pelos seus mártires, sendo que ambos foram assassinados no atentado republicano (o Regicídio) de 1 de Fevereiro de 1908.
No interior do Panteão Real encontram-se também sepultados, enquanto honra excepcional outorgada por especial ordem régia, os MarechaisDuque de Saldanha e Duque da Terceira, eminentes militares e primeiros-ministros portugueses do século XIX, e ainda a esposa do Duque da Terceira, D. Maria Ana Luísa Filomena de Mendonça (1808-1866).
Há ainda a presença, no Panteão, de vários Infantes de Portugal, que faleceram muito prematuramente, e que, reduzida a sua importância na história da dinastia, se encontra pouca documentação existente sobre eles, no entanto, lista-se a inumação de: Quatro filhos natimortos de D. José I e D. Mariana Vitória, nomeadamente um rapaz em 1739, e três raparigas, duas em 1742, uma em 1744. / D. João de Bragança (1762), D. João Francisco de Paula de Bragança (1763), D. Maria Clementina de Bragança (1774-1776) e D. Maria Isabel de Bragança (1776-1777), filhos de D. Maria I e D. Pedro III. / D. Maria de Bragança (1840), D. Leopoldo de Bragança (1849), D. Maria da Glória de Bragança (1851) e D. Eugénio de Bragança (1853), todos falecidos no dia em que nasceram, filhos de D. Maria II e D. Fernando II. / D. Miguel de Bragança (1866), filho natimorto de D. Luís I e D. Maria Pia. / D. Maria Ana de Bragança (1888), falecida no dia em que nasceu, filha de D. Carlos I e D. Maria Amélia.
Outros dois túmulos, sitos numa ala anexa ao Panteão, a Capela de Nossa Senhora da Encarnação, albergam os resto mortais de dois filhos ilegítimos de D. João V, conhecidos como Meninos de Palhavã, nomeadamente D. José de Bragança (1720-1801), Inquisidor-Mor, filho de Madre Paula de Odivelas, e D. António de Bragança (1714-1800), filho de Luísa Inês Monteiro, em túmulos mandados erigir por D. João VI.