O Esporte na América do Sul é muito praticado e difundido. A organização que regulamenta o desporto a nível continental aos comitês olímpicos nacionais é a Organización Deportiva Sudamericana (ODESUR). Os Jogos Sul-americanos é o evento máximo desportivo continental que acontece a cada quatro anos.
Esportes e popularidade
O desporto mais popular indubitavelmente é o futebol, representado pela Confederação Sul-americana de Futebol a CONMEBOL. O torneio mais importante a nível de seleções nacionais é a Copa América, enquanto em clubes é a Taça Libertadores da América. No cenário internacional as seleções nacionais de futebol estão entre as melhores do mundo que inclui: Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia e Chile.[1]
O Jiu-jitsu brasileiro originou-se no Brasil na década de 1910 e enfatiza técnicas de luta de chão e técnicas de submissão envolvendo fechaduras e estrangulamentos. Hélio Gracie tinha uma constituição bastante pequena e mudou o jiu-jitsu (originário do Japão) para ser usado por qualquer pessoa em uma situação real de luta. O Gracie Jiu Jitsu tornou-se conhecido internacionalmente na década de 1990, devido aos habilidosos lutadores da família Gracie, nomeadamente Hélio Gracie, Royce Gracie e Rickson Gracie, que também são responsáveis por divulgar a prática do "vale tudo", que evoluiu para torneios de artes marciais mistas como PRIDE, DREAM e UFC.[4][5]
O brasileiro Isaquias Queiroz é o melhor canoísta da história da América do Sul, sendo o único campeão olímpico desta modalidade no continente e somando um total de quatro medalhas olímpicas até os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Erlon Silva também conquistou a prata olímpica para o Brasil na canoagem.[13][14]
No futsal, Brasil, Argentina e Paraguai estão entre as maiores potências mundiais. Antes da Era Fifa, houve três Copas do Mundo organizadas pela antiga Federação Internacional de Futsal (Fifusa), onde o Brasil foi bicampeão mundial e o Paraguai foi campeão uma vez. O Brasil é o maior campeão da Copa do Mundo de Futsal da FIFA, com 5 títulos. A Argentina tem um título conquistado em 2016. Falcão é o jogador brasileiro mais reconhecido.[24]
Na ginástica rítmica, a seleção brasileira conquistou um bronze inédito na prova geral da etapa de Atenas, na Grécia, da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, realizada em março de 2023 (o Brasil já havia conquistado medalhas no Mundial em etapas da Copa, mas nunca no evento geral). O Brasil foi quinto na classificação geral da Copa do Mundo de 2022 em Sofia. A Seleção brasileira ainda ficou em quarto lugar na prova das cinco argolas.[29]
No hóquei sobre a grama, a Argentina é a potência indiscutível em todo o continente sul-americano, principalmente no feminino. Las Leonas, como é conhecida a seleção argentina feminina, tem 5 medalhas olímpicas (3 pratas e 2 bronzes), e 9 medalhas em Campeonatos Mundiais (2 ouros, 4 pratas e 3 bronzes). Luciana Aymar foi eleita a melhor jogadora do mundo oito vezes (2001, 2004, 2005, 2007, 2008-2010, 2013) e em 2008 foi declarada Lenda do Hóquei pela Federação Internacional de Hóquei. A Seleção Argentina de Hóquei sobre a grama masculino também é considerada a melhor equipe de todo o continente americano devido às suas conquistas: conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, dez medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos, uma medalha de bronze no Troféu dos Campeões 2008 e no Campeonato Mundial de 2014.[32]
Yane Marques é a única pessoa nascida na América do Sul a ganhar uma medalha olímpica no pentatlo moderno (até os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020), tendo sido também a primeira pessoa na América Latina a fazê-lo.[40]
Rugby
O rugby está se tornando popular na América do Sul, seguindo os recentes sucessos da Argentina nas últimas Copas do Mundo de Rugby Union, onde ficaram em 3º lugar em 2007 e 4º lugar em 2015. Hoje, quase todos os países da América do Sul tem Federações de Rugby.[41]
O surfe é um dos esportes muito popular no Brasil. O país evoluiu progressivamente até se tornar uma das maiores forças mundiais do esporte. Fábio Gouveia chegou a ser n° 5 do mundo em 1992. Nos anos 2010 surge o Brazilian Storm (tempestade brasileira), com vários brasileiros cada vez se aproximando mais do título mundial (Liga Mundial de Surfe), até que Gabriel Medina conquista o mesmo em 2014 e Adriano de Souza, o Mineirinho, vence em 2015. Em 2020 o surfe ascende à categoria de esporte olimpico e Ítalo Ferreira se consagra campeão olímpico. Filipe Toledo também foi campeão mundial, em 2022. O Peru também possui surfistas renomados como Lucca Mesinas e Miguel Tudela. A Argentina também já teve surfistas de algum destaque, como Leandro Usuna, que foi campeão dos ISA World Surfing Games em 2014 e 2016 e Santiago Muñiz, campeão dos ISA World Surfing Games em 2011 e 2018[43][44][45][46]
Taekwondo
No taekwondo, em 1992, quando ainda era um esporte oímpico em demonstração, a venezuelana Arlindo Gouveia foi campeã e Adriana Carmona foi medalha de bronze (mais tarde seria medalha de bronze em 2004, oficialmente). Outra venezuelana, Dalia Contreras, foi medalha de bronze em 2008. A brasileira Natália Falavigna foi medalha de bronze em 2008 e quarto lugar em 2004. Maicon Siqueira conquistou o bronze em 2016. Diogo Silva foi 4º lugar em 2004 e 2012, e Milena Titoneli foi quarta em 2020. Os maiores destaques da Argentina são Sebastián Crismanich, campeão olímpico em 2012, e Gabriel Taraburelli, que ficou em 4º lugar em 2000. Pela Colômbia, Óscar Muñoz foi bronze em 2012, e Gladys Mora ficou em 4º lugar em 2004. O peruano Peter López Santos ficou em 4º lugar em 2008.[47]
Marcus Vinicius D'Almeida, na categoria do arco recurvo, é o maior atleta masculino de tiro com arco da história da América do Sul, tendo sido o número 1 do mundo em 2023, e vice-campeão mundial em 2021. A chilena Denisse van Lamoen conquistou o título mundial no arco recurvo em 2011, e a colombiana Natalia Sánchez foi medalha de bronze mundial em 2009. No arco composto (que não faz parte dos Jogos Olímpicos), destaca-se a colombiana Sara López, multicampeã mundial.[54][55]
Vôlei
No vôlei, os países sul-americanos que se destacam internacionalmente são: Brasil (masculino e feminino), Argentina (masculino) e Peru (feminino). Até 2023, a Seleção Brasileira de Voleibol Masculino tinha 6 medalhas olímpicas (3 de ouro, 3 de prata), 7 medalhas em Campeonatos Mundiais (3 de ouro, 3 de prata, 1 de bronze), além de 9 títulos da Liga Mundial. Já a Seleção Brasileira de Voleibol Feminino tinha 5 medalhas olímpicas (2 de ouro, 1 de prata, 2 de bronze), 4 vice-campeonatos mundiais, além de 12 títulos do Grand Prix. Na década de 1980, a Seleção Peruana de Voleibol Feminino era uma das mais fortes do mundo, conquistando uma medalha de prata olímpica em 1988, além de uma medalha de prata em 1982 e uma medalha de bronze em 1986 no Campeonato Mundial. No entanto, sua última participação em Jogos Olímpicos foi em 2000, e não participa de campeonatos mundiais desde 1994. A Seleção Argentina de Voleibol Masculino conquistou 2 medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de 1988 e 2020 e ficou em terceiro lugar no Campeonato Mundial de 1982. A Seleção Venezuelana de Voleibol Masculino também obteve conquistas em torneios continentais, como a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003 e as medalhas de prata e bronze no Campeonato Sul-Americano de Voleibol Masculino.[56][57][58]
Vôlei de Praia
O Brasil é um dos países mais fortes do mundo no vôlei de praia, esporte amplamente praticado no país devido ao seu extenso litoral, principalmente no Rio de Janeiro, Santa Catarina e Região Nordeste do país. Até os Jogos Olímpicos de 2020, o país tinha 2 ouros, 3 pratas e 1 bronze na modalidade masculina, e 1 ouro, 4 pratas e 2 bronzes na modalidade feminina. Argentina, Chile e Venezuela costumam enviar representantes aos Jogos Olímpicos, mas sem resultados expressivos até o momento. Em campeonatos mundiais, além de vários títulos mundiais conquistados por brasileiros, os argentinos Mariano Baracetti e Martín Conde foram campeões mundiais em 2001.[59]
A participação da América do Sul, no principal evento mundial é modesta. O Brasil é o maior medalhista porém longe das potências olímpicas, com mescla de medalhas em modalidades como: futebol, voleibol, atletismo, natação e vela. A Argentina também possui certo destaque em eventos coletivos e náuticos. A Colômbia tradicionalmente medalha no ciclismo e halterofilismo. O Chile oscila em suas participações suas principais medalhas vem do tênis, e coube ao Chile a primeira participação olímpica do continente, em 1896.
o Uruguai mesmo sem medalhas desde 1996, a equipe de futebol do país tem as históricas vitórias de 1924 e 1928, com as conquistas, a equipe local levou a alcunha de Celeste Olímpica, suas demais medalhas recorrem ao basquetebol, na metade do século XX.
Nos Jogos Pan-Americanos, o continente se mostra um pouco mais forte frente as potências olímpicas da América do Norte, tirando a dominação dos EUA, e do bom papel de Cuba e Canadá. Brasil e Argentina são a 4º e 5º nações no ranking, logo abaixo Colômbia, Venezuela e Chile no Top 10.
A América do Sul recebeu várias edições do evento, como a primeira em Buenos Aires em 1951, receberá a próxima em Lima 2019.