Aluísio Jorge Andrade Franco nasceu na cidade de Barretos, em 21 de maio de 1922, filho de Albertina Junqueira de Andrade e Ignácio de Lima Franco.[1][2] Jorge Andrade casou-se com Helena de Almeida Prado em 1956, com quem teve quatro filhos, Gonçalo de Almeida Prado Franco, Marcelo de Almeida Prado Franco, Blandina de Almeida Prado Franco e Camila de Almeida Prado Franco.[1][2]
Infância e juventude
Em seus primeiros anos de vida viveu entre a fazenda de seu pai e a de seu avô, entre as cidades de Bebedouro, Barretos e São Paulo.[10][11] Filho de fazendeiros, Jorge Andrade, viveu boa parte de sua infância e adolescência nas propriedades de sua família.[1][5][10] Ao terminar o ensino básico, ingressou na Faculdade de Direito e mudou-se São Paulo, onde viveu por algum tempo até decidir abandonar o curso e retornar para a fazenda de seu pai, lá trabalhou para os negócios da família.[1][10][12]
Nos anos seguintes, Jorge Andrade, entra em conflito com seu pai, Ignácio, e decide afastar-se dos negócios da família e da fazenda ao final da década de 1950, assim, decide viajar para São Paulo.[10] Enquanto estava hospedado na capital paulista, sem saber o que fazer ou onde ir, retoma o hábito antigo de ir ao teatro e neste momento a peça “Anjo de Pedra” estava em cartaz com Cacilda Becker como atriz principal, este encontro de Jorge com Cacilda marcará para sempre sua trajetória.[1][10][12]
Sua obra faz uma reconstrução da História do Brasil, sobretudo o Ciclo do café, além de ressaltar o problema da decadência dos valores patriarcais que dominavam a política na época.[5][6][14]
O seu maior sucesso comercial foi a peça "Os Ossos do Barão"[18], que permanece até hoje, mais de quatro décadas depois, como a peça que mais tempo ficou em cartaz do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), uma marca de qualidade dos bons tempos do TBC. A peça esteve em cartaz no ano de 1963 e teve mais de 500 apresentações, com um público estimado de 130 mil espectadores.[19][7][10]
Jorge Andrada morreu aos 61 anos, no dia 13 de março de 1984, vítima de uma embolia pulmonar, no INCOR, na cidade de São Paulo, seis meses depois de ter realizado uma operação para a implantação de três pontes safena e de ter sofrido um infarte durante essa cirurgia.[26]
Obras
A bibliografia de Jorge Andrade é extensa, o dramaturgo teve uma produção expressiva nas décadas de 1950 e 1960 na dramaturgia e nas décadas seguintes, 1970 e inicio de 1980, dedicou-se a produção de telenovelas e especiais para a televisão. Jorge Andrade teve obras que não foram publicadas conforme as pesquisas desenvolvidas por Elizabeth Ribeiro Azevedo[5] e Catarina Sant'Anna[6], outras foram publicadas individualmente e algumas na antologia "Marta, a Árvore e o Relógio"[9], abaixo as obras que se têm conhecimento da existência.
↑ abcdefANDRADE, Jorge (2008). «Prefácio». Marta, a Árvore e o Relógio 2ª ed. ed. São Paulo: Perspectiva. pp. 14–15. ISBN978-85-273-0326-2 !CS1 manut: Texto extra (link)
↑ abcdefghiAZEVEDO, Elizabeth Ribeiro (2014). Recursos estilísticos na dramaturgia de Jorge Andrade. São Paulo/SP: Editora da Universidade de São Paulo. pp. 53–171. ISBN9788531413766
↑ abcdefghijkSANT'ANNA, Catarina (2012). Metalinguagem e teatro: a obra de Jorge Andrade. São Paulo/SP: Perspectiva. 326 páginas. ISBN9788527309622
↑ abcPRADO, Décio de Almeida (2001). O Teatro Brasileiro Moderno. São Paulo: Perspectiva. 149 páginas. ISBN85-273-0086-9
↑ abAZEVEDO, Elizabeth R.; MARTINS, Ferdinando; NEVES, Larissa de Oliveira; VIANA, Fausto (2012). Jorge Andrade 90 anos: (Re)leituras - Volume I: a voz de Jorge. São Paulo: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, Teatro da Universidade de São Paulo, Fapesp. 208 páginas. ISBN978-85-62587-05-4
↑CAMPEDELLI, Samira Youssef (1995). Teatro Brasileiro do Século XX. São Paulo: Scipione. p. 33. ISBN85-262-2540-5
↑ abTeixeira, Ubiratan (2005). Dicionário do teatro 2ª ed. São Luiz: Geia. p. 28. ISBN8589786072
↑ abANDRADE, Jorge (1989). A Moratória. Rio de Janeiro: Agir. ISBN978-8522002689
↑ abANDRADE, Jorge (1965). Vereda da Salvação. São Paulo: Brasiliense
↑ abcdANDRADE, Jorge (1960). Pedreira das Almas e O Telescópio. Rio de Janeiro: Agir
↑ abcdANDRADE, Jorge (1964). A Escada e Os Ossos do Barão. São Paulo: Brasiliense
↑ abARANTES, Luiz Humberto Martins (2001). Teatro da memória: história e ficção na dramaturgia de Jorge Andrade. São Paulo: Annablume/FAPESP. ISBN85-7419-171-Xline feed character character in |título= at position 52 (ajuda)
↑«Os Ossos do Barão». Memória Globo. globo.com. Consultado em 18 de março de 2022