A Volta a Espanha (em castelhano: Vuelta a España ou simplesmente La Vuelta, é uma competição de ciclismo por etapas profissional de ciclismo de estrada disputada ao longo da geografia espanhola. Celebra-se entre finais de agosto e princípios de setembro e pertence ao calendário UCI World Tour, máxima categoria das corridas profissionais.[2]
A Volta disputou-se pela primeira vez em 1935.[3] A prova sofreu várias críticas argumentando que as grandes distâncias envolvidas em cada etapa seriam desumanas.[3] Desde a sua criação, a corrida tem sido suspendida em quatro ocasiões: desde 1937 até 1940 devido à Guerra Civil, desde 1943 até 1944 devido à Segunda Guerra Mundial e à má situação económica da Espanha, em 1949 e desde 1951 até 1954.
Disputou-se o G. P. República e as primeiras corridas que se correram a nível nacional foram promovidas pelos fabricantes de bicicletas de Éibar. Por conseguinte, fez-se o percurso Éibar-Madrid-Éibar recebendo o nome de Grande Prémio da República.
1935-1960
A começos de 1935, Clemente López Dóriga, em colaboração com Juan Pujol, director do diário Informaciones, organizou a Iª Volta a Espanha com um percurso de 14 etapas e 3431 km ao todo. A primeira etapa disputou-se entre Madrid e Valladolid. Naquele ano viveu-se o primeiro grande duelo da história da Volta entre o belga Gustaaf Deloor, à posterior vencedor, e o espanhol Mariano Cañardo, sub-campeão. A II edição da Volta, que se celebrou apesar da delicada situação política do país, significou a revalidação do título de Deloor que manteve a liderança desde o primeiro até ao último dia. Depois destas duas primeiras edições, a jornada espanhola sofreu uma paragem por causa da Guerra Civil Espanhola.
Em 1941 retomou-se a prova com uma participação quase totalmente espanhola e com muito pouca representação estrangeira. Naquele ano teve lugar a disputa da primeira etapa contrarrelógio da Volta. Julián Berrendero proclamou-se vencedor da jornada espanhola, título que revalidou um ano depois. Berrendero converteu-se assim também em rei da montanha durante três edições consecutivas.
Por causa da Segunda Guerra Mundial e a precária situação económica do país, voltou a produzir-se outra paragem na disputa da Volta ciclista.
Em 1945, o Diário Ya fez-se ao cargo da organização e voltou disputar-se a competição, ainda que de novo com uma pobre participação estrangeira. Nesta ocasião foi Delio Rodríguez quem fez-se com a vitória final. Naquele ano também se instaurou pela primeira vez a classificação por pontos, ainda que não foi estável até 1955. Disputaram-se mais quatro edições até 1950 momento no qual o «Diário Ya» renunciou a organizar definitivamente a Volta a Espanha.
Até 1955 não se voltou a celebrar a jornada espanhola e a partir desse ano fez-se a cargo dela o diário O Correio Espanhol/O Povo Basco. Desde então, a Volta a Espanha disputou-se anualmente. Também, a Volta passou a celebrar-se de maneira estável entre os meses de abril e maio, enquanto anteriormente a sua celebração tinha oscilado entre os meses de abril e agosto. Outra variação foi o número de participantes, até então muito baixo, que se viu duplicado, bem como uma assistência maior de grandes figuras estrangeiras e nacionais.
1960-1970
O prestígio da Volta foi crescendo e, a cada vez mais, contava-se com a presença de estrelas ciclistas do panorama internacional. Durante finais da década de 1950 produziram-se os primeiros triunfos na classificação geral de ciclistas italianos e franceses. Na década de 1960 fizeram-no também ciclistas alemães e holandeses. Em 1963, Jacques Anquetil conseguiu liderar a classificação geral e se erigiu como o primeiro ciclista que ganhava as três grandes voltas. Cinco anos mais tarde, em 1968, Felice Gimondi faria o mesmo. Só Eddy Merckx, em 1973, Bernard Hinault que ganhou em 1978 e 1983, Alberto Contador que ganhou em 2008, Vincenzo Nibali que ganhou em 2010 e Chris Froome que ganhou em 2017 conseguiram repetir a façanha.
Antonio Karmany dominou a classificação da montanha durante três anos consecutivos e relevou-o Julio Jiménez, que a ganhou durante outros três anos.
A formação Kas daqueles anos com Karmany, Angelino Soler, Julio Jiménez e Gabica deu inicio à andadura de uma equipa que nasceu em 1958 e continuou até meados da década de 1980.
Rik Van Looy converteu-se no primeiro ciclista a repetir o triunfo na classificação por pontos em 1965. Jan Janssen em 1968 e Domingo Perurena em 1974 fizeram o mesmo e lideraram dita classificação em duas ocasiões.
Em meados da década de 1960 o organizador da Volta, O Correio Espanhol/O Povo Basco, passou por alguns apuros económicos que puseram em perigo a disputa da competição. No entanto terminaram disputando-se todas as edições de forma normal. Em 1968 a Volta viu-se afectada por um atentado terrorista e outras manifestações e teve-se que anular a décima-quinta etapa. Por sorte não teve que lamentar vítimas.
1970-1980
A década de 1970 começou com o triunfo de Luis Ocaña, que já estava consolidado no pelotão internacional como uma das grandes figuras do ciclismo.
José Manuel Fuente, com seus triunfos em 1972 e 1974, converteu-se no terceiro ciclista que conseguia ganhar duas Voltas a Espanha. Uns anos mais tarde, Bernard Hinault repetiu a façanha, algo que também conseguiu Pedro Delgado durante os década de 1980.
A equipa Kas nos anos 70 inovou no ciclismo moderno com a sua forma de ciclar. Ciclistas como Domingo Perurena, Miguel María Lasa, Vicente López Carril, Pérez Francés, Pesarrodona e muitos outros alegraram com os seus amarelos e azuis a corrida.
O Super Ser foi outra equipa espanhola daquela época. Agustín Tamames e Luis Ocaña lideraram a equipa.
Em 1973 Eddy Merckx conseguiu vencer na Volta e fazer de uma forma arrebatadora ganhando seis etapas e todas as classificações individuais com excepção da montanha, na que terminou segundo.
Freddy Maertens repetiu em 1977 um domínio similar ao demonstrado por Merckx uns anos antes, ganhando treze etapas e o resto das classificações individuais exceptuando a da montanha. Andrés Oliva conseguia também ganhar a classificação da montanha em três edições da Volta em meados da década de 1970.
A Espanha viu nascer em 1978 a Bernard Hinault como estrela do ciclismo internacional. Hinault ganhou nesse mesmo ano o seu primeiro Tour de France. Também teve que suspender a última etapa daquela edição, por causa de revoltas e barricadas que impediram o percurso normal da mesma.
Em 1979 O Correio Espanhol/O Povo Basco deixou de patrocinar a jornada espanhola, que correu uma vez mais perigo de desaparecimento. No entanto, a empresa Unipublic (que segue organizando as diferentes edições da Volta na atualidade) com o apoio da cidade de Jerez de la Frontera,[4] se fez cargo da competição. Este facto, unido a um aumento da publicidade e às retransmissões por televisão, fizeram aumentar ainda mais o nível da Volta.
1980-1990
Foi a época a com mais popularidade da Volta a Espanha. A princípios da década de 1980 destacaram dois nomes nas classificações suplementares: José Luis Laguía, que conseguiria se impor cinco vezes na classificação da montanha, e Sean Kelly que venceu em quatro ocasiões na classificação por pontos e a geral em 1988.
Em 1982 produziu-se o primeiro caso de retirada do título por doping. Dois dias após o termo da competição, Ángel Arroyo —junto a outros quantos ciclistas— foi desclassificado e perdeu a sua vitória em favor de Marino Lejarreta. Apesar da solicitação da contra análise, este voltou a dar positivo.
A edição do ano seguinte supôs o primeiro aparecimento dos Lagos de Covadonga como final de etapa, uma ascensão que converter-se-ia, com o passar dos anos, na subida mais emblemática da Volta a Espanha. Em 1984 disputou-se a edição que terminou com a diferença mais pequena entre o primeiro e o segundo classificado. Eric Caritoux, um completo desconhecido até então, conseguiu adjudicar-se a Volta com tão só seis segundos de vantagem sobre Alberto Fernández, segundo classificado, quem morreria em dezembro desse mesmo ano num acidente de transito e em cuja honra a organização da Volta decidiu baptizar a partir da seguinte edição ao cume da corrida como a Cume Alberto Fernández em homenagem a este grande ciclista.[5]
A partir de 1985 e até um pouco depois do final da década dde 1980 observou-se um auge do ciclismo colombiano, que apresentou um forte domínio sobretudo nas etapas de montanha. Nomes como Francisco Rodríguez (terceiro em 1985) ou Oscar de Jesús Vargas, terceiro em 1989, começam a tomar força. No entanto, os líderes do ciclismo colombiano foram Luto Herrera, vencedor da corrida, da classificação da montanha e de várias parciais em 1987, e Fabio Parra (2º em 1989), vencedor da classificação de novatos em 1985, 5º em outras quatro ocasiões e vencedor de algumas etapas. Apesar do destacado papel dos colombianos, o principal dominador da volta nessa época foi Pedro Delgado com duas vitórias (1985 e 1989), um segundo posto e dois terceiros.
De notar que durante esta década teve bons gregários e bons corredores para a lembrança, como Federico Echave, Iñaqui Gastón, Julián Gorospe, Vicente Belda, Alberto Fernández, Raymon Dietzen, Blanco Villar, Pepe Recio, Eduardo Chozas, Marino Lejarreta, e Enrique Aja; e equipas como a Teka, Dormilón, Huesitos, Reynolds, Bh, e Orbea, que durante aqueles anos corriam pelas estradas espanholas.
1990-2000
A primeira metade da década de 1990 esteve marcada pelo domínio do suíço Tony Rominger, o primeiro ciclista que conseguiu ganhar três vezes a corrida de forma consecutiva, entre 1992 e 1994. No ano 1993 Tony Rominger ganhou as classificações individuais. Naqueles anos 1990 A Volta podia contar com o potencial de duas das melhores equipas espanholas que tem existido: a Onze e a Banesto com destacados elencos de bons corredores nacionais e internacionais. Também pode-se destacar a Clas Cajastur, que depois foi absorvido e terminou sendo a Mapei.
A edição quinquagésima da Volta, disputada em 1995, coincidiu com a mudança de datas. A Volta a Espanha passou a disputar-se em setembro, perto já do final da temporada. Naquele ano, Laurent Jalabert conseguiu vencer em todas as classificações, algo que ninguém mais tem conseguido na ronda espanhola. O francês foi também vencedor em quatro ocasiões da classificação por pontos, igualando o recorde conseguido por Kelly na década de 1980.
Os dois anos seguintes estariam dominados por outro suíço, Alex Zülle, que ainda hoje em dia possui o recorde de se ter vestido mais camisas amarelas até a data (48).
Em 1997, a Volta começou pela primeira vez num país estrangeiro. Iniciou em Lisboa, com motivo da Expo '98.
A ascensão ao Alto de El Angliru faz parte de uma etapa pela primeira vez em 1999, com o triunfo de José María Jiménez, quatro vezes vencedor da classificação da montanha. A fama do porto cresceu rapidamente por causa da sua dureza e a espectaculosidade da subida. A partir desta edição introduziu-se a camisa ouro para identificar ao líder da geral. O vencedor, o alemãoJan Ullrich, foi o primeiro em ganhá-lo.
2000-2010
As primeiras edições da década de 2000 estiveram marcadas pelo domínio de Roberto Heras, que conseguiu atingir a vitória também em três ocasiões, e inclusive em 2005 a conseguiu pela quarta vez. No entanto, e como já sucedesse com Ángel Arroyo em 1982, foi desclassificado dias após o termo da competição ao dar positivo num controle antidoping, desta vez por consumo de EPO. Dito positivo foi ratificado dias depois pela contra-análise e Roberto Heras foi despojado do seu quarto título, em benefício do russo Denis Menshov.[6]
Em 24 de junho de 2011 o Tribunal Superior de Justiça de Castela e Leão anula a sanção por doping imposta a 7 de fevereiro de 2006 e ditada pelo Comité Nacional de Competição e Disciplina Desportiva da Real Federação Espanhola de Ciclismo, deixando aberta a porta à recuperação do título da Volta a Espanha de 2005 a Roberto Heras.
Em 21 de dezembro de 2012 o Tribunal Supremo de Justiça confirma a anulação da sanção ao corredor bejarano por uma série de irregularidades na prática das análises, entre elas que as amostras se entregaram quase 40 horas depois, a temperatura ambiente, por pessoa ou empresa que se desconhecia, com o que Roberto Heras volta a aparecer no palmarés da Volta a Espanha como vencedor da edição 2005, sendo também o único ciclista que tem vencido esta corrida em quatro edições.
No 2006 e depois de uma dura luta com o então líder do UCI ProTour, o murciano Alejandro Valverde, resultou vencedor o Cazaque Alexandre Vinokourov. Na edição de 2007 Denis Menshov voltou a alçar com o triunfo na geral seguido, a mais de três minutos, pelos espanhóis Carlos Sastre e Samuel Sánchez. Em 2008, o vencedor foi o madrileno Alberto Contador, vencedor naquele mesmo ano do Giro d'Italia, e que conseguia assim se converter no primeiro espanhol em ganhar as três grandes voltas.
Em 2009, a Volta começou em Drenthe, Holanda, passando pela Bélgica e Alemanha. O vencedor final foi o murciano Alejandro Valverde, quem adoptou uma postura conservadora sem ganhar nenhuma etapa e sprintando nos metros finais para conseguir bonificações. Seus principais rivais foram Samuel Sánchez (segundo classificado), Cadel Evans (terceiro), Ivan Basso, Robert Gesink e Ezequiel Mosquera. Todos eles sofreram quedas decisivas ou apertos inoportunos como o de Evans em Monachil, que abanaram a Valverde a sua conquista da última camisa de ouro.
As edições posteriores ao ano 2010 trouxeram uma mudança no modelo da Volta. Incrementaram-se as finais com altos ou portos explosivos que elevaram o interesse dos espectadores à custa de reduzir a dureza intermediária que não era tanta até esse momento.
Assim, figuras como Christopher Froome, Vincenzo Nibali, Alberto Contador, Alejandro Valverde, Joaquim Rodríguez, Nairo Quintana, Fabio Aru e Bradley Wiggins contribuíram a internacionalizar a Volta. Apesar de não se ascender tantos grandes portos como no país transalpino[7][8] a Volta se situa como a segunda corrida em participação das primeiras figuras das três grandes. Foi como propiciou-se que os corredores pudessem correr o Tour e a Volta ao ser dos mesmos organizadores: Amaury Sport Organisation, e oferecer um percurso favorável para isso: pouca dureza global mas muitos finais em alto. Há que destacar que a organização melhorou os percursos procurando finais novos com rotas por estradas secundárias muito interessantes. Graças a esse desejo de melhorar os percursos, incluíram-se novos portos ou altos como La Camperona, Ancares, Santuário da Virgem de Alba, Jitu de Escarandi, Mas de Costas, ou a Zubia, todos finais em alto excepto Ancares.
Aparte do sucesso de audiências, esta década trouxe o desaparecimento de equipas de ciclismo como a Euskatel. O panorama de patrocinadores espanhóis complicou-se notavelmente e mal há equipas locais. Muitos ciclistas não encontram equipa em Espanha.
2010. A vitória foi para Vicenzo Nibali. Grande animador da Volta nos últimos anos. Corredor de pundonor e estratega, e muito hábil com a bicicleta.
2011. Ganhou o cantábro Cobo numa mítica etapa no Angliru. Acompanharam-lhe no pódio Wiggins e Froome, não podendo os britânicos ganhar ao espanhol. A la Farrapona, a la Covatilla, e Peña Cabarga voltaram a deparar bonitas etapas de ciclismo.
2012. A Volta foi para Contador graças à etapa de Joaquín Rodríguez Fuente, grande animador, não pôde com o corredor de Pinto. Destacaram as etapas do Cuitu Negro e la Bola del Mundo, com grandes desníveis. Foi uma grande oportunidade perdida por Joaquín Rodríguez para ganhar uma corrida de três semanas em sua palmarés.
2013. A volta ganhou-a Horner, o maior corredor em idade a ganhar uma Volta. Apesar dos seus 41 anos impôs-se a Nibali, sendo um caso excepcional na história do ciclismo. Na etapa do Angliru o norte-americano impôs-se a Nibali num duelo titânico.
2014. A vitória foi para Alberto Contador, que se anotou a sua terceira Volta a Espanha, acercando ao recorde de Roberto Heras. Esta edição foi o marco do duelo entre Froome e Contador nas rampas de Ancares, além da sempre grande contribuição de Alejandro Valverde e Joaquim Rodríguez. Destacou a etapa que teve como final o alto de La Farrapona e a ascensão ao porto de San Lorenzo que sempre deparou belas paisagens.
2015. A Volta foi para Fabio Aru que se impôs a Tom Dumoulin na etapa da Serra de Madrid. A Volta esteve cheia de emoção onde destacou a etapa de Andorra na que Froome chegou a meta com uma falange do pé rompida. Nibali foi expulso da corrida por agarrar-se a um carro em plena etapa.
2016. A Volta deste ano trouxe de novo espectáculo e percursos de grande beleza. A etapa de Urdax foi uma das mais destacadas junto à que terminou no Aubisque, cume mítica do Tour de France. A vitória final para Nairo Quintana, segundo Froome e terceiro Chávez. Foi uma bonita edição com toque final na Praça de Cibeles de Madrid.
Deve-se destacar a Contador, Quintana e Aru como protagonistas, em etapas com finais mais suaves, já que falta-va etapas de dureza extrema próprias para escaladores de grande resistência, corredores como Alberto Contador ou Fabio Aru tiveram que realizar ataques longínquos para tentar ganhar a corrida. Contador ganhou a edição de 2012 depois de atacar a 50 km da meta em Colláu Joz (2ª categoria), e Aru a edição de 2015 depois de atacar a 55 km de meta em la Morcuera (1ª categoria). E na edição de 2016, de novo Contador atacou para atingir o pódio (finalmente, obteve o quarto posto na classificação individual desta volta), junto a Nairo Quintana, depois de atacar a poucos quilómetros após a saída da etapa 15, a mais de 110 km da meta.
2017 A Volta a Espanha começou em Nîmes, França. Três foram as etapas por território francês até que se meteu por Andorra e depois a Espanha. Já desde o principio Froome tomou a camisa vermelha sem grandes diferenças. Bonitas a etapas de Xorret de Cati, a subida ao Collado Bermejo, Calar Alto com o bonito porto de Velefique e mencionar a Hazallanas e la Pandera nesta primeira parte da corrida. Passada a contrarelógio da Rioja que ganhou Froome. A Volta deixa duas formosas etapas a destacar, a Machucos e a Angliru onde ganhou Alberto Contador com toque final da sua corrida. Froome, leva a Geral junto a Nibali e Zakarin nas Cibeles.
Saídas e chegadas
Desde o ano 2009, as chegadas a Madrid fazem-se na praça Cibeles, e não na praça de Lima como era o caso antes.
O clube é reduzido Jacques Anquetil, Jan Janssen, Felice Gimondi, Roger Pingeon, Luis Ocaña, Eddy Merckx , Bernard Hinault, Joop Zoetemelk, Pedro Delgado, Jan Ulrich, Alberto Contador, Vincenzo Nibali e Christopher Froome.
Camisas de líder
Para facilitar o reconhecimento do líder em corrida, este costuma vestir um camisa com uma cor determinada, como sucede na Volta a França (camisa amarela) e na Volta a Itália (maglia rosa). A camisa de líder da Volta a Espanha não tem sido sempre da mesma cor. Teve várias suspensões da corrida e os diferentes organizadores que a resgataram elegeram as suas cores. Começou sendo laranja (1935 e 36), depois branco (1941), outra vez laranja (1942), inclusive foi vermelho quando a corrida a apanhou o Diário Ya em 1945, ainda que depois alterou para alvo com uma faixa horizontal até 1950. Em 1955, o El Correo ressuscitou a Volta e elegeu o amarelo como distinção para o primeiro classificado da prova, à semelhança do utilizado na Volta a França. Exceptuando no ano 1977, no que a cor foi laranja, o camisa amarela se manteve até 1999 no que passou a ser de cor ouro.[9] Sendo assim até a edição de 2010, desde então, e até a data, a camisa de líder, bem como o calção e o capacete, são de cor vermelha.
Os líderes das diferentes classificações suplementares também levam camisas identificativos desde 1950 (anteriormente, ainda existindo uma classificação da montanha oficial, não se distinguia ao líder da mesma). A cor azul esteve durante bastante tempo associado ao líder da classificação por pontos e a cor verde ao líder da classificação da montanha (em algumas edições a sua coloração foi vermelha ou graná). A cor vermelha associou-se durante bastantes anos à liderança na classificação das metas volantes. Outras classificações que têm existido durante a disputa da ronda espanhola, como os sprints especiais ou a combinada, tiveram diferentes camisas dependendo da edição. Desde 1994 e até 2009 (ambos inclusive), a camisa da regularidade (ou por pontos) passou a ter uma tonalidade graná, enquanto a camisa da montanha, passou a ser branca.
Os demais líderes das demais classificações a partir da edição 2010 são exactamente iguais que os da Volta a França (salvo o da montanha, que tem os lunares azuis em vez de vermelhos) para evitar confusões aos aficionados não experientes em ciclismo.
camisas atuais.
A partir da edição 2010 e até a atualidade:
Camisa e calção vermelho é vestida pelo líder da classificação da geral individual da Volta a Espanha nesse momento.
Camisa alvo identifica ao líder da classificação combinada.
Outra característica diferenciadora sobre outras grandes voltas é que nunca tem existido classificação dos jovens e em seu lugar utiliza-se a classificação da combinada que tem em conta os postos dos corredores na classificação geral, a classificação por pontos e a da montanha.
Louvores e críticas aos atuais percursos
Muitos finais em alto mas pouca dureza global
Os louvores ao traçado de percursos da Volta centraram-se em que «todos os dias passa-se algo», devido à elaboração de percursos de etapas com algum tipo de aliciante, de forma que não passem demasiados dias seguidos sem que se produza algum tipo de atividade entre os favoritos da corrida.
As críticas centram-se na proliferação de finais em alto, que se argumenta que impedem os ataques longínquos porque com atacar uns poucos quilómetros a cada dia sem risco vale para sacar tempo; bem como a falta de contrarrelógio (tendência que também estão a adoptar as outras grandes voltas), que force aos escaladores a atacar em montanha; e a falta de inclusão de portos de montanha de similar dureza aos da Volta a Itália e a Volta a França,[10] fazem da volta uma corrida menor.[11][12][13] Critica-se especialmente a ausência de portos de passagem de categoria especial que possam romper a corrida longe da meta, já que na Volta de 2012 teve um (San Lorenzo) e no Giro d'Italia de 2012 e o Tour de France de 2012 teve sete e seis, respectivamente, na cada um.[7][8] De facto são conhecidos os «especiais de passagem» do Gavia e Mortirolo (no Giro d'Italia) ou o Aubisque, Tourmalet e Galibier (na Volta a França) enquanto na Volta não há nenhum porto conhecido dessas características como quase sempre se utilizam como «final em alto»,[14][15] e o porto mais alto da corrida quase sempre costuma ser «final em alto». Também, a «etapa rainha» situa-se nas últimas jornadas com o que não há necessidade de arriscar com ataques longínquos até após essa etapa devido às escassas diferenças e já depois mal há oportunidades para o fazer. Tudo isto provoca que todas as etapas tenham um desenvolvimento parecido e que as diferenças sejam mínimas equiparando o seu desenvolvimento a muitas corridas de uma semana.
Como o critério para catalogar um alto (pro vezes também chamado de porto) de categoria especial é subjetivo neste quadro mostram-se os portos/altos com mais de 2000 m acima do mar que há na Espanha continental - ignoram-se as ilhas por motivos logísticos- e as vezes que se passaram na Volta a Espanha para demonstrar o escasso uso de altos destas características, normalmente com mais de 1 hora de ascensão, na prova espanhola.
Em 1996 o asturiano e director de informação da ONCE, Miguel Prieto, após visitar o Gamonal pôs-se em contacto com a empresa organizadora da Volta a Espanha (Unipublic) propondo dita ascensão como final de etapa. Esta proposta não caiu em saco vazio, estando como estava nesse momento a Volta procurando um final de etapa do mesmo renome, ressonância e dureza como era a ascensão aos Lagos de Covadonga. Em 1997 a Prefeitura de Riosa arranjou a estrada e em 1999 foi pela primeira vez final de etapa.
Na Volta a Espanha de 2001 o corredor Levi Leipheimer foi inicialmente terceiro, mas devido à sanção imposta no ano 2012 por práticas dopantes relacionadas com o caso do ciclista Lance Armstrong, os resultados obtidos por Leipheimer entre o 1 de janeiro de 1999 ao 30 de julho de 2006 e entre o 7 de julho de 2007 ao 27 de julho de 2007 foram-lhe anulados.[20][21]
Na Volta a Espanha de 2005 se apresentou uma polémica mediante a qual o título de ganhador lhe foi retirado a Roberto Heras em favor do russo Denis Menchov, mas depois de uma apelação favorável a Heras por anomalias no processo de manejo das amostras, o título finalmente lhe foi devolvido (Ver: Polémica por dopagem).
Na Volta a Espanha de 2011 o corredor Juanjo Cobo foi inicialmente o ganhador, mas em junho de 2019 foi desposado do seu triunfo nesta edição devido a um problema com o seu passaporte biológico entre os anos 2009 a 2011. O título de ganhador foi outorgado ao ciclista britânicoChris Froome, quem terminou inicialmente como segundo classificado em dita edição.[22]
↑Não estão incluídas as 5 vitórias para a União Soviética (1985, 1986, 1989, 1990 e 1991) todas elas vencidas por ciclistas russos ( uma para Vladimir Malakov, uma para Assiat Saitov, uma para Viktor Demidenko e duas para Ivan Ivanov ).
↑Estas 5 vitórias da União Soviética (1985, 1986, 1989, 1990 e 1991) todas elas vencidas por ciclistas russos (uma para Vladimir Malakov, uma para Assiat Saitov, uma para Viktor Demidenko e duas para Ivan Ivanov) aparecem também na somatória das vitórias russas.
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Artikel ini bukan mengenai rumpun bahasa Lampungik. Bahasa Lampung cawa Lampung[1] Dituturkan diIndonesiaWilayahLampungSumatera SelatanBengkuluEtnisSuku LampungSuku KomeringPenutur1,5 juta (2000)[a]Rumpun bahasaAustronesia Melayu-PolinesiaMelayu-Sumbawa?LampungBahasa Lampung DialekApi/PesisirNyo/AbungKomeringSistem penulisanAlfabet LatinAksara LampungKode bahasaISO 639-3Mencakup:ljp – Lampung Apiabl – Lampung Nyokge – KomeringGlott...
Platycerium coronarium merupakan tanaman paku yang digolongkan pada jenis paku sejati. Tanduk rusa (Platycerium coronarium) adalah spesies tumbuhan dalam jenis tumbuhan paku. Ini paling banyak ditemukan dan dipelihara sebagai tanaman hias karena juntaian daunnya yang indah. Tanduk rusa adalah jenis tanaman epifit, tanaman yang menempel pada benda atau pohon lain tanpa merugikan tumbuhan yang menjadi inangnya. Tanduk rusa menyukai tempat yang tidak memperoleh sinar matahari secara langsung. Hi...
Australian rules footballer and coach Australian rules footballer Andy Lovell Lovell with Gold Coast in August 2018Personal informationDate of birth (1970-07-28) 28 July 1970 (age 53)Original team(s) Glenorchy (TFL)Debut Round 3, 1988, Melbourne vs. Geelong, at the MCGHeight 180 cm (5 ft 11 in)Weight 82 kg (181 lb)Playing career1Years Club Games (Goals)1988–1995 Melbourne 121 (146)1996–1998 West Coast 043 0(20)Total 164 (166)Coaching career3Years Club Ga...
Artikel ini sebatang kara, artinya tidak ada artikel lain yang memiliki pranala balik ke halaman ini.Bantulah menambah pranala ke artikel ini dari artikel yang berhubungan atau coba peralatan pencari pranala.Tag ini diberikan pada Januari 2023. Pesta Olahraga Asia Tenggara 2015 adalah Pesta Olahraga Asia Tenggara ke-20 yang diadakan di Singapura. Singapura 2015 atau Singapore 2015 juga dapat merujuk pada; Pesta Olahraga Difabel Asia Tenggara 2015, Pesta Olahraga Difabel Asia Tenggara ke-8 yan...
Chinese volleyball player He QiPersonal informationNationalityChineseBorn (1973-08-24) 24 August 1973 (age 50)Shanghai, People's Republic of ChinaHeight178 cm (5 ft 10 in)Volleyball informationPositionSetterNumber7National team 1995-2000 China Honours Women's volleyball Representing China Olympic Games 1996 Atlanta Team World Championship 1998 Japan Team FIVB World Cup 1995 Japan Team FIVB World Grand Prix 1999 Yu Xi Asian Games 1998 Bangkok Team He Qi (Chinese&...
Comisión Nacional de Regulación del Transporte LocalizaciónPaís ArgentinaInformación generalSigla CNRTJurisdicción NacionalTipo Ente descentralizadoSede Maipú 88, Buenos AiresOrganizaciónDirección Edgar Pérez (Ind)[1]Depende de Secretaría de Planificación del TransporteEntidad superior Secretaría de TransporteDependencias Gerencia de Administración y Recursos Humanos Gerencia de Asuntos Jurídicos Gerencia de Control Técnico Automotor Gerencia de Calidad ...