Titular Régis Pacheco PSD
Eleito Antônio Balbino PTB
As eleições estaduais na Bahia em 1954 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Na Bahia foram escolhidos o governador Antônio Balbino, os senadores Juracy Magalhães e Lima Teixeira, 27 deputados federais e 60 deputados estaduais.[nota 1][nota 2][nota 3]
Nascido em Barreiras, o governador Antônio Balbino diplomou-se advogado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com especialização na França. [Jornalista e professor, trabalhou em A Noite e foi eleito deputado estadual em 1934, exercendo seu mandato até o Estado Novo. Professor da Universidade Federal da Bahia, foi membro do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Federal de Educação.[1] Filiou-se ao PPS em 1945 e nele ficou até que o presidente Eurico Gaspar Dutra o convenceu a mudar para o PSD.[2] Nesta legenda foi eleito deputado estadual em 1947 e deputado federal em 1950, mas após o partido escolher Pedro Calmon como seu candidato a governador, migrou para o PTB e venceu as eleições com o apoio da UDN de Juracy Magalhães.[3]
Juracy Magalhães foi eleito senador com o maior número de votos. Cearense de Fortaleza, ingressou no 23º Batalhão de Caçadores e a seguir transferiu-se para a Escola Militar do Realengo.[4] Partidário do Tenentismo e da Revolução de 1930, foi nomeado interventor na Bahia no ano seguinte e em 1935 foi eleito governador por via indireta, mas deixou o cargo no dia da implantação do Estado Novo. De volta ao Exército Brasileiro, esteve no Recife e no Rio de Janeiro e à época da Segunda Guerra Mundial fez um curso no Fort Leavenworth nos Estados Unidos. Eleito deputado federal via UDN em 1945, perdeu o governo em 1950 para Régis Pacheco.
A segunda vaga no Senado foi entregue ao advogado Lima Teixeira. Baiano de Santo Amaro e formado na Universidade Federal da Bahia, foi promotor público e prestou serviços na esfera da Justiça do Trabalho. Eleito deputado federal em 1934, perdeu o mandato graças ao Estado Novo. Com a redemocratização foi eleito deputado estadual pelo PTB em 1947 e 1950, presidiu a Assembleia Legislativa da Bahia e nessa condição foi o substituto constitucional do governador Régis Pacheco.[5]
Foram apurados 652.337 votos nominais, 17.367 votos em branco (2,56%) e 9.903 votos nulos (1,46%) totalizando 679.607 eleitores.[6][nota 3]
Para as duas cadeiras em disputa foram apurados 1.097.169 votos nominais, 243.630 votos em branco (17,92%) e 18.415 votos nulos (1,35%), totalizando 1.359.214 eleitores.[6][nota 3]
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[7][8][nota 4][nota 5]
Representação eleita PSD: 7 UDN: 7 PR: 5 PTB: 5 PL: 2 PDC: 1
Representação eleita
Estavam em jogo 60 cadeiras na Assembleia Legislativa da Bahia.[6]
Representação eleita PSD: 16 UDN: 11 PR: 9 PTB: 8 PL: 5 PDC: 3 PSP: 3 PST: 2 PRP: 2 PSB: 1
Fonteː[6]